Ikebukuro - Interativa escrita por Áron


Capítulo 16
Ameaça


Notas iniciais do capítulo

Mesmo as aulas tendo voltado, consegui terminar o capítulo agora.
Espero que gostem! xD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/590114/chapter/16

– Tantas pessoas para vocês dois brigarem, mas vão lutar logo contra o Heiwajima? - Shinra indagou a Ayano, enquanto fechava alguns ferimentos de Saito; que desde que entrara na van não falara nenhuma palavra.

– Não fomos nós, foi ele que chegou atrás do Saito. - Ayano respondeu, já com seu ferimento enfaixado.

– Ah é? E por quê? - Shinra continuou com as perguntas.

– Já perguntamos, mas ela não responde, só desvia do assunto. - Kadota falou primeiro, e a garota não desmentira aquilo.

– Mas, aonde está a Celty-chan? - Foi o que ela falou, provando o que Kadota havia dito.

– Foi fazer um serviço, e aliás, você ainda não respondeu a pergunta... - Shinra continuou, apesar de concentrado.

– ... - Ela mordeu o lábio inferior. - Sabe, eu acho que o Sai-chi não vai querer que eu fale sobre isso.

– Não é como se ele estivesse escutando... - Erika olhou para Saito, no chão, mas foi interrompida por Shinra.

– Na verdade, não é uma questão de curiosidade. - Shinra não ligou muito para a outra falando. - É estranho... Não importa o que eu faça, o ritmo dele não diminui, além disse, essa história de vocês dois virem para cá está muito mal contada...

– ... - Ayano olhou para Saito, depois para Shinra. - É uma longa história, mas para resumir...

– Ayano... Se você falar algo, eu juro que faço da sua vida um inferno.

Em meio a respiração rápida e incontrolável, Saito falou; estava ouvindo tudo no final. Mas não contente em apenas falar, ele ainda se levantou e tentou ir em direção a ela. Sem sucesso, mal conseguia se manter de pé; mas aquele olhar ameaçador já fora o suficiente para mantê-la calada.

Diferente dos outros, que insistiam para ela falar; Ayano sabia do que Saito era capaz de fazer se ela falasse algo sobre aquilo.

...

– Garotinha linda, deveria ter morrido logo naquela hora... - Yuuji já havia ganho aquela briga; novamente, as facas de arremesso foram simplesmente inúteis.

– Olha, Yuuji. Falando como uma mulher, pare sua animação por aí, ou eu vou te dar uma surra. - Ayumi se defendia de Celty, com facilidade por conhecer os truques, e falou para o companheiro; sem sequer olhar para ele.

A briga entre Celty e Ayumi estava até equilibrada, apesar de que a segunda partira para golpes físicos, evitando usar a pistola; sabia que Celty provavelmente iria parar a bala antes da mesma chegar a qualquer lugar, e por isso já havia guardado a pistola. Aquela briga parecia que não teria fim.

– Foi mal, foi mal... - Yuuji passou a mão atrás da cabeça, envergonhado, e voltou a sussurrar. - Sabe, podemos negociar. Pelo que você falou mais cedo, eu sei que você conhece o meu irmãozinho, Setagaya Saito. Se você me disser aonde ele está, eu te deixo ir com vida.

Nenhuma resposta foi dada, Celty e Ayumi continuavam a brigar, e pareciam ignorar até certo ponto aquela outra briga.

– Olha, cedo ou tarde eu vou encontrar ele, isso se o moleque não vier atrás de mim. Por isso, acho que não vai perder nada contando para mim, certo? - Ele continuou.

Akashi apenas cuspiu no chão, como uma negação; era longe de amiga de Saito, mas não iria ajudar aquele bandido.

– Então parece que eu não tenho escolha... - Yuuji retirou uma faca da cintura; Akashi sequer conseguia se mover, imobilizada pelo outro.

Porém, aquele ato sequer chegou a ser concluído. Foi durante um ínfimo momento que Ayumi relaxou, Celty virou a luta a seu favor; conseguiu atacar Ayumi, na verdade ameaçou fazer aquilo, com sua foice, e a mesma acabou por cair no chão, quando tentara desviar.

– Ei, seu motoqueiro de merda! - Apenas ao perceber que Ayumi deslizou, Yuuji largou Akashi, e com sua barra de ferro na mão, correu em direção a Celty.

Mal foi solta, Akashi não tardou em retirar a única faca de arremesso que restava perto de si e a lançou em direção as costas de Yuuji; em uma briga, vale tudo para se vencer afinal. O outro percebeu que havia deslizado, por isso conseguiu se lançar no chão, agarrar e puxar Ayumi para fora do alcançe da motoqueira.

A reação e finalização daquilo veio de Celty, que com uma rápida arrancada na moto, conseguiu retirar Akashi de onde estava; e a colocou na garupa da moto, pronta para partir. Nenhum dos dois foi atrás dela, depois daquilo, Celty apenas ouviu:

– Vamos entrar, Setagaya, não são do nosso interesse galinhas que simplesmente fogem. - Aquilo saiu da boca de Ayumi, que jogou um olhar raivoso para Celty.

...

Ayumi dormia em um quartinho apertado junto de Keiko, a bronca havia sido grande por parte de Yuuji; ela havia falado o sobrenome, e havia chances de chegarem no Saito por causa disso. Nem ela acreditou em tamanha raiva por causa de um erro que julgava "inocente".

Eram por volta de uma da manhã, quando seu celular, no silencioso, vibrou.

"Orihara Izaya"

Se levantando sem fazer o menor barulho, Ayumi foi até a "sala principal" da loja de conveniência, soltou uma pequena risada quando ouviu do corredor algum dos garotos roncando feito um porco, mas logo voltou a ficar séria.

"Alguém vai acordar de ressaca amanhã..." - Ayumi pensou, antes de atender ao celular.

'- Ayumi?! O que pensa que está fazendo?! Eu ouvi que você entrou no bando de ladrões, perdeu os miolos?! Tem idéia no que está se metendo??' - Izaya não estava em um tom amigável, com raiva até.

– Sim, me meti no seu joguinho. - Ayumi respondeu, em um tom neutro.

'- Tsc, se pegarem você, tem idéia do que pode acontecer?? Você pode...'

Ayumi desligou o celular na cara de Izaya, ela sabia o que estava fazendo, sabia dos riscos; não era uma bebê para precisar que alguém a alertasse.

– Izaya-kun...

Mas, mesmo antes de desligar o telefone, uma expressão triste já havia se plantado em seu rosto. Valia realmente a pena se arriscar por aquilo...? Se ela fosse pega antes de fazer o que pretendia...?

– Eu estou com medo... O que vai ser de mim se algo sair de errado? - Como um vidente, Haruto continuou o pensamento de Ayumi. - Hoje eu é meu dia de guarda, lembra que expliquei sobre isso para você?

– Desculpe-me, era só um amigo... - Ayumi se desculpou rapidamente, mas fora interrompida por uma curta risada do outro.

– Por que diabos está se desculpando? - Haruto soltou uma risada, e olhou para a janela em fumê, observando a rua e o ambiente escuro. - É natural que se sinta com medo disso, ou meio sozinha... Todos nós nos sentimos assim no começo, eu, a Keiko, o Yuuji, e você... Nós somos uma espécie que tem medo, e é esse medo que nos afasta desse perigo e nos mantém vivos. Lembra por que escolhemos esse caminho de ladrões? Porque queremos a paz, e acreditamos que é assim que ela virá. Não vamos te forçar a ficar com a gente, apenas a não denunciar. Mas, lembre-se; entre nós três, e com você agora somos nós quatro, entre nós não somos apenas um grupo de ladrões, a nossa relação já chega mais perto de uma família mesmo. Por mais que eu e aqueles dois briguemos entre si, e dizemos o contrário, mas é só para manter a pose. No fundo, somos capazes de arriscar nossos ideiais ou nossas vidas por nossa família, pois um mundo sem nossos companheiros seria um mundo mais chato. - Haruto caminhou até Ayumi, e pôs a mão em sua cabeça. - Por mais que você não pense assim, eu e provavelmente o Yuuji e a Keiko também, já consideramos você dessa nossa pequena família. Ainda não sente essa ligação por nós, mas garanto que vai entender isso que eu digo bem cedinho.

– ... Obrigada. - Ayumi se levantou, e sorriu para ele, recebendo um de volta. - Vou voltar para o meu quarto.

– Boa noite. - Haruto acenou, e esperou ela sair para voltar a falar; mas dessa vez, sozinho. - Tomara que você consiga entender a tempo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até! o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ikebukuro - Interativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.