Não deu muito tempo de raciocinar o que estava acontecendo, os ventus avançaram.

–Recuem! –Gritei a plenos pulmões com todo estoque de força que tinha, mas tudo que consegui foi causar confusão, só alguns ventus fugiram, a maioria ficou lá, parada, meio que sem saber o que fazer; enquanto que os mais fortes nem mesmo se abalaram com o meu Charme e avançaram.

Eu não tinha forças nem para ficar em pé muito menos para lutar, a única coisa que podia fazer era esperar e fazer meu testamento mentalmente.

Eu esperei o impacto da horda de ventis contra mim mais ele não veio, o Bandeira Ambulante me protegeu e agora lutava contra eles. O que esse cara tem na cabeça?

–Fuja! Saia daqui- disse enquanto transformava meu cordão em uma espada - Você não pode contra eles.

–Nem você pelo visto- Me respondeu o abusado.

Desci do salto (porque lutar no salto 15 não dá, né?) e decepei o primeiro venti que apareceu na minha frente, o movimento saiu travado e sem jeito, fazendo com que eu perdesse o equilíbrio e quase caísse, eu parecia que nunca tinha empunhado uma espada na vida, todo o meu corpo doía e eu sentia que ia desmaiar a qualquer instante, claro que o chato percebeu isso e veio me ajudar/salvar.

–Você não está bem para lutar, é melhor sair daqui...

Antes que ele terminasse de falar eu senti algo se chocar contra mim e então cai pela borda do... avião porta aero? Senti a resistência do vento e depois nada, havia perdido a consciência.

Quando acordei estava amarrada em uma cadeira, só para variar, mais quando meus olhos entraram em foco, admito que senti saudades da Ruiva.

Quione me encarava com um sorriso de vitória no rosto e isso me irritou ao extremo.

A última vez em que a vi ela havia me jurado de morte, e, hoje, ela iria cumprir a sua jura.

–Olá Heather, como vai?

–Dispenso suas cordialidades Quione- Disse desmanchando o sorrisinho falso que estampava o rosto da mesma- Devo perguntar o porquê de eu ainda estar viva?

–Oras, a resposta para isso é muito simples, eu vou te torturar até você se arrepender de ter entrado naquela luta.

–Que luta? –Eu sabia que provoca-la só ia piorar minha situação, mais não resisti - Nossa! Lembrei-me! Você se refere àquela surra que eu te dei não é?

Pronto, me ferrei, o olhar de ódio que a deusa da neve me lançou, posso garantir, que seria capaz de fazer até Ares recuar.

Em poucos segundos a pequena sala foi tomada por uma tempestade de neve e eu pensei seriamente na possibilidade de começar a cantar “Let it go”, mas acho que já estou enrascada o suficiente.