(Por Ludmila)

De verdade, eu não sabia o que fazer. Minha prima me cutucava e falava:

– Vai Ludmila, vai!

Eu não queria deixa-lo lá, não queria deixa-lo numa situação ruim como ele fez comigo. Então só por isso eu segurei a mão dele e me levantei, ele sorriu pra mim e me levou até o palco. Eu estava MORRENDO de vergonha, eu estava realmente muuuito nervosa!

Então ele falou:

– Você tá corada. Relaxa, não precisa ficar nervosa.

Como eu não ia ficar nervosa com aquela multidão olhando pra mim. Eu não disse isso, apenas assenti com a cabeça. Ele começou a cantar, a musica era muito bonita e dançamos juntos claro, Eu tentava não olhar nos olhos dele, mas era impossível, ou era ele ou era a multidão, então fui obrigada a escolher a primeira opção. Ele parecia realmente muito feliz, estávamos bem próximos, mas não nos beijamos.

No final da musica ele se despediu do publico e perguntou:

– Podemos conversar?

Não, claro que não, pensei. Mas como eu não estava com o meu juízo perfeito e tudo que eu queria era que aquele povo parasse de me olhar aceitei.

Fiz sinal para que a minha prima me esperasse sentada ali. Ele me levou até o camarim dele, onde encontrei uma garota. Quem é essa?

– Luiza, posso falar com a Ludmila?- Perguntou ele a tal Luiza.

– Você a encontrou?- Perguntou ela olhando pra mim.

Ele assentiu com a cabeça e ela veio até mime falou

– Ludmila prazer.

– Prazer.

– Bom vou deixar vocês conversarem. Ela saiu deixando eu e o Federico sozinhos.

– Quer alguma coisa?

– Não, obrigada.

– Senta aí.

Ele disse apontando pro sofá, me sentei e ele se sentou do meu lado, meu coração estava a mil.

– Ludmila eu estava com muita saudade não tem um dia que eu não tenha pensado em vo...

– Federico eu não sinto mais nada por você.

– Que?

– Isso mesmo. O que você queria? Não me ligou e me deixou muito preocupada, depois eu te liguei muitas e muitas vezes e você nem sequer respondeu, depois te deixei mensagens, ignoradas também.

– Como assim? Eu não recebi nada!

– Isso já não é problema meu. E você nem se quer me ligou.

– Eu perdi o seu endereço e o seu número!

– Isso também não é problema meu!

Eu digo me levantando e indo em direção a porta. Ele me segurou pelo braço e falou:

– Não, espera!

– Federico, por favor. Você já me magoou demais.- Eu disse me soltando dele.

– Ok, me perdoa. Mas só me escuta.

– Não Federico, eu tenho que ir.

– Por favor.

– Tá, fala logo.

Com a cara que ele fez seria impossível recusar.

– Ludmila, me liga.

– Que?

– Me liga agora, eu quero ver o que está acontecendo.

– Tá!

Eu liguei e realmente o celular dele não tocou e nem vibrou.

– Tá vendo. Não toca! Agora me passa o seu telefone, que eu vou ver se consigo ligar pra você.

Ditei meu numero e então ele disse acho que mais pra ele do que pra mim.

– Numero bloqueado.

– Que?

– O seu numero tá bloqueado!

– Você bloqueou o meu numero! Era só o que me faltava!

– Não! Eu não bloqueei, não sei o que aconteceu!

– Conta outra Federico. Você é o pior de todos!

Peguei minha bolsa e fui embora.

(Por Federico)

Pelo menos eu peguei o numero dela! Quando ela saiu a Luiza entrou e falou:

– E aí? Como foi?

– Mal.- Eu disse cabisbaixo me sentando no sofá.

– É. Ela não saiu muito feliz, o que você fez?

– O numero dela tá bloqueado no meu celular.

–A tá.

– Luiza, não foi você né?

...