Columbus Circle, Manhattan... 22h10 da noite.

—Wade você vai matar á todos nós! – gritou Vampira segurando-se forte em seu assento dentro de uma vã que Deadpool roubara para levar á todos. —Pare essa banheira agora.
—Calma vampirinha... É só uma questão de tempo.
—Tempo de que? De passarmos dessa para a melhor?
—Gambit dê um jeito na sua garota. – o mercenário retirou as mãos do volante para se virar ao cajun.
—Eu vou se sairmos dessa com vida. – respondeu.

A vã dá algumas voltas deixando marcas de pneu no asfalto e para, estacionando corretamente entre dois carros.

—Nunca mais você pilota algo comigo dentro. – saiu da vã correndo sendo acompanhada pelos demais.
—Não vejo porque reclamas... Aliás, nós chegamos. – apontou para uma nave Krathonica que estava parada no céu próximo á Torre Stark.
—E como a nossa querida líder acha que vamos invadir aquela nave? – disse Wolverine sem expressão alguma.
—Obrigada pelo: “querida”, docinho. – passou a mão sobre o queixo do carcaju. —O plano é simples... Psylocke, Wade e Wolvie dão um jeito na segurança da Torre, desativando os robôs de guarda do Stark. Noturno entrará primeiro e checará se a nossa entrada estará segura, depois ele retornará e buscará a mim e o Remy, que iremos vasculhar os dados dos verdinhos. – sussurrava apontando os locais com o dedo. —Estão todos entendidos?
—Eu tenho uma pergunta. – Deadpool ergueu a mão direita.
—Guarde-a para você, cara. – Noturno bateu nas costas dele indo em direção á Torre junto aos outros que ignoram o Wade deixando-o falar sozinho.
—E se eu quiser ir ao banheiro? – gritou para os demais que já estavam quase chegando. —Hey, me esperem.

Deadpool alcança os demais e teletransporta Psylocke e Wolverine para a sacada da Torre Stark. Betsy esgueirava habilidosamente desviando de alguns robôs, chegando até uma porta de vidro e discando números aleatórios em um painel de segurança, fixado na parede.

—Deixa comigo, Betsy. – James aproximou dela enquanto Wade destruía os guardas mecânicos.

O mutante analisa o local por dentro, observa bem o painel de segurança, parando e estalando as mãos, ele da um soco, quebrando a porta de vidro, disparando um alarme ensurdecedor.

—Era pra entrarmos sem sermos vistos. – a telepata colocou suas mãos sobre os ouvidos para se proteger.
—Não seremos se terminarmos logo. – rosnou.

Os dois entram na frente, enquanto Psylocke fica parada, esperando os robôs de segurança se aproximarem. Feito e dito, uma fenda se abre no meio da sala de estar e um grande numero de robôs, idênticos aos trajes de batalha do Homem de Ferro, voam em direção aos invasores. Deadpool saca sua metralhadora e dispara como um louco. Wolverine, rindo satisfeito, destroça os trajes com suas garras. Betsy luta contra um enquanto outro se aproximava, ela agarra o braço do primeiro e o faz disparar contra os demais que vinham, terminando, ela decepa a cabeça do robô com sua katana.

—Tanto outros grupos para eu fazer parte, mas não, eu tinha que entrar em um aonde á homens loucos por ação. – reclamava a morena enquanto atacava.
—Hey Psy... Cuidado! – Wade alertou-a.

Um dos trajes voam em direção á ela com os braços estendidos, segurando-os com suas mãos, ela deita para trás e o joga contra a parede, impulsionando-o com os pés.

—Essa é a minha garota. – mandou um beijo para ela que não dá atenção.
—Wade, vá desligar esses robôs enquanto eu e o James tomamos conta dessas latas-velhas. – ordenou.

Wade passa pelos escuros corredores da Torre calmamente, verificando algumas salas que estavam com a porta aberta e finalmente achando o banheiro, ele entra e sai assobiando enquanto rodava a tampa da privada entre o dedo indicador. Ao achar a sala aonde as reais armaduras do Tony Stark ficavam, ele entra e retira uma tinta spray do bolso, escrevendo: “Playboy de ferro” em todas elas. Ao sair, ele vê um computador com a tela ligada e vai até ela, procurando alguns vídeos pornôs e encontrando acidentalmente algumas plantas de Sentinelas diferentes e alguns soldados especiais, pegando um pen-drive ali perto e copiando os arquivos. Ao sair da sala, ela pega sua katana e enfia em um painel grande, que desliga os robôs de segurança. Psylocke encosta um dedo em um robô que ficou paralisado com o punho em direção á ela, derrubando-o, enquanto Wolverine estava sentado em uma cadeira ao balcão que havia ali, enquanto esperava o mercenário que volta com a tampa que pegara entre o pescoço e comendo uma banana que roubara na cozinha.

—Demorou. – reclamou a mulher dando um soco em seu ombro.
—Shhh... Não grite, vai acordar os vizinhos. – deu outra mordida na banana. —Aceita?
—Eu vou matar ele.

Marie suspira aliviada ao ver os três retornarem da Torre e fazerem um sinal a ela que redireciona o sinal para Kurt que some em meio à fumaça que cria ao teletransportar. O azulão ao entrar na nave dá de cara com dois guardas alienígenas que chegam a colocar a mão sobre o comunicador, mas são derrubados por ele que corre até a sala de comando e desliga a segurança.

—Nave segura, meine freunde. – alertou á Vampira e Gambit após retornar até eles. —Vamos?

Kurt teletransporta á nave novamente, acompanhado de Vampira e Remy que logo vão para lados opostos.

“—Encontrem e recolham o máximo de informações que conseguirem.” – falou a líder ao comunicador.

Ela entra em um corredor escuro e passa direto por uma sala enorme e bem iluminada, usando invisibilidade que já havia absorvido de Susan Storm, ela adentra na sala passando direto pelos guardas e se deparando com Tony Stark ao lado do Imperador Khan.

—Incrível esses protótipos com gene X que está desenvolvendo! – exclamou Stark. —Mas não me disse como os conseguiu.
—São DNA de alguns soldados mutantes que o governo nos presenteou para ajudar nas nossas pesquisas... Nada demais. – respondeu o alienígena, convencendo o cientista.
—Projeto “Meta-X”! É esse o nome? – leu em um arquivo em um notebook que logo foi retirado de perto dele por um guarda, deixando-o desconfiado.
—Isso é confidencial.
—Estou lhe ajudando com as Sentinelas de Adamantium e nesses clones super desenvolvidos... Acho que devo pelo menos saber no que estou trabalhando.
—Não, não deve. Seu trabalho é simples, nos ajudar a desenvolver armas avançadas para a guerra que está por vir. E, aliás, você foi recomendado pelo Presidente, que disse que era o melhor nessa área.
—Genética? Não.
—Engenharia elétrica. – zangou-se. —Olha senhor Stark, acho que por hoje é só. Continuamos amanhã.
—Até mais. – retirou seu jaleco e pegou seu casaco que estava sobre uma mesa, aonde Vampira se escondia. Antes de sair, ele pega o notebook que foi tirado de perto dele e escondendo-o no casaco, passando pela porta e esbarrando na Arma Kratho, que entra na sala de pesquisas.

—Ele parece desconfiado. – comentou.
—Que desconfie. – fez um sinal para alguns cientistas para continuarem com os testes que faziam. —Não estou preocupado com que ele pensa. Ajudando-nos no projeto é o que importa.
—E sobre a transmorfa que está se passando pelo Presidente? – mudou de assunto. —Sabe que quando começar seu ataque e o Magneto descobrir, ele virá com tudo para cima de nós.
—Claro que eu sei... Está tudo pensado, cada detalhe. – saia da sala sendo acompanhado pelo soldado e por Vampira que continua invisível. —E ele não será páreo para nós e muito menos nossa frota de naves antimag... – foi interrompido.
—Espere, tem alguém aqui. – o soldado começou a usar sua telepatia, rastreando Vampira que esconde atrás de uma pilastra. Sua respiração altera e seus batimentos aceleram. —Aqui. – gritou pegando-a pela gola de seu uniforme, ainda invisível, e segurando-a por trás. —Alertem os guardas.

A mutante chuta o alienígena por trás e o joga no chão com força enquanto voltava a ficar visível. Um alarme soa alto, chamando a atenção de Gambit e Noturno que correm em direção ao ponto de partida. Guardas entram pelo corredor onde Marie estava. Ela usa os raios óticos do Ciclope enquanto socava os que estavam mais próximos. Eles cercam o corredor, Khan foge da mutante e ao sair, Gambit e Noturno aparecem para ajudá-la.

—Pensei que tivessem se esquecido de mim, meninos. – riu enquanto socava um guarda.
—Não tinha como, esqueceu que está me devendo um jantar? – Remy lançou suas cartas energizadas. —Aliás, boa discrição, chérie.

Vampira usa telecinese e derruba todos os soldados á sua frente. Noturno teletransporta aleatoriamente acertando vários inimigos em menos de meio minuto, enquanto Gambit usava seu bastão para nocautear os alienígenas que vão ao chão.

—Acho melhor irmos logo. – disse a líder ao ver mais e mais soldados se aproximarem, passando pelos corpos ao chão.
—Distraia-os. – falou Kurt.
—Deixe comigo. – estalou os dedos das mãos e o pescoço, erguendo ambas as mãos ao alto e fazendo um impulso que empurra todos para fora do corredor, deixando apenas os três mutantes. —A festa acabou queridinhos. Voltem sempre.

Psylocke, Deadpool e Wolverine esperavam até verem os três restantes saírem da nave às pressas, sendo seguidos por naves menores.

—Queriam ação? – Gambit gritou de longe enquanto corria até eles. —À hora é agora, mes amis.

Wolverine mostra um sorriso contente acompanhado do som característico de suas garras. Kurt aparece perto do carcaju e teletransporta o mesmo para cima de uma das naves, o ex X-Man retalha toda a carcaça da nave, acertando no motor que começa a pegar fogo. Ao fazer isso, ele salta de uma para outra, repetindo o processo. Vampira pega Gambit pela mão direita e voa com ele, lançando-o em direção a outra nave. Ele cai sobre o alvo com seu bastão energizado tocando na nave, que explode logo após sua namorada o buscar do mesmo jeito que o tirara do chão. Deadpool leva Psylocke para dentro de uma das naves e teletransporta para outra, a mulher cria uma katana de energia psiônica e acerta na região do coração do alienígena, por trás, que estava assentado ao banco do piloto. Ela retira o corpo do Kratho e assume o comando da nave, disparando contra as outras que seus amigos não estavam atacando ainda. Wade retorna a nave aonde Psylocke pilotava, e ficando sobre a nave, ele usa sua metralhadora para acertar nos propulsores dos outros inimigos enquanto soltava uma gargalhada histérica.

—Eles estão falhando horrivelmente, mestre! – observou a cena de batalha. —Me permite enfrentá-los?
—Faça o que foi treinado. – respondeu sem olhar diretamente á ele.

O numero de naves começa a diminuir até não sobrar nenhuma, exceto a que Wade e Psylocke pousavam próximos aos demais integrantes.

—A brincadeira acabou. – O Kratho chamou a atenção dos mercenários á pista de pouso da nave mãe. —Venham enfrentar alguém á altura.
—Será um enorme prazer. – Vampira voou até ele como uma bala, agarrando-o e acertando um prédio ali perto, atravessando-o como uma folha de papel. Ao se livrar da mulher, ele soca a sua face, deixando-a desnorteada por pouco tempo, mas o suficiente para ela bater contra um outdoor e arrastar-se sobre um edifício.
—Isso é tudo o que tem? – vangloriou-se enquanto pousava suavemente.
—Querido, não seja apressado. – riu. —Só estou esquentando.

Ao terminar de falar, ela dispara uma rajada ótica no soldado que desvia e repete a ação da mutante, acertando e lançando-a contra a porta da escada que dava entrada ao terraço.

—Esse poder... Como o conseguiu?! – arregalou os olhos.
—Digamos que sou a evolução da evolução, fui criado para ser como vocês mutantes, só que mais forte, com sentimentos inúteis substituídos por pura raiva e vontade de vencer. Por isso sou o ser mais forte da face da Terra.
—O que? Você? – parou de atacar soltando uma risada alta. —Meu filho você mal chegou e já acha que manda no pedaço?
—Não me diga que não ficou surpresa.
—Garoto, para de show e se olha no espelho. Já enfrentei monstros mais poderes e bonitos que você. – provocou-o.
—Boçal. – rosnou.
—Nossa, um alienígena com vocabulário sofisticado. – fez um biquinho debochado. —Tive uma rápida impressão que você tentou me fazer sentir inferior.
—Não foi só para sentir, é a realidade, toda sua espécie é inferior. Mas não serão desperdiçados, vocês passaram por uma evolução, que lhe deixaram mais próximos da perfeição.

O garoto esverdeado corre em sua direção, mas a mesma salta para trás colocando as mãos no chão e se impulsionando para frente, chutando-o com as duas pernas. Após se levantar, ele passa a mão sobre um corte na boca e lançando uma pedra de concreto que arranca do chão. Ela se defende e tenta se aproximar dele para tocá-lo, mas ele percebe e a despista, fazendo-a ficar próxima ao outdoor que atingira. Sacando sua arma, ele dispara sobre os apoios do outdoor, derrubando-o sobre a sulista.
—Continue aí caída. Poupe seus esforços, pois mais cedo ou mais tarde, isso iria acontecer. Era só uma questão de tempo. – vira-se de costas á ela, preparando-se para voar. De repente o outdoor é lançado para longe e ela teletransporta ao lado dele e colocando sua mão no rosto do jovem, que começa a ficar fraco, expressando desespero e exaustão, mas no decorrer da ação, Vampira começa a sentir o mesmo efeito com ela, e agora, é ela quem expressa às mesmas características e cai sobre seus joelhos. Ela o solta, mas ele segura sua mão, absorvendo-a mais e mais. A vista da mutante começa a ficar embaçada e logo ela desmaia. —Eu disse para poupar suas forças... Ah, quase me esqueci. – abaixou até seu ouvido. —Obrigado pelo poder novo. – sussurrou, saindo voando em seguida.

—Achei ela! – gritou Wade sinalizando para os demais, correndo até ela e depois a despertando.

Os olhos dela se abrem lentamente, e ao recobrar a consciência, se depara com Deadpool sem sua mascara, aproximando seus lábios deformados aos dela, mas ela o impede com um tapa.

—Wade. – zangou-se.
—Só estava fazendo o procedimento. – colocou sua mascara.
—Que procedimento?
—O procedimento do Wade... Se encontrar uma linda donzela inconsciente... Beije-a. – levantou-se. —O mesmo serve para donzelas em plena consciência.
—Você é insano. – riu. —Onde está aquele duende?
—Sumiu. – disse Gambit aparecendo junto de Kurt. —Retornou á nave como se nada tivesse acontecido.
—Não foram atrás de vocês? – arqueou a sobrancelha.
—Agiram como se nada fossemos. – respondeu o azulão.
—E como a Miss Marvel dois foi abatida? – indagou Deadpool sentando-se sobre um banco imaginário e cruzando sua perna.
—Eu não sei como explicar... Foi como se ele houvesse copiado meus poderes de absolvição.
—E o que vamos fazer agora? – Remy esperou a resposta da líder.

A mutante fica em silêncio olhando para o horizonte.

—Marie?! – Kurt a chamou.
—Temos que ir até os X-Men.


Instituto Xavier... 00:32 da madrugada.

A companhia da mansão soa, levando Scott, que estava conversando com Charles em sua sala, até á porta.

—Vampira?! – mostrou uma cara surpresa ao vê-los. —O que fazem aqui?
—Viemos fazer uma visitinha, magrão. – passou pela porta. —Chame o Professor para nós, por favor.
—Não me chame assim. – bufou.
—Dá para chamar o careca logo, caolho. – Wolverine tentou ficar cara-a-cara com o X-Man.
“—Venham até a minha sala.” – falou com eles por telepatia.
—Poxa... Não dá pra esconder nada desse cara. – Wade deitou sobre um sofá, colocando os pés sobre um aluno que assistia televisão, tomando o controle do mesmo e mudando de canal.

—E o que vocês faziam na nave mãe? – perguntou Ciclope.
—Estávamos atrás de informações que desmascarassem os malditos. – respondeu Vampira.
—E conseguiram?
—Bom, digamos que os planos deles estão mais além do que pensávamos. Além da parceria com a S.H.I.E.L.D. e os Vingadores, como os Richards disseram, o Magneto está do lado deles.
—Erik? Que interesse ele teria nisso? – pasmou-se Charles.
—É o que queríamos descobrir. Pois, por algum motivo, o Presidente que está sentado á mesa na Casa Branca é a Mística.

Todos ali presente ficam chocados com a revelação, e com o silêncio do local, se entreolham confusos.

—Desculpa interromper, mas acho que vocês iriam querer ver isso. – Kevin chamou-os á porta.

“—Caros cidadãos americanos. Estou aqui para convidá-los a exposição e revelação dos tão aguardados projetos criados pela parceria entre os nossos companheiros do Império Krah e as Indústrias Stark, que acontecerá aqui na Casa Branca amanhã á tarde. O projeto servirá para demonstrar ao povo americano que estamos prontos e preparados para uma possível guerra que está por vir. Obrigado pela atenção e boa noite.” – colocaram a televisão ao mudo no final da declaração.

—Eles já estão prontos! – exclamou Tempestade. —Temos que fazer algo.
—E vamos. – Ciclope bateu a mão forte sobre uma pequena mesa de madeira. —Vamos desmascará-los na frente de todos, amanhã nessa coletiva.

Torre Stark, 00:40...

—Mas o que aconteceu aqui? – zangou-se, chutando a cabeça de um robô ao dar de cara com o cenário. —Jarvis? Que droga, cadê a Pepper?

O Vingador passa pela bagunça deixada pelos invasores, tropeçando em alguns robôs destruídos e deixando o computador que roubara sobre o balcão. Indo até a sala aonde fica seus trajes, ele liga as luzes do local, e se depara com suas armaduras todas pinchadas.

—Waaade... – gritou furiosamente.

Continua...