Minha vida virou de cabeça pra baixo em 15 anos, tenho dois filhos e ainda sou uma espiã, se tudo esta uma merda? Não podia estar pior, mas eu tenho James, meu primogênito ele segura a barra quando não estou em casa, não é fácil, e ainda não sei como o garoto me chama de mãe depois de eu ter o abandonado logo que nasceu, mas foi somente um ano, e dois anos depois veio Carter a trovão vermelho como Stark a chama, não tem como negar que meu sangue não corre naquelas veias.

– James, Carter a mãe de vocês chegou.

– Rogers.

– Natasha- a tensão no ar pode ser cortada com uma faca, minha relação com meu ex-marido não é das melhores, acho que é assim com todos os casos.

– Mãe- James me abraça, o garoto é Steve idêntico, esperava algum traço meu, mas não há nada além da personalidade, para um garoto de 15 anos ele é quieto, não gosta de exibir as emoções, ele ficou assim após o divorcio.

– Cadê a Carter?

– Ainda não terminou de arrumar as coisas dela.

– Tudo bem, vai descendo- por 2 minutos me permito encarar Steve, ele permanece o mesmo- Então como foi à semana?

– James permaneceu quieto como sempre, jogou um pouco de vídeo game, ja Carter acabou quebrando alguns vasos da Sharon com seus ensaios da aula de dança.

– Quanto eu te devo?

– Não, ela não ficou brava- ele passa as mãos nos cabelos, faz cinco anos que esteve é casado com a agente treze ou Sharon Carter, recentemente eles estão tentando ter uma família.

– Então como vai à gravidez?- pergunto por educação.

– Sharon perdeu o bebê, alguns médicos da Shield dizem que o corpo dela não suportou o DNA do super soro então o descartou como se fosse algo estranho.

– Meus pêsames.

– Deu terminei, tchau pai- Carter se despede de Steve com um abraço.

– Novamente, obrigada por ter ficado com eles enquanto eu estava em missão e meus pêsames pela perda.

– Não foi nenhum incomodo eles são meus filhos e obrigada.

Entro no elevador e vejo Steve ainda com um sorriso verdadeiro nos lábios, ele sempre foi assim, tão puro para certas coisas.

– Então, o que você aprontou?

– Nada, mãe você podia me levar para as suas missões, papai não sabe quase nada da gente e James fica encarando ele em certos momentos é muito estranho.

– Carter, você tem que conviver com o seu pai e os problemas dele com o seu irmão você ignora e deixa que eu resolvo.

– Tudo bem, estou faminta, preciso de sorvete e se eu ver mais uma alface na minha frente eu juro que taco fogo em tudo.

– Ok- passo a mão nos cabelos vermelhos dela e dou um beijo na sua testa- tudo bem, trovão vermelho.

James esta encostado no carro com seus fones de ouvido, ele olha pra nos e sorri.

– Oi mãe.

– Oi, entrem os dois vamos comer alguma coisa e depois enfrentar umas horas de viagem pra casa.

Nova York há uns anos eu tinha pavor após a batalha, Steve me fez superar esse pequeno pavor, hoje em dia a correria da cidade me mantem calma, e sempre alerta.

– Rogers é cheio de manias- James finalmente fala depois de algum tempo no transito- Carter esta com os fones de ouvido então sei que posso falar.

– Tudo bem, conte tudo.

– Eles tiveram uma conversa sobre futuramente nos termos um irmão ou irmã mais novo, na verdade foi a Sharon, ela parece insegura sobre nós e você mãe, como se a qualquer momento Rogers fosse voltar correndo pra casa.

– Sinceramente espero que ele não faça isso.

Meu casamento com Steve foi cheio de altos e baixos mais baixos que outra coisa, eu não nasci pra dona de casa, eu não ia abandonar minha vida de espiã, meu trabalho na Shield, às vezes tenho vontade de gritar e dizer pra ele que consegui conciliar tudo. Não sou a melhor mãe do mundo, não chego nem perto, as vezes penso que sou muito fria com eles, como sou com todos, eu confio nos meus filhos, não sei até quanto vai essa confiança.

– ótimo comida gordurosa- Carter comemora ao me ver estacionar em um McDonalds.

– Parece que passou fome- James implica com ela.

– Salada diariamente com o resto, odeio alface prefiro brócolis.

– Você é estranha trovão vermelho.

– Cala boca pequeno Capitão.

Outro apelido de Stark, James era igual a Steve, continua, é como ter a lembrança de seu ex-marido todo dia, uma lembrança boa.

– Carter devagar- limpo a boca dela- parece que nunca comeu um hambúrguer.

– Desculpa, Sharon tem que se alimentar de um modo saudável para em breve termos nosso amado irmãozinho- ela revira os olhos- não quero mais um irmão nem irmã, eu já tenho o James.

– Passa o ketchup Carter- ele pede- Rogers quer ter uma família com ela, você tem que entender isso maninha.

– Ele já tem uma família e já tem filhos, ele mal sabe da gente imagina do bebe.

– Ele ia conviver com a criança, e nós moramos com a sargento Romanoff.

– O que foi? Sobre o que estão falando?

– Sobre a futura família do papai.

– A, já reservei nossas passagens, é um voo direto estaremos em casa rápido.

– Ótimo, preciso ensaiar, eu quero ganhar o solo.

– Só você pra fazer aula de dança no verão- digo- mas pelo menos não vai ficar deitada no sofá mofando- olho pra James.

– Eu posso arrumar um emprego de verão mãe.

– Prefiro você em casa, temos alguns dias antes de ir para L.A, aniversario do Howard.

– Nós vamos?- James me pergunta dando uma mordida no hambúrguer.

– Claro, ele vai fazer 14 anos e sobreviveu ao Tony.

– Graças a Pepper, ela é uma ótima mãe- Carter diz- e você também - ela me abraça.

– Obrigada, assim que chegarmos em casa vamos cortar essa lã vermelha.

– O QUE? NÃO.

– Sim, você parece uma vassoura- Carter chuta James por debaixo da mesa.

– Parou vocês dois- tenho certeza que meus filhos tem medo de mim, talvez um pouco. Contar meu passado foi horrível, para James foi fácil eu tinha Steve ali ele aliviou as coisas, mas Carter só tinha eu e ela, esperava que ela ficasse com um pouco de medo porém nenhum deles teve, pelo menos nunca me contaram- Se já terminaram vamos.

– Posso levar alguma coisa pra viagem?

– Compramos no aeroporto, vamos?

– Ta bom.

Ainda desconfio de todos dentro de um avião, sempre olho para todos e recentemente parei de viajar com armas então tem ficado pior, olho pro lado Carter e James estão vendo algum filme estupido, enquanto eu tento me manter de olho em tudo sem parecer nenhuma louca ou fugitiva, faço todo essa tensão, mas sei que a viagem será tranquila.