Foxy x Bonnie: nosso segredo escrita por Unicórnio gordo


Capítulo 9
Conflito interior


Notas iniciais do capítulo

olá! ^^ para o capítulo, de hoje, resolvi fazer uma coisa nova: dessa vez o POV é do Bonnie. assim fica bem mais fácil de entender o que acontece. boa leitura!



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Bonnie POV

Naquela noite, assim como nas anteriores, eu dormi, recostando minha cabeça, no colo de Foxy, que por sua vez, dormia sentado mesmo. Quando acordei, ele já estava desperto. Senti três gotas caindo na minha bochecha esquerda. Era a segunda vez que eu o via chorando. E percebi que dessa vez era coisa seria.

_O... O que houve Foxy?

_Hoje é... Meu...

Ele nem precisou completar a frase. Entendi o que estava acontecendo. Era o aniversário dele. Naquela mesma hora eu me levantei e o abracei. Aquilo com certeza estava sendo difícil para ele. Sua mão deslizou pela parte de trás do meu cabelo.

_Bon... Jure que nunca vai me deixar sozinho... Por favor. Você é a única pessoa que eu tenho e... Eu...

_Shhh, não precisa dizer mais nada. Claro que juro. Agora, poderia ser gentil e parar de chorar? Quer dizer... Ahhn ignore o que eu disse. Você deve estar sofrendo, e precisa deixar isso sair de uma vez...

Foxy me abraçou forte, mais do que de costume. Ele devia estar sentindo falta da família, assim como todos nós estávamos. O abracei de volta. Sabia como era... Do nada perder o bem mais importante... Bom, pelo menos comigo foi assim. Quando eu ainda era pequeno, lembro que meu pai batia em mim e na minha mãe. Até que um dia ela não aguentou e se divorciou. Claro que ele não deixou barato. Ele voltou e bateu muito na minha mãe. Muito mesmo. Estava no meu quarto. Ali tinha um telefone. Disquei 911. A polícia chegou logo em seguida. Prenderam meu pai. Chama-lo assim ainda é estranho. Sabe, acho que sempre vai ser. Enfim. Mamãe era uma mulher muito bonita (sinceramente, acho que continua sendo), e tinha muitos pretendentes. Mas ela se importava sempre comigo. Isso é o que faz mais falta agora. O abraço que ela sempre me dava quando eu tinha pesadelos de quando... “Meu pai” chegava bêbado e zangado em casa e...

(Pare de lembrar isso, Bonnie!).

Certo... Continuando... Enquanto eu e Foxy ainda estávamos abraçados, perguntei:

_Quantos anos está fazendo?

_Nem lembro... Sei que são mais de vinte e cinco.

_Ah... Entendi.

De fato ele era o mais velho entre nós. Ou não. Ninguém sabia a real idade de Freddy (ou Goldy), mas isso não tem grande importância.

O beijei. Ainda havia lágrimas pelo seu rosto.

_Já volto...

Fui até a cozinha. Abri a geladeira e procurei por alguma coisa doce. Ali estavam alguns cupcakes (oh, finalmente alguma sobremesa por aqui!). Peguei quatro. Aproximei-me do balcão, abri uma das gavetas e consegui achar uma vela e um isqueiro. Era óbvio o que eu estava tentando fazer. Coloquei a vela no topo de um dos cupcakes, e a acendi. Pus os bolinhos~ numa bandeja prateada, e amarrei um balão azul em uma das bordas. Voltei rápido para os bastidores. Parei na porta e disse num tom de voz razoavelmente alegre.

_Feche os olhos!

Entrei, e disse: “surpresa!” quando ele me viu com aquela bandeja em mãos, soltou um largo sorriso. Me sentei ao seu lado, enquanto murmurava uma canção daquelas que todo mundo já cantou pelo menos uma vez na vida (que a propósito é a música de feliz aniversário).

_Obrigado, Bonnie!

_Não tem de que. Só estou tentando tornar esse dia menos dolo...

Não terminei. Os lábios de Foxy me interromperam. Mas foi bom. Confesso que quando ele me beijava era como se ele... Me amasse? Já faz muito tempo que eu sonho em ouvir isso dele. Acho que seria o melhor dia da minha vida. Claro que seria. Seus braços envolveram meu corpo, e ele disse:

_Obrigado, Bonnie. Muito obrigado mesmo. Sabe, eu..._ (oh, por favor... diga! Diga o que eu quero ouvir!) _ Te...

Te amo

Naquele exato momento eu não aguentei, e comecei a chorar sem parar. Meu coração parecia que ia explodir de felicidade.

_Foxy... Não sabe o quanto eu esperei por esse dia. De verdade...

(pare de chorar, coelho idiota! Isso é só um sonho! Isso nunca vai ser real! Só coisa da sua mente!)

Droga. Será que eu nunca ia conseguir ser feliz sem essa coisa me incomodar? Sabem de quem estou falando. Sim, aquele lado que eu tenho. Ele vem fazendo minha cabeça nos últimos dias. Faço o que posso e o que não posso para não me deixar levar por ele. Mas... Seu poder era maior do que eu imaginava...

_Bonnie, por favor, pare de chorar.

Hum, tinha chorado mais que o usual. Ótimo.

_Não consigo... Simplesmente não consigo...

Ele não respondeu nada, só me beijou. Intensamente. Logo aquelas três palavras começaram a ecoar na minha mente. “Eu te amo”... Foxy começou a enxugar minhas lágrimas, que não cessavam, por mais que eu tentasse. (não caia no truque dele, seu patife! Eu sempre estive aqui com você. Agora o que quer fazer? Me abandonar pra ficar com isso?).

Senti Foxy segurar minha mão direita, e sussurrar.

_Somos só nós dois agora. Tudo vai ficar bem. Ninguém vai nos atrapalhar. Só você e eu.

Naquela exata hora, meu coração paralisou por um instante. Aquelas mesmas palavras... Já as tinha ouvido em algum lugar... Minha mãe. Ela me disse isso quando estava no hospital (disse que “meu pai” tinha batido muito nela, não disse?), depois que prenderam quem fez aquilo com ela.

(não acredito! Foi só uma maldita frase! Vai se entregar de bandeja a ele só por isso? vamos, onde está o velho Bonnie? O que eu conheço? Não este não é você de verdade. Vamos, fique do meu lado! Eu sei o que é melhor pra você!)

(Cale-se!! Estou mandando! Não sabe nada sobre quem eu sou ou deixo de ser, você não é nada, só aquilo que eu mais desprezo!)

Estava de fato em um conflito entre minha mente e meu coração. Minha mente me dizia “siga-o”, mas meu coração...

(“Meu querido... Sempre faça o que o seu coraçãozinho mandar. Não importa o caso, ele sempre está certo”)

Mamãe vivia me dizendo isso.

(ela nem ao menos se lembra de você! Pare de lembrar isso!)

Senti Foxy colocando minha mão em seu peito. O “coração” (ou algo semelhante) dele estava batendo depressa.

_Consegue acreditar em mim agora?

(“Filho, sabe o que fazer...”)

_Claro que acredito!_ voei em direção a ele, abraçando-o. Levei meus lábios em direção aos de Foxy, beijando-o. Senti que as coisas iam aos poucos voltar ao normal. E assim espero.

(Então é o que você acha. Mas isso não acabou... Muito pelo contrário...)


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Notas finais do capítulo

e aí, o que acharam? comentem :v :3
abraço!