Taylor

Luzes coloridas espalhadas por todo local brilhavam em variadas cores. Se não fossem os strippers de cueca e gravata borboleta rebolando sensualmente em cima de pequenas mesas eu estaria me sentindo naquele joguinho que dá vontade de comer o tabuleiro. Qual o nome mesmo?

Ah, é.

Candy Land.

– Eu podia estar em casa vendo Vila Sésamo, mas nãããããão. Sou arrastada por você pra fora de casa depois de levar um chute épico, ficamos perdida em uma floresta macabra, somos quase mortas por um King Jason e agora estamos aqui nesse fim de mundo - resmungo irritada, me debruçando sobre o balcão

– Fim de mundo? Isso aqui ta mais pra fim do arco iris, cheio de pote de ouro - Hanna diz e olha pra um dos stripper nas mesas - Agora para de reclamar, levanta daí e vem comigo colocar dinheiro na cueca dos strippers

– Ate porque não tem coisa melhor pra se fazer com dinheiro não é mesmo? - pergunto irônica

– O que? - Hanna pisca confusa, desviando o olhar da bunda de um cara que passava

– Espera só eu contar pra Legolas que você anda olhando pra bundas alheias

– E o que tem? Não existe só a bunda dele nesse mundo. Tá que a dele é uma das poucas que prestam, mas mesmo assim...

– Podemos ir embora?

– Ir embora? NÃO. Ainda tenho que colocar moedinhas no cofrinho desses deuses gregos!

– Então vou ir dormir no carro

– Se você for pro carro vai ficar sozinha, se ficar sozinha vai pensar no Thranduil, se pensar no Thranduil vai ficar deprê, se ficar deprê vai chorar, se chorar vai borrar a maquiagem e se borrar a maquiagem vai ficar parecendo um panda

– Pera, volta a fita aí que eu buguei

– Resumindo, você vai continuar aqui querendo ou não.

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Hanna

– DESCE, SOBE, EMPINA E REBOLA - canto animadamente, olhando pra um dos strippers descendo, subindo, empinando e rebolando

– HANNA EU TE IMPLORO - Talor grita - VAMOS EMBORA

– Depois de tanto sofrimento pra chegar você ainda tem a coragem de pedir pra ir embora?!

– Tenho!

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Taylor

– Vamos? - pergunto

– NÃO

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Hanna

– E agora? - pergunta Taylor

– CALA A BOCA

– NÃO!

– Pensando bem...vamos embora sim! - pego a mão de Taylor e saio correndo e puxando ao avistar 4 caras bombados (do tipo que se você enfiar uma agulha esvazia) vindo na minha direção

Estes são os...TAM TAM TAAAAM.

TRAFICANTES DE DOCES QUE EU ROUBEI UNS ANOS ATRÁS.

– EI, É ELA - um dos caras grita - PEGUEM ELA

– MEU DEUS, SOCORROOOOOO - berro

Saímos correndo da boate e entramos no carro. RUMO A SEGURANÇA DO MEU LAR (?)

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– Você demorou - sou recebida por Legolas assim que entro no apartamento - Já estava ficando preocupado

– Não precisa se preocupar comigo, amore - dou um beijo na bochecha dele - Meu segundo nome devia ser responsabilidade!

Não preciso comentar sobre os traficantes de doce. É só um...ahn...mero detalhe, é, é isso mesmo.

– Coloca um I e mais um R no inicio dessa palavra - Taylor diz, e percebo Legolas rir

E A CRIATURA NEM TENTA DISFARÇAR.

– Isso, Legolas, ri seu traidor barato - me indigno, socando de leve o peito dele

– Ei, não fica assim

– Vai pro seu quarto sonhar com garotas loiras e peitudas, vai - reclamo, me jogando no sofá

– Não quero sonhar com loiras peitudas - ele se joga ao meu lado

– Morenas bundudas?

– Também não

– Ruivas?

– Não! - ele grita, horrorizado. A Tauriel traumatizou mesmo ele, tadinho.

– Esverdeadas?

– Não

– E que tal azuladas?

Ele hesita, olhando pros dois lados. Então ele quer sonhar com garotas de cabelo azul...que burro, da zero pra ele! Quem tem cabelo azul nesse mundo?-qq

Taylor

Observo Legolas e Hanna se pegando mentalmente (?) e suspiro. Porque Thranduil não podia ser assim? Mais descontraído...menos frio.

Fiquei deprê de repente, porque aquele maldito elfo faz isso comigo?!

Sofrência devia ser meu segundo nome.

Me sinto uma vela gigante (Taylor ultimamente viro sinônimo de vela não sabiam?).

Vou subindo as escadas enquanto expresso todo meu sofrimento em forma de musica (???)

– MENTIU, FINGIU ME FEZ ACREDITAR, COM PALAVRAS BONITAS E UM TANQUINHO PARA CALCINHAS LAVAR - abro os braços- MENTIU, FINGIU, E EU ACREDITEI, FUI TROUXA MAIS UMA VEZ

Até que me deparo com um ser loiro não identificado descendo a escada ao mesmo tempo que eu subo. Ai, eu só me fodo nessa vida.

–Taylor...- Thranduil diz

– Peço que não se aproxime...senhor - digo com desgosto, me forçando a dizer a ultima palavra

– Não seja infantil a ponto de não querer que me aproxime, Taylor. Não pode me evitar pra sempre.

– Claro que não posso, o imortal aqui é você

– Esqueça isso, essa raiva de mim que esta sentindo não vai levar a lugar nenhum

– O que eu sinto por você não é raiva, Thranduil, é pena. Pena de que você ter que chegar ao ponto que chegou pra conseguir o que tanto queria. Se esta na seca, o que eu tenho certeza que está, não saia por aí iludindo pessoas. Tem um lugar que é perfeito pra você ir. Um puteiro! - o empurro e volto a subir as escadas

– TEAM TAYLOR - escuto Hanna gritar antes de fechar a porta do meu quarto com força