-DEMÔNIO!! - a voz atravessou as paredes do castelo, pondo criaturas a fugir da fúria contida nela. Mas o demônio a quem ela chamava, se manteve frio, ele não sentia medo, ou receio de nada. Ele mal sentia alguma coisa, seu coração tinha sido congelado por seu mestre, aquele que o chamava agora. Ele apenas obedecia.
Demônio escancarou as portas da sala do trono. E entrou sem cerimonia alguma. Nela havia pedaços de outros monstros que queimavam no fogo eterno. Obviamente eles haviam aborrecido seu chefe.
-O senhor me chamou?
-Você sabe o porquê – Seu mestre estava calmo, mas os olhos vermelhos por trás do capuz irradiavam ira.
-É claro que sei. Claramente aqueles que você enviou, não conseguiram realizar a tarefa.
-Mandei meus melhores monstros para essa tarefa e nenhum deles chegou perto de ser bem sucedido. – Seu mestre se levantou, o capuz escorregou pelo seu corpo, revelando uma pele negra e lisa, sem pelo algum. Era impossível dizer se era homem ou mulher, pois não havia órgãos genitais. A criatura se aproximou de Demônio. – Mas você, você nunca me falhou em nada.
-Do que você precisa?
-Você sabe do que eu preciso, Demônio. – Seu mestre passou uma unha comprida e fedida no rosto de Demônio.
-Eu trarei um anjo para o senhor.
-Mas há algumas restrições, esse anjo não pode ser trazido à força, ele deve querer vir. – Seu mestre falou virando as costas – Corrompa a alma dele e ele virá até mim. Se você falhar, sabe o que acontecerá.
-Eu nunca falho. – Demônio fez uma reverencia e saiu atrás de seu anjo.