Elements escrita por Jowlly


Capítulo 16
Recuperando


Notas iniciais do capítulo

Yeeey! Nem demoramos dessa vez, viram?
O próximo, postado por mim (Jowlly), também não demorara pra sair, prometo!

Além do mais: MUUUUUUITO OBRIGADA MEEEESMO LIAN BLACK! AMAMOOOOS SUA RECOMENDAÇÃO :3 ~exaltação da caps locks

Enfim, boa leitura!



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Todos estavam em completo silêncio. Caminhávamos para voltar a nossa casa e ninguém se atrevia a falar uma só palavra, nem sequer a olhar um para o outro. Eu não tinha ideia do por que estava aquele silêncio e muito menos do por que do clima tenso. Por outro lado, eu também não havia participado do plano lá fora, não soubera o que havia acontecido e muito menos se houve alguma briga. A única coisa que eu sabia era que naquele exato momento não estava tudo bem.

Talvez fosse estupidez minha me preocupar com aquelas coisas quando tinha tantos problemas maiores. O nosso foi resolvido, Karen havia sido resgatada apesar dos empecilhos e estávamos voltando... mas em casa muita gente estava se recuperando e a quantidade de feridos era imensa. Felizmente, dessa vez, ninguém morreu.

Comecei a repassar algumas coisas na minha mente daquela ceninha estranha do Drake. Ele parecia estar sentindo um pesar, dor, raiva... mais ou menos o que eu senti quando Emma estava controlando meus pensamentos, trazendo as más lembranças a tona... Mas não havia como ser Emma daquela vez, já que ela estava inconsciente... né? E mesmo que não fosse ela, quem seria? Ou melhor, era alguém? Ou simplesmente Drake ficara daquele modo sozinho? Para ser sincera, a última opção fazia sentido... eu nunca o entendi mesmo.

Estávamos andando os cincos. Lauren havia tomado a frente, suas costas eretas e apesar dos olhos cansados mantinha sua pose de líder, sempre. Ela era surpreendente. Drake um pouco mais atrás e eu em seu mesmo nível. Ele ainda estava um pouco carrancudo, mas bem menos do que antes. Parecia calmo, porém de certa forma... decepcionado. Peter carregava Karen em suas costas com tranquilidade ainda ao lado de Lauren. Ela continuava desacordada.

De pouco em pouco, conseguíamos enxergar a construção e um alívio foi me tomando. Vimos algumas pessoas apontando para a nossa direção e quando chegamos fomos recebidos com aplausos, o que causou, enfim, um pouco de felicidade. Agradecemos e logo tudo voltou.

Lauren parou de caminhar próxima a entrada do prédio pedindo nossa atenção.

– Peter, você pode levar Karen até seu aposento? Logo eu estarei lá com uma curandeira, mas até onde eu vi, ela ficará bem.

– Claro. – Peter respondeu também sério, o que era incomum para ele, logo em seguida pôs se andar em direção à entrada e desapareceu por lá.

– Drake, cure-se e tente ajudar as outras pessoas. – Ele apenas concordou com a cabeça e se foi.

– A mesma coisa para você, Sofia.

– E você, Lauren?

– Tem gente precisando de mim.

– Mas também precisa se curar.

– Eu estou ótima.

– Mas, Lauren...

– Não. Eu já disse. Por favor, é melhor você ir.

Não comentei mais nada, apenas fiz o que me foi ordenado. Pude reparar que ela deu um longo suspiro, como se estivesse recuperando as energias para poder encarar todo o resto. Eu sabia que mais que todo mundo ela precisava de descanso... ser forte, ser líder... definitivamente não é fácil. Engoli em seco.

Mal entrei no saguão que já fui recepcionada por um Zack preocupado.

– Idiota! – Exclamou, ri de seu modo de falar.

– Oras, por quê?- Sorri, na verdade, eu já sabia a resposta, obviamente.

– Ah, Sofi... eu já estava realmente me preocupando com a demora de vocês... ás vezes minha mente vai para o lado trágico, sabe? – Falou torcendo a boca e me olhando de modo preocupado, achei fofo. Seus olhos de diferentes cores me fitavam e eu não conseguia parar de olhar para eles. Não sei por quanto tempo ficamos assim, mas, afinal de contas, ele me abraçou.

Foi um abraço forte, confortável, que eu não tive como não corresponder. Drake podia falar o que quiser de Zack, mas era claro que ele estava totalmente errado, e eu não me importava com a opinião daquele cara mesmo, só para constar.

– Suas costas já estão melhores? – perguntou.

– Acho que sim, eu pelo menos não sinto mais dor.

– É melhor continuar com a atadura por um pouco mais de tempo, tudo bem? – gostava da maneira que ele cuidava de mim, passava-me uma sensação boa.

– Está bem, eu sei, Zack... Bem, você pode me dar licença? Preciso voltar para o meu quarto, daqui a pouco eu desço de novo.

– Claro, pode ir. – antes de me deixar, ele deu um leve beijo na minha testa. Tem como não amar?! Sorri timidamente e subi pelo elevador, indo até meu quarto.

Não demorei a deitar na cama e ficar encarando as grades de madeira da cama de cima, simplesmente por que não estava a fim de subir as escadas e encarar o teto. Planejei um pouco do que eu faria a seguir mentalmente: Provavelmente, tiraria a gaze em pano e colocaria uma nova, como Zack recomendou, e depois desceria, não só para ver se estava tudo ok comigo, mas também para ajudar todos os outros feridos que, sem dúvida, estavam em uma situação pior... Antes disso, passaria no quarto de Karen, para conferir como ela estava e ainda queria achar o Max. Mas esse não era um fator essencial na lista, estava mais para o fator “fazer com que minha mente se encaixe no lugar”.

Suspirei, cansada, e me levantei começando a fazer exatamente o que eu havia planejado. Tirei a blusa e fiz o possível para me olhar de costas para o espelho. Vi que em comparação a última vez, a mancha de sangue havia diminuído, o que era um bom sinal. Com observação, havia aprendido a trocar aquilo sem muitas dificuldades e foi o que eu fiz. Coloquei a blusa novamente e fui até o quarto de Karen.

Bati na porta algumas vezes e logo fui atendida. Lauren e outra garota baixinha e de cabelos tão claros, que chegavam a parecer brancos como a neve, estavam paradas em frente a cama da morena que dormia tranquilamente. Lembrei-me da Branca de Neve ao olha-la. Pele pálida, cabelo escuro, dormindo imponente... Ri internamente com o pensamento de que Karen precisava de seu Príncipe Encantado para acorda-la... e logo após lembrei que não sabia de ninguém se Karen realmente gostava de alguém ou se um rapaz gostava dela...

– Ela vai ficar bem? – perguntei antes que me afundasse em meus pensamentos.

– Claro. – Lauren sorriu – Mas ela precisa se recuperar. Mirian já fez o possível e ela já não está mais ferida, – referiu-se ao nome da garota ao seu lado – mas deverá passar o resto do dia aqui. De vez em quando chamarei alguém para dar uma olhada nela, ok?

Afirmei com a cabeça, contente pelo estado de minha amiga.

– As atividades normais estarão suspensas até amanhã? – perguntei só para confirmar.

– Sim, e se não for o suficiente para tratarmos os feridos, deixaremos depois de amanhã livre também, mas estou contando que não seja necessário. As coisas estão indo até melhores, aqueles que estão se curando já vão ajudando os que ainda estão para se curar. Sempre fora assim, na verdade.

– Entendi. Bem, então eu vou indo ajudar lá, ok?

– Vai lá, eu também já estou descendo.

Assenti e fui ao elevador para o elevador.

Só agora percebi a verdadeira zona que estava o saguão.

Havia gente estendida nos sofás, ocupando todos os espaços, e sempre ao lado deles alguém tomando conta. Vi que o número de verdadeiros curandeiros, pessoas que receberam o magnífico poder de curar os outros (sejamos sinceros, esse sim é um poder utilmente bondoso), era limitado, mas que apesar disso todos os outros ajudavam como podiam. A maioria dos curados não paravam quietos, iam de um lado ao outro da área dos sofás e do refeitório. Notei que o refeitório havia praticamente virado uma enfermaria ou farmácia, pelo tanto de remédios. Cheguei a cogitar que os remédios eram mágicos ou coisas do tipo, mas quando me aproximei, vi que não passavam de remédios normais, daqueles que a gente usa no dia-a-dia mesmo.

Parei uma garota qualquer e perguntei no que podia ajudar, ela pensou um pouco e pediu para que eu visse se um rapaz lá nos sofás, o qual ela apontava, estava precisando de mais alguma coisa. Sem hesitar, fui até ele.

Estava com o braço todo enfaixado e preso de uma forma que parecia estar quebrado, se é que não estava mesmo. Seu cabelo escuro caía sobre a pele morena. Quando me viu aproximar tentou se ajeitar um pouco, mas não fez muita diferença.

– Oi... – comecei timidamente, mas seu sorriso reconfortante fez com que eu me sentisse segura para conversar livremente com ele.

– Olá.

– Você está precisando de mais alguma coisa?

– Por enquanto nada. Qual o seu nome?

– Sofia. E o seu?

– Alexandre. Pode me chamar de Alê. – sorri em resposta – Você é a garota do fogo? - Ri um pouco pela referência, mas acabei confirmando.

– Legal, como é ter um poder de um dos elementos? São raros, você sabe... Provavelmente é por causa da profecia.

Meu cérebro parou por um momento. Profecia?

– Bem, eu não sei como é ter outro poder que não seja esse, mas os outros também me parecem legais... – ri um pouco – Mas eu gosto de controlar o fogo... – passamos uns segundos em silêncio. – Escuta, Alê, você falou sobre uma tal de... profecia? – indaguei.

– Sim, a Profecia Elementar. Não conhece?

Neguei com a cabeça, cada vez mais curiosa.

– A profecia é milenar, mas fora encontrada só no século retrasado. Ela envolve os quatro elementos.

– Todos conhecem ela?

– Na verdade, quase ninguém tem conhecimento sobre ela, a maioria só sabe dos boatos, como eu. E pelo que dizem, sua localização é quase inacessível...

– E quem a guarda?

– Talvez a Lauren, a líder, se eu não me engano.

– Ahn. – suspirei um pouco zangada. Então é isso? Lauren sabia que tanto eu quanto Drake estávamos envolvidos em uma misteriosa profecia e não disse nada? Sério? Naquele momento, eu bem que estava querendo ter uma séria conversa com ela... Não daria para esconder isso para sempre, daria?

– Está bem? – ele indagou ao ver minha cara pensativa e até um tanto irritada.

– Sim, ótima. – desvencilhei-me de meus pensamentos. – Qual é o seu poder? – puxei assunto, depois eu resolveria a questão da profecia.

– Eu tenho um complexo de visão complicado... – ele riu com a própria fala. – Sei enxergar perfeitamente no escuro, tenho visão de raio-x, até mesmo uma visão térmica...

– Nossa, que incrível! Acho que isso sim que é legal.

Ele riu dando de ombros.

– É, até que é sim... mas não é lá a coisa mais útil do mundo, eu acho.

– Discordo. Você pode ver se tem ossos quebrados por aí, tem facilidade para batalhas a noite e até mesmo caçar animais ou até mesmo localizar pessoas escondidas pela sua temperatura! Você é como um rastreador, isso me parece incrível! – minha empolgação pareceu diverti-lo, julgando por sua risada.

Nós continuaríamos alegremente o nosso papo. Eu havia gostado de Alexandre, ele era um cara legal... mas senti uma mão em meu ombro e me virei para ver quem era. Deparei-me com um sorriso divertido e uma cabeleira ruiva.

– Olá, Peter!

– Oi, Sofi. A Lauren está te chamando, ela está lá no refeitório, ok?

– Ah, claro. – confirmei com a cabeça, voltando a ficar séria. Não sei se era naquele momento que eu estava a fim de conversar sobre o assunto com Lauren, afinal, ela já estava ocupada o suficiente e era melhor deixar para outra hora. Mas de qualquer modo, ela queria me ver.

Estava em um grupo de algumas pessoas que eu nunca tinha visto, parecia dar algumas ordens e de pouco em pouco as pessoas deixavam o local para fazerem o que fora pedido. Ela me avistou e mandou um sinal com o olhar para que eu esperasse.

A última pessoa saiu e eu me aproximei.

– Sofia, preciso de sua ajuda.

– Claro, com quê?

– Drake.

– Ah, não... o que ele fez agora?

– A questão é: o que ele não fez. – fiquei sem entender por um tempo, até ela continuar explicando. – Ele não desceu até agora.

– E onde ele está?

– Em seu quarto, provavelmente. Mas não tem quem lhe tire dali. Trancou a porta e não sai de lá por nada no mundo.

– E o que te faz pensar que eu conseguiria tira-lo? – indaguei. Ela havia endoidado? Se ninguém conseguira tirá-lo de lá, muito menos eu!

Ela olhou para mim em uma mistura de irritação e cansaço, o que fez logo com que eu me rendesse, sem que ela precisasse falar mais nada. Líderes tinham esse poder, imagino.

– Certo, certo! Estou indo! – Falei e fui em direção ao elevador.

Quando cheguei a sua porta fiquei um pouco estática, sem saber o que fazer. Então resolvi começar a pedir educadamente, só pra depois não falarem que eu não tentei.

Bati levemente na porta de madeira.

– Drake? É a Sofia... a gente está precisando de você...

Não houve resposta.

– Drake? – bati com um pouco mais de força. - Não adianta se esconder! Eu sei que você está aí! Drake!

Continuei batendo incansavelmente naquela porta, mas nada dele abrir, nada de se quer um efeito sonoro vindo do quarto.

– Você sabe que eu vou ficar aqui até você abrir! – meu braço, meu punho, tudo já chegava a doer pelas batidas continuas. – Drake! É sério, eu vou arrombar essa porta, desgraçado! Sai daí!

Fiquei ameaçando e batendo naquilo por volta dos próximos quinze minutos! O moleque era realmente chato! Insuportável, na verdade. Não importava quanto tempo eu ficasse lá, aparentemente ele havia morrido lá dentro e por isso não respondia. Foi aí que tive a brilhante ideia de olhar pela fechadura da porta. Sim, eu era uma gênia. Agradeci pelas brincadeiras infantis de espiã que eu tinha com minhas primas...

Agachei e que nem uma louca botei um dos olhos naquele pequeno buraco. Enfim, Drake não estava morto. Mas... a situação que eu vi não era nada legal.

Ele estava sentado ao lado da escrivaninha, no chão. Ao seu redor... gelo. Uma fina camada de gelo no chão, na parede, no lugar onde estava. Senti frio só de olhar... o clima naquele lugar deve estar horrível, mas nada se comparava ao seu estado. Drake parecia acabado, horrível. O rosto um pouco vermelho, tão exausto, tão... triste. Num chute, eu diria que ele havia chorado, mas não dava para afirmar nada, considerando que estava difícil vê-lo com clareza. Sentava de perna cruzada e olhava para baixo, para uma foto que segurava fortemente com as mãos, como se não pudesse perdê-la. Percebi que ele abaixou um pouco a foto e colocou-a no chão, logo em seguida olhando para o teto e suspirando firme. Em um relance pude ver a imagem... era da garota ruiva. A mesma foto amassada e até mesmo um pouco rasgada que eu havia encontrado outro dia.

Novamente, perguntei a mim mesma. Quem era ela para ele?

Mal tive tempo de pensar na resposta, pois notei que ele vinha em direção a porta. Tive uma inútil sensação de esperança, apesar de saber que era só para conferir se eu já havia ido embora. Afastei-me antes que ele abrisse.

Foi por uma pequena brecha que nos vimos.

Antes que eu pudesse meter o chute naquela porta ou falar qualquer coisa que fosse, ele me olhou nos olhos e simplesmente cortou todos os meus pensamentos.

– Me deixa em paz. Vá embora.

E voltou a fecha-la, sem que eu conseguisse tomar qualquer atitude antes ou falar alguma coisa. O que ele havia dito mexeu um pouco comigo. Talvez não exatamente o que disse, mas como disse... Sua voz soou num sussurro, baixa, dolorida até... deixando bem claro que não era pra eu voltar a bater naquela porta tão cedo...

De qualquer modo, havia entendido o recado. Havia desistido. Não esquentaria a cabeça com as frescuras do Drake. Ele tinha TPM masculina eterna, aposto. Desde que eu conheci a sua personalidade múltipla me confundiu demais... Ás vezes ele era dócil, divertido comigo, ás vezes realmente parecia que era um amigo, que me entendia e se preocupava comigo... mas outras vezes... ele simplesmente agia de modo frio, arrogante, não olhava na minha cara, e o pior: sem nenhuma explicação aparente...

Então foi aí que entendi. Claro que não existia nenhuma explicação aparente. Porque, definitivamente, não era algo aparente. Provavelmente, todas aquelas reações estavam envolvidas com suas lembranças, com memórias de um passado nem tão legal... Estava tudo em sua mente.

Existiam muitas coisas que eu não sabia do MacLain, e por isso, não conseguia entendê-lo. Mas naquele momento o que eu sabia era que ele estava magoado com algo ou alguém, que ele sentia falta de algo ou alguém... e que ele precisava de ajuda... E, apesar de ainda não saber como ajuda-lo, sabia que, com certeza, eu iria. Sim, de alguma forma, eu iria ajuda-lo.

Desci até o térreo novamente e avisei Lauren que não havia conseguido e que, para o momento, era melhor deixa-lo um pouco sozinha. Ela entendeu e falou que mais cedo ou mais tarde ele acabaria saindo de qualquer jeito.

– Você sabe de seu passado, Lauren?

– Nada. Drake tem um grande problema de confiança, aparentemente. É raro ele contar algo sobre si para alguém, principalmente para uma garota. Talvez Peter saiba um pouco mais do que eu, ao menos, Drake parece se abrir mais com ele, entende?

– Sim, vou ver com Peter.

– Mas por que a pergunta?

– É que... bem... ele é estranho. Quero dizer, ele age de forma estranha algumas vezes... e isso me indaga um pouco, sabe?

– É, igualmente. – passamos um tempo em silêncio, parecia que ela procurava na memória algo para me dizer, até que enfim se lembrou. – Aliás, você está livre hoje pelo resto da tarde. – sorriu contente.

– Hm?

– Não precisa ficar aqui ajudando os outros se não quiser, a maioria já está bem... – claro que eu sabia que tinha algo mais, mas não comentei nada.

Lauren logo foi atrás de mais coisas para fazer e eu perambulei lentamente por onde estava, pensando no que fazer. De repente, senti uma mão cobrir meus olhos e sorri com o ato. É estranho demais se eu falar que o reconheci pelo cheiro?

– Olá, Max...

O platinado logo tirou as mãos de cima de meus olhos e eu pude enxergar novamente. Ele foi para a minha frente e eu constatei o quão bonito estava.

– Como soube que era eu?

– Pressentimento? – dei de ombros e ri, sentindo meu rosto esquentar.

– Sei... – ele riu junto. – Está tudo bem? Fiquei preocupado com você...

– Sim, tudo ok. Karen também vai ficar bem e as coisas já tomaram seus eixos. – sorri de canto novamente.

– Entendi... é... Sofia... – chamou-me e começou a andar, eu apenas o acompanhei.

– Diga.

– Quer sair comigo hoje? Tipo, agora? Para a cidade, digo... Assim, vamos comer algo? – ele parecia realmente nervoso e eu comecei a rir por sua confusão de palavras.

– Claro. Só vou tomar um banho antes, pode ser?

– Tudo bem, te espero aqui.

Virei-me em direção ao elevador e subi até meu quarto com um sorriso de orelha a orelha. Sabe-se lá qual foi a última vez em que me pediram para sair em um encontro. Não poderia estar mais contente em sair com ele, além do mais, seria um ótimo momento para tratar da questão “por que todo mundo te odeia?”...

Existia ainda uma lista de coisas que eu devia descobrir sobre todos e tudo ao meu redor, mas eu sabia que para isso seria necessário tempo e paciência. Eu ainda era nova em tudo aquilo e tinha muito que aprender. Mas, de qualquer modo, não via a hora de tudo aquilo ser revelado.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que vocês tenham gostado!
O que acham que aconteceu com Drake?
E com o Max?
Conte-nos suas teorias!

Até breve! :3