Memórias de uma Roleta Russa escrita por Kaio Rodrigues


Capítulo 1
Prólogo - O Lançamento




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Prólogo

10 de abril de 2014 – Quinta-Feira

Schadenfreude. Eu pesquisei antes de tudo. É uma palavra universal, mas vem do alemão Schaden, que significa “prazer pela desgraça”.

Costumo dizer que me baseei nesse princípio para chegar até aqui. Desgraças e infortúnios ocorrem o tempo todo. Os seres humanos gostam disso! Passam horas e horas na frente das TVs apenas esperando pela próxima tragédia. É o novo “humanity way of life”.

Chamo-me Alessandro Parentoni de Carvalho, mas atualmente sou conhecido – e reconhecido – por outro nome. Hoje sou famoso, e Alessandro nunca foi nome de gente famosa, não é mesmo? Precisava de uma alcunha mais... impactante.

A coisa toda começou em setembro de 2008. Eu tinha 20 anos, e minha vida se resumia a faculdade, música e literatura. Cursava direito: uma profissão quadradona, é verdade. Mas bastante sólida! De qualquer forma, eu não seria advogado por muito tempo, e sabia disso! Meu futuro estava longe dos tribunais; estava na literatura.

Para alcançá-lo, precisava apenas do pano de fundo certo no qual ambientar minha história. E foi aí; foi justamente aí que entrou a schadenfreude.

Acidentes de avião com centenas de mortos; incêndios em boates universitárias; mães assassinadas, na frente dos filhos, durante tentativas de assalto. Qualquer coisa deste gênero seria perfeita. Conseguiria prender a atenção dos viciados em carnificina.

Mas não! Criei algo totalmente novo. O sete de setembro de 2008 foi um dia diferente para mim. Mais do que simplesmente a independência do Brasil, simbolizou também a minha libertação. Foi quando comecei a me tornar completo.

Schadenfreude.

Dei as cartas, preparei as iscas e levei alguns outros jovens a cometerem suicídio. Não me considero um monstro, não! Se fiz o que fiz, foi por um bem maior. Enquanto meu plano estiver dando certo, eles não terão morrido em vão.

Hoje é dia dez de abril de 2014. Um dia comum para a maioria das pessoas, mas não pra mim. Afinal, não ficarei em casa assistindo TV até tarde da noite ou dormindo no sofá, de boca aberta, sem nenhuma expectativa para o futuro. Não! Hoje acontecerá algo muito melhor.

Lançarei meu segundo livro.

Aqui começam os meus Dias Perfeitos


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