Pray For Love escrita por Lizzie-chan


Capítulo 18
Capítulo 17 - Don't Stop Me Now


Notas iniciais do capítulo

Yey, fazendo minhas notas aqui kkkk
Mais uma vez, agradeço todos vocês pelo feedback, é sempre um prazer ver os seus reviews, me faz dar o meu melhor, agora e sempre :D
Esse capítulo ficou um pouco mais corrido do que eu queria. Podia ter detalhado mais e deixado as coisas mais fluídas, mas acabei começando a escrever meio tarde e foi isso que saiu kkkkkk

Boa leitura!!!
(Título: Não me pare agora)
➢ Dia 22: Don't Stop Me Now - Queen



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Le-levy-chan! — exclamou a loira. No susto, sua mão boa deixou o guarda-chuva cair no chão, expondo as duas à chuva fria, que cortou o ar até sua pele impiedosamente. A baixinha apertou os braços ao redor de sua cintura com força, enterrando o rosto na clavícula de Lucy, sua respiração quente sobre a pele fria da maga, e seus corpos precariamente se prensavam juntos enquanto ela falava:

— Eu senti tanto a sua falta, Lu-chan! Lisanna disse que você e Natsu iam voltar logo, e vocês demoraram tanto, eu queria procurar vocês... — lamentou, a voz chorosa. — Eu soube do Romeo...

— Romeo... — ecoou a loira, suavizando a expressão. Levy a havia pegado de surpresa, mas já estava se recuperando do choque inicial. Antes que pudesse afastar a mais baixa e guiá-la para o interior do hotel, no entanto, uma mão grande surgiu e, com aperto férreo, puxou a baixinha pela blusa para o alto.

O rosto de feições sérias de Gajeel entrou em cena em segundos.

— Ei, baixinha, eu disse pra não sair na chuva — resmungou ele. Ao encontrar os olhos de Lucy, simplesmente fez sinal para que a loira o acompanhasse e se virou para entrar no edifício.

A Heartfillia observou um pouco surpresa pelas portas de vidro o interior do hall de entrada do hotel, no qual não apenas Gajeel, Levy, Lisanna e Lily os esperavam, mas outras cinco cabeças, incluindo uma de orelhas azuis de gato, aguardavam viradas para o lado de fora.

Adiantou-se, agarrando o guarda-chuva de qualquer jeito e correndo para o interior logo atrás de Gajeel.

— Pessoal! — chamou, surpresa, e vários sorrisos, alguns entristecidos, foram enviados em sua direção.

— Ficamos sabendo das notícias e decidimos vir — explicou rapidamente Erza, erguendo-se da poltrona branca na qual estivera acomodada para cumprimentar a loira de modo cordial. — Há quanto tempo, Lucy, fico feliz de ver que você está bem.

— E-eu também... — murmurou, olhando-a de cima a baixo. Parecia estar exatamente igual, exceto pelo cabelo, levemente mais curto e preso num rabo de cavalo atrás de sua nuca. Usava sua armadura favorita e embora sua expressão não fosse plenamente feliz, o controle emocional digno de sua pessoa estava trabalhando para mantê-la calma e racional, diferente da maioria da humanidade quando um amigo morre.

— Também estou feliz de ver que você está bem — concordou a loira, acenando para ela do outro lado da sala com um sorriso no rosto.

— Natsu! — gritou Happy assim que o garoto atravessou o tapete de entrada do prédio. Não poupou uma gota de magia ao criar suas asas e voar de encontro ao peito úmido do mago de fogo, que pulou surpreso.

— Happy! — E sorriu pela primeira vez desde a notícia de Romeo.

Lucy estreitou levemente os olhos, soltando um suspiro antes de convidar todos para conversarem no restaurante do hotel.

Aquele não era o sorriso verdadeiro.

~*~

— Então, como estão as coisas com você, Erza? — perguntou para a ruiva, que cortava elegantemente um pedaço de sua fatia de bolo de morango com chantilly. Parou com o garfo cheio da pasta branca, olhando a loira calmamente.

— Relativamente bem. Meus vizinhos são todos maravilhosos, eu os ajudo com magia às vezes. É uma cidade realmente calma e gostosa de se viver — explicou, sonhadora. — Fazia muito tempo que não via ninguém da Fairy Tail, e então Juvia voou pela minha porta — descreveu, dando uma pequena risadinha quando a azulada corou e fez bico. — Foi muito divertido rever vocês, apenas não esperava que seria nessas circunstâncias.

— E como afinal vocês souberam do que aconteceu e vieram pra cá? — perguntou a loira, inclinando a cabeça ligeiramente para o lado. O garçom surgiu por suas costas e depositou seus pasteizinhos de queijo à sua frente enquanto aguardava a resposta.

Achou que seria Erza a explicar, mas quem começou a falar foi Lisanna:

— A notícia já se espalhou um pouco — contou a albina, remexendo a colherzinha em seu café com leite. — Contatei quem pude e estou orientando todos a virem pra cá pra podermos conversar, explicar tudo, você sabe. Afinal, você e Natsu foram reconhecer o corpo, então não pode estar errado.

— É... Não pode... — murmurou a loira, deixando seus olhos caírem para o lanche a sua frente.

Não estava realmente com fome. Ficara feliz pelo reencontro, embora ainda estivesse esperando Levy voltar de seu quarto, onde havia ido trocar as roupas molhadas por insistência de Gajeel, para botar os assuntos em dia.

Levantou um pouco o olhar, observando o moreno Redfox discutindo com Natsu e Gray enquanto Happy e Lily se entendiam à sua maneira. Todos pareciam relaxados, embora a tensão não fosse inexistência, mas o caso especial de Natsu a preocupava.

Após o episódio do lado da igreja, ela achou que ele fosse seguir para o estágio da raiva, ou pelo menos da depressão, mas a julgar pelo comportamento, com certeza ainda estava na negação. Sorria dessa vez, provocando os amigos e falando bobagem, mas a risada não alcançava seus olhos, de modo algum.

— Então tem mais gente vindo? — questionou, voltando a atenção para a albina novamente.

— Sim. — Dessa vez quem concordou foi Mirajane, dando um de seus sorrisos açucarados. — Pelo que soubemos, os mais próximos eram Levy e Gajeel, mas logo Laxus e sua equipe devem estar por aqui Também. Acho que Cana também estava pelos arredores.

— Laxus, é? — brincou sua irmã, dando um sorrso sacana e uma cotovelada sabichona na direção da Strauss, que se inclinou um pouco para trás com a expressão praticamente imutável.

— Laxus, sim, por quê?

— Mira-nee, às vezes você não brinca como deveria — zombou a albina, rodando os olhos. Então colocou uma mão no queixo e continuou pensativamente: — Wendy foi a primeira a responder, no entanto. Acho que logo ela deve estar...

— Lisanna-san! — chamou uma voz entrando no salão.

— Aqui — terminou, levantando uma mão para a azulada. — Wendy?

A pequena atravessou o espaço que as separava do resto do grupo com uma expressão preocupada. Seus pequenos passos ecoavam no piso, quase inaudíveis, mas presentes, e seus cabelos, agora num corte Chanel curto, esvoaçavam ao redor de suas orelhas enquanto andava.

Parou perto da cadeira de Juvia, esbaforida, e sua gata voou acima de sua cabeça com sua habitual pose superior e imponente.

— Charle! — notou Happy, a voz estridente. A gata branca o olhou por um instante, então, embora ainda mantivesse a fachada arrogante, deu um sorriso para ele e acenou de volta, indo se juntar aos Exceed com elegância.

— Pessoal... — começou a Marvel, ainda sem ar, as mãos sobre os joelhos enquanto procurava retomar o fôlego. — Eu vim... O mais rápido... Que pude... Está tudo bem?

E levantou seu olhar, ao que Lisanna estreitou os olhos, os lábios em uma linha reta, e silenciosamente fez que sim com a cabeça.

— Nós estamos bem, mas o corpo... Natsu e Lucy reconheceram como Romeo — contou baixinho. A mais nova rapidamente colocou seus olhos sobre Lucy, e a loira estremeceu ao perceber a tristeza naqueles orbes escuros.

E ela havia reconhecido o corpo, portanto, a responsabilidade sobre a notícia caía sobre seus ombros.

— Estava difícil de ver com certeza, mas era ele sim... — confessou, fechando os olhos. A imagem do que havia visto mais cedo assombrava a parte interna de suas pálpebras, fazendo-a sentir enjôo. Era uma sensação horrível, certamente. Dizem que uma vez que você vê alguém querido morto, a imagem persegue sua mente. Com certeza não era só um boato.

— Ah... — começou a azulada, mas não teve tempo de dizer muito mais coisa antes de ser interrompida:

— Wendy? Oh, você veio rápido — comentou Levy, se aproximando do grupo com um vestido branco bonito que ficava largo em seu corpo e a fazia parecer uma fada.

Todos ficaram em silêncio, mas não foi por causa de sua chegada, nem por causa da roupa bonita. Na verdade, Natsu fez questão de verbalizar os pensamentos universais naquele momento:

— Levy, você engordou.

A baixinha arregalou os olhos e franziu as sobrancelhas, preparada para revidar, quando Lucy tomou a dianteira da reclamação:

— Ela não está gorda, idiota, ela está grávida!

Erza deixou o garfo de seu doce cair sobre a cobertura de chantilly com uma expressão estarrecida. Mirajane continuou sorrindo, afinal, esse era seu forte, e o restante da mesa, tirando Gajeel, encararam a barriga arredondada da maga de cabelos azuis com bocas abertas e olhos arregalados.

G-grávida? — começou a Titânia, a voz trêmula.

— Ah, sim... — concordou a baixinha, abaixando o olhar e corando devido a toda a atenção que estava recebendo de repente. — Eu estou grávida.

— De quem? — questionou o Salamander, parecendo ser rápido em superar o choque inicial. — Jet? Droy?

— O que você está tentando insinuar, cabeça de fósforo? — resmungou o dragão de ferro, esticando um braço e agarrando a gola da camisa molhada do mago, que rapidamente o olhou confuso.

— Eu estou fazendo uma pergunta — disse inocentemente.

— E eu estou respondendo — falou, puxando o braço livre para trás, pronto para socar o rosado e começar a briga do século, quando Levy interrompeu seu intento com a voz furiosa:

— É óbvio que é do Gajeel, não seja bobo. E solte ele, nós não precisamos de mais violência hoje — ordenou autoritária, cruzando os braços sobre seu ventre proeminente.

O Redfox gelou e deixou as mãos caírem ao lado do corpo, parecendo levemente frustrado enquanto reclamava para si mesmo baixinho. A gestante pareceu decidir ignorá-lo, a julgar pelo modo como tomou o assento ao lado do de Lucy com simplicidade.

— V-você está grávida... — reiterou Erza, trêmula, olhando-a com o rosto corado. — P-parabéns.

— Obrigada — agradeceu a baixinha, olhando-a um pouco preocupada com seu comportamento. — Você está bem?

— Então Gajeel-kun dizer pra que você não saísse na chuva, depois te pedir para ir trocar de roupa era tudo cuidados com você por causa do bebê — intuiu Juvia, juntando as mãos em expectativa, ao que Levy assentiu com a cabeça distraidamente. — Ahh, Juvia quer que Gray-sama faça o mesmo com ela!

E-ei, eu posso ouvir — informou o moreno, do outro lado da mesa, antes de ser engolfado numa nova discussão com Gajeel e Natsu.

— Que fofo. Quem diria que ele podia ter um coração de ferro derretido — brincou Lisanna, levantando sua xícara de café com leite e tomando um gole, um sorriso em seus lábios.

— É, quem diria — concordou a baixinha, roubando um pastelzinho de Lucy sem permissão, ao que a loira aquiesceu internamente. — Desculpem não ter falado antes, vocês não notaram por causa do casaco grande que eu estava usando, né?

— Sim — anuiu Mira, juntando as mãos cruzadas sob o queixo. — De quantos meses você está?

— Cinco — informou a pequena, pondo uma mão sobre a barriga distraidamente. — Não acho que era pra estar tão grande com cinco meses, mas os médicos disseram que não parece ter nada de errado.

— Vai ver são gêmeos — brincou a albina, ainda sorrindo. Levy pulou na cadeira, arregalando os olhos.

Nesse momento, a risada de Natsu ecoou vinda do outro lado da mesa. Parecia feliz, mas a loira podia claramente notar a falta de algo, o que a fez morder o lábio inferior e apertar as mãos em punho. Não queria assistir àquilo.

Não queria.

V-você acha? — indagou a McGarden, inclinando-se sobre a mas inconscientemente tentando se aproximar da Strauss, como se sua especulação fosse um segredo sigiloso.

— Com licença — pediu a Heartfillia, a voz baixa, empurrando sua cadeira e se levantando. Deu a volta na mesa, passando por uma Wendy silenciosa, e parou em frente a Natsu, agarrando sua gola e puxando-o consigo para longe. — Temos que conversar.

Se ele estivesse normal, não teria ignorado o silêncio de Wendy. Embora ela observasse a conversa das garotas, não parecia calma, e Charle dedicava a ela pequenas olhadelas ocasionais, como se estivesse preocupada.

— Ei, Lucy... — reclamou o garoto, enquanto ela o arrastava até a curva do corredor dos banheiros, na parede da qual bateu as costas dele, apenas quando ambos não eram mais visíveis para o pessoal à mesa. — O que foi?

— Pare com isso — ordenou rispidamente, o olhar para o chão, sua franja cobrindo os olhos.

— Parar o quê? — rebateu, a voz parecendo confusa e um pouco frustrada.

— Esse seu comportamento — retorquiu, a voz dura, e então levantou os olhos para ele, preocupados, brilhantes, dolorosos. — Para de fingir que está tudo bem, Natsu, porque não está. Então será que dá pra parar? Dói ver você assim.

— Mas eu me sinto tão bem — disse, franzindo o nariz e as sobrancelhas, irritado. — Por que eu tenho que sofrer? Eu me sinto ótimo desse jeito, me sinto muito bem, por que eu tenho que parar? Eu não quero. Não me pare agora.

— Mas você tem que parar! — afirmou categoricamente, segurando seu olhar feio com o dela. — Pare de se iludir, isso não é bom para Romeo e nem pra você!

— Você não vai me impe...

— Natsu-san, Lucy-san — chamou Wendy, aproximando-se dos dois de surpresa, e passando os braços ao redor da loira com suavidade. — Parem de brigar, por favor...

Sua voz era baixa e havia um toque choroso. Enterrou o rosto nas roupas úmidas de Lucy e o par parou para observá-la por um momento enquanto ela soluçava baixinho, parecendo preocupada, sôfrega.

A maga celestial levantou o olhar para o dragão de fogo, que a observou por um momento, inexpressivo, então suspirou, dando-se por vencido e relaxando a postura dura de anteriormente. A garota virou um pouco o corpo, ficando de frente para Wendy, e então levantou uma mão para acariciar carinhosamente suas curtas madeixas azuis, tão brilhantes.

— V-vocês... Vocês viram o Romeo, não é? — perguntou, a voz chorosa. — Vocês viram ele, não viram?

— Vimos — concordou Natsu secamente.

— Eu quero vê-lo. Onde ele está? — inquiriu, o rosto ainda invisível contra a blusa branca da mais velha.

— W-wendy, isso...

— Não, Lucy-san. Eu preciso vê-lo... — confessou, afastando um pouco o rosto da gartoa para poder olhá-la nos olhos. — Eu preciso...

Mas...

— Lucy, deixa ela — ordenou Natsu, a expressão completamente séria enquanto a Marvel levantava o olhar para seu rosto de pedra.

Quando terminou de descrever o caminho, ela inclinou a cabeça em agradecimento e seus olhos inchados guiaram seu caminho para fora do salão.

Lucy suspirou, pondo uma mão na testa a contra gosto e lançando um olhar irritado para Natsu, que observava a partida da garota com uma expressão pensativa, mas resignada.

Uma hora e meia depois, quando os dois já estavam em seu quarto, com Happy animadamente contando a Natsu como fora o tempo em que estiveram separados, uma batida solitária e seca soou em sua porta.

Lucy se adiantou para atender, encontrando Wendy sobre o batente.

Seus fios de cabelos curtos estavam molhados e escorridos ao redor do rosto, alguns grudando em sua pele. Sua boca era uma linha reta e dura, o queixo fino e trêmulo, as bochechas coradas, cada centímetro da pele molhado de chuva, as roupas escuras se moldando enrugadas ao corpo.

Suas sobrancelhas se contraíam obstinadamente sobre seus olhos brilhantes, tão brilhantes de determinação que fizeram a loira estremecer e dar um passo involuntário para trás, em choque. As palavras que deixaram seus lábios foram diferentes de tudo o que havia dito antes, e seu impacto foi assombroso para uma simples frase:

Eu acho que Romeo está vivo.


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Notas finais do capítulo

TAN TAN TAAAAAAN
Kkkkkkkkkkkk
Para a felicidade geral da nação, começamos nosso mistério ;D
Gente, me toquei que não expliquei na nota de ontem kkkkk. Pra quem não sabe, a Lucy está fazendo referências no texto aos cinco estágios do luto, iniciados pela negação e finalizados pela aceitação. Obviamente ela entende muito bem disso, já que está esperando o Natsu entrar no estágio da raiva (que no caso é o segundo). kkkkkkk
Pessoas, minhas aulas na faculdade começam, like, segunda 23, então talvez eu me atrapalhe pra responder os reviews e postar os capítulos. Vou tentar não pular nenhum dia, mas na pior das hipóteses, vou dar o meu melhor pra continuar o andamento da história com um pedaço a menos kkkkkk Obrigada a todos que estão me apoiando de diversas maneiras, vocês são leitores super carinhosos e estão tornando fevereiro o melhor mês do meu ano, de longe :) então, obrigada, de coração.

Beijitinhooooooooooooos