Is it a dream or a nightmare? escrita por Millus


Capítulo 2
Capitulo 2 – O trabalho


Notas iniciais do capítulo

Bom aqui está o segundo capitulo, já está maiorzinho e vou tentar que eles sejam ainda maiores, vou tentar também por um capitulo novo todos os dias.

Ainda bem que gostaram da história, espero que continuem a gostar :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/589310/chapter/2

Pov Felicity

Passados 6 dias

O prazo de entrega para o trabalho termina na segunda visto que hoje é quinta já não temos muito tempo, mas ainda não consegui falar com o Oliver, ele está sempre com o grupinho. Hoje quando abri o meu cacifo tinha lá montes de meias mal cheirosas, mandei-as para o lixo e pus perfume nas minhas coisas. Estava decidida hoje iria confrontar Oliver, de qualquer das maneiras sou humilhado todos dias que ser mais uma vez não faria diferença.

Decidi esperar até á hora de almoço, o máximo que poderia acontecer era ficar cheia de sopa de novo. Shado minha amiga mais próxima disse-me que hoje iria começar um part-time, eu deveria fazer o mesmo visto que o dinheiro deste mês já está a acabar e ainda falta duas semanas para ele terminar.

Finalmente a tão esperada hora chegou, eu estava nervosa nem sequer sei se irá sair alguma palavra da minha boa, da maneira em que estou já ponderei fazer o trabalho sozinha umas 50 vezes, mas prometi a mim mesma que não o faria, então com a pouca força que tenho, caminhei até á mesa dos populares, onde Oliver comia a sua sopa.

–Ah…Eu…-Hesitei, Laurel olhava para mim já a rir, o resto da mesa fitava-me para saber o que eu iria dizer

– o que é que queres nerd? Não temos livros aqui! – ela disse e todos riram exceto o Oliver que continuava a comer como se nada se passasse

–Oliver…- falei, ele levantou a cabeça em direção a mim, e eu abaixei o olhar, era impossível ficar a olhar para ele nos olhos, eles tinham um poder incrível – precisamos de… combinar… quando faremos o trabalho…

–Porque é que não fazes sozinha, como fazes sempre? Já estás habituada, já agora fazias para nós também, isso ou podemos te encher de sopa – disse Laurel

Fiquei á espera que Oliver dissesse algo mas ele voltou a comer, então fui me embora antes que Laurel cumprisse as suas promessas.

Irei ter de fazer o trabalho sozinha, não quero tirar negativa.

Estávamos na última aula de hoje, estava ansiosa por ir para casa, já não aguentava mais aquela maldita aula de história. Quando tocou, todos saíram a correr menos eu e Oliver, ele estava a demorar mais tempo do que o normal, quando ia a sair da sala ele pega-me pelo braço e o meu corpo estremece

– tenho uma hora, podemos fazer o trabalho na biblioteca – e foi a primeira vez que eu ouvi a voz dele, sensual, sexy, arrepiei-me só de o ouvir, não sabia o que estava a acontecer comigo, mas segui-o, sentamos nos numa mesa

–Como queres fazer? Dividimos ou fazemos juntos? – perguntei, mas ele não pareceu ouvir, ligou o seu computador e começou a analisar o primeiro tópico – separados então… - percebi que este iria ser o trabalho mais difícil da minha vida.

Ele trabalhava muito atentamente, e eu, bem eu não conseguia tirar os olhos dele, mas ele nem pareceu notar, então concentrei-me também e comecei a fazer a minha parte, passado exatamente uma hora, ele levanta-se e começa a arrumar as suas coisas.

–mas ainda não terminamos – ele não responde nada – amanhã eu não posso, tenho algo marcado com a minha mãe – ele continua a arrumar e não diz nada – OLIVER… - grito e recebo um shiu de todos os presentes e ele olha para mim surpreso pela minha reaçao – temos de terminar o trabalho – tento desculpar a minha reação

–acabamos amanhã – diz simplesmente, mas será que ele não houve nada do que eu digo

–já disse que amanhã não posso, podemos fazer no fim-de-semana – digo se bem que a ideia de passar uma tarde inteira com o Oliver fora da escola assusta-me

–arranja tempo amanhã, no fim-de-semana não há escola – ele diz sério, como se me tivesse a dar a maior novidade do mundo, que teimoso, suspiro alto demais

– amanhã é dia de vendas, eu e a minha mãe vendemos coisas que já não precisamos, para obtermos algum dinheiro, por favor tenta entender, não dá para adiar, podemos fazer no sábado na minha casa, não tem problema – explico-lhe mas ele não demonstra reação alguma e vai-se embora, deixando-me a falar sozinha.

Sexta

Hoje acordo com a minha mãe aos berros com o senhor da luz, eles queriam cortar, mas a minha mãe chega ao acordo de pagar ao final da tarde com o dinheiro que conseguirmos das vendas, espero bem que consigamos vender alguma coisa.

Chego á escola um pouco atrasado, pois o bus furou um pneu a meio do caminho, resultado, tive de vir o resto a pé, quando entro no portão, Oliver passa por mim com o seu capacete na mão, ainda o tento chamar para falarmos, mas ele simplesmente ignora-me e segue para dentro, eu vou também pois acabara de tocar.

Passo o resto do dia a tentar falar com ele, mas ignora-me de todas as vezes, motivo de risota para Laurel, Tommy e o resto do grupinho. O professor de aplicações pergunta-nos como estão os trabalhos, e parece que todos já acabaram ou estão para acabar os deles, enquanto que o meu e o de Oliver ainda vai a meio.

Quando cheguei a casa já a minha mãe tinha as coisas para venda expostas, deixei a minha mochila dentro de casa e fui ajudá-la.

Passou a tarde e não vendemos quase nada, estávamos quase a desistir, ficaríamos sem luz pois o dinheiro que conseguimos não era o suficiente, entrei em casa para ir buscar caixas, para começarmos a arrumar, quando voltei a sair fiquei paralisada, Oliver estava ali parado á minha frente, pensei que estivesse a alucinar mas era mesmo ele.

–Oi…Que fazes aqui? – perguntei, já com a minha curiosidade a matar-me!

Ele não respondeu, já estou a começar a ficar cansada desta mudez dele, ele começou a olhar para as coisas que tínhamos em cima das mesas, e ficou particularmente interessado nos meus brinquedos de quando era criança, agarrou no meu coelhinho branco, sempre com um ar indecifrável. Aquele era sem dúvida o meu brinquedo preferido enquanto criança, por isso já estava um pouco gasto.

–quanto custa? – pergunta agarrando o coelhinho e olhando para mim, mais uma vez baixo o olhar, mas porque será que ele queria brinquedos de criança.

–5… - respondo – era o meu preferido… - ele não expressa reação nenhuma apenas olha para baixo e vê o resto dos brinquedos

–quanto custaria tudo isto? – pergunta apontado para a grande caixa que continha todos os brinquedos, fico ainda mais curiosa porque será que ele queria tanto brinquedo

–eu não sei… teria de contar tudo… - começo a tirar os brinquedos para contar, mas ele antecipa-se e dá-me 5 notas de 100, isso mesmo 5 ele só podia estar maluco – isso é muito, os brinquedos não valem tanto

Ele não responde, nem aceita o dinheiro de volta, apenas pega na caixa a prende na mota, põem o capacete e quando já estava a sair

–amanhã na minha casa – quando vou para dizer que eu não sei onde fica, ele já está no fundo da rua e depressa deixo do ver, reparo que no meio do dinheiro esta um cartão com uma morada.

Oh meu deus eu vou a casa do Oliver, passar a tarde com ele, e com a quantidade de dinheiro que ele pagou já dá para pagar a luz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, o nome do próximo capitulo é : "Um fim-de-semana longo"