Pray For Love escrita por Lizzie-chan


Capítulo 25
Epílogo: Lost Stars


Notas iniciais do capítulo

E cá estamos, epílogo :3 Finalmente estou postando com folga de tempo, wooooo, é um record kkkkkkkk
Espero sinceramente que gostem ;D

Boa leitura!!
(Título: Estrelas Perdidas)
➢ Dia Extra: Lost Stars - Maroon 5



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— Lucy, seu pescoço está roxo — comentou Erza, displicentemente jogando seus longos cabelos rubros por cima do ombro de sua armadura usual.

A loira sentiu uma enorme vontade de revirar os olhos, afinal, essa era pelo menos a quarta vez que ouvia aquilo em um espaço de uma hora, mas seria muito rude, considerando que a guerreira não sabia disso. Então, ao invés, acenou com a cabeça.

— Tentaram me enforcar — explicou, ao que a Scarlet estreitou os olhos.

— Natsu já acabou com o cretino? — perguntou, pondo a mão na espada em seu cinto, seus olhos recaindo sobre o rosado de pé ao lado da maga estelar.

O Dragneel bufou, cruzando os braços e encarando o ambiente com uma expressão de irritação infantil.

— Não, parece que o Lily deu um jeito nele — resmungou, fazendo bico.

Lucy suspirou, levantando uma mão para fazer-lhe um carinho nos cabelos. Ele a olhou de esguelha, parecendo preocupado, mas não disse nada.

— Você está bem acabada mesmo — complementou a garota de cabelos vermelhos, analisando melhor a maga estelar.

Ah, a loira sabia exatamente o que estava notando. Além das marcas roxas vívidas em redor de seu pescoço, como um grosso colar de sombras, havia pequenos cortes em seu pulso direito, causados pelas unhas de Maurin quando a agarrou, seu ombro esquerdo provavelmente estava ficando roxo da queda, e havia uma trilha de sangue seco deixando seus ouvidos. Para completar, suas roupas estavam completamente arruinadas pelo marrom do sangue do primeiro inimigo que enfrentara, que empunhara um machado.

Bem, pelo menos estava viva. O que viesse além disso tecnicamente era bônus.

— Ei, loira — chamou uma voz a seu lado. Virando o rosto, deparou-se com um Laxus passando a seu lado em direção ao outro lado do corredor, onde o Raijinshu se encontrava. Ele rodou algo nos dedos, jogando em sua direção e ela esticou as mãos a tempo de capturar o molho de chaves no ar. — Achei numa sala por aí, acho que é seu.

Assentiu com a cabeça, levantando as chaves para observar se não haviam sido danificadas. Soltou um suspiro aliviado ao constatar que não, estava tudo em ordem com seus preciosos amigos.

—Você perdeu, Erza! — exclamou Happy, dando pequenos pulinhos animados ao lado de Natsu, seus grandes olhos negros brilhando intensamente. — O Natsu e a Lucy deram a maior surra no líder!

Com a maior surra você quer dizer que apanhamos e acertamos um golpe mais forte, não?”, corrigiu em seus pensamentos. Estava decidida a manter o uso de sua garganta na casa do mínimo necessário, estava doendo muito apenas para respirar, falar fazia parecer que ia simplesmente apodrecer e cair.

Ou que ia matá-la, o que, claro, não ia, mas todos sabem para que servem as hipérboles.

— Oh, sério? — Erza inclinou a cabeça curiosa conforme Gray e Juvia paravam ao lado do grupo.

— Sim! O Natsu deu um chute e um soco. — O gato imitou seus movimentos com uma expressão animada. — Então ele se afastou e a Lucy usou um golpe com um nome difícil...

— Urania — sugeriu o rosado, ao que a loira revirou os olhos. Ok, queria poupar a garganta, mas tinha algumas coisas que não podiam ser permitidas, como um nome daqueles.

— Uranometria — corrigiu baixinho, ao que Erza, Dragneel e Happy assentiram com a cabeça antes que a história continuasse.

— E então apareceram várias luzes e se concentraram no cara, e ele caiu no chão todo queimado — explicou, jogando suas patinhas para cima ao falar. — Foi muito legal.

Era a reação que as crianças tinham quando viam filmes de super heróis, Lucy pensou, soltando uma risadinha esganiçada para si mesma. A Scarlet parecia bem convencida pelo relato a julgar pelo modo como assentiu várias vezes com a cabeça, olhando de Natsu para a loira.

— Gray, seu estúpido, você sumiu com aquele cara! — reclamou o rosado tão longo o diálogo acabara, jogando-se para frente e agarrando o ombro do moreno, por falta de camisa para segurar.

— Como se você tivesse condição de lutar com aquele idiota — desdenhou o Fullbuster, levantando o queixo para encarar o rosado com desprezo.

Só isso foi preciso para começar uma discussão acalorada de punhos. Lucy pulou para o lado rapidamente: se qualquer um deles caísse sobre ela, ia doer infinitamente mais que o normal, o que seria bem desagradável.

Ao seu redor, vários de seus amigos pareciam machucados, mas ninguém em seu ridículo e deplorável estado. Procurou por alguns segundos, enquanto Erza se ocupava em apartar a briga e Happy gritava para Natsu acabar com o ‘gelinho’.

Tão logo viu os cabelos pretos, correu naquela direção, ignorando a sensação desagradável da sola machucada de seus pés contra o chão. Deu a volta em Cana e em Elfman antes de parar nas costas do garoto, passando seus braços por seus ombros e inclinando um pouco o rosto para tocar sua cabeça, sem se importar se iria sujá-lo de sangue.

— Lucy-nee — chamou Romeo, confuso, tentando levantar a cabeça para vê-la, mas foi impedido pelo queixo contra seus cabelos. Sentiu quando ele levantou uma mão, tocando suavemente seu antebraço. Pareceu suspirar por um momento antes de continuar: — Tá tudo bem, deu tudo certo. Nós estamos vivos e vamos voltar pra casa.

Para a Fairy Tail — sussurrou, sentindo algumas lágrimas insistentes em seus olhos.

Por Deus, havia chorado tanto aquele dia, de onde estava saindo tanto líquido? Ia ficar desidratada daquele jeito!

Sua voz esganiçada e baixa havia alcançado mais ouvidos do que esperava. Ao abrir os olhos, percebeu alguns olhares intensos vindos de Raijinshu, Macao, Laxus, além de Alzack e a esposa e os pequenos orbes de Makarov.

Este último prendeu sua atenção. Ele a observava seriamente, parecendo analisar seu comportamento a partir das minúcias, mas Lucy decidiu não se importar, fechando os olhos e se concentrando no toque de Romeo em seu braço suavemente.

— Ela está certa, você sabe — a voz fina enunciou. Não precisou abrir os olhos para saber que Mavis estava conversando com o último mestre da guilda.

Só permitiu-se abrir as pálpebras novamente quando uma mão quente tocou seu ombro. Levantando o olhar, deparou-se com o par de olhos verdes musgo mais lindo do mundo, o que a fez dar um pequeno sorriso choroso. Seus braços escorregaram do pescoço de Romeo, que finalmente conseguiu se virar para olhá-la.

— Ah, Natsu-nii — cumprimentou, surpreso. Então deu um sorriso largo. — Obrigado por me ajudar antes.

— Que isso — respondeu o dragão de fogo, dando sua típica risada escandalosa. — Pros amigos sempre faço. Agora me dá um segundo — pediu, escorregando seus dedos ao redor dos de Lucy.

O moreno abaixou o olhar, analisando suas mãos entrelaçadas por um segundo antes de levantar a cabeça para olhar de um rosto para o outro, franzindo a sobrancelha.

— Não sabia que vocês estavam num relacionamento — comentou, parecendo surpreso. Bem, Lucy também estaria, considerando que ele os viu se aproximando ao longo do tempo, provavelmente sempre considerando os dois como bons amigos, do mesmo jeito que a maioria do mundo e até eles mesmos pensavam.

Abriu a boca para dizer que não estavam em relacionamento algum — embora os últimos tempos tivessem envolvido beijos demais para o seu usual —, mas Natsu falou primeiro:

— Sim. Começamos faz pouco tempo — e pôs uma mão na nuca, dando um sorriso envergonhado.

A loira o olhou, boquiaberta. Quer dizer, bota pouco tempo nisso, foi há instantes, pensou. Sentiu-se bastante tentada a soltar suas mãos e sair batendo duro, mas não teria a mesma graça se não tivesse saltos para ecoarem contra o piso.

— De qualquer jeito, com licença — começou o rosado educadamente, virando-se e arrastando a maga estelar consigo.

E andou, andou, andou e andou, até que estavam fora do complexo da Cobweb, numa pequena rua deserta e, por qualquer motivo, não em pedaços, como o interior da guilda.

Natsu parou, soltando suas mãos suavemente, como se tivesse medo de machucá-la. Tão logo estavam separados, encostou-se à parede de uma casa, evitando o olhar da loira enquanto encarava o chão.

Lucy inclinou a cabeça para o lado, sentindo seus cabelos escorrerem sobre o braço nu, causando pequenas cócegas. Talvez devesse cortá-los novamente, davam muito trabalho, pensava, antes de ser interrompida:

— Eu fui embora há um ano — disse ele, encarando um paralelepípedo do chão de modo vago.

Assentiu com a cabeça, embora não pudesse vê-la.

— Fui embora há um ano, e não sabia de nada. Não sabia de absolutamente nada — explicou, a voz anormalmente embebida em nervoso. Parecia bastante tenso, embora botasse algum esforço em manter a postura despojada. — Não sabia de nada sobre ser um adulto, ou sobre o valor da guilda até que você disse que ela se foi, não sabia que ir embora sozinho não ia resolver nada, não sabia que... — Respirou fundo, fechando os olhos. — Não sabia que eu tinha te deixado esperando.

A Heartfillia prendeu a respiração, um tanto surpresa. Sobre o que exatamente ele pretendia discursar?

— Eu não sabia de nada sobre a vida, nem sobre o medo, nem sobre o amor — enunciou. — E eu não sabia absolutamente nada sobre você, Lucy. Sobre como você é linda quando sorri, como você guarda os sentimentos preciosos tão fundo e não os deixa ir embora, como o seu humor flutuante pode ser tão bonitinho... — Soltou uma risadinha baixa e ela se perguntava sobre o que exatamente estava se lembrando. — Você é tão brilhante... Eu não podia ver isso antes.

Suspirou, colocando uma mão na testa e aquilo em seu rosto era um rubor?

— Nós decidimos viajar, foi maravilhoso. Algumas das melhores viagens são as que a gente nem sabe onde vamos acordar no dia seguinte. E nós fizemos exatamente isso, fomos embora, não pensamos, especialmente eu. Mas foi bom, foi bom dormir e acordar e ver você, Lucy. Foi bom saber que podíamos nos ver todos os dias de novo. Eu senti sua falta. Bastante...

— Na...

— Deixe eu terminar — interrompeu nervosamente, ainda sem olhá-la. Lucy fechou os lábios, sentindo um calor estranho em seu estômago. — Então, eu não entendo... Nós nos aproximamos, nós sempre fomos próximos, e você gostava de mim, desde não sei quando. Provavelmente as nossas memórias devem ter te feito sofrer, enquanto eu adorava relembrar. Provavelmente você deve ter chorado, enquanto eu sonhei sobre ser mais forte.

Ah, ela queria tanto interromper! Foi uma tortura fechar a boca e esperar enquanto ele desajeitadamente se atrapalhava com as palavras.

— Não importa o que aconteceu antes, eu mudei, um pouco. Eu queria saber algo que poderia fazer os dias ficarem mais felizes, eu queria encontrar o motivo para estar vivo que o Igneel tinha dito. Eu acho que demorei um pouco pra entender, mas dizem que quando queremos muito uma coisa, ela pode se tornar realidade... E funcionou comigo, na minha busca.

Então resmungou um pouco baixinho, como se estivesse irritado consigo mesmo. Tirou a mão da cabeça, deixando os dedos se fecharem num punho trêmulo ao redor da barra de sua camisa rasgada e seus profundos olhos a fitaram, escurecidos sob a luz da lua.

— O que eu quero dizer é que... — murmurou, o rosto ficando mais corado. — É que eu encontrei um motivo para estar vivo. E esse motivo é você.

Lucy soltou a respiração que não sabia que estava prendendo, sentindo o mundo rodar e o calor em seu estômago se expandir, tomando o corpo inteiro com facilidade. Seus dedos tremeram, seus lábios tremeram, sua alma tremeu em seu interior.

Então o garoto estendeu as mãos, prendendo-as ao redor de sua nuca e cintura e puxando a loira delicadamente de encontro a seu corpo para envolvê-la com os braços quentes. E foi muito injusto quando completou com os lábios próximos aos ouvidos machucados dela:

— Não desapareça nunca mais, Luce. Não posso mais viver sem você.

Quem precisa de uma declaração de amor e de um pedido de namoro? Ah, ela não precisava!

Natsu... — murmurou, enterrando o nariz nas roupas dele e inspirando com o nariz um pouco embargado. O cheiro masculino, nem tão doce, nem tão amargo, simplesmente perfeito, mergulhou em suas narinas.

Podia entender perfeitamente, é claro. Por qualquer motivo, todos tinham a oportunidade de ser jovens, os mais velhos algum dia foram jovens, e todos cometeram os mesmos erros. E todos sempre procuraram por um motivo para estar vivos, por um motivo para justificar sua existência. A maioria demorava muito para encontrar a resposta.

Mas Lucy sabia. Para salvar, para lutar, para ser feliz, para amar.

No fundo, todos queriam ser uma pequena estrela e iluminar aquele céu tão escuro com seu brilho, por menor que fosse, por mais lânguido que estivesse. E embora, comparados àquele grande universo, e a todos os outros existentes, eles não passassem de um grão de poeira, eles com certeza podiam ser as estrelas brilhantes no mundo de outra pessoa.

Natsu era seu sol, pensou, sorrindo para si mesma. A maior estrela de todas, a mais brilhante.

E poderia enfim celebrar todos os dias de uma vida, se fosse ao lado dele.

Deixou os dedos subirem, parando-os no queixo fino do garoto e afastou um pouco seus corpos, apenas o suficiente para que pudesse olhá-lo nos olhos.

— Vou traduzir pra você — ciciou carinhosamente, ao que ele apenas assentiu com o rosto sério. — Isso significa eu te amo.

O rosado deu um pequeno sorriso, encostando suas testas uma na outra.

— Você sempre sabe as palavras certas, senhorita escritora.

E sua pequena história de amor foi selada com um beijo.

~*~

— Levy está bem? — perguntou Erza, tão logo chegaram ao hotel. Wendy estava sentada no corredor com uma expressão bastante cansada quando Charle parou a seu lado e lhe deu um encorajador tapa nas costas.

— Sim. Levy-san está bem — respondeu, levantando o olhar para o grupo, parecendo se contorcer mentalmente ao ver seus machucados, e Lucy imaginava o quão exausta estava naquele momento.

— E então, eram gêmeos? — perguntou Cana.

Todos no corredor se calaram e a olharam, surpresos. A morena piscou, encarando-os com uma expressão desconfiada.

— Como você sabe que podiam ser gêmeos? — inquiriu Elfman de sua posição ao lado de Evergreen. Cana simplesmente jogou o cabelo para o lado como uma modelo de xampu e deu uma risadinha sedutora que pareceu não agradar nada a maga fada.

— Eu sei de muita coisa, grandão — brincou.

Lisanna deu de ombors, como se não se importasse realmente com o assunto, mesmo que tivesse sido ela a levantar a hipótese em primeiro lugar, e logo Lucy entendeu porque:

— O bebê não nasceu — explicou a maga do céu, dando um sorriso de desculpas para o grupo de olhares incrédulos que recaíram sobre sua pequena figura. — Conseguimos controlar a situação e o parto não foi necessário. Eu fiz alguns exames com a magia, mas está tudo bem com a Levy e com o bebê.

— Ah, então era só um — resmungou Cana, fazendo bico.

— Eu nunca disse que era um só — respondeu a azulada, levantando uma sobrancelha.

— Então são gêmeos? — Os olhos de Lisanna brilharam ao virar para a mais nova com as mãos unidas em expectativa.

Ah, até que fazia sentido, estava indiferente porque não podia ter certeza se sua teoria estava certa ou não, mas dada a possibilidade, parecia se animar. Lucy rodou os olhos, imaginando quanto tempo ia demorar para que eles começassem um aposta sobre o número de crianças e seus respectivos sexos.

Seus amigos eram tão previsíveis.

— Eu também não disse que são gêmeos, Lisanna-san — retorquiu a Marvel com a voz ríspida, fazendo a loira se perguntar quantas vezes a albina devia ter feito essa pergunta nas últimas horas.

— Bem, nós vamos descobrir cedo ou tarde — concluiu a beberrona, batendo palmas para a própria ideia. — Ia facilitar muito se você contasse agora.

— Não vou falar nada — recusou-se a baixinha, cruzando os braços. Em seguida, as três soltaram algumas risadas divertidas, fazendo o corredor se encher de vida novamente. Todos que estavam tensos relaxaram, inclusive Lucy, que sorriu para si mesma. A Fairy Tail conseguia fazer tudo parecer bom com tanta facilidade que chegava a invejar.

Deu a volta no grupo, almejando alcançar o quarto. Tocou a maçaneta de leve, indecisa por um momento, mas então uma mão quente pousou sobre seu ombro e ao virar o rosto se deparou com um semblante impassível. Natsu aquiesceu com a cabeça, incentivando-a a continuar.

Abriu a porta, deparando-se com uma cena muito bonitinha.

Levy estava deitada na cama com sua grande barriga coberta pelo lençol branco. Seu rosto parecia cansado, mas composto, e Gajeel se sentava ao lado do leito segurando uma de suas mãos com suas duas palmas grandes. Pareciam estar tendo alguma conversa privada, mas ambos pararam para olhar para a porta.

— Ah, desc... — começou a dizer a loira, mas foi prontamente interrompida:

— Lu-chan, entra! — chamou a baixinha, soltando-se do moreno para levantar os braços num pedido silencioso por um abraço.

Lucy sorriu, seguindo até a cama com ânimo e se abaixando para envolver o corpo pequeno da amiga. Ignorou quando Levy apertou seu ombro ferido, preferindo prolongar o contato.

— Eu achei que não fosse te ver de novo — confessou a maga de cabelos azuis, num fio de voz aliviado.

— Eu também — concordou a loira, forçando os sentimentos para dentro do peito. Ela não ia chorar de novo, de jeito nenhum!

Afastou-se um pouco, sentindo imediatamente falta do toque amigo. De todos os membros da Fairy Tail, Levy era uma das que havia feito mais falta para a loira. Uma amiga para a qual podia desabafar seus sentimentos, com a qual podia contar, sempre bem humorada, gentil, às vezes um pouco ousada demais, mas sempre maravilhosa.

— Você foi muito forte — comentou ao ficar ereta, descendo uma das mãos à barriga da azulada sobre a coberta e acariciando carinhosamente, ao que Levy deu uma pequena risada.

— Você também — ecoou. Parecia querer dizer mais, mas foi interrompida pelo barulho do lado de fora. Segundos depois, houve um toque na porta, que Natsu abriu, por estar mais perto, revelando o pequeno Makarov.

O grisalho entrou, passando pelo rosado, que encostou a porta em seguida. Andou até o leito, seu olhar seguindo de Levy para Lucy, e parando na última. Suspirou, limpando a garganta por um momento antes de começar:

— Devido aos últimos acontecimentos, eu tomei uma decisão — explicou de modo austero. — Todos apresentaram coragem, bravura e, acima de tudo, companheirismo sem igual nestes últimos dias. O plano de Maurin e da Cobweb de nos unir com o sequestro de Romeo nunca teria dado certo se não fôssemos unidos como uma família em primeiro lugar.

— Isso quer dizer que você quer abrir a Fairy Tail outra vez? — interrompeu Levy com a voz animada.

Makarov a encarou por alguns instantes antes de bufar de brincadeira.

— A gente passa um tempão bolando um discurso inspirador pra uma espertinha chegar e tirar as palavras da nossa boca — riu. A azulada pediu desculpas rapidamente, que o mago dispensou com um aceno da mão. — É isso. Quero reabrir a Fairy Tail outra vez. Tenho certeza de que é uma ótima decisão. Agora continuem a sua reunião feliz de garotas — finalizou, dando um sorriso e seguindo de volta para o corredor, do qual podia ser ouvido o estardalhaço que os membros da guilda faziam, comemorando o acontecimento.

Mavis se materializou atrás dele, dando um pequeno aceno para as duas antes de desaparecer atrás da porta.

A loira esperava ouvir Erza ralhando com todos a qualquer momento, quando seus pensamentos foram interrompidos:

— Lu-chan, seu pescoço está roxo — comentou Levy, dando uma pequena risadinha quando a Heartfillia deixou seus olhos caírem sobre a amiga.

— Sim — concordou amistosamente, voltando ao ponto no qual havia parado e colocando a mão de novo sobre o ventre da McGarden.

— De certa forma, combina com o cabelo do Natsu agora — zombou a menor.

— Claro, com certeza — desdenhou a maga estelar, dando uma pequena risadinha com sua garganta dolorida, a atenção concentrada no bebê sob seus dedos.

Era assim que tudo tinha que ser. Mesmo após altos e baixos, os imprevistos de sempre, no fim todos podiam sorrir e comemorar, celebrar e continuar em frente. Não era um final feliz, porque a loira torcia para que o final ainda demorasse bastante a chegar, mas certamente era um maravilhoso começo. Então, não, ela não chamaria de felizes para sempre, e para sempre nem existia para começo de conversa. Como Natsu dissera, era ótima em encontrar termos para se expressar, então foi o que fez.

Aquela definitivamente era uma bela, bela vida.


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Notas finais do capítulo

Yey, e é isso!
Tecnicamente acabou, mas ainda tem os extras, então não se esqueçam disso aqui, hein!! kkkkk Embora eu não pretenda postar os extras um atrás do outro, como os capítulos (vou tomar mais tempo e caprichar mais pra não saírem com 1000 palavras kkkkkk), eles ainda virão, hein!
Essa foi a única música que eu escolhi. Embora provavelmente eu tenha interpretado ela de um jeito bem diferente da maioria das pessoas (minha interpretação está no capítulo kkkk), ainda assim é uma música maravilhosa e não hesitei em escolher ela quando fiz os paralelos kkkkk.
Queria convidar todos os leitores a falar comigo dessa vez. Sei que muitos não querem, mas quem quiser, estiver disposto, pode deixar comentários ou mandar mensagens privadas. Eu não mordo, nem vou cobrar nada de ninguém, juro :D Adoro conhecer meus leitores, gosto bastante de conversar com eles pelas notas e comentários. E, bem, é isso, obrigada a todos que comentaram, leram, favoritaram, acompanharam, recomendaram e etc, todos, sem exceção, são maravilhosos!
Agradeço de coração por terem abraçado esse projeto tanto quanto eu. Seu apoio foi essencial para que chegássemos a esse final :)
E fim kkkkkk

Até mais tarde, pra quem decidir ler os extras!

Beijitinhoooooooooooooooooos

PS: Responderei os reviews quando der, estou devendo um punhado agora kkkk.
PS²: O primeiro extra vai sair em breve, mas não acho que 'breve' inclua amanhã kkkkkk Fiquem de olho :)