Numberman escrita por Gusttavo Perez


Capítulo 2
O Início




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Onde Newton se encontrava estava frio. Tinha acabado de sofrer um dano mortal, mas algo o salvou. Alguém o salvou. Abriu os olhos e mal podia enxergar. Sua visão estava embaçada e a dor em sua cabeça já era insuportável. Estava vivo.

– Quem é você? – perguntou ele à alguém que tinha acabado de sair pela porta.

Estava em uma sala escura, com vários animais de brinquedos em prateleiras antigas. Estava em um colchão branco, no chão, muito desconfortável. Não conseguia se mexer. Estava amarrado. Alguém o amarrou. E esse alguém retornou pela mesma e única porta:

– Hum... você acordou. – disse ela, uma garota loira de olhos caros e muito alta. Corpo definido.

– Quem é você? – perguntou Newton, vidrado nos olhos dela.

– Não fique falando muito. Vai estourar os pontos. Você levou um tiro na cabeça e poderia ter morrido... – ela deu uma pausa. Foi pegar um potinho cheio de remédios líquidos. Poções. Retornou e se sentou no chão, muito perto de Newton. – Não se mexa. Vou te ajudar a beber isso. Quero apenas te ajudar. Não tenha medo.

Depois de tomar e fazer careta, ele conseguiu mexer o braço. Tentou fazer impulso para sair dali, porém caiu e começou a gritar de novo:

– Pare de se mexer. Essa poção vai aumentar o poder de cura do seu corpo.

– Aumentar o poder de cura? Você é o que?

Ela não respondeu. Ficou um pouco chateada. Newton percebeu que ela sofria com esse tipo de pergunta. Sofria em ser o que era:

– Desculpe-me. É que uma hora eu saio do carro, levo um tiro e bebo uma poção que aumenta meu poder de cura, a agilidade de cicatrização. Está tudo muito confuso, eu não te conheço e nem você. Agora te peço. Apenas me leve embora.

Ela se levantou, determinadamente, e respondeu:

– Você não pode.

– Por qual motivo?

– Alguém quer você morto.

– Quem?

– Meu nome é Amanda. Desculpa não ter respondido àquela hora. – mudou de assunto.

– Você me salvou porquê?

– É da minha natureza. Salvar as pessoas. Assim como você o fará.

Newton começou a dar risada:

– Eu? Salvar as pessoas? Elas não gostam de mim. Hoje em dia, pessoas são burras e isso as torna ignorantes. Desprezam pessoas com inteligência a tratando como louco ou uma mera aberração.

– Não somos aberrações.

– Isso não se trata de você. Você é linda. Loira. Não sabe o que você pode fazer por ser assim.

Amanda ficou furiosa e forçou o pé sobre o peito de Newton, fazendo-o gritar:

– Beleza não é tudo.

– Argh!! Não mesmo. A ciência é.

O clima tenso foi perdendo sua vez e Newton começou a se locomover com mais facilidade. Depois de alguns minutos de conversa, ele já estava de pé e muito melhor que antes:

– Bom. Você fala que eu não posso ir. Tem alguma ideia para mim, então?

– Sim. Vamos à Central City.

Newton começou a pular do mesmo jeito que pulou quando recebeu o convite do laboratório S.T.A.R.

– Não fique feliz. Não é apenas a trabalho.

– Como assim? – estranhou.

– Saberá.

* * *

– Já estamos chegando? – perguntou Newton.

– Não.

Depois de alguns segundos, perguntou novamente.

– Faz mais de horas que estamos aqui! Já chegou??

– NÃO! Faz dez minutos que entramos nesse avião! Que matemático é você que tem dificuldade em perceber horas.

– Um matemático que tem medo de avião, de altura, de gente estranha ao meu lado, de-

– Já chega!! – gritou ela.

Amanda pegou Newton pelo braço e foi até a porta de emergência do avião. Deu um chute, ao mesmo tempo que emitiu um som estranho, parecido com uma fera selvagem. Arrancou a porta e pulou segurando Newton. Ambos gritaram.

– Você está louca??!??! Vamos morrer!?!!!?

Amanda ignorou e magicamente se transformou em uma águia com o triplo do tamanho das tradicionais:

– Você... é... um demônio?

– Primeiramente, vou jogar você no alto e deverá ficar sobre mim. Depois, você tem que saber que demônios não existem. Sou uma meta-humana.

Assim ela fez, sem dar chance de Newton a encher de perguntas:

– Isso é tão... maluco!! Adorei!! – admirou ele, euforicamente.

– Saímos do avião por ser mais lento que eu.

Ele começou a rir. Sem parar:

– Você? Desculpa, mas você se transformou em uma águia. Não pode ser mais rápida que um aviãaaaaaaao!!!

Amanda ficou irritada e começou a voar mais depressa, atingindo uma velocidade média de 2000 km/h.

Em alguns minutos, chegou aonde queria.

Ao posarem sobre um prédio enorme, Newton correu pra longe e vomitou:

– Que merda! Que merda foi essa!?? Isso realmente existe?

– Cheguei!!

Amanda sorriu para quem chegou, o qual apareceu em um piscar de olhos:

– Q-Quem é você? Que roupa é essa? – perguntou Newton, pálido.

– Meu nome é Barr... Sou conhecido como Flash.

Newton olhou Amanda, que sorriu para o Flash, e em seguida desmaiou:

– Ele é assim mesmo? – perguntou Barry.

– Sim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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