Oreki era mesmo incrível, não sei como ele ainda não foi contratado por alguém da policia como detetive, o talento dele é realmente especial.

Mesmo sendo preguiçoso, sempre me deixou feliz a maneira que ele sempre desvendava os mistérios quando eu pedia, poderia ser algo ridículo, mas ele sempre ia atrás, Oreki parece sempre focado fazendo isso.

Me lembro daquela vez que eu fiquei pensando na saia longa de uma garota que só usava saia curta, ele descobriu que as saias dela molharam na chuva, e só sobrou aquela seca, me lembro que agradeci a ele comprando alguns doces, esse dia foi muito divertido.

Também lembro do dia que perdi minha bicicleta, Oreki descobriu que eu acabei colocando-a em um lugar proibido e a policia entregou para a escola, chorei tanto naquele dia, quando ele me ajudou, acabei o abraçando de tão agradecida que eu estava.

Oreki sempre me ajudou tanto, sinto que sempre fui um peso para ele, jurei para mim mesma que não iria perguntar nada ridículo para ele, nunca mais! Mas sempre fui ruim com promessas, hoje terei que perguntar uma coisa para ele, algo muito estranho estava acontecendo comigo.

Agora, sempre que penso no Oreki, minhas bochechas ficam queimando, fica mais difícil de respirar e tem sido difícil me comunicar com ele esses dias, minha família confirmou que não estava doente, o que seria então?

Fiquei pensando nisto em todas as aulas, finalmente era hora do clube, poderia finalmente perguntá-lo sobre isso. Abri a porta com força, e lá estava ele, sentado e olhando para a janela, do nada, meu coração começou a bater muito forte, dei um passo e chamei o seu nome, o preguiçoso olhou para mim e me cumprimentou com uma cara cansada, respirei fundo e cheguei mais perto, hora da verdade:

– Oreki-san! – senti minhas bochechas estavam mais vermelhas que uma pimenta mexicana – Tenho uma pergunta!

Ele pareceu começar a prestar um pouco mais de atenção:

– Me fale então – bocejou

– B-Bem – respirei fundo – Sabe, eu não sei o que esta acontecendo! Sempre que penso em você, meu coração bate rápido, minhas bochechas coram, fica mais difícil de respirar, não sei o que é isso! Me ajude por favor! E-Eu não consigo parar de pensar nisso!

Segurei as suas mãos com força, a apertei com força, como sempre fiz, porém, as soltei logo em seguida, nunca me senti tão envergonhada em fazer isso, olhei para seu rosto novamente e percebi que ele estava corado, ele tossiu um pouco e desviou o olhar, será que Oreki estava com a resposta na ponta da língua?

– S-Sabe, acho que sei o que você esta sentindo – seus olhos se desviaram de novo – A-Acho que você pode estar apaixonada por mim

– Apai...xonada? – meu coração gelou, será que era isso mesmo? Não, ele era um grande amigo para mim! Não estou apaixonada pro ele

– Sabe, quando uma pessoa sente uma atração por outra, que beijar a pessoa, namorar ela, se casal com ela, ter filhos com ela, é mais ou menos assim

– N-N-N-Não conseguiria pensar em você deste jeito! – virei minha cara

– Desculpa! P-Pode ser outra coisa, certo? – Oreki ficou meio nervoso

– N-Não, a-a-acho que esta certo... – respondi, olhando para baixo – A idéia de te beijar me da um conforto tão grande, da vontade de fazer isso mesmo, você estava certo...

– C-Certo... – ele desviou o olhar novamente

Ficamos uns 5 segundos assim, sem conseguir olhar um para o outro, era algo bem vergonhoso:

– M-Mas como passa isso? – perguntei baixinho – É legal me apaixonar pela primeira vez, mas por algum motivo, isso também dói! O que eu faço, Oreki-san?

Ele se espantou com a minha pergunta, seu olhar ficou mais determinado e o detetive se levantou e encarou meus olhos:

– É fácil, olhe bem – suas mãos foram parar no meu ombro e me empurrou contra a parede, no momento, achei que a pergunta tinha o ofendido, mas meus pensamentos mudaram quando seus lábios se encostaram no meu, sua língua acabou invadindo a minha boca e começamos a travar uma batalhar, até nos separarmos – Seu coração vai bater mais rápido com esse movimento repentino, mas vai se sentir muito bem – Nossos lábios se encostaram novamente, ele começou a explorar o meu corpo por cima do uniforme, enquanto eu apenas ficava parada com as mãos levantadas na parede – Depois do ato repentino se repetir, você vai se sentir mais feliz, e vai se entregar ainda mais – o beijo voltou, minhas mãos foram parar em sua nuca, Oreki colocou a mão na minha cara e ajeitou meu cabelo – E finalmente, você explode de felicidade com a próxima frase que aquele que você gosta te falar – ele chegou perto de minha orelha e co um tom calmo, falou – Eu também estou apaixonado por você, mas gasta muita energia demonstrando isso

Não é que ele estava certo? um sorriso duro foi criado em minha boca, e sem pensar duas vezes, pulei em cima dele e o abracei com força, ele deu um pequeno sorriso, parece que ele não se incomodou de perder energia mostrando que esta feliz.

Pois é né? Parece que o Oreki sabe de tudo mesmo, até mesmo a resposta de perguntas bem tolas, é isso que eu amo nele!