Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 26
BONUS: Calmaria antes da tempestade


Notas iniciais do capítulo

Só pra descontrair, um capitulo filler para vocês ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588948/chapter/26

Capitulo 26 — BONUS: Calmaria antes da tempestade

POV Anna

Fazia quase uma semana desde que eu começei a trabalhar na pequena Loja de Leyla Young, mãe de Claire, ajudando nas vendas, que na verdade não eram muitas, em um pequeno mercado em frente a First Beach

Pelo que ficara sabendo, aquele era o antigo emprego de Leah e a vaga estava disponível fazia muito pouco tempo. Leyla disse que eu tinha sorte de encontrar algum emprego por aqui, pois normalmente era impossivel. Poucas vagas disponíveis.

Eu não fazia tanta coisa assim, na verdade. Eu fui contratada para fazer o que Leyla dizia ser impossivel de ela realizar, pois ela tinha feito uma cirurgia e ainda precisava de grande repouso, além de que carregar peso estava fora de questão.

Então, eu ajudava a tirar a poeira das prateleiras, arrumava os produtos, carregava caixas e de vez em quando ajudava algum cliente a achar o que queria. Tudo era bem monótono, ainda mais com aquela musica de fundo no pequeno rádio cinza.

Eu não diria que o trabalho era chato, só um pouco parado... Pelo menos quando Seth não me perseguia.

E isso nos trás para a minha situação atual.

Estava eu lá, feliz com o meu monotono trabalho, cantarolando a musica que tocava e limpando a sessão de limpeza — que irônico, eu sei — quando vejo por cima das pequenas prateleiras, um cabelo espetado conhecido, com apenas com os olhos aparecendo.

Eu franzi o cenho e dei a volta para ver quem era e lá estava ele, com um sorriso enorme e braços abertos.

— Oi Anna! Você por aqui? — ele falou fingidamente surpreso

Eu o olhei de soslaio, mandando meu melhor olhar irônico.

— Que surpresa, não é, Clearwater? Como esse mundo é tão pequeno!

— E não é mesmo? — Ele falou com a voz de um ator ruim de TV

Era a QUINTA vez que ele aparecia aqui e isso já estava me irritando.

Nas duas primeiras vezes eu acreditei que nele, falando que veio comprar alguma coisa, mas depois da quarta tudo fazia sentindo. Ele estava me vigiando.

Como se eu não conseguisse cuidar de mim mesma dentro de um MERCADO!

— E o que precisa agora? Mais papel higiênico? — perguntei cruzando os braços no peito e endurecendo o olhar — Já acabou com todos aqueles rolos em menos de — olhadela no relógio na parede — 35 minutos.

Ouvi uma gargalhada vinda do fundo da loja — Provavelmente Leyla havia ouvido — e Seth acompanhou a risada dela.

— Na verdade eu vim atrás de Red Vines, sabe? Bateu uma fome...

— Ah, para de mentir! Você. Vai. Parar. De. Vir. Aqui. E. Vai. Embora. Já!

A cada palavra eu batia em seus ombros ou em sua cabeça com o espanador. As gargalhadas no fundo da loja aumentaram e ouvi alguma coisa caindo no chão.

— Ai, ai, ai! — ele fingiu que doía enquanto ria tentando escapar das minhas garras — Ta bom, ta bom. To indo.

Eu o despachei da loja bufando, enquanto ele saia correndo, rindo e desviando da minha tentava de acertá-lo lançando o espanador nele.

Vi pela vitrine ele ir andando pelo estacionamento e parar encostado no Rabbit, com os braços cruzados no peito, ainda dando algumas risadas, me olhando para a loja.

ARGH! Não tinha como, eu ia ser vigiada mesmo!

[...]

Seth ficou encostado no carro me olhando o resto do expediente o que me deixava com mal humor toda vez que olhava a cara de riso dele. Quando deu a hora de ir embora, Leyla se despediu com uma risada ruidosa que ecoou no pequeno mercado inteiro.

Empurrei a porta com o sino, passando rapidamente e indo na direção ao contraria que Seth estava, sentindo o vento frio me pegar desprevenida. Fechei o casaco fino rapidamente, tentando andar o mais rápido que eu conseguia para fugir de Seth.

Ele me alcançou rapidamente, colocando o braço sobre o meu ombro e encostando a boca no meu ouvido.

— Não fique bravinha, meu amor — ele sussurrou, fazendo nós andarmos mais devagar. Eu estremeci ao sentir ele tão perto de mim. Seu calor era reconfortante — Você parece uma Leoa quando está assim com essa cara bravinha... Minha leoazinha.

Eu não consegui segurar a carranca de brava por muito mais tempo — Qual é gente, quem resiste ao um Leoazinha no pé do ouvido? —, deixando um sorriso escapar pelos meus lábios e ele viu, vitorioso.

Sua leoa, Filosofo? — perguntei sorrindo, me desviando do seu braço e andando de costas, olhando para ele — Porque eu seria? Sou ágil demais para um filósofo preguiçoso como você! Você não conseguiria ter uma leoa como eu nem nos seus sonhos!

Um sorriso maroto apareceu em seus lábios e ele pulou na minha direção com os braços abertos, mas só agarrou o ar quando desviei rapidamente, soltando uma gargalhada alta.

— Aaah, eu te pego! — gritou o Seth, correndo atrás de mim pela praia.

— AH! — eu gritei rindo enquanto saia correndo em zigue-zague pela praia. — Um filosofo quer me pegar! Socorro!

Ele soltou uma gargalhada, enquanto tentava me alcançar, mas ele era um lobo! Ele conseguiria no fim, não é?

Eu vacilei indo pro lado errado e senti seus braços quentes ao meu redor. Ele me rodou no ar, antes de cair de costas no chão, comigo em cima dele.

Eu ria descontroladamente e ele também, me abraçando forte. Entre risos e abraços na areia, eu comecei a beijá-lo carinhosamente.

Tudo que sentia era o doce da sua boca. Tudo era quente. Tudo era lindo.

Ficamos longos minutos se beijando apaixonadamente antes de eu lhe roubar um ultimo beijo e levantar de repente.

Eu tirei a areia dos meus cabelos e ele levantou em seguida, pegando minha mão e apertando fraquinho. Seth sorria lindamente, da mesma forma doce que sempre me deixava sem reação, só sentindo meu coração acelerando e meu estomago alçando vôo.

Encostei meu braço no dele, apoiando minha cabeça no seu ombro enquanto andávamos pela praia, devagar, sem se preocupar com nada.

Quer dizer, quase nada. Havia aquelas três palavras que eu andava querendo dizer, mas ficavam entaladas no fundo da minha garganta. Palavras que eu não lembro de ter dito alguma vez, mas ouvida muitas.

A coragem, por algum motivo, simplesmente me faltava.

Andamos mais alguns minutos antes de ouvimos um trovão e algumas gotas começarem a cair da nuvem cinza que nos rondava no mar negro.

— Vai chover — ele falou com um suspiro — Vamos embora?

— Por que? Você tem medo de chuva? — perguntei rindo um pouco e abraçando sua cintura, fazendo pararmos completamente.

— Tenho medo de você ficar doente.

— Tudo bem, não tem problema. Eu sei que você vai cuidar de mim. — ele disse me aproximando mais de seu rosto, sorrindo abertamente.

Seus braços agarraram minha cintura, enquanto nossas testas de encostavam e só ficávamos observando os olhos um dos outro.

Seus olhos negros não me davam medo. Só me confortavam, me mostrando o tamanho do amor que existia ali. E eu sabia que ele via a mesma coisa nos meus e também ouvia meu coração martelando rápido, como eu ouvia seu coração.

E a chuva caiu ao nosso redor e por um segundo eu senti frio, antes dos braços me apertarem mais contra de seu peito e eu sentir a seu corpo e sua temperatura elevada encostar em todo um corpo, me lembrando do Deus Apolo que ele era.

Havia como ser mais perfeito?

[...]

— Você ainda não comeu? — eu perguntei preocupada enquanto secava meus cabelos em uma toalha felpuda branca — Não diga que tudo isso é só pra me ver trabalhando?

Ele soltou uma risada estrondosa, se divertindo enquanto concordava que não havia comido nada o dia todo.

— Não é engraçado, pode tratar de arranjar logo para comer! — eu falei brava — Você não pode parar em pé com nada te sustentando!

Ainda rindo, ele me beijou, um beijo doce

— Você me sustenta. — ele disse gentilmente, me fazendo arrepiar. Ele alisou meus cabelos molhados, tirando um do meu rosto e eu me senti a garota com mais sorte no mundo inteiro.

Pigarreei, voltando a mim mesma.

— Não sustento como comida. Eu não encho estômagos! Vamos arranjar algo para você comer! — disse desviei de seus braços, indo na geladeira.

Ele suspirou e veio atrás de mim, me segurando pela cintura e me ajudando a achar. E eu só lhe dei outro beijo depois que ele já tinha comido tudo, ou como eu disse em reprovação mais tarde, quando nos deitamos juntos para assistir um pouco de televisão: “Enfiando goela abaixo”.

POV Pamela

Enterrei novamente meu rosto na jaqueta de couro de Jonathan, pensando pela milésima vez se ligava para ele ou não.

Seu cheiro que antes estava forte na jaqueta, agora quase não existia, fazendo minha mão coçar pra pegar o telefone e ligar com cada vez mais intensidade.

O único problema era que eu não sabia se minha voz sairia ou o que eu diria. Eu estava irremediavelmente nervosa.

Eu nunca fui esse tipo de garota, digo, que é timida ou medrosa e tem vergonha de até ligar para a casa do garoto e pedir para ele ir no cinema comigo. Muito pelo contrario, eu sempre fui decidida e corajosa, mas esse garoto era diferente.

Eu precisava falar com ele, mesmo que por pouco segundos ou até só ouvir sua voz e ter certeza que o veria novamente. Era somente isso que meus ouvidos pareciam almejar. Ouvir novamente aquele tom macio que era de sua voz.

Minha boca ainda queimava desde que seus lábios encontraram com os meus e eu não podia evitar de sorrir a cada vez que eu lembrava daquele momento. Se alguém quer saber: Eu sorri o dia todo.

Sorri até mesmo para o bundão do Embry, que insistia em dizer que alguém tinha colado uma figurinha na minha cara, porque aquele sorriso que ele estava vendo não era de verdade. Mas vamos deixar o Embry de lado e voltar ao pensamento original:

Jonathan Flint... O garoto que segundo minha tia, é novo e veio junto de sua a namorada de Seth para La Push não tem muito tempo. O garoto por quem, eu tinha que admitir, eu estava interessada.

Somente agora eu percebi que tinha em minha mão no meu celular prata e apertava com toda minha força. Olhei-o por um segundo decidindo e quando eu vi, já estava discando o numero, que eu decorara de ler inúmeras vezes hoje.

— Alô? — perguntou a voz masculina que reconheci ser a sua e meu coração bateu alto.

— Jonathan? — perguntei ansiosa.

— Pamela? É você? — ele perguntou rapidamente, parecendo mais animado.

— Uhun.

—Oi Pam — Ele riu me fazendo suspirar.

—Oi... Quero dizer... Hã... Eu liguei pra falar que você esqueceu sua jaqueta comigo.

Ele riu do outro lado da linha.

— Pode ficar com ela. Uma coisinha para você se lembrar de mim.

Ah, Céus... Deus me segure que eu vou ter um ataque cardiaco!

— Eu não preciso de uma jaqueta pra lembrar de você... Lembro de você toda hora. — Só depois de alguns segundo foi que eu percebi que falara uma coisa que deveria ser, decididamente, meio obsessivo. — Hã... Quero dizer... Apaga a ultima frase que eu disse, ok? Isso foi constrangedor.

Ele riu novamente do outro lado da linha e eu suspirei de novo desse lado da linha.

— Não. Eu gostei — ele falou docemente e eu derreti pro dentro — Então... O Herman irá levar seu carro hoje ao anoitecer, já concertado... Se não for incômodo... Hã... Posso aparecer aí para te ver?

Eu quase cai da cama e prendi um grito histérico na minha garganta.

— Claro. — falei prontamente — Eu ficaria muito feliz se você aparecesse aqui...

— Então ok. Encontro marcado. — Ele falou rapidamente — Te vejo mais tarde.

— Até. — eu falei e desliguei o telefone.

É impressão minha ou ele falou ENCONTRO? Meu Deus! Eu tenho um encontro com o cara mais lindo do mundo! E sabe o que vai acontecer? Dessa vez quem vai ser beijado (E muito) vai ser ele. Pode apostar que esse peixe eu não deixo escapar, nunquinha! Nem morta!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dez Desejos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.