O Convidado da Festa escrita por FireboltVioleta


Capítulo 10
Renovo - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

AEEEEEEE POVO!
Desculpem o sumiço... foi impossível escrever o capítulo antes, e,a té julho, todas as minhas fics vão ficar meio assim (um capitulo a cada oito dias ou mais).
MAS EU VOU CONTINUAR POSTANDO, NÃO SE AVEXEM. kkkk
Boa leitura!



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RONY

Faltando apenas alguns dias para a prevista chegada de Hugo, eu tive que começar a ajudar Hermione nos cuidados de Rose.

Aquele tão lindo ventre redondo de minha esposa agora lhe parecia ser um pouco incômodo, especialmente na hora de alimentar nossa filha.

– Espero que seu irmãozinho não demore - ouvi-a resmungar, enquanto embalava Rose - que parecia não estar se lixando nem um pouco, enquanto se equilibrava na barriga da mãe.

– Pare de murmurar - revirei os olhos – essa sua birra não era para ter aparecido há dois meses?

Hermione quase me matou do coração quando tampou os olhos de Rose com uma mão e, com a outra, apontou o dedo do meio para mim.

– Nossa, benzinho... foi brincadeira, desculpa...

Ela estreitou os olhos, baixou aquela mão medonha e tirou os dedos dos olhinhos de Rose.

Para nossa surpresa, Rose devia ter achado que era uma brincadeira, pois só bastou Hermione destampar seu rostinho para que ela caísse na risada.

O som da gargalhada de minha filha invadiu a sala, gostoso e soluçante. Hermione e eu não pudemos deixar de sorrir.

– Você acha a mamãe engraçada, é? – me aproximei delas, balançando a cabeça.

– Baganu – Rose arrulhou, rindo.

– Vou considerar como um sim – Hermione me encarou, parecendo sem graça – desculpa... ahn... pelo que eu fiz agora.

Ajoelhei-me perto de Hermione, beijando seu ombro e fazendo-a rir também.

– Vindo de você, pode ser até um Avada Kedrava.

Ela parou de rir, voltando o rosto para mim, parecendo chocada.

– Rony... Meu Deus – ela engoliu em seco, abraçando Rose e recolocando o sutiã no lugar – não fale isso...

– Perdão... – mordi o lábio, entendendo seu desconforto – foi uma brincadeirinha infeliz...

– Tudo bem...

– Magui! – Rose pulou na barriga de Hermione, fazendo-a bufar.

– Menina, não faz isso – Hermione arfou – quer esmagar seu irmão?

Rose franziu a testa, parecendo pensativa.

E, para minha surpresa, ela olhou para baixo, esticando a mãozinha até a barriga de minha esposa. Hermione olhou para mim, confusa.

– É... – afaguei o rostinho de Rose – seu irmãozinho está aí dentro...

Rose parecia maravilhada enquanto me encarava, com os olhos azuis arregalados de fascínio.

Vi as duas enrijecerem do nada, espantadas.

– Ele chutou – Hermione ofegou.

Rose parecia assustada e curiosa. Assim que ergueu a cabecinha, me olhou, indagadora.

– Madi... – ela fez, afagando descoordenadamente o ventre da mãe – madi!

E então, ela fez algo que criou um nó de ternura em minha garganta.

Contra todas as probabilidades, Rose virou o corpinho, deitando-se no colo de Hermione e dando um inconfundível abraço em sua barriga.

Hermione começou a soluçar, também pega de surpresa. Seus olhos brilharam enquanto assistida, fascinada, aquela demonstração de amor inusitada de nossa bebê.

– Oh, querida...

Meu coração batia rápido só de observar aquela cena maravilhosa. Eu sentia vontade de apertar aqueles três em meus braços e nunca mais largar.

Porém, enquanto assistia a expressão sorridente de Hermione, vi-a arregalar os olhos e arfar baixinho.

– Ah...

O som suave de algo pingando no chão se espalhou no ar.

– Ah, não.

– Ah, não – guinchei.

– Hum? – Rose fez, confusa.

– A bolsa?

– A bolsa... – Hermione olhou para Rose, acrescentando num sussurro meio brincalhão, meio apavorado – falei pra você não pular...

Ai, caramba.

Meu coração, já acelerado, só faltou sair pela garganta.

Nosso filho finalmente ia chegar.

– Rony, aonde...?

– Pegar o carro, lógico!

– Mas e a Rose?

– Deixe-a com a Gina! Temos que ir!

Hermione se ergueu desengonçadamente, arfante, com um braço circulando a barriga e outro segurando Rose. Ouvir a água finalmente despencando no piso não me ajudou a ficar mais tranqüilo.

A porta da frente se abrindo foi como um milagre divino.

– Oi, gente! – ouvi minha irmã nos cumprimentar, antes que ela se virasse para a sala e se espantasse com a atmosfera – cheguei em má hora?

Hermione lançou um olhar significativo para Gina, que se boquiabriu.

– Na verdade, não podia ter chegado numa hora melhor – puxei-a pelo pulso – a bolsa dela estourou.

– Droga... – Gina guinchou – me dê a bebê, Hermione. Vou acompanhar vocês até o hospital.

– E os meninos? – Hermione indagou, dando Rose para Gina. Nossa filha murmurou, parecendo tensa com nossas reações.

– Estão com Harry na casa de Andrômeda... vou mandar uma carta assim que chegarmos... vamos logo!

Dali para o carro não se passaram mais de dois minutos.

Enquanto eu dirigia, sentia meu corpo suar frio. A ansiedade latente de meses atrás, tal como quando Hermione esperava Rose, desabou totalmente sobre mim de uma vez, me deixando letárgico e quase paranóico.

Rose chorava baixinho no colo da tia, aparentando medo com o ar tenso do carro.

– Shh... não chore, Rosinha... vai ficar tudo bem.

Foi só ouvir o gritinho abafado de Hermione que quase consegui bater na traseira do caminhão á frente.

– Merda!

– Olha a boca, casseta!

– Ajudou muito – choramingou Hermione – tinha esquecido como... contração... dói.

Rose parecia querer pular para fora daquele carro de doidos, pulando no colo de Gina como se ela fosse um trampolim.

Chegar ao hospital e largar Rose com minha irmã não foi fácil. Dividido entre minha preocupação com Hermione e Hugo e o bem-estar “psicológico” da minha filha, tive que fazer Gina prometer que a acalmaria e que a manteria tranqüila até que tudo acabasse.

Hermione apertava meu braço, contraindo o rosto toda vez que uma nova contração surgia.

O centro obstétrico já estava com algumas gestantes aguardando atendimento, todas mordendo panos, choramingando ou lançando olhares assassinos para os maridos.

– Esqueci meu paninho... – Hermione comentou, com os dentes rilhando levemente de dor.

– Que paninho, Hermione... aperta minha mão.

Péssima idéia... Hermione só faltou quebrar meus dedos.

Enquanto esperávamos o medibruxo aparecer, uma gestante meio pálida, que afagava a própria barriga, nos encarou surpresa.

– Rony? Hermione?

Foi quando eu a reconheci, dando um ganido.

– Cho? Cho Chang? – arfei quando vi o rapaz moreno ao seu lado – Dino?

– Caramba! – Dino se ergueu, espantado, parecendo abalado mas sorridente – vocês também!

– Nem me fala – seguei a cintura de Hermione – vem, amor... sente aqui.

Cho nos olhou, compadecida, enquanto Hermione deitava a cabeça em meu ombro, com a expressão agoniada.

– Pode passar na minha frente – Cho afagou ombro dela – até agora, foi só a bolsa que estourou. Não tive contração nenhuma.

– Obrigada – ofegou Hermione, dando um sorriso fraco para nossa ex-colega de escola.

– Um meninão, não é?

– Sim – sorri, beijando a testa quase fria de minha esposa e vocês?

– Menina – Dino apertou a mão de Cho, encantado da vida – Namiko Thomas.

Finalmente, momentos depois, o medibruxo surgiu.

– Boa tarde... quais das gestantes já estão na terceira contração?

Além de Hermione, mais duas ergueram a mão.

– Você vai entrar?

Eu estava morrendo de medo. Queria acompanhá-la, mas não me sentia nada seguro.

– É melhor eu esperar aqui, Hermione... Rose pode precisar de mim.

– Tudo bem – ela suspirou, beijando meu rosto – nos vemos logo, então...

Tive que reunir toda a coragem do mundo para soltar a mão de minha esposa.

Quando a porta se fechou, só ficamos eu e minha angustiante ansiedade ali, esperando.

Apenas esperando.


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Notas finais do capítulo

Comentários?
Kissus e até o penúltimo capítulo!