O Coração Contrariado do Do Contra escrita por EmilyM


Capítulo 8
Um Sentimento Novo


Notas iniciais do capítulo

"UAU, ela já postou capitulo!!!" Vocês devem estar pensando.
Sim! Basicamente eu NÃO VOU TER TEMPO ALGUM pra escrever a partir da outra segunda (23/02). Sim, infelizmente vestibular existe.
Enfim, vou deixar aí mais um cap (eeeeh!!!)
Um ótimo carnaval, e pra quem não curte carnaval, tô dando de presente mais um encontro com o personagem mais pica da TMJ!
Boa leitura



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Do Contra subiu as escadas furioso. Chegando lá em cima, socou a porta do quarto do irmão.

– NIMBUS, ABRE ESSA PORTA AGORA! – DC gritou.

– Tá aberta! – Nimbus gritou lá de dentro.

– Você vai me explicar AGORA aquela brincadeirinha sem noção lá em baixo!! – DC disse.

– Relaxa mano, eu só tava zoando contigo! Aliás, nem era tão zoeira assim né! Ela estava em cima de você, e vocês estavam se olhando e... – Nimbus disse, rindo.

– Argh, já falei, a gente caiu do sofá, só isso! – DC disse, impaciente.

– Aham, sei! Olha só, olha só, tá vermelhinho! – Nimbus disse, rolando de rir.

– N-nada a ver tá? Eu só não gostei de como você ficou zoando, como eu vou falar com a menina agora? – Perguntou DC.

– Falando ué. Afe, você nem tá parecendo o Do Contra que eu conheço! O DC que eu conheço não liga pro que as pessoas pensam dele, O DC que eu conheço não estaria nem aí pra brincadeirinhas alheias. – Nimbus disse, sério.

– E-e quem disse que eu me importo? P-pode fazer suas brincadeiras aí! – DC disse, cruzando os braços.

– Ah é? Então eu posso mandar esse "furo de notícia" pro BLOG DA DENISE? – Nimbus disse.

– NIMBUUUUUS!!! – DC berrou.

– Hahahahahha, eu tô brincando mano. Você sabe que eu nunca faria isso! – Nimbus disse, rindo.

Do Contra estava furioso. Mas aí percebeu que tinha um trunfo nas mãos! E decidiu usar contra o irmão.

– Hmmm... é, você tem razão! Eu sou o Do Contra e não deveria me preocupar com o que pensam os outros, não é mesmo? – Do Contra disse.

– É claro! Esse sim é meu irmão! – Nimbus disse.

– Eu deveria ser mais como você, por exemplo! Levar essa zoeiras aí na boa, sem ressentimentos! – DC disse.

– Ahá, é disso que eu gosto! – Nimbus disse, batendo palmas.

– Valeu cara, você é um irmão e tanto! Aliás, como está a Ramona? – DC perguntou, maldoso.

– De nad... Q-QUEM? – Nimbus perguntou, mega nervoso.

– A Ramona, ué! Ah, vai me dizer que não rola nada aí? – DC disse com um sorriso triunfante. Ele chegou aonde queria chegar.

– R-Ramona? Que Ramona? Ah sim, a-a filha da filha da Bruxa Viviane? – Nimbus disse, se fazendo de desentendido.

– Não, a filha do Lord Voldemort! Claro que é a filha da Viviane! A menina é maneira, agora a mãe... toma cuidado com ela e com aquele gato falante se quiser namorar a menina... – DC disse, fingindo estar sério.

– DO CONTRA!!! – Nimbus disse, vermelhíssimo.

– AHÁ!!! Cadê aquele papo de "aceitar as brincadeiras e blá blá blá", em???

– TÁ BOM, TÁ BOM, JÁ ENTENDI!!! Não vou falar mais no incidente de hoje, ok? – Nimbus disse, vencido.

– Tuuuudo bem! Não vou falar mais da bruxinha! Ah, só pra finalizar: sobre aquele dia que você foi a rua dizendo que ia comprar uma cartola nova, eu não sabia que na casa da Ramona vendia cartolas! – DC disse, fazendo Nimbus quase desmaiar.

– Como você sabe disso??? – Perguntou Nimbus. Agora era ELE quem estava furioso.

– Foi mal, mas "1234" não é a melhor senha pra colocar no seu celular! – DC disse.

– DO CONTRAAAAA!!! – Nimbus berrou.

– Fui!!! – Do Contra disse e saiu correndo do quarto.

Do Contra se trancou rapidinho no seu quarto, morrendo de rir. Ele tinha quase CERTEZA que o irmão gostava pelo menos um pouquinho de Ramona, desde o dia em que a Bruxa Viviane atacou a festa da Marina. Agora, além de ter certeza disso, ele tinha dado o troco em Nimbus!

Falando naquilo... ele ainda estava assustado com o fato daquele dia ter sido tão bom! Fazia um tempo que ele não ria tanto. Aliás, fazia um BOM TEMPO que ele não encontrava um fã de "O Palhaço e a Panqueca". Ok, ele NUNCA tinha encontrado um fã de "O Palhaço e a Panqueca". Mas e daí, aquilo fazia tudo ficar melhor!

E a Samara era... demais! Ela curtia os mesmos gibis que ele, as mesmas músicas... nunca ninguém tinha ficado quase três horas fazendo as coisas que o Do Contra fazia sem reclamar pra caramba, e ainda por cima gostando! Era incrível...

– Filho, cheguei! Seu pai está chegando daqui a pouco, ele quer pizza! Sugestões de sabor? – Dona Keiko disse, colocando a cabeça dentro do quarto.

– Eu quero pizza doce, pergunta pra pizzaria se eles fazem de açaí com nutella? – DC disse, surtando como sempre.

– Ai meu filho... Se eu ligar pra lá de novo perguntando se eles fazem essas coisas malucas que você sempre quer, é capaz de desligarem na minha cara. – A mãe disse.

– Fazer o que né... vou querer uma brotinho de chocolate então. – DC disse, bufando.

Uma hora depois, a mãe gritou para que os filhos descessem para comer. Do Contra foi logo sentando na mesa, mas Nimbus simplesmente pegou dois pedaços de pizza, colocou no prato e subiu pro quarto, sem falar nada.

– Nossa, o que aconteceu com ele? – Dona Keiko perguntou, um pouco assustada.

– Não precisa ser Do Contra pra saber que ele tá puto. – DC disse, colocando um enorme pedaço de pizza de chocolate na boa.

– DO CONTRA!!! Que vocabulário é esse? – A mãe esbravejou, horrorizada.

– Desculpa, desculpa... ele tá bolado ué, deixa ele quieto. Ninguém pode ser feliz sempre, né? – DC disse.

– Estranho, ele nunca come no quarto... Ih, seu pai chegou! – Dona Keiko disse, abrindo um sorriso.

– Boa noite família! – Seu Nimbão disse, dando um beijinho na mulher – Como estamos hoje?

– Eu estou bem!!! Muito bem pra falar a verdade! E o senhor como está? – Do Contra disse, sorrindo.

– Nossa que animação! Espera aí, não vai me dizer que lançou "O Palhaço e a Panqueca 2"??? – O pai perguntou, fingindo desespero.

– Há há há, muito engraçado! Infelizmente, não. É que hoje eu tô feliz, mesmo! – DC disse, rindo.

– Que bom, filhão! Ué, mais onde está o Nimbus? – Seu Nimbão perguntou.

– Ih, tá todo grilado, deixa ele lá em paz! – DC disse.

– Nimbus chateado? Que incomum! Depois eu falo com ele. Hmmmm,eu vou é atacar agora! – O pai disse, olhando para as pizzas.

– Do Contra, você não tem nada a ver com isso, tem? – Dona Keiko perguntou, desconfiada.

– Caramba, é tudo eu nessa casa! A vizinha que vem reclamar da bateria é culpa do Do Contra, o monitor do computador do escritório do pai aparece de cabeça pra baixo e é culpa do Do Contra, O vaso milenar japonês da vovó aparece pintado de preto e a culpa é de quem? Do Contra de novo!!! – DC disse, fazendo o maior teatro.

– Na verdade, essas coisas foram mesmo culpa sua! – Dona Keiko disse, segurando o riso.

– Isso não vem ao caso agora! A questão é que eu não tenho nada a ver com essa aí do Nimbus. – DC disse.

– Ai meu filho... um dia eu consigo te entender! Aliás, Felisberto mandou um abraço pra você, disse que vai passar uns tempos na Vila Abobrinha! – O pai disse.

– Uia, o tio Berto tá morando no interiorzão agora, é? Será que ele conhece o Chico Bento? Amanhã vou mandar um resumo sobre a "Teoria Contrária Dos Universos Conspiratórios" que eu fiz, ele vai se amarrar!

– Porque raios o Felisberto foi se meter na Vila Abobrinha? Senhor, agora a gente sabe a quem esse menino puxou! – Dona Keiko disse, sorrindo.

Depois da janta, Do Contra subiu para descansar. Ele até pensou em passar no quarto do irmão e pedir desculpas por invadir a privacidade dele, mas pensou que seria melhor fazer isso no dia seguinte.

Tomou banho, escovou os dentes e se deitou. Ia ligar o PC, mas acabou desistindo porque estava muito cansado. Simplesmente desabou na cama. E a primeira coisa, aliás, a primeira pessoa que veio na sua cabeça quando ele se deitou foi Samara.

"Nada a ver o que o Nimbus disse, né Do Contra?" O menino pensava com ele mesmo. "Afe, como eu posso estar interessado na roxinha?? Tá, ela bonitinha... Bonitinha? Não ela é bonita mesmo... muito bonita... Arrgh, para com isso, DC! Seu coração já tem dona, sempre teve! Tudo bem que eu gosto da mesma menina desde sempre, mas ela é especial. Nenhuma garota que você já ficou foi tão especial quanto a Mônica! Afe, vai dormir, vai." Do Contra finalizou seus pensamentos e caiu num sono profundo.

No dia seguinte, como a mãe estava atrasadíssima (aliás, como sempre), foi seu Nimbão quem levou os meninos para a escola. Nimbus ainda estava estranho com DC, mas Do Contra preferiu não falar nada também.

Quando o sinal bateu, todos entraram em suas salas. DC entrou e, para sua surpresa, Samara já estava lá, lendo um gibi do Capitão Pitoco: "A morte do Capitão Pitoco, edição Supergold Extra Plus e mais um pouco". Pois é, aquela ali era nerd mesmo.

Do Contra decidiu ir falar com a menina, aproveitou que a sala estava vazia, mas...

– DC do meu coraçãooooo!!! – Denise se jogou na sua frente.

– Ah, oi Denise. – DC disse, sem paciência.

– Nossa, que "oi" mais seco, em? – Denise disse.

– Queria que fosse molhado? Acho que não, a água aqui em SP tá escassa, né? – DC disse.

– Afe, meu filho, vai tomar um banho de sal grosso, vai! Denise é mega animada, meiga e coleguete do bem e você me vem com essa vibe carregadíssima? Hoje eu não tô podendo! – Denise disse, sempre surtada.

– O que você quer Denise? – DC disse, espiando Mara pelo ombro de Denise. Cascão estava babando em cima do gibi e a menina estava rindo.

– Ora, eu vim te entregar o trabalho de biologia! Fiz com muito carinho, Denise não brinca em serviço! Agora, você me dá o número do...

– Olha Denise, não vou te iludir. O Nimbus tá bolado comigo, se eu sair distribuindo o número dele pra qualquer um, ele vai ficar mais bolado ainda! E além do mais, eu acho que ele já está comprometido! – Nimbus disse, fazendo Denise surtar.

– Qualquer um??? Tá achando que eu sou o quê? Seu irmão seria muito sortudo se conseguisse uma mensagem minha, sou extremamente disputada!! E como assim está comprometido? Quem disse que é esse o meu propósito?? – Denise disse, irritada.

– Ué mas... você... não tinha dito que sofria... porque ele não era da nossa sala? – DC disse, confuso.

– Ora, mais que audácia! Seu irmão é bem gatinho, mas eu já tenho minhas apostas! – Denise disse, virando a cara para o outro lado. Um segundo depois, ela voltou a falar, nervosa. – M-mas quem é essa "eleita"? É do bairro? Eu conheço? É loira?

Argh, tchau Denise! – DC disse, pegando o trabalho de biologia e sentando lá no fundão, onde ele normalmente gostava de sentar. As cadeiras em volta de Samara já tinham sido ocupadas.

No terceiro tempo, o tempo antes do recreio, ele ouviu uma vozinha sussurrar do lado dele.

– Psiu! DC! – Era a Mônica!

– O-oi Mônica! – DC disse, nervoso. Eles ainda não tinha se resolvido. Ela também estava meio nervosa.

– Não é do meu costume passar bilhetinho, mas vou abrir uma exceção! Acho que esse aí é da Denise. – A menina colocou um pedaço de papel em cima da mesa de DC.

DC estava meio confuso, mas abriu o bilhete:

Trato é trato! Eu fiz o seu trabalho e quero o pagamento! Tudo bem que vc ñ pode dar o número do Nimbus, mas quero que vc fale bem de mim p/ ele. Ou então, o prof Rubens vai saber quem fez o seu trabalhinho. Ñ adianta tentar não falar nada p/ ele, D. SMP SABE!!! OBS: Vou descobrir quem é essa fulana. Bjs, D.

DC quase caiu pra trás lendo aquilo! "Caramba, a Denise já foi menos cruel!" o garoto pensou. E agora, ele tinha dado a entender que o irmão estava namorando, quando nem estava! Pobre Ramona! Ser caçada pela Denise era sacanagem!

Na hora do intervalo, o garoto desceu as escadas meio atordoado, quando escutou uma voz animada atrás dele:

– Oie! – Samara disse.

– Ah, oi! E aí? – DC respondeu.

– Nossa, você tá meio... pálido! Tá tudo namoral aí, ou tem alguma coisa incomodando? – Samara disse, tocando o rosto de Do Contra, que se arrepiou todo!

– N-não é nada não! É que a matéria de matemática tá meio difícil e eu tô um pouco... preocupado. Notícias da sua avó? – Do Contra disse.

– Não, mas tenho certeza que já deve ter recuperado a memória! Ei, a gente tem que marcar a segunda reunião para o trabalho do Licurgo! Vou falar com a Mônica.

– Ih, é mesmo, já tinha até esquecido! – Do Contra exclamou.

– Pois é... ih, deixa eu ir ali rapidinho, o Toni tá me chamando.

– O T-toni??? – Do Contra perguntou, mais alto do que devia.

– Estranho, né? Não tenho muita intimidade com ele, mas gosto de conhecer gente nova! Até daqui a pouco! – A menina disse, se afastando.

Do Contra tinha certeza que Toni não tinha boas intenções com Samara, já que o próprio tinha dito isso no primeiro dia de aula da menina. Mas decidiu esquecer isso e ir comprar um sanduíche na cantina. Mas não conseguia esquecer. Porque ele estava se sentindo "incomodado" com aquilo? Ah, de novo não...


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Notas finais do capítulo

Me desculpem se o cap ficou grande demais, eu vou tentar sintetizar no próximo!
Gente, como eu disse nas notas iniciais, eu vou soltar um cap atrás do outro, mas por favor, não pensem que estou fazendo de qualquer jeito! Eu já tenho a história quase toda montada na minha cabeça (isso não quer dizer que eu não possa modificar me baseando nas sugestões de vocês).
Gente, antes que alguém pergunte, o pai dos meninos, o Seu Nimbão também não foi uma invenção minha, ele existe mesmo na turminha clássica tá kkkkkk
Mas o Felisberto fui eu quem inventei kkkkkkkkkkk
Quero Sugestões e críticas! Beijos e até a próxima!



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