Capítulo 04 –The perfect Four aim

Depois desse dia, o treinamento foi tranquilo até o dia que eles aprenderam a atirar facas

– Amanha será o ultimo dia do primeiro estágio e vocês vão lutar novamente- Diz Eric

– Mas hoje, aprenderão a mirar. Todos devem pegar três facas e devem prestar atenção enquanto Quatro demonstra a técnica correta para lança-las – complemento com uma calma não comum a mim, acho de deve ser porque Eric perdeu na caça a bandeira, no entanto, estava no mesmo time dele, e prestes a chegar quando ouvi um barulho, notei que a roda gigante estava ligada, mas tive que seguir a rota mais segura, com isso, perdemos.

–Agora! – reclama Eric com o excesso de ódio comum dele.

Al, um transferido da franqueza, não acertava nada nem sequer chegavam a prender na madeira que envolvia o alvo, Eric percebeu e foi até lá, isso será engraçado, logo todos pararam de lançar as adagas e Quatro se preparou para jogar facas em Al, que ironicamente tinha o tamanho exato do alvo, ele estava quase jogando a primeira faca quando

–Pare- diz Bea Tris, surpreendendo Eric, Quatro, Albert até mesmo a mim e é claro o resto dos iniciandos, - qualquer panaca pode ficar em pé diante de um alvo, isso não prova nada, apenas que você está nos intimidando. E se me lembro bem, intimidação é um sinal de covardia.

–Então seria fácil para você, se você estivesse disposta a tomar o lugar dele é claro- Responde Eric

– Se você se esquivar – Diz Quatro, lenta e cuidadosamente- O Al toma o seu lugar novamente. Entendeu¿- Ela movimenta a cabeça em concordância, então ele atira a primeira faca, 15 centímetros da bochecha dela- E ai, Careta, Já está pronta pra sair daí¿

–Não

–Abra os olhos então- Nem havia percebido que ela havia os fechado, ela atira a próxima, acima de sua cabeça- Vamos lá Careta, deixe que outra pessoa fique aí e aguente isso

– Cala a boca, Quatro!

Ele lança a ultima, que corta sua orelha por volta de 2 centímetros.(NA: Um corte um pouco maior do que o feito no filme), sou uma das ultimas a sair, pouco depois de fechar a porta ouço um grito algo como “você fez isso propósito”

Saio rapidamente em direção ao refeitório para almoçar, vou para uma mesa no canto, longe de Shauna, Zeke ou os iniciandos, pois os dois brigaram(novamente) porque não seria uma boa ideia me sentar com nenhum dos dois, e também porque queria poder observar tudo sem ser questionada ou algo do tipo, vejo que Tobias Quatro faz o mesmo sentando com os iniciandos, faço o que já é redundante quando estou sozinha, passo os olhos por todo refeitório analisando cada um deles, o modo como agem, sei que terei que observar o teste é bem curioso pois na maioria dos testes não acontece nada de anormal, é tudo que Jeanine quer, pouquíssimos Divergentes e num breve futuro, a inexistência deles, preciso saber da vida deles, entre outros, os transferidos são os que mais preciso ficar de olho, é necessário saber o porque mudaram de facção etc.

*

E é isso que faço toda a tarde, vejo testes e mais testes. Enquanto guardo os últimos arquivos, vejo um jogado no chão paro para analisá-lo, rapidamente reconheço quem era, um nascido na Audácia, Divergente ele foi morto por Eric, estava se gabando por pertencer a duas facções com os amigos, saiu rapidamente da roda de amigos para fazer algo, enquanto Eric passava, ouviu tudo e eu estava conversando com ele, quando ele foi pegando o caminho para o dormitório dos nascidos, passando pelo abismo Eric começou a correr, tive que ir atrás dele, vi quando ele deu uma leve empurrada nele “sem querer” e continuou a correr, no entanto estavam muito perto da beirada, na parte sem grade, e esse foi o fim do jovem iniciando, Eric não foi punido porque o garoto supostamente estava bêbado e caiu sozinho, essa foi a versão dita a todos, nada relevante para Max ou os outros lideres

Quando volto minha atenção para a tela das câmeras, tem alguém supostamente batendo na minha porta, parece ser Eric, ou será Max¿ não tento saber apenas arrumo rapidamente os papeis e saio do “quarto”, ouço uma batida incessante em minha porta, seguida de gritos da voz que presumo ser de Eric, abro rapidamente a porta dando de cara com um Eric sem paciência, nada fora do comum,

– O que quer¿- Pergunto com acidez,

– Venha, preciso que venha para conter um ser raivoso- Diz ele com pressa e me arrasta pelo braço até o local das lutas dos nascidos, onde vejo uma Marlene desmaiada, um Uriah preocupado e irado, e uma Lynn com cara de culpada, sem dizer uma palavra, vou em direção a Marlene, e com a ajuda de Lynn levo-a para a enfermaria, boto-a em uma maca, faço um gesto como quem diz que Lynn pode ir e ela sai, coloco os curativos necessários nela e estou costurando os pontos em um machucado dela, que passa pela sobrancelha e vai até a metade da testa da esquerda para a direita de quem olha de baixo para cima, quando vejo um Uriah chega correndo pelo canto do olho, nem desvio o olhar do que estou fazendo quando digo

– Saia – Ele me olha com incredulidade, e nada faz, então apenas repito - Saia

– Não, não saio- Nesse momento eu acabo os pontos e começo a procurar o produto certo para limpar a parte de fora do machucado dela

– Eu não irei repetir outra vez, saia agora, ela precisa descansar e de silêncio, além do que só irá acordar amanha, e você precisa dormir para treinar amanha e como pode ver aqui não tem camas, ou cadeiras decentes, agora saia- Digo a ultima parte apontando para a porta

–Não vou sair e não será você a me obrigar

– Eu não quero saber se você quer ou não sair, você vai e pronto- vou andando até a porta e abro-a enquanto o puxo comigo para o lado de fora, assim que consigo tirá-lo rapidamente passo a chave e tranco a porta- Não há com o que se preocupar, tem enfermeiras ai dentro, até mais- Murmuro rapidamente e saio mais rápido ainda, quando olhei seu teste, vi uma anormalidade, e isso é sinal de problema, talvez ele seja um divergente, não acho uma boa ideia falar com ele, por mais que ainda queira ser amida dele, decido tirar a coloração artificial cor azul escarlate de meu cabelo, mais conhecido como mechas, afinal amanhã é o dia da visita, e preciso ir a sede da Erudição.