Innocence escrita por KatCat


Capítulo 7
Chapter Six — Why Try?


Notas iniciais do capítulo

Venhamos e convenhamos, não demorei muito ushasuhauahs
Bem, espero realmente que gostem do capítulo, e, infelizmente, tenho uma notícia meio triste para dar: Não sei quando postarei novamente. Motivo? Simples: minhas provas vão começar e esse ano eu realmente não posso pegar recuperação em nada, ou minha mãe vai fuder com a minha vida e ai sim bye bye Innocence e todo o resto. Para quem lê Vindicta Dulcis, a Fê vai postar daqui a pouco, e para quem lê Gods and Monsters, vou atualizá-la daqui a pouco também.
P.S.: Queria agradecer eternamente a Fê que fez a segunda recomendação aqui de Innocence. Sério, mulher, você fez o meu dia! Capítulo dedicado a você, minha linda! Aproveitem!



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~Davina~

Quando eu vi o quarto completamente vazio, um suspiro aliviado saiu pela minha boca. Pelo menos uma coisa de boa nessa bagunça. Andei com passos rápidos até meu armário e peguei uma roupa que nem sequer olhei para ver qual era, e corri de volta para o banheiro, querendo tomar um banho que durasse um século, para poder tentar esquecer tudo que havia acontecido hoje.

Apesar disso, eu fiquei no máximo dez minutos debaixo do chuveiro. Eu estava impaciente e ansiosa. Precisava ver Hope e não me acalmaria enquanto isso não acontecesse. Me vesti, coloquei uma nova gargantilha no pescoço e sai do banheiro, com o vestido nas mãos. Eu o colocaria em cima da cama, alguém o guardaria, uma hora ou outra. Agora, eu precisava me focar em Hope e somente nela. Eu já estava me dirigindo para a porta quando me lembrei o que me esperaria no andar de baixo, e estanquei antes de colocar a mão na maçaneta. Não queria, e nem estava, preparada para encontrar eles. Ou seja: eu teria que sair do jeito mais difícil.

Bufei, irritada, e dei meia volta, indo até minha janela e abrindo-a. Eu coloquei minha cabeça para fora e olhei para baixo. Dois metros e meio da janela até o chão.

— Bem, você já caiu de uma altura maior que isso, Clairemont — murmurei para mim mesma, passando a perna por cima do apoio — Não pode ser tão ruim — tentei me encorajar, engolindo em seco, pisando no telhado que ficava em baixo de minha janela. Respirei fundo e passei a outra perna, tremendo, enquanto me apoiava melhor e olhava para baixo novamente. O chão parecia ainda mais longe agora, e eu choraminguei baixinho, amaldiçoando Loki mentalmente por ter causado tudo isso. Tudo estava indo bem, mas quando eu estava me virando, meu pé escorregou em uma pequena poça d’água que estava ali e eu caí pra trás, diretamente para o chão.

Fechei os olhos, esperando a pancada, mas ela não veio. Abri parcialmente meu olho direito, dando de cara com duas órbitas verdes. Fechei a cara, finalmente percebendo que seus braços haviam me impedido de me esborrachar no chão. Agora eu realmente preferia o chão. Mentira, uma vozinha sussurrou na minha cabeça, e eu fechei ainda mais a cara. Cale a boca, subconsciente maldito.

— Continua o mesmo desastre de sempre não, Anjo? — debochou, o sorriso de volta a seu rosto. Eu me contorci, querendo sair dali.

— Primeiro: pare de me chamar assim. Segundo: me largue, Rena Desgraçada! — reclamei, vendo ele rir de leve e me colocar no chão. Puxei minha blusa vermelha para baixo, que havia subido um pouco, expondo uma das minhas cicatrizes. Os olhos dele se focaram ali por um segundo, e seu sorriso diminuiu alguns milímetros, mas, mesmo assim, não deixou de existir. Enquanto ele encarava minha barriga, eu o examinei. Usava uma blusa de manga curta verde escura com um casaco de couro por cima, e uma calça jeans preta. Ele levantou os olhos novamente, mas eu já havia dado o fora, caminhando a passos rápidos em direção a garagem, esperando pegar meu carro.

— Para onde vam… — começou, saindo do alem e aparecendo do meu lado, mas eu o interrompi.

— Juro por Deus, se disser “vamos”, eu soco a sua cara — ameacei, sem a mínima paciência e força de vontade para aguenta-lo. Ele riu novamente, mas calou a boca. Voltei a andar, mas parei de novo quando ouvi uma risadinha conhecida vindo da frente da casa. Hope. Eu e Loki nos encaramos por um segundo, antes de eu começar a correr em disparada para o lado da frente da minha casa. Sabia que não poderia impedir ele de chegar perto dela, mas definitivamente não deixaria isso acontecer sem a minha presença. Hope estava no colo de Alina, que ria juntamente com ela. Assim que me viu, pulou do colo dela e correu em minha direção, com os bracinhos abertos — Ei, meu amor!

— Mamãe! — gritou feliz, pulando em cima de mim e apertando os braços em volta dos meu pescoço. Seu dedo roçou na parte de trás da minha cicatriz e um calafrio gelado desceu pela minha espinha, como sempre acontecia quando alguém encostava nela. Eu disfarcei, apertando-a em meus braços. A sensação de, finalmente, tê-la de novo em meus braços… Era indescritível como eu me sentia bem assim. Hope me largou depois de alguns segundos, e desceu do meu colo, um sorriso imenso em seu rosto — Eu tenho uma surpresa — informou, alegre, e eu tremi, me abaixando até ficar da sua altura.

— E qual surpresa é dessa vez, senhorita Flynn? — indaguei, encarando-a com um pequeno sorriso no rosto. Hope Flynn Clairemont. Flynn era o sobrenome de meu pai, então eu coloquei nela em homenagem a ele. Ele adoraria tê-la conhecido. Infelizmente, isso não foi possível. Pisquei rapidamente, me livrando destes pensamentos e voltei a fixar meu olhar em Hope, que me olhava com um sorriso sapeca. Ela se virou para trás e encarou alguma coisa perto de Alina. Levantei minha cabeça e olhei para a ruiva, que me encarava levemente envergonhada. Foi quando finalmente percebi a bola de pelos no braço oposto ao que ela segurava Hope. Oh céus… — Um cachorro?

— É Arman, mamãe! — me corrigiu, correndo até Alina e pegando o filhote em seus braços — A gente pode ficar com ele, não é? Por favor! Hope gosta muito! Por favooooooor!

— Ah… — gaguejei, encarando a bola de pelos branca e preta, que me encarava com os olhos azuis um pouco esbugalhados. Eu encarei Alina, em um pedido silencioso de socorro. Ela mexeu os lábios, formando a frase “Você sabe que não consigo dizer não para essa carinha fofa!”. E, era verdade. Ninguém conseguia realmente dizer não para Hope. Eu suspirei, passando a mão pelo pelo do cachorro, que se chamava Arman, pelo jeito, e sorri para ela — É claro, sua pequena manipuladorazinha — Nem imagino de quem ela possa ter puxado isso…

Hope gritou feliz, colocando o filhote no chão e me abraçando com força, antes de sair correndo até a beirada do mar, com o filhote bem atrás dela, latindo. Eu suspirei, me colocando de pé novamente, enquanto Alina caminhava até mim, os olhos presos em algo do meu lado. Me virei, e bufei quando o vi ali. O cara nunca desistia, caralho?! Alina o encarou de cima a baixo, e depois franziu os lábios, levantando positivamente o dedo para mim. Eu sorri para ela, mostrando meu dedo do meio, fazendo ela rir e caminhar até a garagem, onde provavelmente seu carro estava estacionado.

Senti Loki chegar mais perto de mim, e me preparei para expulsa-lo dali do jeito mais difícil, mas suas palavras tiraram qualquer xingamento que eu tinha preparado.

— Ela se parece com você — comentou, casualmente, com os braços atrás das costas como sempre. Eu o encarei, mas ele olhava Hope brincando com Arman na água — O jeito de agir, é idêntico a você.

— Hã… Obrigada? — soou como uma pergunta, enquanto eu colocava as mãos no bolso da calça jeans, desconfortável com o rumo daquela conversa. Eu não queria falar sobre isso, mas, desde que chegara, era a primeira coisa que Loki dizia sem o seu tom normal de provocação, e eu não pretendia estragar isso.

— Menos a parte de manipulação. Você é péssima nisso — falou. Não como um xingamento, e sim como um comentário, que nós dois sabíamos ser verdade. Eu ri baixinho.

— Pois é, isso ela realmente não puxou de mim… — falei, desviando o olhar para ela, que havia se sentando no chão e estava gargalhando, enquanto Arman pulava animadamente em seu colo. Eu sorri, mesmo com tudo que havia acontecido. Se a minha filha estava feliz, eu também estava.

— Eu não quero prolongar mais do que o necessário minha estadia aqui em Midgard, Davina, então vou direto ao ponto — falou, se virando para mim, sem o sorriso. Seu rosto estava sério, então eu decidi não interromper. Minha curiosidade falava mais alto — Eu quero que você e Hope venham comigo para Niflheim.

"Estou amando está dor, não quero viver sem ela

Então por que eu ainda tento?

Você me deixa louca

Agora estamos gritando só pra ver quem consegue mais alto

Então por que ainda tento?" Why Try — Ariana Grande


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Notas finais do capítulo

Comentários? O nome do cachorrinho da Hope é russo, que significa "protetor", e a raça dele é Husky Siberiano, porque essa raça é vida! hehe Porque será que Loki quer Davina e Hope com ele? Alguma teoria? huehue