As Relíquias do Tempo escrita por Bakurei


Capítulo 9
Capítulo 9 - Ronald


Notas iniciais do capítulo

Ronald Weasley, o futuro pai de Rose Weasley, recebe a visita do futuro na Sala Precisa em seu quinto ano em Hogwarts. Não tinha como imaginar o que estava por vir.



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Conseguir treinar não era uma tarefa fácil e quando a Armada de Dumbledore se formou, Ronald Weasley não podia ficar atrás dos amigos. Harry tentaria ensinar para todos os alunos inexperientes, talvez isso incluia Ron e Hermione também, os feitiços que aprendeu no decorrer dos quatro anos anteriores. Derrotar um dragão no ano anterior o deu credibilidade para isso e todos estavam muito ansiosos.

Ronald tentava não pensar muito na credibilidade de Harry, pois conseguira convencer menos do que 30 alunos. Hermione e ele tentavam se mostrar orgulhosos com os nomes anotados no pequeno papel que foi preenchido no Cabeça de Javali.

Neville Longbottom achara a Sala Precisa e ninguém sabia ao certo os verdadeiros atributos dela. Talvez se o transporte no tempo fosse descoberto na mesma proporção da constante mudança no espaço que a Sala fazia, a guerra contra Voldemort não duraria muito.

...

–Pensem numa lebrança bem forte. -Disse Harry, andando pelos alunos. -A mais feliz que tiverem. Permitam que ela preencha vocês! -Ele olhava para todos maravilhado e eles retribuíam o olhar, finalmente aprenderiam o feitiço que Harry usara contra os dementadores no terceiro ano.

–Certo, é a sua vez! -Ele disse para Fred Weasley, que parecia muito concentrado.

Aos poucos todos estavam com suas varinhas apontadas para cima, tentando emanar o feitiço do patrono.

–O Patrono Corpóreo é o mais difícil de produzir. -Disse Harry, passando por Ana Abbott. -Mas escudos de força também são úteis contra uma variedade de oponentes.

No exato momento em que Potter terminou a frase, Ginevra Weasley invocou o patrono. O cavalo correu pelo ar fazendo todos olharem para o sucesso da irmã de Ronald, inclusive ele.

–Fantástico Gina! -Harry a elogiou. -E lembrem-se, o Patrono só protege enquanto estiverem concetrados. Foco! Luna!

Antes que Luna Lovegood invocasse o coelho como Patrono, duas lontras surgiram correndo pelo ar. Todos os olhares, principalmente o de Ron, seguiram para o rastro das lontras, revelando as donas delas. A primeira tinha sido Hermione, o que não surpreendeu ninguém, só fez Ronald Weasley ficar cada vez mais interessado em Granger. As coisas só ficaram mais interessantes quando a porta bateu e a segunda lontra voltou para a varinha de Rose Weasley.

Era impossível não encarar os dois alunos que entraram. A ruiva e o loiro. Eram muito novos, pareciam do primeiro ano e eram de Casas diferentes. Ela de Grifinória, ele de Sonserina. Não era muito comum encontrar grifinórios e sonserinos conversando, mas o mais era assustador era o olhar deles. Ronald sentiu os olhos de Hermione na menina e o ar de Draco no garoto. Não sabia direito a razão, mas eles não pareciam alunos novos de Hogwarts.

–Olá. -Disse Harry, começando e liderando a conversa. -Vocês são..?

A menina parecia muito assustada. Era como se Potter fosse um fantasma. Ron chegou perto de ambos e disse:

–Vocês acharam a Sala Precisa. -Mesmo gaguejando, tentava parecer convincente. -Como ouviram falar desse lugar? Não estão com Umbridge, estão?

O menino loiro percebeu que a menina não falaria por um tempo e tomou voz na sala:

–Ham... -Ele não parecia saber o que falar. -Olá, meu nome é Scorpius Malf-

Antes que ele completasse a frase, a menina tampou sua boca e disse:

–Nós somos alunos de intercâmbio. -Ela sorriu ao finalizar a frase, Ronald quase acreditou em suas palavras, mas quando ela se aproximou, Harry sacou a varinha.

–Afastem-se! -Gritou Potter, fazendo toda a Armada se posicionar em direção aos meninos.

–São só crianças, Harry! Neville, traga algo para os alunos de intercâmbio. -Disse Hermione, parecia não se preocupar nenhum um poucos com os garotos.

Era bem estranho, Ronald também não se sentia ameaçado pela presença da ruiva. Tinha um ar tão familiar que quando precisou ouví-la, prestava atenção em cada palavra.

–Deixa eu ver se eu entendi -Disse Ronald. -Vocês são de uma turma nova em Hogwarts de intercâmbio que precisa apalpar os veteranos? Seus nomes são Rose Weas e Scorpius Malf?

–Não é apalpar, Ronald. -Corrigiu Hermione. -Pelo que eu entendi é um costume do país deles... Afinal, donde vocês vieram?

–B-Brasil. -Gaguejou a ruiva.

–Com esse sotaque britânico? -Perguntou Granger. -Fale a verdade, meninos.

–Tudo bem. -Assentiu Scorpius. -Ela é a sua filha do futuro.

Não só Hermione, mas Rose também, encararam Scorpius como se ele fosse louco. Rony ficou sem reação, assim como Harry e todos os outros alunos. Antes que o menino se explicasse, uma fumaça escura tomou conta de toda a Sala, em direção à Harry. Os olhos de Potter pareciam prestes a explodir e os únicos que não pareciam surpresos eram Rose e Scorpius. Era como se eles esperassem o que estava acontecendo.

–Sophus já está na linha de tempo dele! -Gritou Rose para o loiro.

–E qual é o paradoxo maior que você pretende fazer?! -Gritou Scorpius, procurando algo entre os bonecos de madeira da Sala Precisa.

Rose Weas virou-se para Hermione Grager e disse:

–Mãe! Segure a minha mão! -Rose estendeu a mão para ela. -Você também pai! -A outra mão mirou para Ronald.

Os vidros da Sala quebravam e todo o lugar parecia explodir. Os membros da Armada sumiam aos poucos até sobrar apenas Ronald, Hermione, Rose e Scorpius. Eles eram apagados pelo tempo e tudo escurecia. Inclusive Hogwarts parecia desaparecer.

–Scorpius está certo! -Rose gritou ao meio o vento. -Eu sou a filha de vocês! Não temos muito tempo para explicar, só segure a minha mão!

Hermione encarou Ronald, o que o incomodou. Ela parecia avaliar se era possível ter uma filha no futuro com o ruivo atrapalhado.

–O que está acontecendo... menina? -Ron não sabia como chamá-la.

–O que custa apertar a mão dela?! -Gritou Scorpius, vendo a Sala desaparecer rapidamente. -Não está vendo?! Potter já sumiu e se não o fizer agora, você e ela também desaparecerá para sempre!

As tábuas de madeira eram arrancadas e a escuridão se aproximava dos pés deles. Quando Ronald Weasley sentiu os pés sendo sugados, fechou os olhos, aceitando o fim. A pele parecia pular e as luzes em espiral levavam Rose e Scorpius para longe. Ron abriu os olhos e se viu novamente no início do dia, sem memória da filha e recuperado do paradoxo.

–Déjà vu... -Ele disse, logo atrás de Hermione e Neville, que abria a Sala Precisa.

Mal sabia ele que o presente, passado e futuro ainda seriam decididos.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo!
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