Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 30
Labirinto da Alma


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde Leitores e Leitoras, tudo bem? Bom, eu estava sem fazer nada então revisei uns 3 capitulos e eles já estão prontos para postar, mas... Não sei, parece que o povo desanimou de ler. Eu deveria postar outro dias os demais? Tentar fazer um suspense, não sei...
Bom, aproveitem esses capitulo ao menos.
Boa Leitura.



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Capitulo 30 — Labirinto da Alma

O silencio na sala se fez de imediato, com todos ao nosso redor parando de falar ao mesmo tempo. Somente a musica continuou rolando ao fundo.

Ela me encarou desnorteada por um segundo, tentando entender o que eu havia dito. Enquanto isso, minha mente trabalhava rápido, me lançando descargas de furia, pensando em uma só imagem e um pensamento.

A cara de Seth, abobado, com a boca levemente aberta, com os olhos brilhando apaixonado dançava na minha mente. E aquilo estava servindo de gasolina para toda a raiva e desespero que eu começava a sentir em meu ser. E por baixo de toda aquela raiva eu conseguia sentir ainda a pontinha de dor que estava me incomodando. Cutucando me. Cutucando o meu ser e o deixando irritado.

Não... Não pode ser ela o verdadeiro imprinting dele! Apesar de tentar pensar positivo e fugir daquela fúria que me apossava facilmente, eu percebi que tudo isso só estava me enganando..

"Mas é claro que é sua estupida! Não está vendo? Ela é você nesta dimensão e é o verdadeiro imprinting de Seth! É óbvio!" Uma voz sombria me aferrou.

A sala em minha frente ondulou.

Eu me sentia em um labirinto dentro de minha própria mente, onde a cada fim de corredor havia a mesma cena dançando em minha frente. Não adiantava quanto eu tentava fugir, quanto eu tentava não acreditar na verdade daquilo, a cena continuava a acontecer e acontecer novamente, até ela própria se desenvolver sozinha.

De repente eu não via somente Seth descobrindo o amor verdadeiro de sua vida. Agora eu podia ver o futuro dos dois correndo diante dos meus olhos. O primeiro beijo... As noites em claro... O casamento... Os filhos... e não adiantava o quanto eu tentava fugir daquele labirinto de lembranças, a cada esquina, a cada fim de corredor lá estava a imagem deles e seu futuro promissor. Mesmo que ela tivesse o meu rosto, eu sabia que não era eu. Estava estampado que aquela vida não era a minha!

Eu comecei a me sentir sufocada dentro de mim mesma. Eu precisava sair daquele labirinto, mas algo parecia bloquear o meu caminho. Ah, sim! Agora eu podia ver o final do labirinto, bem ali á frente, mas aquela garota com cabelos cor de berinjela continuava em minha frente, me bloqueando.

Droga! Eu estou sufocando! Saia da minha frente!

— ISSO MESMO QUE VOCÊ OUVIU SUA XEROX MAL FEITA! — Eu berrei bufando e voltando parcialmente para a festa. A cada vez que eu piscava me via em um lugar, ora labirinto, ora minha festa.

— Xerox...? Olha aqui garota, se tem alguma copia aqui é você! — Ela empurrou meu ombro com força e eu dei um passo para trás, cambaleando. Eu pude ouvir um rosnado da voz sombria dentro da minha cabeça.

— Não encosta em mim, seu clone maldito do inferno!! — eu empurrei seu ombro tão forte quanto ela e Caroline cambaleou para trás exatamente como eu.

— Nem você em mim, sua baranga!! — Ela fez uma careta, me mirando de cima á baixo e me enfurecendo mais. Eu me sentia muito quente, como se a raiva tivesse temperatura e ela começasse a passar pelas minhas veias. A imagem oscilando novamente entre labirinto.

— Baranga? VOCÊ É IGUAL Á MIM SUA BURRA!

— Não! EU SOU MUUUUUUITO MAIS LINDA! — Ela jogou os cabelos ridiculamente pintados de roxo para trás do ombro e meu sangue esquentou ainda mais. Eu comecei a sentir minha mão coçar.

— HAHA! — Eu ri da cara dela — Com esses olhos cor de bosta? Nem no seu sonho.

Ela me olhou de cima em baixo com desprezo.

— Aaah, quanta Inveja! Isso é porque você não tem coragem de fazer algo como isto! — Ela falou apontando para o cabelo — Por que você não volta do buraco de onde você saiu e leva junto toda a sua covardia?

Minha mão coçou de novo, o cenário mudou novamente e eu me vi dentro do labirinto, onde tinha uma garota ajoelha á minha frente, implorando para que eu a deixasse acabar com Caroline. Ela tinha a face sombria e maldosa, com uma voz doce e convincente que me impelia a deixa-la acertar a garota.

"Ela merece..." Sussurrava "Ela irá rouba-lo! Ela não esta atrapalhando o caminho para fora deste lugar!!" A garota sombria juntou as mãos em frente ao rosto que era parcialmente tampado com os cabelos pretos escorridos.

Sua aparência me incomodou por um momento, mas quando a Cabeça de Berinjela continuou a gritar, parecendo vencer aquela disputa de palavras, a garota no labirinto pareceu convincente.

"Por favor, deixe-me acabar com ela..."

E daquela vez eu não neguei, nem por um segundo, a vontade da garota sombria que insistia arduamente.

"Pegue-a!" Eu disse.

Tudo escureceu por um segundo, como se tivessem me desligado enquanto eu me ouvi gritar e só depois que estava em cima da garota lhe virando um sonoro tapa na cara foi que eu recobrei minha visão novamente e os movimentos do meu corpo.

Senti meus dedos enrolarem em seus cabelos sem o meu comando enquanto minha outra mão tentava acertar socos no meio de seu rosto, mas ela era rápida e eu já tinha sentido a joelhada no meu estomago.

A droga de minha visão mudou novamente para o labirinto, onde eu assistia a luta entre Caroline e aquela garota sombria que murmurava coisas sombrias e indistintas. Coisas que segundos depois foi encoberto pela gritaria e confusão.

A bagunça e o barulho de pessoas gritando ao redor reinaram na festa enquanto eu ora assistia uma briga, ora participava da briga, mas sempre sentindo as dores e os prazeres que somente uma boa briga pode dar.

Enquanto eu ou a garota sombria socava as costelas de Caroline eu ouvi alguém, que adivinhei ser Embry, gritar um “Quebra ela Anna”

Só nesse momento percebi que as pessoas que gritavam tentando separar a briga. E também só agora percebendo as mãos de ferro de Seth ao redor dos meus braços (ou era dos braços da garota sombria?), que tentava arrastar para longe da briga e Jon que tentava pega os braços da Berinjela para afastá-la de mim. A briga estava sendo separada e eu nem ao menos percebia.

Eu nem ao menos estava me importando com as dores da surra que eu havia levado...

Quando minhas mãos desprenderam do cabelo roxo e já quase estávamos afastadas, eu finalmente desisti de tentar matar aquele ser. No labirinto eu comecei a pedir para a garota sombria solta-la, que ela já havia aprendido sua lição.

A garota parou por um segundo de se concentrar em acertar Caroline e fixou seus olhos nos meus, mostrando o brilho louco e maligno que havia ali. Sua boca se abriu minimamente e de lá saiu um sussurro rouco. "Tem certeza?"

Eu ia responder que sim... Juro que ia... Ia até sentir que a garota havia aproveitado o meu momento de hesitação e acertado um soco tão forte em meu nariz que eu o ouvi estalar.

Aquilo foi como um choque para a realidade, onde a garota sombria sorriu maligna para mim por um segundo.

Ela não pediu permissão para mim para atacar novamente Caroline.

As mãos quentes de Seth que tentava me conter afrouxaram por um segundo, provavelmente ele havia ficado tão chocado quanto eu com o soco repentino em meu nariz. Eu senti meu rosto se contorcer em um sorriso maligno nada meu enquanto eu sentia com prazer o meu braço se liberar da prisão de Seth tempo o suficiente para mim dar o meu ultimo golpe.

Eu podia sentir cada parte do meu corpo gritando pelo contato de minha mão em seu rosto, mas eu sentia que minha mão não aguentaria a potencia que eu estava disposta a liberar em cima da garota.

A imagem oscilou somente uma ultima vez, onde eu via a garota maligna me lançando um ultimo sorriso podre antes de se virar com um movimento rápido com a perna, mirando seu ultimo golpe na cara de Caroline.

Ambas, Eu e a garota, vimos nossos pés subirem no ar, ouvindo com satisfação o ar chiar contra nossa pele com a força e a velocidade que depositvamos ali. Ao fundo alguém gritou ao mesmo tempo em que eu sentia Seth me puxando para longe novamente, não permitindo que nós duas acertassemos nosso alvo principal: A cabeça.

O lado bom de aquilo foi que nossos pés desviaram da cabeça e acertaram a barriga, em um golpe duplo.

Ah, a satisfação preencheu minhas veias ao assistir ela cambalear nos braços de Jon — que tentava a afastar para longe — Assistindo ela ficar sem ar por longos segundos.

Satisfação que sumiu assim que os punhos de ferro flamejante enrolaram em meus braços, apertando com tanto força enquanto me puxavam de vez para bem longe da Berinjela gigante.

O labirinto voltou a minha visão, onde agora eu podia ver meu caminho livre para fora dali, com Caroline ao chão respirando com dificuldade. Eu sorri aliviada ao pensar que eu sairia finalmente, mas quando dei o primeiro passo eu não consegui. Algo me puxava pelos braços para longe da saida... Nos puxava para longe. A garota maligna também se contorcia tentando se soltar, gritando por liberdade. Só quando olhei para cima foi que eu vi que quem nos arrastava para dentro do labirinto era Seth.

— ME SOLTA! — Eu gritei, tentando me libertar em desespero. — EU PRECISO... ME SOLTA! NÃO!

E a luz da saída ia ficando menor conforme ele nos arrastava, ia diminuindo minhas chances de eu me libertar daquela sensação sufocante. Eu olhei novamente para a garota sombria que se contorcia como uma lagartixa nos braços de Seth. Seth tinha um olhar triste e preocupado sobre ela.

Observando aquela cena só então eu percebi que encarava pela primeira vez o rosto sombrio dela com choque. Lá eu encontrei novamente, uma nova cópia idêntica minha, porém muito mais terrível.

Eu me senti traída ao ver o rosto da garota que havia me ajudado a bater no meu outro xerox roxo. Eu tinha confiado que ela não fosse exatamente como eu. Que ela não me substituiria como Caroline estava prestes a fazer.

"Eu não vou te substituir! Eu sou você, não pode enxergar?" Ela disse aquilo como se sentisse tão traída quanto eu havia ficado "Não sou sua outra versão, eu sou sua parte maligna."

— CHEGA! — A voz dupla e cortante de Jacob cortou o ar e todos pararam de se mover, me jogando para fora do labirinto e voltando para a sala. — CHEGA DE PALHAÇADA, VOCÊ DUAS!

Eu encarei Jacob, finalmente parando de me contorcer e desistindo ao olhar para ele, que respirava forte parado no meio da sala bem onde fora o ringue para minha briga.

Conforme eu sentia a adrenalina em minhas veias baixar e meu coração se acalmar eu finalmente comecei a sentir as dores que uma briga podia causar. Sentia meu corpo todo formigando, alguns pontos mais do que em outros. Podia sentir também algo molhado e quente escorrer do meu nariz até meu labios e uma dor dilacerante que em meus braços, exatamente no lugar onde Seth tinha as mãos fechadas em torno da minha pele, ainda tentando me conter da briga que já acabara. Eu sentia meu fluxo de sangue interrompido por seu aperto.

Eu olhei para as mãos dele, que tinha os nós dos dedos brancos e apesar de estar sentindo tanta dor com aquilo, a única coisa que eu conseguia pensar era em olhar para Caroline.

A Berinjela Gigante tinha um rosto meio abobado, com um meio sorriso, apesar do filete de sangue que saía do canto da boca, e olhava para alguém atrás de mim... ou seja: Seth.

Eu me senti novamente sufocada quando a dor aumentou.

Não era uma dor física, como as do meu nariz e do meu braço, mas algo que bem pior. Era como se enfiasse um punhal em meu peito, o cravando fundo e depois girasse dentro de mim, para que o estrago fosse maior.

Meu nariz latejava. Meu braço formigava. Meu coração se destruía.

E continuar olhando a cara feliz dela, não ajudava em nada. Parecia que a cada segundo olhando aquilo, uma parte... boa de mim deixava de existir, nascendo em seu lugar raiva e rancor, me fazendo me tornar aquela garota sombria do labirindo..

Não entendi por que minhas pernas bambeavam ou porque comecei a fraquejar com aquela percepção. A única coisa que eu compreendia era o motivo de meus olhos encherem de água salgada.

Eu abaixei meu olhar para a mão de Seth novamente, ainda com os nós dos dedos brancos, contrastando com a pele morena, tamanha a força que usava para me segurar.

Me lembrei de ter lido em algum lugar sobre Lobos imprintados e sua incapacidade de machucar ou de não fazer algo que seu objeto de imprinting quisesse. Me perguntei se ele percebia que estava me apertando com a força extra e machucando daquela forma seu objeto de imprinting. Se ele não estava distraído demais na outra garota para perceber que me machucava.

Aquele pensamento contaminou meu ser. O nojo, o ódio, a repulsa pelo dono daquelas mãos flamejantes e o meu clone aumentaram rapidamente, como quando o fogo consome rapidamente o álcool. E eu já respirava forte, sentindo o nó de raiva na minha garganta.

Ele está te trocando, não vê? Você não é o imprinting dele e nunca foi. Você não é nada!

Eu agarrei as mãos de Seth e encravei minhas unhas puxando com toda a minha força, sentindo as lagrimas escorrendo, mas só conseguindo soltar suas mãos de mim quando ele percebeu o que eu tentava fazer.

Senti meu coração acelerar e minhas narinas se inflarem com a súbita dor de alivio que me tomou quando fui libertada. Eu esmaguei meus dentes um contra os outros em um estalo sonoro, pela sensação enquanto sentia a volta da torrente de sangue ás minhas veias do braço. Aquela sensação foi dolorosa.

Mais uma dor para minha nova coleção, iupi. Pensei amargamente.

Por um segundo eu apenas esfreguei meus braços, vendo a marca de cinco dedos ficarem roxos no mesmo instante no lugar da mão, não conseguindo sentir aquela parte do meu braço.

Eu bufei de raiva da minha fragilidade. Porque tinha que ser tão... Fraca?

Limpei com as costas da mão as lagrimas que se misturavam com o sangue que escorria de meu nariz, com raiva, esfregando com força e sentindo a dor que aquilo trazia.

A sala estava silenciosa demais. Todos me encaravam, esperando minha reação. E eu sabia, por mais que eu odiasse admitir, que todos haviam percebido a ligação de Seth e Caroline.

Vi que Jon a muito soltara a Berinjela, que no momento limpava o sangue da boca e se escorava na parede da minha casa.

Jon me olhava com pena.

Desviei os olhos de Jon e encarei Caroline ao seu lado, que tinha a face raivosa e manchada de sangue. E foi com raiva que admiti que meu rosto provavelmente estivesse igual o dela.

“Eu sei o que você vai fazer. Eu sei o que você é.” Eu pensei ainda olhando para ela. E tão rispidamente quanto olhava para ela, encarei Seth. Que exibiu um olhar assustado quando viu minha expressão.

Eu o encarei por alguns segundos, tentando de todo jeito o odia-lo mais do que tudo em minha vida, mas apenas sentindo a magoa preenchendo o lugar do ódio que eu queria sentir. Eu prendi com força meu queixo quando eu o sentir tremer.

Parabéns. Você a encontrou. Espero que sejam felizes” Eu tentei dizer antes de sair dali, correndo, para longe da agonia que aquilo me dava, mas apenas sem conseguir dizer ao final.

Eu, enquanto saía correndo daquela casa ao tropeços, senti o arrependimento me tomar. Mas não era o arrependimento de sair correndo de lá. Era de ter vindo para cá. Por ter feito aqueles desejos estúpidos!

Eu não devia ter vindo nunca para cá. Fazer Isso foi a coisa mais idiota que eu já fiz em minha vida e eu me arrependo disso.

No final... Jonathan tinha razão.

POV Jacob Black

Havia estática na sala.

E como era previsto, a alma não conseguia ficar perto dela mesma sem explodir. Como cargas. Como Positivo e negativo. Elas brigaram. E feio. E eu sabia o motivo.

Assim que conseguiram separar as duas por tempo suficiente para eu ficar no meio, chamei a atenção delas, que se contorciam nos braços de Seth e Jon, tentando se livrar e voltar para a luta.

Anna saiu com um nariz fraturado e Caroline parecia ter perdido algum dente, já que sua boca sangrava. Nunca tinha visto uma briga de mulheres assim. Porque mulheres não brigavam assim.

Eram as cargas. Negativo e Positivo. Hipérboles. Contrários que haviam finalmente se encontrado e a guerra entre as duas era uma coisa inevitável.

— CHEGA! — Eu disse com voz dual de Alfa — CHEGA DESSA PALHAÇADA, VOCÊS DUAS!

Então todos se acalmaram. Ou pelo menos era o que pareceu de longe. De quem não estava prestando atenção em Anna.

As coisas com ela aconteceram muito rápidas. Tudo passou diante dos meus olhos muito rapidamente e eu me senti muito mais próximo dela ao final. Eu me peguei me identificando com ela... Porque eu já senti a mesma coisa que sabia que ela estava sentindo.

No momento que ela percebeu o olhar apaixonado que Caroline lançava para Seth e pareceu ver o mesmo olhar retribuidor de Seth, ela se tornou o mesmo homem destruído e destroçado que já fui um dia.

Ela sabia que a Caroline era para Seth.

Mas a magoa por saber de tudo aquilo não ficou por muito tempo. No seu lugar apareceu a raiva, o ódio. Seus olhos verdes pareciam pegar fogo.

Ela arrancou as mãos de Seth dos seus braços, despertando o garoto que encarava Caroline. No mesmo instante o local onde estava a mão de Seth, ficou roxo. Um hematoma roxo e feio, na pele branca.

Ela encarou brava, primeiro o hematoma, depois Caroline e em seguida Seth. Como se acusasse sem dizer uma palavra.

A raiva dela me pareceu familiar. Uma sensação de dejavu me atingiu, me fazendo lembrar de algum tempo atrás, onde Bella era a dona do meu coração.

Quando Anna encarou Seth, ele finalmente percebeu o clima estranho na sala. Choque. Ele estava chocado com a raiva que ela mostrava para ele, como se ela gritasse “EU TE ODEIO” bem na cara dele e cuspisse. Ele estava chocado com os machucados que ele mesmo fizera nos braços da garota.

E apesar de eu não estando em sua cabeça naquele momento, eu podia ver quanto o olhar dele perdeu aquele brilho por conta daquela cena, como se ele estivesse se próprio matando por machuca-la. Aquilo pareceu pregar ele no chão. Ele, não Jon.

Assim que a Anna se foi, correndo porta á fora, Jonathan foi o primeiro a correr atrás, não se esquecendo de tirar Caroline do caminho com um esbarrão no ombro dela.

Alguns poucos segundos depois, Seth deu um passo em direção á porta, querendo ir atrás dela, mas eu impedi.

— Não, acho melhor você não ir desta vez. Eu vou atrás dela. Preciso falar com ela — eu falei olhando para ele e me virei para Caroline — e com você. Me espere aqui.

E assim, a incrível festa que Seth havia virado um ringue de luta e em seguida o cenário de um evento raro, como Howt mesmo havia dito. A briga entre as duas foi sem motivo e ridícula para quem estava de fora do assunto, mas apenas com um evento próprio, as reações dele foram imprevisíveis. Havia a certeza que nem uma nem a outra tinha certeza de onde aquela raiva havia vindo... Talvez Anna tivesse encontrado seu motivo por trás do olhar apaixonado de Caroline, mas a tendência ao conflito já estava lá antes mesmo disso.

Eu balancei a cabeça, desviando daquilo. Havia assunto mais urgentes para tratar antes de pensar nas implicações daquele encontro tão explosivo. Eu me virei e sai dali. Atrás de Jonathan e do que restou da Anna.


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Notas finais do capítulo

Sei lá, as visualizações desceram os comentarios foram escassos, será que estou fazendo algo errado?