Era uma vez - Interativa escrita por Lu Vasquez


Capítulo 4
Capítulo 4 – Grandes decisões


Notas iniciais do capítulo

Hey Cookies!!
Antes que resolvam me apedrejar, quero dizer que estou super atarefada com os trabalhos (E.M. não é fácil gente), e também minha avó viajou, o que faz com que eu tenha que andar com minha mãe pra cima e pra baixo, me deixando com menos tempo - como se eu já tivesse muito...
Mas enfim, vocês pediram para as selecionadas aparecerem e posso não ser o gênio da lâmpada, mas realizei seus desejos ;)



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Halissa não dava muita importância em assinar o formulário de inscrição. Não, seria apenas mais umas das vontades de sua mãe. Sua vida agora se resumia a isso: calar-se, obedecer e sorrir.

Merina, sua mãe, era muito autoritária e gostava de tudo ao seu jeito. Era Halissa levante os ombros; Halissa, uma dama sempre fala baixo; Halissa você deve sempre se arrumar, uma princesa não anda desleixada! Eram tantas ordens, que começava a irritar.

Certo. Ela confessava que tinha seu lado bom sempre andar estonteante e esbelta. Ela gostava dos olhares e elogios. Com toda certeza uma grande gratificação para seu ego.

– Você verá Halissa. Vai ganhar esse concurso. Branca de Neve a mais bela? Minha filha que é o grande sinônimo de beleza! Ela sim vai ser uma grande rainha. – sua mãe se gabava.

A garota era mesmo bela, isso era inegável. O corpo era moldado como uma ampulheta e sua pele acetinada tinha um leve bronzeado. Os cabelos loiros caiam em longas cascatas pelas costas e os olhos azuis esverdeados tinham uma profundidade que prendia qualquer um em seu olhar. Ela era bela, sem sombra de dúvidas.

Talvez grande parte dessa beleza, fora herdada de sua mãe. A caçula do rei era tão bela que até o próprio sol se alegrava em admirá-la e exaltá-la. Quem diria que por uma promessa, ela acabaria tendo que se tornar amiga de um sapo? Ou ainda que esse sapo se transformasse em um príncipe e lhe pedisse a mão! Sim, Halissa era filha da princesa e o sapo.

A garota se encaminhou ao jardim, era bom respirar ar puro após ficar meia hora preenchendo um formulário no quarto claustrofóbico de sua mãe. Não que ele era pequeno, ao contrário, era maior que o da própria princesa. Mas as cores vibrantes eram um terrível método de tortura para seus olhos. Era um alívio a claridade e suavidade das cores do jardim.

Se sentou no mesmo banco envernizado de sempre e se pôs a observar. Acabou que uma lembrança insistia em lhe atormentar. Ela e Denier se encontrando escondidos, no porão do palácio. Ela se sentia tão segura com ele... Era como uma chance, de não ser a garota esnobe que sua mãe lhe impunha.

Mas com a mesma facilidade que ela veio, ela se foi. Não, não poderia pensar em Denier assim. ELE a havia abandonado. Depois de quatro anos não poderia pensar mais nele. Ela tinha aprendido da pior maneira que o amor só machuca. Ele faz você pensar que é um sonho, que pode enfrentar o impossível com ele. Mas aos poucos toda essa névoa de felicidade se dissipa, e você se vê sozinha.

O amor machuca. Não podemos nos entregar a ele.

Ela levava isso como objetivo em sua vida. Ela havia aprendido a usar isso a seu favor. Fazer a pessoa acreditar que você a ama. Assim ela não se machucaria. Se fosse para a Seleção, faria isso. Iria usar o amor como sua maior arma. E principalmente, não deixaria ninguém mais feri-la.

– § -

Um, puxa o arco. Dois, faz a mira. Três, atira.

Skay Diamond Locksley acertou em cheio o alvo; a roda de uma carruagem. O resto do bando logo se apressou para cercar a carruagem e quando mal notaram, o cocheiro e os dois passageiros estavam presos e foram roubados. Não, roubados era muito relativo. Aquilo não era um crime. Ela realmente queria acreditar nisso. Criminosos eram eles que pegavam dinheiro dos pobres. Skay apenas iria pegar de volta para os pobres. Resgate.

Então a loira era a filha de Robin Hood, o que a fez entrar para o bando desde cedo. Ela foi criada com essa ideia, mas ainda assim não gostava de “resgatar” nada.

– Mais um bem sucedido filha! Está me deixando orgulhoso. – o pai a cumprimenta quando chegam ao acampamento.

– Pois é, daqui a pouco fico melhor que você. – a garota brinca. Ao menos não admitia ao pai que não era muito fã disso.

Ela estava cansada, por isso se dirigiu a cachoeira. Um lugar um pouco distante de toda a algazarra que o restante do bando faziam (principalmente sua irmã Mahogany, que era definitivamente a mais animada) e sobretudo um lugar em que poderia ficar um pouco sozinha.

Acabou trazendo a sua cabeça a Seleção. Desde que foi anunciada, ela não tira isso da cabeça. Tinha guardado o formulário na sua bolsa, junto com a coroa que tanto tempo tinha. Foi há quatro anos, ela tinha apenas treze, e invadiu um castelo. Skay sempre teve curiosidade de como seria viver num castelo, ser uma princesa... Então ficou maravilhada quando conseguiu invadir um. E quase foi pega pelos guardas, mas escapou a tempo de pegar a coroa de diamantes. E era a coroa a única coisa que realmente se permitiu ficar.

Tirou o formulário da bolsa e ficou observando os espaços que pediam para ser preenchidos. Mal percebeu quando o pequeno esquilo cor de avelã se aproximou. O esquilo guinchou.

– Tempestade, esquilo mau! – a garota pulou em susto. – Não faça mais isso.

Ela rapidamente guardou o formulário na bolsa. O esquilo guinchou de novo e a olhou de escanteio.

– Não é nada. – ela respondeu.

Ele pulou para dentro da bolsa e saiu com o formulário na boca.

– Me devolve isso Tempestade. Agora. – ela correu atrás do esquilo, e conseguiu o alcançar, tirando o formulário dele. O pequeno pigarreou - se é que esquilos podem pigarrear, mas bem, aqui tudo é possível!

– Olhe, você babujou. – ela limpou como pode a baba. – Não me olhe assim, é apenas uma possibilidade.

Tempestade, o esquilo, grunhiu novamente.

– Certo, sei que não poderia esconder isso de você. E você realmente acha que posso ter chances?

O esquilo concordou com a cabeça. Era estranho que ela pudesse lhe entender tão bem, o que a fazia querer que nunca descobrissem que ela fala com esquilos.

– Tudo bem bobo, então vou tentar. – ela por fim preenche o formulário.

– § -

Jane Darling estava sentada no parapeito de sua janela. Ela olhava a cidade iluminada abaixo de si, com carros passando e pessoas conversando. Era tudo tão mágico a sua maneira. Mas ainda mais mágico era a amiga que esperava. Sininho.

A fadinha apareceu em sua janela pontualmente. Ela estava passando esse mês na Terra do Nunca, para visitar suas amigas fadas e ver como andava tudo por lá.

– Olá Sininho. – a garota diz sorridente para sua fada.

A fada demonstra um sorriso e acena com a cabeça, um gesto que dizia oi. Jane tinha herdado a habilidade do pai de falar com as fadas. Seu pai, Peter Pan... Ela não chegou a conhece-lo, já que o mesmo morreu pouco tempo depois dela nascer. Mas ela ouviu suas histórias, aliás, sua mãe Wendy era uma ótima contadora.

– Como anda a Terra do Nunca. – a fadinha demonstrou mais um sorriso, dizendo que estava bem. Ela estava sorrindo até de mais, Jane pensou. – O que foi? Você está muito contente.

A fadinha colocou as mãos entrelaçadas para trás e olhou para baixo, mexendo o pé como se tentasse cavar um buraco no batente da janela.

– Desembucha logo Sininho!

A fada pegou um papelzinho pequeno e com um toque, ele cresceu, ficando no tamanho de um papel A4. Jane o pegou e leu atentamente.

– Uma Seleção com o herdeiro de Branca de Neve e Encantado? Sininho, isso é uma loucura. Onde encontrou? – a garota ainda não acreditava no que a carta dizia.

Sininho jogou a mão no ar, como se espantasse um mosquito. Era um gesto dizendo Ah, nada demais. Achei por uns cantos aí.

Jane soltou uma risada. Aquilo era incrível. A Seleção iria ser uma grande aventura. Um castelo, vestidos, um novo lugar... e claro, o príncipe. Era simplesmente um sonho.

A fada levantou a cabeça em sua direção, com os olhos cheios de expectativa.

Jane pensou mais um pouco, apesar de ter quase certeza de que sabia o que queria. Mas ainda assim, tinha sua mãe e seu irmãozinho Danny, eles eram tudo para ela. E seu padrasto Edwart, com quem tinha uma boa relação. Além de todos seus amigos da escola.

Contudo, comparado a Seleção... era uma oportunidade única!

E Jane sabia que tinha chances. Ela era bonita com seus cabelos castanhos acobreados e os vibrantes olhos azuis. E o que custava preencher a ficha?

A certeza logo veio. Ela ia participar da Seleção!

– § -

Era um dia chuvoso e Sena Tremaine aproveitou para se esconder na biblioteca e não precisar esbarrar em ninguém. O palácio era um lugar grande, mas a infinidade de criados era muito irritante. Além de que não gostava de esbarrar em seus pais.

Era simples. Ela odiava aqueles olhares afetuosos, melodramáticos e que sempre tentavam fazer tudo para lhe agradar pelo simples motivos de se sentirem culpados. Ela definitivamente odiava isso e só queria poder se ver livre.

Assim que nasceu, Sena fora raptada pelas irmãs malvadas de sua mãe. Ah, claro, ela era filha de Cinderela. O pensamento lhe deu vontade de rolar os olhos. Contudo, isso não mudava o fato de ela ter que aturar suas tias e tios lhe fazendo a “nova gata borralheira”. Eles eram terríveis e desprezíveis. E viviam jogando na cara da garota o fato de que os pais a haviam abandonado. Só o pensamento deles lhe dava náuseas. Mas depois de uns anos seus pais finalmente lhe encontraram e lhe contaram a verdade de que ela fora raptada. Entretanto eles não podiam mudar o passado e tudo o que Sena passou.

Ela suspirou. Era uma perda de tempo relembrar tudo isso. Ao menos lhe ensinou o quanto as pessoas não são confiáveis. Lhe ensinou que o melhor é sempre ter o controle do que ocorre ao seu redor. Manipular. Essa era sua palavra mágica.

– Alteza, chegou uma carta que acredito que lhe interessará. – um guarda lhe tira dos pensamentos. Ela ficou irritada, não podia nem tentar ficar em paz!

– Eu não espero carta alguma, então com toda certeza não é do meu interesse. – ela fala sem nem se importar de tirar os olhos do livro. O guarda limpou a garganta.

– Desculpe incomodá-la princesa, mas é de um reino vizinho. Realmente acredito que vá lhe interessar. – ele insiste e ela bufa, finalmente pegando a carta. O guarda se retira imediatamente.

Sena lê a carta e as palavras chamam muito sua atenção. Uma Seleção...

Sim! Era disso que precisava. Se fosse selecionada, ela iria para longe do palácio de seus pais. Iria ficar longe de todo esse ressentimento deles. Era perfeito. Não pensou nem duas vezes, preencheu logo o formulário para a Seleção.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?? Essas são só as primeiras (sendo que a Halissa é minha personagem).
Perceberam que mudei a capa e sinopse?? O que acharam??
Falta apenas uma selecionada para concluir a Seleção gente!! Divulguem a fic!! Quero concluir logo - e se tiver alguém a mais querendo participar mas a vaga tiver fechado, é só me mandar um MP, que se a ficha realmente for boa eu abro mais vaga ;)
Vou tentar postar mais rápido ;) Espero que estejam gostando!!
Kisses
— Lu