Dolce Amore escrita por Valk


Capítulo 26
Harry Clearwater


Notas iniciais do capítulo

E AÍ, PESSOAL?! Tudo bem com vocês? Não me esperavam aqui hoje né?!
Bom, esse capítulo é um passo beeeeem grande para descobrir quem é Bella Marie e eu não aguentei esperar pra postar! Saibam que eu estou com o coração apertado aqui!
Boa leitura ;)



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Nate Schulman

– É ELA! – gritou Edward.

Por um segundo pensei que Edward havia encontrado Bella nas fotos, mas depois pensei que seria impossível já que ele nunca havia visto o rosto dela.

– É a garota que disse se chamar Bella na empresa que visitamos. – disse Emmett.

– Essa garota? – apontei pra uma garota baixinha que parecia ter saído de um episódio de Jersey Shore. Edward concordou. Ele entrou no Pheed e enviou uma mensagem pra James.

Edward: Você tem algum meio pra saber o nome completo das duas garotas?

James: Cara, vai ser difícil, mas acho que posso.

– Pergunta se ele postou as fotos em alguma rede social. – pedi.

Edward: Você postou essas fotos em algum lugar?

James: Postei em uma página no Pheed e no site.

Edward: Obrigado, James!

James: Eu vou tentar achar nos meus documentos um arquivo onde eu guardo todas as notas de pagamento dos ingressos. Talvez eu ache algum nome lá.

Edward agradeceu mais uma vez e cada um com seu notebook começou a pesquisar. Edward entrou no site de James e não achou nada além das mesmas fotos. Eu entrei no Pheed com a conta de Edward e fui pesquisar as publicações de dois anos atrás.

– Em eventos assim as pessoas costumam esperar que a equipe do evento poste as fotos do dia. Talvez podemos encontrar nos comentários alguma coisa dessas garotas. – disse Marcus explicando para a família e para deixar registrado pra edição final.

Com muito custo achei as publicações de 2012 da página de James. Vi todas as fotos do evento e procurei comentários nas fotos que elas apareciam. E nada. Quando estava perdendo as esperanças, encontrei um comentário de uma garota chamada Jessica.

Jessica Stanley: Eu e minha amiga curtimos muito o show do DJ Benny! Foi incrível!

Era o que dizia o comentário.

– Achamos! – disse. Cliquei no perfil de Jessica e a foto era bem nítida. Era a garota que Edward e Emmett haviam encontrado na empresa. – Tem certeza que é ela? O nome é Jessica Stanley. – disse pra Edward.

– Tenho certeza absoluta. – ele confirmou. Procuramos por Leah nos seus assinantes, mas não encontramos ninguém com o nome nem mesmo parecido.

– Nada dessa tal de Leah. – disse.

– Bom, uma coisa nós já temos certeza, a garota que vocês encontraram não é Bella a menos que ela tenha mentido seu nome. – disse Marcus. Edward assentiu.

– E agora? – ele perguntou.

– Agora nós vamos pesquisar o endereço que seria de Bella e a empresa que vocês encontraram.

Jogamos o endereço da empresa no Google e logo encontramos o site de uma empresa de publicidade chamada “Clearwater Advertising”. Entramos no site e logo na página inicial havia a foto das filiais da empresa. Quando apareceu a imagem da filial de Miami, Edward afirmou que era ali que havia estado.

– Pesquisamos pelo endereço que você tinha e já havia visitado e encontramos o site de uma empresa chamada “Clearwater Advertising”. Esse nome é familiar pra vocês? – perguntei e todos disseram que não. Entramos em todos os links dispostos no menu e achamos na página de “sobre”, uma carta do presidente da empresa, Harry Clearwater.

– Em empresas desse porte, não é comum que o endereço seja usado para envio de cartas e encomendas sem a assinatura do presidente da empresa. Ou Bella conseguiu passar por cima disso, ou ela é bem próxima de Harry pra ter enviado um pacote pessoal usando o endereço da empresa. – disse Marcus. Pesquisamos sobre a equipe da empresa, mas só conseguimos o nome dos publicitários e dos advogados que representavam a mesma judicialmente.

O telefone de Edward tocou enquanto estávamos pensando no próximo passo que precisávamos dar. Era Bella. Ele se retirou da sala, mas conseguimos ouvir um pouco da conversa. Parece que ela estava questionando o motivo dele não estar conversando com ela. Pedimos que ele fizesse isso, pois ele acabaria entregando tudo pra ela. Edward contou que estava com alguns problemas urgentes que precisava resolver e disse que a amava. Quando ele estava voltando pra sala o telefone dele tocou novamente.

– James. – disse simplesmente. Ele atendeu o telefone e já colocou no viva-voz.

– Edward, eu descobri algo que pode ajudar ou não. – disse James.

– Você está no viva-voz. Pode falar.

– Eu consegui recuperar a conversa que tive com Bella no dia que ela comprou os ingressos. E ela havia dito que pagaria no cartão. Entrei no meu sistema pra procurar pelo nome dela e não achei nada. Então eu filtrei os dados para o mês e o ano do evento e achei alguns nomes, mas só um me chamou a atenção.

– Qual? – perguntou Emmett.

– Harry Clearwater. O cartão de crédito em que Bella comprou os ingressos está no nome dele. – concluiu James. Mais uma pista ligada á Harry.

– Mas porque esse nome te chamou a atenção? – perguntou Marcus.

– Porque lembrei do sobrenome de Leah. Ela é filha dele. – disse orgulhoso do seu trabalho. Agradecemos por sua ajuda e Edward desligou o telefone.

– Bom, conseguimos bastante informação. – disse Marcus. – Agora precisamos direcionar a pesquisa por Leah e Harry Clearwater.

Edward estava apreensivo do nosso lado. A família toda estava na verdade. Esme a todo momento beijava a testa de Edward tentanto tranquilizá-lo. Jogamos o nome de Harry Clearwater no Google e procuramos pelas últimas notícias para ver se em algum momento Bella é citada.

Nenhum resultado encontrado.

– Todas as notícias que temos sobre Harry só fala da sua empresa e de sua ex-esposa, Rachel. Parece que a ex-mulher dele fornece uma grande ajuda para orfanatos e associações que ajudam crianças e mulheres que sofreram maus tratos. – contou Marcus.

– Achei também uma notícia que confirma o que James disse. Leah é filha de Harry Clearwater. E ela tem um irmão chamado Seth. – disse. – Familiar?

– Não. – disse Edward. Ele estava frustrado por não ter tantas informações úteis sobre Bella e isso era nítido. – Bom, acho que podemos tentar falar com Harry.

Pegamos o telefone da empresa e ligamos pra lá, mesmo sabendo que por ser o presidente da empresa, seria difícil que ele aceitasse falar com pessoas desconhecidas por telefone. A secretária disse que ele só atendia pessoalmente.

– Ligamos pra empresa e a secretária disse que ele só trata de assuntos profissionais pessoalmente. Então a solução é ir pra lá. – disse. Todos concordaram que era a melhor opção. Não decidimos nada no primeiro momento. Fizemos uma pausa nas gravações enquanto eu continuava pesquisando sobre Harry e não encontrando nada que ajudasse.

Liguei para o meu produtor e contei pra ele todo o avanço que havíamos feito e que iríamos precisar voltar para os EUA. O produtor achou melhor que só uma pessoa fosse, pois não sabíamos o que poderiamos encontrar e se algo saísse do controle, não teríamos deslocado toda uma equipe por nada. Conversei com Marcus sobre isso e ele se prontificou a ir sozinho pra lá.

Era agora ou nunca.

Contamos para a família nossa ideia, compramos a passagem de Marcus e na mesma noite ele estava partindo de volta para os EUA. Emmett o levou até o aeroporto, quando voltou conversamos mais um pouco.

– Agora temos que esperar? – perguntou Tânia.

– Sim. Precisamos saber o resultado do encontro de Marcus e Harry pra saber que caminho temos que seguir agora. – disse. Depois do jantar todos se deitaram, no quarto continuei pesquisando sobre Harry, tentando fazer um link entre ele e Bella, mas não consegui nada.

Era quase duas horas da manhã quando desci para a cozinha em busca de um copo de água. Pela janela pude ver a luz do quarto de Edward acesa. Saí de casa e vi Edward andando de um lado para o outro no quarto. Bati na porta de sua casa e logo ele atendeu com Donna ao lado.

– Algum problema, Edward? Vi você andando de um lado para o outro no seu quarto. – disse. Ele me convidou para entrar e eu aceitei.

–É muito mistério ao redor de Bella. Isso não está me deixando bem. Desde que tudo isso começou, não consigo dormir direito. E ficar sem falar com ela está me matando. – disse Edward desesperado.

– Eu já passei por isso, Edward. E sei como é a ansiedade e a esperança a cada descoberta. Eu e toda a equipe do Catfish estamos torcendo muito pra que sua história termine bem. – disse. Mesmo depois de Edward desabafar e da nossa conversa não conseguimos dormir. Ficamos acordados a noite inteira trocando nossas experiências como fotógrafo. Edward trabalhava muito bem e tinha um talento muito grande, seria realmente um desperdício deixar isso passar.

(...)

Ás 5 horas da manhã, Esme acordou e vimos a movimentação dela na cozinha da doceria. Caminhamos tranquilamente até lá e fizemos companhia á ela. Eu fiz, já que Edward também estava cozinhando e ajudando a mãe com as tortas. Meu telefone tocou e era Marcus. Era quase 00:00 nos EUA quando ele chegou. Combinamos mais algumas coisas, e sabia que deveria esperar mais notícias dele quando aqui o sol estivesse se pondo.

Marcus Joseph

O produtor de Catfish havia decidido que era melhor apenas um da equipe voltar aos EUA pra conversar com Harry. E eu fui o escolhido. Era apenas a segunda vez que eu fazia isso e confesso estar bem apreensivo, principalmente porque era um caso em que eu estava muito envolvido. Edward e toda sua família são tão unidos e simpáticos que foi inevitável criar um laço de amizade. Estava torcendo com toda força que tudo desse certo. Edward merecia um ‘final feliz’.

Quando cheguei nos EUA era quase 00:00 e eu estava morto de sono. Assim que cheguei ao hotel em que ficaria tive que fazer um esforço animal pra conseguir ligar para Nate e contar que já havia chegado. Combinamos que eu entraria em contato com Harry apenas dizendo que havia recebido uma encomenda de sua empresa, mas não sabia quem havia enviado. Ele demonstraria interesse e só então eu contaria toda a história.

No outro dia pela manhã peguei um táxi e segui até a “Clearwater Advertising”. Cheguei lá e reparei que a empresa era bem maior do que aparentava nas fotos do site. Cheguei na recepção e perguntei por Harry. Eu não havia ligado antes com receio de que ela resolvesse marcar um horário em outro dia. Comigo ali era mais fácil.

– O seu nome, por favor. – disse a recepcionista.

– Marcus Joseph.

– Você tem horário marcado?

– Não, mas o assunto é urgente. – disse. Ela me deixou subir até o último andar, o andar da presidência, com um segurança me acompanhando. No elevador ajeitei o gravador que estava preso no bolso da minha camisa. Ele era discreto e parecia uma caneta.

Chegando ao andar do Sr. Clearwater a secretária dele pediu que eu aguardasse. Ela entrou na única porta que havia aparente ali.

– O senhor não tem horário marcado, Sr. Joseph. – disse a secretária assim que voltou da sala.

– Eu sei, mas o assunto é urgente. Recebi uma encomenda dessa empresa que nada tem relação com ela e queria saber do presidente como isso aconteceu. – disse seriamente. Ela concordou com a feição assustada e voltou pra dentro da sala. Em menos de um minuto ela me deu passagem para entrar.

– Bom dia, Sr. Clearwater. – cumprimentei e apertei sua mão.

– Bom dia, Sr. Joseph. Minha secretária disse que o assunto era urgente. – disse sério.

– Bom, eu tenho um amigo que recebeu uma encomenda com o endereço daqui e ele pensou que fosse o endereço da casa de uma amiga, mas quando chegou aqui e encontrou sua empresa ficou meio confuso. – disse.

– Uma encomenda... pessoal? Com o endereço da empresa? – perguntou confuso.

– Sim. Eu achei isso muito estranho, por isso quis falar diretamente com o presidente da empresa.

– É impossível. Todas as encomendas e cartas que precisam ser enviadas são feitas pelo banco ou passam diretamente pelas minhas mãos. Eu não permitiria o uso do nome da empresa para envio de algo pessoal de algum funcionário. – disse polidamente.

– A questão é que a pessoa que enviou a encomenda também não trabalha aqui. – disse.

– Não? E como o senhor sabe disso?

– Quando meu amigo veio ele teve essa informação.

– Qual o nome da pessoa que enviou a encomenda? – perguntou solicito e pronto para digitar em seu computador.

– Bella Marie. – disse e vi a atmosfera do lugar mudar. Harry no mesmo momento tirou suas mãos do teclado e olhou nos meus olhos.

– Quem é você? – ele perguntou rispidamente me deixando confuso pela mudança de comportamento.

– Marcus Joseph, do programa Catfish. – disse.

– Um programa de TV? Você está investigando alguma coisa? – seu nervosismo era evidente.

– Edward, meu amigo, está a procura dessa Bella Marie.

– Edward? Eu não conheço ninguém com esse nome. – perguntou e eu arqueei as sobrancelhas. – E por sinal não conheço ninguém com o nome de Bella. Agora queira se retirar, por favor. – disse se levantando e apontando pra porta.

– O senhor pode me explicar como alguém que o senhor não conhece enviou uma encomenda pra Itália levando o endereço da sua empresa? – perguntei me levantando.

– Será necessário que eu chame os seguranças? – perguntou agora furioso e abriu a porta. Eu estava prestes a sair quando vi a garota chamada Leah andando em direção a sala de Harry.

– Está tudo bem por aqui, senhor Clearwater? – perguntou sua secretária.

– Chame os seguranças, por favor. – disse Harry.

– Isso não será necessário. – disse saindo da sala, mas antes precisava fazer uma última tentativa. – Leah? Talvez você possa explicar melhor que o seu pai como Bella Marie enviou uma encomenda pra alguém na Itália com o endereço dessa empresa.

– Bella? – perguntou Leah assustada olhando para o seu pai que já estava vermelho de raiva.

– Como sabe o nome da minha filha? Saia daqui agora antes que eu chame a polícia. – disse Harry. Naquele momento eu vi algo em seus olhos que me deixou em alerta. Medo. Saí da empresa sem olhar pra trás, mas com os pensamentos fervilhando. Eu não queria pensar nisso, mas depois do que vi e escutei naquela sala, apenas uma pergunta se passava em minha mente. E se Harry Clearwater fosse Bella Marie?


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Notas finais do capítulo

E então, pessoal? Acho que encontramos nossa Bella Marie! Por que alguém como Harry Clearwater iria fingir ser uma mulher na internet? Agora eu deixo vocês me chamarem de malvada e o que for!
Só tenham em vista uma coisa: tudo tem um motivo...
Espero que comentem apesar de tudo!
Beijos,
Valk ;)