Unconditionally escrita por Jéssica Belantoni


Capítulo 1
Era uma vez?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/591816/chapter/1

Bom eu não tive a sorte da minha vizinha com meu grande amor batendo a minha porta eu ensaiei muitas vezes o dia em que ele chegaria imaginava a forma que meu cabelo voaria quando ele sorri-se, não foi bem assim que aconteceu.
— Ana você está atrasada novamente! — Alertou me o gerente da cafeteria onde trabalho.
— Me perdoe senhor Marcos isso não vai acontecer novamente. — Desculpei me.
— Faz três semanas que estou escutando as mesmas desculpas Ana seu desempenho está caindo.
— Senhor tenho estudado tanto que acabei perdendo o horário mais uma vez.
— Seja profissional Ana ou vai perder seu emprego e não terá dinheiro para pagar a tão amada faculdade agora comece a servir os clientes.
Eu odiava escutar os sermões que Marcos me dava afinal ele era três anos mais velho que eu e só pegou a gerencia por ser puxa saco do patrão e por medo eu não podia dar de frente com alguém de tal porte apenas peguei um dos pedidos sobre o balcão que para minha sorte era apenas dois expressos que preparei rapidamente seguindo até a mesa seis antes de chegar a mesa reparei a forma que Marcos estava tratando um senhor negro de aproximadamente sessenta e cinco anos que estava cabisbaixo envergonhado pela gritaria que o gerente estava fazendo nem percebi o momento em que meu corpo se bateu com a mesa derrubando um dos copos sobre o cliente.
— Meu Deus me perdoe... - Pedi sem tirar os olhos da humilhação que Marcos fazia.
— Qual seu problema? - Perguntou me o homem irritado.
Eu não sabia o motivo que meus pés abandonaram meu cliente e me guiaram até Marcos.
— Marcos todos estão te olhando. ؎ Sussurrei.
— Que olhem esse negro não quer pagar isso é um roubo. — Gritou Marcos.
— Senhor eu só disse que esqueci minha carteira no carro não estou me recusando a pagar— Respondeu o Senhor entristecido.
— Não vou confiar em homem sujo como você — Marcos agora cuspia sobre o homem.
Os olhos do humilde senhor se arregalaram com a ofensa antes de transbordar.
— Marcos o que está dizendo? — Choraminguei.
— Cala boca vadia a conversa é com esse ladrão velho e nojento.
As palavras de Marcos me causaram uma reação que nem eu imaginava só percebi o que havia feito quando notei o vermelhidão no rosto pálido do gerente e a ardência em minha mão direita. Os olhos do racista focaram nervosamente os meus tudo ficou lento quando as mãos tremulas de Marcos perseguiram meu pescoço sendo interrompidos por um braço forte empurra-lo e o outro cercar meu pequeno corpo.
— Que tal discutir comigo valentão — Provocou meu protetor — O que foi? Você só agride mulher e idosos?
Todas as sensações existentes estavam amortecida eu quase não pude ouvir a discussão dos dois meu corpo amoleceu apagando tudo a minha volta acordando em cima do balcão com muitas pessoas a minha volta.
— O que houve? — Perguntei sentindo a pontada em minha cabeça.
— Você desmaiou acho que se impressionou com a situação — Respondeu me o senhor humilhado em minha vaga lembrança.
— O senhor está bem? — Perguntei aflita sentindo novamente a pontada levei a mão ao rosto encontrando sangue em minhas mãos e em minha camisa branca — Sangue?
— Fique calma quando desmaiou acabou batendo a cabeça em uma das mesas fez um pequeno estrago em sua testa.
Rapidamente peguei uma bandeja do balcão e procurei meu reflexo na superficial espelhada encontrando um corte longo acima da curva da minha sobrancelha o que me assustou já que sempre cuidei de minha beleza sendo a única coisa que eu ainda tinha.
— Isso são pontos? — Assustei me.
— O rapaz que me ajudou aproveitou que você estava desmaiada e os fez muito obrigado por me defender. — Sorriu o homem.
Meus olhos procuraram o rapaz que havia me ajudado encontrando alguém a encarando enquanto conversava com uma mulher. Era um jovem alto muculos definidos dos cabelos loiros um pouco maior que o comum estavam levemente bagunçados, seus olhos azuis perseguiam e hipnotizavam os meus que quase deixaram de perceber a grande marca de café na camisa azul amarrotada impossível não levar as mãos sobre os lábios quando senti meu rosto queimar recuei o olhar contraindo me em choque de consciência.
— Você está bem? — Perguntou ele se aproximando.
— Oh Deus eu te queimei — Respondi assustada.
— Isso? Eu estou bem — Respondeu ele desabotoando a camisa deixando seu abdome com gominhos visivelmente a mostra — Veja estou bem não foi nada.
— Como não sua pele esta irritada e vermelha!
— Você também está muito vermelha — Respondeu ele rindo da situação — Bom eu tenho que ir minha mulher disse que tanto a senhorita quanto o senhor podem processar o idiota.
— Mulher?! — Suspirei desapontada.
— Algum problema? — Perguntou me ele sorrindo certamente havia feito leitura labial.
— Nenhum! — Respondi quase em um grito.
O rapaz se aproximou tocou meu machucado deslizando as pontas dos dedos até meu queixo fazendo arder ainda mais minhas bochechas salientes corando ainda mais meu rosto com forma de coração.
— Vamos David — Chamou a mulher que o acompanhava.
— Claro amor! — Respondeu ele me soltando.
Meu coração acelerou quando David piscou para mim antes de pegar na mão da esposa e sair do Caffé.
Esperei o Senhor ir embora e voltei para a cozinha Marcos estava lá parado apenas me esperando.
— Por que se meteu nisso?
— Era errado o que você estava fazendo.
— Isso serviu para que você se machucasse garota idiota o velho e nem os dois clientes acertaram a conta outros saíram sem pagar também presumo que você saiba que isso sairá do seu pagamento não é mesmo?
— Não me importo.
— Conversarei com o chefe hoje a noite e explicarei a situação e certamente Ana você será demitida.
— Podem me mandar para o inferno se isso significa ficar longe de você. — Respondi sorrindo ao ver a coloração roxa em volta do olho esquerdo de Marcos. — Vai ter que usar muita base.
— Seu expediente por hoje acabou pode ir embora e seu novo uniforme também sairá do seu bolso.
— Vai me cobrar o ar que eu respiro também? — Perguntei irritada.
— Se fosse possível eu cobraria até o chão que você pisa o que talvez não seja impossível como pensamos.
Não dei ouvidos ao gerente caminhei até os armários peguei minhas coisas e caminhei até a minha pequena casa que ficava alguns minutos do Caffé. Eu gostaria de saber o que as pessoas que me viram ensanguentada com o rosto ferido estavam pensando enquanto vidravam os olhos sobre mim.
Minha casa era a pequena herança de meus falecidos pais ela era pequena, porém muito aconchegante e eu amava ouvir o ruido da porta ao destranca la isso era sinal de que meus problemas haviam ficado para fora e sentimento de vazio me tomaria novamente, mas dessa vez algo não estava certo meu coração ainda estava disparava e quando me olhei no espelho aquela figura horrível do cabelo todo embaraçado e duro não pude evitar de sorrir quando a imagem de David tomou minha mente.
"Será que ele voltaria ao Caffé?"


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E assim começa a minha grande historia de amor :3