A vida depois do casamento escrita por Costa


Capítulo 6
Jiló


Notas iniciais do capítulo

Por favor, não me matem pela demora. hehe.
Mais um capítulo, espero que desfrutem. :)



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Omar havia saído para fazer umas compras. Após se encaminhar para o seu carro que estava parado na esquina, ele escutou um ganido fraco. Jogou as bolsas dentro do carro e começou a procurar o autor do choramingo. Percebeu que o fraco choro vinha de dentro de um barril de lixo, ao se aproximar, deu-se conta de que era um filhotinho de vira-latas. O pequeno cãozinho era preto com o peito e a pontas das patas brancas. Ele rapidamente retirou o pobre animal que tremia de frio e medo e o enfiou dentro de seu casaco.

–O que eu faço contigo? Se te levar pra casa a Carol vai querer ficar com você. Também não posso te largar aqui sozinho. Por enquanto você vem comigo, no caminho decido o que faço. -Omar diz fechando seu casaco enquanto o cachorrinho se acalmava.

Na casa dos Mendiola, Fernando estava tentando ajudar a Letícia a fazer algumas empadinhas, mas ele atrapalhava mais do que ajudava. Vivia beliscando o molho.

–Fernando Mendiola, quer deixar esse molho aí. Quando eu acabar de preparar a massa você já comeu tudo. Depois não reclama quando ficar gordo. -Lety resmunga com Fernando que estava fuçando na panela.

–É que isso está muito bom. E você bem que disse que gostou da minha barriga. -Fernando responde estufando a barriga.

Lety não aguenta e cai na risada. Nesse momento a campainha toca e o Fernando vai atender. É o Omar e ele o convida para entrar, juntos se encaminham para a cozinha.

–Olá, Omar! Que bons ventos te trazem. -Letícia questiona.

–Oi, Lety. Nada não, só passei para ver como estavam.

Nesse momento Fernando percebe que a barriga dele está se mexendo.

–Omar, compadre. Sua barriga está se mexendo, ou é um alien ou você está grávido. Espero que seja um alien. -Fernando diz assustado.

–Não seja bobo, Fernando. É só um amigo que achei na lata de lixo. -Omar diz retirando o pequeno cachorrinho e o colocando no chão.

–Meu Deus, que coisinha mais linda. -Lety diz pegando o pequeno cachorro no colo. -Já deu um nome?

–Não, ele não é meu. O achei no lixo. Vocês não querem? -Omar pergunta.

–Visitinha boa essa sua, hein, Carvajal? -Só veio aqui pra deixar esse pulguento. -Fernando resmunga.

–Pior que foi, se eu levo para casa a Carol iria querer ficar com ele. -Omar diz rindo.

–Me aguarde. O aniversário do meu afilhado tá chegando aí. -Fernando o ameaça.

–Ele é tão bonitinho. -Lety diz pegando uma colherada do molho da empada e colocando num pote para o cachorro.

–Ele pode comer o molho e eu não, né? -Fernando diz enciumado.

–Ele está esfomeado, querido. Não seja ciumento. -Lety diz.

–E então, vocês vão querer ficar com ele? -Omar pergunta.

–Sim. -Lety diz.

–Não. -Fernando diz.

–Sim ou não? -Omar pergunta.

–Olha para ele, amor. É tão lindinho. Vamos ficar com ele. -Lety pede abraçando a Fernando.

–Letícia, não faça assim. Isso é golpe baixo. -Fernando diz tentando se afastar dela.

–Por favor. -Lety pede o abraçando novamente.

–Tá bom, tá bom. Mas ele vai ter que tomar um banho. -Fernando diz apontando para o cachorro.

–Obrigada, Fernando. -Lety diz dando um selinho nele.

–Me diga algo que não faço por você e pelas crianças? E você, Carvajal, está na minha mira. -Fernando diz para o Omar.

–Não sei de nada, maninho e deixa eu ir que tenho que levar as compras para casa senão a Carol me esgana. -Omar diz se despedindo dos dois.

Assim que o Omar sai, a Lety volta a trabalhar na massa da empada enquanto o pequeno cãozinho morde seus pés.

–Querido, aproveite que você não está fazendo nada e dê um banho no Jiló. -Lety pede.

–Jiló? -Fernando pergunta espantado.

–Sim, Jiló. Gostou no nome?

–Na verdade não, odeio jiló. Será que não poderia colocar um nome melhor. Omar talvez.

–Omar? Fernando, não seja ruim!

–Tem razão. O pobre cão merece um nome melhor.

–Fernando, vá dá logo um banho no cachorro se não quiser ficar sem empada.

–Jiló tá ótimo. Vem cá, pequeno Jiló. Vamos tomar um banho. -Fernando diz pegando o pequeno cachorro e se dirigindo ao banheiro.

Ele coloca o cachorro no box e abre o chuveiro para molha-lo.

–Sabonete ou shampoo? Deve ser shampoo, você só tem pêlo. Acho que a Lety não vai se importar se pegarmos um pouco o dela.

Fernando derrama quase meio frasco de shampoo no cachorro e o enche de espuma. O pequeno cachorro se debate um pouco e Fernando acaba se molhando todo para segurar o cãozinho escorregadio. Após tirar a espuma, Fernando desliga o chuveiro e o enrola em uma toalha para seca-lo. Enquanto o seca ele o leva para a cozinha.

–Prontinho, o Jiló já tá limpinho. -Fernando diz soltando o cachorro no chão que corre morder os pés da Lety.

–Quem tomou banho? -Lety questiona ao ver Fernando todo ensopado.

–Me molhei um pouco.

–Tô vendo.

–Esse cachorro não para não? -Fernando questiona ao ver que o cachorro corre de um lado para o outro.

–Ele deve estar querendo brincar. Seria bom se depois pudêssemos ir comprar uns brinquedinhos, a ração dele.

–Resolvo isso agora. Daqui a pouco vou ter que ir buscar os pequenos na escola. Posso passar na pet shop antes. Deixa eu só ir me arrumar. -Fernando diz correndo para o quarto.

–Acho que ele já está gostando de você, Jiló. -Lety diz rindo.

Fernando se arruma, pega o Jiló, o coloca dentro de sua camisa e vai até o pet shop. Chegando lá, um homem o atende.

–Em que posso ajudá-lo, senhor? -O atendente questiona.

–Quero tudo o que é necessário para fazer esse cachorro feliz. -Fernando diz retirando Jiló de dentro da camisa.

Fernando compra de tudo, casinhas, brinquedos, roupinhas e, na hora de escolher qual ração é a melhor, ele fica na dúvida.

–Qual é a melhor? -Fernando pergunta vendo a variedade de rações que existem.

–Essa é a mais renomada, mas tem que ver se seu cachorro gostará.

Fernando pega um grão e oferece ao Jiló que virá o focinho e não come.

–Não pode ser tão ruim assim. Deixa eu experimentar. -Fernando diz comendo o grão de ração. -Tem razão, essa é medonha.

O Atendente não aguenta e ri.

–Senhor, essas rações só são gostosas para os animais.

–Poderiam fazer com um gosto melhor. É admirável que eles consigam comer isso.

Após testarem mais algumas, Jiló finalmente gosta de uma marca. Fernando compra logo o saco de 15 quilos para levar.

Após saírem do pet shop, Fernando leva Jiló ao veterinário. Lá ele realiza uma consulta e vê que o pequeno cachorro está muito bem. Já aplica uma vacina e o vermifuga. Saindo de lá, Fernando vai buscar seus filhos na escola. Ele coloca em Jiló um lindo coletinho vermelho e uma coleira azul.

As crianças assim que saem, correm a abraçar o pai e se dão conta do cachorro. Fernando lhes conta que agora ele faz parte da família. Os pequenos vibram de alegria. No carro é uma bagunça só com as crianças e o Jiló. Ao chegarem em casa, elas correm para brincar com o cachorro. Lety se espanta ao ver quantas coisas Fernando comprou para o cachorro.

–Até o cachorro você mima? -Lety pergunta.

–Claro que sim. Ele é mais um filho. O Pequeno Jiló Mendiola será muito mimado.

–Só você mesmo, amor. -Lety diz o beijando.

–Tudo para fazer minha família feliz.

Nesse momento o cachorro corre até as pernas de Fernando que o pega no colo.

–Bem vindo à família, meu filhote canino. -Fernando diz dando um beijo na cabeça no cão e o colocando no chão.

–Ele é da família, mas chega desses beijos caninos, enchi minha boca de pêlos. -Fernando resmunga tentando retirar os pêlos da boca enquanto Lety ri.

Fim.


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