Capitulo 2.

Despedida.

À noite o céu de Konoha foi tomado por estrelas que tratavam de iluminar o caminho dos poucos descuidados que jaziam perambulantes pela vila.

– Droga! – Sakura sussurrou. As mãos correndo aos bolsos abriam a fechavam atrás do calor inexistente. -Que frio!! – gritou. – Sou sempre eu que me dou mal? Fiquei de plantão logo na noite mais fria do ano.

No caminho há frente Sakura observava à vila, agora muito mudada em sua opinião, e no percurso que fazia do hospital de Konoha até sua casa as ruas estavam cobertas pela camada fina do cobertor branco amontoadas em pontos estratégicos que evitasse que as pessoas escorregassem.

– Sakura? – Sakura sentiu os pêlos na nuca eriçarem. O frio que até pouco tempo era seu companheiro a havia abandonado ao encontro daquela voz tão conhecida por ela.

– Sasuke-kun. – Sakura suspirou pesado e se virou para Sasuke. – De visita? –brincou sem humor. O coração batendo forte contra a caixa torácica. Sakura sentiu as bochechas esquentarem quando seus olhos se encontraram com os dele.

– De passagem. – Sasuke parou ao lado dela de maneira provocante. Os dois estavam tão próximos que Sakura pensou que ele poderia ouvir as batidas de seu coração. – Não se preocupe, vim por que Kakashi me chamou. Já estou de saída. – disse e continuou andando.

–Sasuke-kun? – chamou. Ainda de costas para Sasuke Sakura tomou coragem e virou o abraçando pelas costas disse: – Eu te amo. Vou, mesmo que você não queira, continuar te amando. Não me subestime, eu vou continuar te esperando.

– humm. – Sorriu. – Irritante.

–até a próxima vez, Sasuke-kun.

Naruto avançou até o distrito Hyuuga. Transformando-se em sapo tratou de ocultar seu chakra o máximo possível antes de chegar à residência principal do clã. De frente a janela de Hinata desfez o henge e esperou que ela sentisse sua presença ali.

– N-Naruto-kun? – Chamou hesitante. Naruto não atendeu de imediato, esperou por um momento e depois de alguns segundos, quando ela ia fechar a janela, tocou-lhe o ombro. – Naruto-kun, - ela colocou a mão sobre o peito. – que susto. O-o que faz aqui há essa hora?

– Vou ter uma missão amanhã bem cedo e queria te ver antes de ir. – foi direto e Hinata abaixou os olhos. – Mais antes de ir, é... Bom, eu queria te pedir uma coisa. – Naruto sentiu as bochechas esquentarem. – Primeiro: não diga nada. – ele pegou Hinata no colo e pulou pela janela.

– Naruto-kun... Eu...

– Segundo: venha comigo. – Hinata corou. O vento batia gelado contra o rosto de Hinata que se encolheu nos braços de Naruto, este apenas sorriu firmando-a em seu colo. – dessa vez não vale desmaiar, hein Hinata. – brincou.

– hunm. – Hinata fez que sim com a cabeça e segurando firme a blusa escondeu o rosto na dobra do pescoço do loiro. – Naruto-kun, para onde estamos indo? – perguntou de olhos fechados. A cada puxada de ar Hinata sentia o perfume do amado.

– Não seja tão curiosa. – Ele alternou o olhar entre Hinata e o caminho quase batendo numa arvore por ter se demorado olhando para a namorada. – Eu quero que conheça um lugar. – disse. – Não vai demorar a chegar. Fique com os olhos fechados. – Naruto pediu.

Minutos mais tarde Naruto finalmente parou. Colocou Hinata no chão com cuidado pedindo que se mantivesse com os olhos fechados.

– Agora falta pouco. – Naruto Afirmou. Hinata andou hesitante, a trilha que seguiam era íngreme e por algumas vezes a morena se desequilibrava em pedras sendo amparada por Naruto que seguia a frente puxando-a pela mão. – Pronto. Pode abrir.

Hinata obedeceu e ao abrir os olhos se espantou. O local inteiro estava cercado de borboletas azuis que voavam de um lado para o outro. Há poucos metros havia uma cachoeira congelada, esta brilhada a luz da lua e iluminava as asas das borboletas dando a elas um aspecto de cristal.

– Naruto-kun, é lindo.

– Eu descobri esse lugar por acidente, - Naruto suspirou. – mais assim que o vi imaginei que a primeira pessoa para quem eu mostraria seria você. – Disse e sorriu.

Os dois se sentaram ao pé de uma arvore e Hinata encostou a cabeça no ombro de Naruto. Ficaram sentados em completo silencio por alguns minutos apenas aproveitando a companhia um do outro.

– Naruto-kun, quando você volta da missão?

Naruto respirou fundo antes de responder. – Daqui a um ano. – Ela tocou o rosto de Naruto com as duas mãos, a ponta dos dedos gelados tocando com cuidado o canto dos lábios finos. Hinata sorriu com os olhos marejados. – Hinata eu...

– Não se preocupe Naruto-kun. Eu te amo agora e vou te amar ainda mais quando esse ano passar.

Dito isso Naruto lhe roubou os lábios. O beijo de começo calmo transformava-se em um turbilhão de sentimentos repleto de caricias e promessas. A fome dos lábios dela fez Naruto ousar, puxando para mais perto a colocou sobre o colo. Hinata tentava acompanhar o ritmo mais a surpresa e a vergonha a impediam de tentar qualquer avanço.

– Hinata, não, - ele a afastou. – Eu não quero te obrigar a nada. Diga-me, é isso que você quer?

Hinata abaixou a cabeça constrangida, a franja cobrindo os olhos. – Eu quero Naruto-kun. – ela murmurou e Naruto sorriu orgulhoso pela coragem da morena. Naruto tornou a beijá-la mais dessa vez com delicadeza. Com vários avanços os dois se entregaram.

Amaram-se por varias horas naquela noite. Marcando na memória a sensação do toque da pessoa amada.