Tempest escrita por Kaline Bogard


Capítulo 22
Capítulo 22 – Quase um encontro duplo


Notas iniciais do capítulo

Dia 22
Don't Stop Me Now – Queen
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Contagem regressiva: 06 dias para o fim das postagens :D



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Tempest

Kaline Bogard

Capítulo 22 – Quase um encontro duplo

— Basquete!

— Basquete.

— Costa Oeste.

— Costa Leste.

— Shaquille O'Neal.

— Wilt Chamberlain.

— Vermelho.

— Azul.

— Verão.

— Inverno.

— Café.

— Chá Verde.

— Castella.

— Pudim.

— Comédia.

— Ação.

— Manhã.

— Tarde.

— Street Figther.

— Mortal Kombat.

— Bepsi.

— Coke.

— Flexões.

— Dormir.

— Abdominais.

— Dormir.

— Correr!

— Dormir...

— Midorima.

—...

Daiki franziu as sobrancelhas e olhou incerto para Taiga. Os dois estavam sentados no chão, usando a mesinha de centro como uma escrivaninha. Cada um resolvendo seus próprios exercícios. Aomine desistira de dar a tarefa ao outro depois que ele conseguira diminuir suas notas em História Japonesa e Literatura Japonesa. Era melhor não arriscar mais.

Então Kagami começara o joguinho bobo. Ele dizia algo que gostava e Aomine concordava ou dizia uma outra coisa diferente. Começaram bem, com o esporte que amavam. Depois? Não combinaram em mais nada! Que impressionante.

A brincadeira se interrompera com a última palavra de Kagami. O que ele queria dizer com “Midorima”? Ele era seu preferido no quê?

— Bakagami. Explique isso.

— Estava pensando na Geração Milagrosa. O melhor jogador — respondeu tentando segurar a risada. Queria provocar o outro para vê-lo com “não-ciumes” de novo.

— Ee? Os arremessos do Midorima não superam minhas jogadas. Você mentiu.

—...

— Admita. Você me acha o melhor jogador do fundamental. E do colegial.

Ao invés de responder abaixou a cabeça e voltou a responder seus exercícios. De alguma forma a tentativa de irritar voltara-se contra si próprio. Daiki observou por alguns instantes, com um sorriso torto no rosto. Ou tinha uma personalidade realmente detestável ou era fácil demais perturbar Kagami. O baka era tão transparente. E tão intenso no que fazia. Mergulhava de cabeça, ficava meio perdido quando as coisas não saiam como planejara, mas logo dava um jeito de tentar reverter isso. Apostava que aquele cabeção estava fritando os miolos tentando continuar com a brincadeira de um jeito a seu favor.

Mas antes que Kagami pensasse em algo o celular de Aomine vibrou. Era um e-mail de Momoi.

— Satsuki quer sair pra comer algo — olhou as horas. Seis da tarde. Ainda dava tempo sem problemas — Você quer?

Taiga levantou os olhos do caderno e considerou a oferta. Ali estava tão quentinho e confortável... Não se sentiu muito seduzido a sair de casa em pleno inverno. Então outra coisa lhe ocorreu.

— E se ela viesse aqui comer alguma coisa? Acho que tenho o bastante para fazer curry.

Aomine gostou da ideia. Digitou a resposta e enviou o e-mail. Esperou poucos segundos pela decisão da garota.

— Ela disse que vem — bloqueou a tela.

Kagami sorriu satisfeito. Não precisaria sair de casa no tempo frio. Gostava de receber visitas, no fim das contas. Olhou para Aomine, decidindo retomar a brincadeira de antes, enquanto Momoi não chegasse.

— Férias de verão.

— Férias de inverno — Daiki entrou no jogo.

— Laranja.

— Melancia.

— Brasil.

— Suécia.

— Sorvete.

— Peitões.

Kagami entreabriu os lábios, mas nenhum som saiu. Não entendeu a lógica do raciocínio de Daiki.

— Peitões?

— Você disse “sorvete”, Kagami. Pensei que fosse algo que gosta de chupar...

Taiga ofegou indignado. O rosto ultrapassou o vermelho, ficando roxo.

— AHO! — arremessou o estojo tentando acertar a cabeça do outro. Daiki riu baixinho, desviando-se sem problemas e sentindo-se vingado pela gracinha com o nome do Midorima.

R&B

— Obrigada por me receber — Momoi sorriu quando Taiga abriu a porta.

— Seja bem vinda — sorriu de volta, pronto para fechar a porta quando ela entrou. Mas uma mão tocou a madeira com gentileza.

— Estou aqui, Kagami kun.

O ruivo levou um susto. Não esperava que Kuroko viesse com a garota!

— Suman, não vi você aí — foi sincero.

Cedeu passagem. Como não tinha um surippa extra entregou o seu próprio, ficando apenas de meias. Kuroko agradeceu a gentileza e os calçou, ainda que ficassem grandes como pranchas de surfe. A exemplo dos que Momoi usava.

— Aomine kun — cumprimentou quando entrou na sala.

— Oe, Kuroko — se ficou surpreso com a presença dele, nada em seu rosto o traia. Já tinham arrumado a sala e guardado o material de escola. Agora estava sentado no sofá, jogando Plague.

— Fiquem a vontade, vou começar a preparar o curry.

— Precisa de ajuda? — Momoi se ofereceu.

— Não, obrigado — dispensou. Apenas lançou um olhar na direção do companheiro de time, ainda meio surpreso com a presença dele.

Em silêncio foi para a cozinha. Abriu a geladeira e pegou verduras e frango em cubinhos. Quando virou-se deu de cara com Tetsuya sentado a mesa.

— Oe! Já disse pra não fazer isso! — quando achava que estava se acostumando levava um susto daqueles.

— Não faço de propósito, Kagami kun — defendeu-se, embora Taiga desconfiasse de que nem sempre aquilo era verdade. Duvidava que o amigo nunca tivesse usado suas capacidades propositadamente em algumas situações.

— Hn — resmungou indo a pia onde começou a cortar os legumes.

— Kagami kun parece um pouco desconcertado com a minha presença. Não tenho intenção de causar incomodo.

— Não é isso — o ruivo respondeu — É que a gente não teve tempo de conversar. Você sabe... o Daiki e eu...

— Estão juntos — afirmou. Então percebeu que o outro passou a cortar os legumes com mais velocidade. Kagami estava de costas, mas pode ver pelo simples movimento de seus braços — Cuidado com os dedos.

— Aa. Algo como isso — ignorou a última parte — Como você descobriu?

— Foi um palpite.

Taiga colocou as verduras na panela e concentrou-se no frango. Selecionou alguns temperos.

— E como se sente a esse respeito? — questionou como quem não quer nada.

— Porque me pergunta isso?

— Oe. Vocês tem um péssimo hábito de devolver as perguntas! — o garoto irritou-se — É nova mania que o Japão adquiriu nesses últimos anos?

Tetsuya não se abalou.

— Kagami kun, não faz parte do meu temperamento julgar ninguém. Pensei que já tivesse percebido. Se me perguntou como me sinto por se envolver com Aomine kun, uma pessoa do meu passado, então fico feliz que se importe em saber, porque deve ser um sinal de que preza minha amizade e opinião...

— Sim, é bem isso. Desculpe se eu agi na defensiva.

— Não se desculpe. Apesar de tudo não é como se eu desgostasse de Aomine kun. Você parece fazer bem para ele. E Aomine kun parece fazer bem para Kagami kun. Então desejo que esse namoro dê certo.

Taiga sentiu o rosto esquentar ao ouvir a palavra “namoro”, já que não era exatamente o que tinha com Daiki. Enfim, mero detalhe. Mexeu a comida que começara a ferver e tampou a panela.

— Obrigado, Kuroko — encostou-se no balcão e apoiou as duas mãos — Você e a Momoi...?

Deixou a interrogação no ar, abrindo um sorrisão. Mas o outro meneou a cabeça.

— Somos apenas amigos — então pensou um pouco — Ainda. É cedo para tomar uma decisão.

— Cedo? — Taiga surpreendeu-se — Vocês são amigos desde o fundamental...

— Exatamente por isso, Kagami kun. Conheço-a bem. Sei que ela sente grande gratidão por mim. Mas é preciso separar as coisas. Se por baixo dessa gratidão houver algo a mais então há futuro em um relacionamento.

— Kuroko, você é maduro demais! Ou analítico demais... não sei se é bom ou ruim isso aí. As vezes a gente não pode pensar muito. Só arriscar e dar uma chance.

— Não foi assim que você acabou como escravo? — Kuroko sorriu de leve.

— Oe! Bem... foi né? Mas também acabei junto com aquele aho... e não é tão ruim, no fim das contas — devolveu o sorriso, meio sem jeito.

É. arriscar-se e dar uma chance podia valer a pena. E muito.

continua...


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Notas finais do capítulo

Caraca! No começo eu estava assim: mais um capitulo!! Agora eu estou tipo: menos um capítulo. xD

Até amanhã!



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