O Coração Contrariado do Do Contra escrita por EmilyM


Capítulo 11
O Valentão


Notas iniciais do capítulo

Galera, me perdoem! No capítulo anterior eu esqueci de citar uma referência:
Naquela hora que o Dudu está voltando pra casa com DC e Nimbus e diz que viu no blog da Denise que a Magali tem "poderes mágicos", eu faço uma referência a TMJ 63: "Dia das Bruxas", onde nos é revelado que a Maga tem poderes mágicos! Sim, bem louco kkk!
Agora, boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/589902/chapter/11

Depois de ter dado uma "espiadinha" rápida em seu facebook, DC foi dormir. Sim, ele era provavelmente o único garoto de 16 anos que foi dormir às sete da noite em plena sexta-feira. Mas, se tratando do Do Contra, não se espera algo diferente.

No dia seguinte, o garoto acordou meio sonolento, quase caiu da cama. Olhou para baixo e viu o colchão vazio, o que significava que Dudu já tinha acordado. Do Contra esticou o braço para pegar o seu celular e ver que horas eram. "Duas e quinze da tarde? Não acredito!", ele pensou. DC, diferente de todas as pessoas da casa, gostava de acordar cinco da manhã aos sábados para assistir aos seus desenhos preferidos, sem ter que escutar coisas como "Você não tá muito grandinho pra assistir desenho, não?".

DC já estava quase colocando o celular de volta na escrivaninha quando viu uma mensagem em seu celular: decidiu, então, lê-la:

Aluno Do Contra,

Você está inscrito no nosso time de enxadristas do Limoeiro para o Torneio Semestral Esportivo, TSE, envolvendo todas as escolas da região, porém não se apresentou na primeira reunião do grupo. A presença dos participantes é fundamental para a garantia de uma bom rendimento do colégio Limoeiro no torneio. Tenha uma boa tarde!

SOE (Serviço de Orientação ao Estudante)

"Droga! Esqueci da tal reunião!" DC pensou. Cebola tinha avisado que a reunião do Xadrez seria na sexta-feira depois da escola, mas ele estava com tanto sono por causa dos "roncos" do Dudu que ele só pensava em ir pra casa e se jogar na cama.

– Bom dia meu amor! Seus "irmãozinhos" já acordaram! – Dona Keiko disse, entrando no quarto e abrindo as cortinas.

– Percebi... nossa, nunca acordei tão tarde assim! – Do Contra disse, coçando os olhos.

– Melhor acordar as duas da tarde do que as cinco da manhã, né? Ah, seu pai e eu queremos levar vocês pra jantar fora hoje, faz tempo que não fazemos algo assim né? – A mãe disse, pulando de alegria!

– A gente pode jantar naquela sorveteria da Rua de Cima? Diz que sim! – Do Contra disse, surtando.

– Não Do Contra, jantar sorvete, não! Não começa com as suas doideiras! – Dona Keiko disse, revirando os olhos.

– Tá bom, tá bom! Será que só eu que penso em inovação nessa casa? – DC disse, levantando da cama e indo para o banheiro.

DC tomou banho e escovou os dentes. Depois disso, ele resolveu ligar o PC, já que não tinha nada melhor pra fazer e não viu nem um sinal de Dudu e Nimbus em casa. As redes sociais estavam um saco (aliás, como sempre) Ele viu uma nova "Atualização da Denise" piscando na tela do PC. "Porque eu ainda não me livrei disso?" Do Contra pensou consigo. Mas resolveu ler pra ver se dizia algo sobre ele. Se fosse... a Denise ia ver só! Abriu o blog e leu:

BLOG DA DENISE, NOVA POSTAGEM!!!

Let it go!!! Let it go!!! Que a nossa café com leite Maria Cebolinha é fã de Frozen, todo mundo sabe! (Cebola que o diga!) Mas, pelo que a Tia Dê tem percebido, a animação mais fofa da Disney (amo, ui!) conquistou mais fãs do que pensávamos aqui no Limoeiro. Dudu foi visto na porta dos Cebolas pedindo o DVD das princesas emprestado para Maria. E, ainda por cima, usando uma capa de chuva para se esconder. Magali, avisa pro seu primo que NINGUÉM passa despercebido pela diva Denise. Até a próxima, fofoletes!

Do Contra estava completamente dividido naquele momento. Ele sentiu vontade de rir, mas não faria aquilo. Primeiro porque seria muito vacilo com o moleque, depois porque era uma postagem da DENISE. Então ele fingiu que não viu aquilo e decidiu dar uma volta pelo bairro.

DC gostava de caminhar pelo bairro, pensando na vida. Na verdade, ele não pensava em nada, mas gostava de ficar em silêncio olhando a paisagem a medida que andava. Ele já estava a tanto tempo caminhando que nem tinha percebido que já estava na Rua de Baixo. A Rua de Baixo tinha má fama entre os moradores do bairro, porque lá moravam os garotos mais "barra-pesada" do Limoeiro, inclusive o rei deles, Toni.

Do Contra nem ligava. Ele sempre passava por ali, mas ninguém mexia com ele porque ele era "amigo" de Toni. Além disso, ele não era muito de fazer inimigos, por isso não era muito perturbado. O menino já estava quase virando a esquina quando ouviu uma voz.

– Mas eu te salvei de uma roubada! Você me deve essa! – Era a voz de Toni!

– Eu não te devo nada! Tá, você me ajudou e eu já agradeci! Mas esse negócio de beijo não vai rolar! Tchau! – Agora DC escutou Samara dizer isso.

– Quê? Nada disso, volta aqui, quero a retribuição! – Toni disse, agarrando o braço de Samara.

– Me solta, seu bruto!!! ME SOLTA! – Do Contra não aguentou ver aquilo e saiu do anonimato.

– Toni, solta ela! – Do Contra disse irritado, indo na direção dos dois.

– Agora não DC. Você não tem nada pra fazer não, alguém pra contrariar...? – Toni disse, debochado.

– Claro que tenho alguém pra contrariar: você! Não é assim que se conquista uma dama! – Do Contra disse, sorrindo.

– SAI DAQUI AGORA OU ENTÃO EU... – Toni começou a gritar, mas foi interrompido.

– Ou então o que, Toni? – Mônica apareceu e disse, indo na direção dos três.

– M-mônica? E-eu não... – Toni disse, soltando o braço de Mara rapidinho.

– O que tá acontecendo aqui? Porque você estava apertando a Mara desse jeito? Pode ir se explicando agora! – Mônica disse, cruzando os braços e olhando de cara feia para Toni.

– Eu... t-tenho que ir! – Toni disse, correndo pra bem longe.

– O que aconteceu aqui, em? – Do Contra disse, olhando pra Samara.

– E-eu tava caminhando e comendo um biscoito quando entrei nessa rua, aí vieram uns garotos escrotos falando que estavam com fome e que se eu não desse o biscoito eu ia ver só... aí o Toni veio e espantou eles! Eu agradeci, mas ele veio falando que queria um beijo como agradecimento. – Mara desatou a falar, nervosa.

– Nossa! Esses garotos estão cada vez mais impossíveis! Acontece, Samara, que o Toni provavelmente armou pra você. Ele é amigo desses moleques, devem ter armado tudo. – Mônica disse.

– Pois é, ele deve ter mandado os garotos te abordarem pra depois pagar de Super-Herói! Nada contra tentar, agora partir pra força bruta é sacanagem! – DC disse.

– Procura não passar por essa rua, a não ser que esteja acompanhada de algum adulto. Ou se estiver acompanhada por mim e pelo DC. – Mônica disse, olhando para o ex.

– Pode crer. Eles não mexem comigo porque sou próximo do Toni. Aliás, era! E ninguém mexe com a Mônica porque... a Mônica é a Mônica! – DC disse, fazendo Mônica sorrir.

– Ele te machucou? – Mônica perguntou, olhando para o braço da amiga.

– Não, só tá ardendo um pouco! Jaé galera, vou indo, combinei de levar minhas primas para ver um filme na casa das coleguinhas! Até qualquer hora! – Samara disse, abraçando os dois amigos.

– Ai, que raiva do Toni! Ele não perde tempo mesmo! Quando eu encontrar ele de novo eu vou dar uma surra que... – Mônica disse, sendo interrompida.

– Calma, Mônica, não se estressa assim! Uma hora ou outra ele paga pelo que fez, espera só. – DC disse.

– Desculpa, você sabe como eu me estresso fácil, não é? – Mônica disse, dando uma risadinha.

– Ô, e como? Esse estresse aí normalmente resultava em coelhadas nada legais! – DC disse, fazendo Mônica rir.

Os dois ficaram ali rindo da "sessão nostalgia", mas depois perceberam que estavam agindo como se nada tivesse acontecido e ficaram tensos de repente.

– DC, eu... a gente precisa conversar. – Mônica disse, olhando pro chão.

– É v-verdade, mas... hoje eu vou sair com o pessoal lá de casa, já estou atrasado! Tchau! – DC disse, saindo dali rapidinho.

– Do Contra, espera! – Mônica disse, mas o menino já estava longe dali.

"Meu Deus, o que foi isso?" DC pensou, enquanto voltava pra casa. "Ela tava ali, na sua frente! Você podia ter resolvido tudo ali mesmo, idiota! Falar o quanto você gosta dela, o quando você sente falta dela, do estresse dela, da cara de bravinha dela... A Mônica estava ali na sua frente!" DC pensava, irritado.

Ele também estava furioso com o Toni! "Que cara mais babaca, como eu tive coragem de ser amigo desse idiota?" Tudo bem que ser amigo dele era difícil e ele adorava coisas difíceis, mais aquilo já não era mais difícil, e sim impossível!!

E ver o Toni apertando a Samara daquele jeito fez o seu coração partir. O jeito como o braço da menina ficou vermelho fez com que DC tivesse vontade de socar o Toni até ele implorar por misericórdia! Essa vontade deixou Do Contra assustado, porque ele nunca teve vontade de brigar com ninguém, nem mesmo com Cebola. Ele até sentiu vontade de seguir Mara e cuidar do braço dela...

"Pensando besteira de novo, cara? Por hoje chega de caminhar, o jeito é ficar em casa mesmo!" DC disse, finalmente chegando em casa...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá pessoas!!! Percebam a minha referência a o filme Frozen kkkkkk (acho que todos conhecem, não? Se não conhecem, recomendo!)
Também fiz referência a "Rua de Baixo", a rua aonde moram os valentões do Limoeiro, desde a turminha clássica. É claro que vocês sabem do antigo nome do Toni, quando era pequeno e personagem dos gibis ta turminha, "Tonhão da Rua De Baixo"
Até a próxima, beijos!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Coração Contrariado do Do Contra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.