Take My Hand - o depois do para Sempre escrita por AliceCriis


Capítulo 1
1 - Tanto tempo




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1 – Tanto tempo...

 

A morte. A vida.

Um propósito.

Podemos adiar a morte, até diminuir suas chances.

Podemos sonhar com a infinidade de dias que chama-se “eterno”.

Podemos cantarolar nossa vida e constante respiração terrena.

Mas nascemos com um propósito.

O propósito que é a única certeza que temos e teremos sempre.

O tempo passa...

E nossa vida se esvai, aos poucos.

E para o fim.

Morremos.

 

Uma rotina fora criada, e eu – Jacob Black – estou adaptando-me bem, ás mudanças. Eu me sentia velho – 28 anos não é pouca coisa – Leah dizia que isso era bobagem... ela tinha a mesma idade. E eu me sentia mal em falar isso ao lado dela.

                Já fazia um bom tempo em que eu não visitava a casa dos Cullen – mais pela ultima  vez que fui lá em companhia de Leah, e percebi que tudo voltara a ser como sempre havia sido. O mesmo mau humor e ameaças da loira fedorenta, a mesma grosseria típica de Edward, as mesmas tolices do “Will Smith” – Emmett – e sempre a amabilidade dos Cullen mais velhos – Esme e Carlisle.

 Já com meu pai... eu estava terminantemente preocupado. Ele estava me deixando com muito medo.

Havia uma lenda Quileute – que não é lenda – que quando a ‘partida’ de um Quileute estava se aproximando, os nossos antepassados – espírito – podiam ter contato com a pessoa. Ou seja, a lenda era o que o ‘véu’ que separa o nosso mundo do mundo deles se torna mais fino, e quando ele se torna nada. A pessoa parte.

 Meu pai poderia jurara que conversava com minha mãe. Ele sempre dizia.

 - Sua mãe está muito orgulhosa de você, filho.

E eu – categoricamente – sempre concordava. Há algumas semanas atrás, eu tentara levar esse “cabeça dura” até um psicólogo. Quando ele descobriu que não era apenas uma visita rotineira ao hospital, ele surtou. Eu poderia jurar que ele levantaria daquela cadeira para me socar no meio do hall do hospital.

 Mas não aconteceu isso. Ele ignorou-me por completo durante uma semana, sem trocar palavra alguma comigo. Não desculpou-me até que eu implorei por seu perdão.

Ele voltou a falar comigo, mas jurei que vi a mágoa brilhando em suas expressões.

Na verdade... eu acreditava nele. Até demais. E eu tinha medo. Sempre teria medo. Como eu poderia viver sem a base? Como eu viveria sem o homem que me ensinou tudo o que eu sei hoje e sempre vou saber? Senti falta e frio dentro de mim. Jamais poderia imaginar minha vida sem as piadas grotescas de Billy, e seus conselhos constrangedores.

 Billy sempre seria a pessoa que eu mais apreciaria na vida – não do mesmo jeito que Leah. Ele era meu pai – Leah era minha gravidade. Coisas essenciais e completamente importantes;

 E sobre mim. Dois meses. Dois meses como lobo alfa. Senti mudanças em mim mesmo. Mudanças que estavam acontecendo – mais passaram a se intensificar.

Eu estava mais forte – até mais que um vampiro. Mais eu conseguia controlá-la com facilidade. Eu poderia ser leve como uma pluma e tão destrutivo como uma bomba.

 Fiquei mais rápido, mais sagaz. Senti-me completo com o ‘lance’ de ser alfa. Mais me senti completamente cheio de deveres. Embry e Quil, haviam sido despedidos da oficina de La Push – o negócio de ser lobo, não ajudava no quesito ‘emprego’.

 Estive tentando encontrar alguém que vá dar emprego para esses dois desocupados.

Re-olhei os quesitos de Sam. Diminuí os turnos consecutivos. Cada lobo tinha no máximo duas horas de turno consecutivas. E quando algum deles precisava cuidar de seu imprinting ou coisa parecida, eu modificava o horário ou pegava o turno dele.

 Sinceramente: Era super-híper-mega-power cansativo. Mais esse era meu papel. Eu devia fazer o que meus instintos mandavam, não é mesmo? Então era isso que eu fazia. Deixava que a responsabilidade – verdadeira – de um alfa caísse sobre meus ombros.

 Leah entrava em erupção quando minhas olheiras tinham as próprias olheiras. Ela dizia que não queria ter um imprinting morto.

É. Ela tinha razão. Eu acabaria me matando. E sabendo que um lobo que vivia na casa dos Cullen estivesse fora  do bando por culpa minha... era tão idiota! Eu colocara essa questão em votação por uma infinidade de vezes. Mais os membros de minha matilha, eram mais obcecados por ciúmes e ódio que eu. Eu queria mais um lobo em nosso meio. Seria bom tê-lo conosco. Eu poderia ter quatro horas a mais de sono e descanso. Fizera essa proposta a Leah infinitas vezes – e ela se propunha a estar no lugar dele.

  E é mais que obvio que eu não aceitara. Ela já tinha horários “demais” para meu gosto.

 

Passavam de umas duas da tarde. O vento frio batia na janela da casa de Charlie e Sue.

 Ambos foram á Los Angeles, visitar alguns primos e tios de Charlie. Leah ficou sozinha em casa, e ela virou meu “chiclete” – grudando em mim por praticamente 24 horas.

Como ela afirmava:

 - Você sabe que eu odeio ficar sozinha...

Ela dava de ombros e fazia tromba.

 Eu ria e a beijava sempre. Ela era minha Leah – e sempre seria.

Ela estava assistindo as reprises de “Two and a half men”. E sua expressão era apática diante da comédia. Seus braços e pernas eram jogados desconfortavelmente pelo sofá, eu me sentei ao lado dela, com o notebook no colo – procurando ingressos na internet para o próximo show da Avril Lavigne em Seattle;

 Leah gostava – de algumas – musicas dela. E seria uma boa oportunidade de convidar o casal aberração para isso – ou seja, Seth – o irmão de Leah – e Renesmee a meia vampira – fedorenta e medonha;

                É... eu estava levando a história á serio demais. Que queria mesmo – que o outro lobo fizesse parte da matilha. Essa briga por uma coisa que não me fazia a menor diferença estava sendo levada a sério demais. É claro que seria mais simples se não houvesse um lobo afastado da matilha. Leah me perguntou alguma coisa, mais não liguei.

 - Ahãm  - respondi não dando a menor bola.

Continuei a procurar preços para o show.

 - Ahãm... – respondi de novo.                

                A faixa de preços do show estava em média de 80 dólares – e é obvio que eu não estava disponível para gastar isso com ingressos.

 - Ahãm... – respondi mais uma vez.

 Uma almofada voadora, veio de minhas costas levando o note book para o chão.

 - Ficou maluca?! – perguntei assombrado.

 - Ahãm; - ela respondeu do mesmo tom que eu.

 - Ah... eu sou o egocêntrico agora? – perguntei e ela respondeu sarcástica mais uma vez.

 - Ahãm... – ela revirou os olhos.

 - Vai continuar fazendo isso? – perguntei cético.

 - Ahãm... – ela respondeu mais uma vez.

 - Ok... então acho que já vou indo. – disse falsamente e fui me levantando.

 - Para com isso Jacob... sabe que eu detesto ser ignorada. – ela revirou os olhos e segurou meu braço me impedindo de sair.

 - Ok... mais acho que tenho que ir mesmo Leah... não estou com um bom pressentimento. – dei de ombros.

 - Você está toda hora com maus pressentimentos, Jake – ela disse dando de ombros e revirando os olhos. – O que fazia de tão importante nesse computador? – ela me empurrou ao sofá e pegou o computador e sentou-se ao meu lado.

 - Procurando ingressos para o show de Seattle... – dei de ombros e agi tranquilamente.

 - Ah táh que você gosta de Avril Lavigne...! – ela segurou uma gargalhada.

- Ah... é isso que eu recebo por querer ser um bom namorado. –  contorci meu rosto em ofensa.

- Por que está fazendo isso? – ela perguntou séria.

 - Eu quero que sejamos uma boa matilha... – ela me interrompeu.

 - Não iremos aceitar Seth de volta. – ela disse com uma voz serena e tranqüila – ô poderoso alfa... pode até mandar na matilha e coisa e tal, mais não pode mudar nosso opinião; - ela sorriu e deu de ombros.

 - Tudo bem... não vou mais tentar fazer nada que não queiram. – suspirei vencido – Vou ir logo pra casa; Billy está me obrigando ir pescar com ele... – dei de ombros – Então... até mais tarde. – assenti e me levantei.

 - Okay... se precisar de mim... estarei na confeitaria de Sue. – ela acenou enquanto eu seguia para fora da casa.

 


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