Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 24
O sexy salvador


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde POVO!! Vai mais um capitulo para vocês!!
Estou com pressa, então apenas aproveitem!
Beijos!



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Capitulo 24 — O (sexy) salvador

POV Jonathan

Eu não saí de lá como Anna pediu. Eu fiquei na varanda, espiando pela fresta da porta os dois discutirem. E agora, depois de todo aquele clima entre eu e Anna, e o momento em que eu tive a certeza que nos beijaríamos, mesmo depois disso, foi apenas Seth entrar no meio para conseguir rouba-la de mim e levar o beijo!

E só de pensar que eu, depois de tanto tempo, finalmente provaria seu beijo e conheceria o que era ter Anna como uma, me deixou transtornado vê-lo a roubar tão facilmente de mim. O turbulhão de emoção que senti quando a vi olhar fascinada para os meus olhos me fez queimar e reassender aquela parte incontrolável que era o meu amor por Anna. Eu estava tentando, realmente tentava reprimir meu amor por ela, mas aquilo era como se manter em pé em uma pedra escorregadia.

Anna me fez escorregar e agora, eu estava afundando novamente no mar de amores por ela.

Talvez Jasmine, a colega de quarto de Anna, esteja certa. Eu estava com a tática errada para conquistar ela. Já estava na hora de mudar a tática já que ser o bonzinho e super protetor amigo já não funcionaria mais.

Enquanto eu me afundava ali, criando um pequeno monstro de inveja e ciumes olhando os beijos dos dois eu admitia a mim mesmo que era hora de avançar.

Apesar de velha, o que eu faria agora era bem melhor do que apenas ficar na zona de amigos. E poderia muito bem surtir o efeito que desejo.

Está na hora de tentar os ciúmes. Isso sim, talvez fizesse uma garota como Giovanna Scavattine acordar e perceber quem é o certo para ela.

POV Pamela Mcnewt Call

Aaaaah, que raiva, justo agora que eu estava tão perto de chegar na casa da Tia Meena! Já podia sentir o gosto da sua famosa torta de limão... Já podia até sentir o aconchego da casinha dela e a voz do meu reclamão primo Embry...

Por quê?? Por que meu carro tinha que quebrar!? O QUE EU FIZ PRA ZEUS ZOMBAR DE MIM ASSIM?

Eu suspirei derrotada, soznha na beira da estrada. Tudo o que eu podia fazer era esperar alguém passar de carro e me ajudar.

Porém, enquanto estava ali sozinha eu havia conseguido pensar em uma lista de coisas que só pioravam o meu estado de quase desespeiro:

Fatos que pioram a situação:

1° Fato: Estou em La Push, lugar isolado que é quase impossível passar muitos carros em um curto período de tempo;

2° Fato: Essa é a cidade que mais chove em todo o país;

3° Fato: O meu carro não fecha os vidros;

4° Fato: Eu estou de chapinha

5° Fato: Eu acho que ouvi um barulho na floresta logo ao lado da estrada;

6° Fato: Ninguém sabe que estou indo até a casa da Meena;

7° Fato: Já esta escurecendo;

8° Fato: Eu sou muito medrosa pra andar pela estrada, sozinha, a noite, ao lado de uma floresta sinistra, no meio da chuva para achar alguém para me ajudar;

9° Fato: Eu sei que existem Ursos e Lobos por aqui;

10° Fato: MEU CELULAR ESTÁ SEM AREA!;

AGORA ME DIGA SE ISSO NÃO É DIGNO DE UM FILME DE TERROR! Há como alguém não ficar a cada segundo sem qualquer esperança ou morrendo de medo??

Ok, talvez eu pudesse exagerar um pouco, mas que a situação estava ficando sinistra e perigosa, isso estava!

Já havia um bom tempo que eu esperava ali e não havia passado um único carro. Claro, estamos em uma reserva, não é como se esperasse carros a todo momento, mas é possível ser tão desabitada assim?

Desistindo eu abri a porta do carro e sai.

Andei até o meio da rua molhada e sentei ali. A chuva caia ao meu redor e eu rezei para que alguém passasse por aqui antes que eu morresse de fome ou de frio.

Sozinha, meio da chuva, perto de uma floresta, sem qualquer meio de comunicação... Eu não conseguia fazer mais nada além de comparar aquela situação com a porcaria de um filme de terror qualquer! Principalmente aqueles com serra elétrica e uns assassinos mascarados.

E eu, a medrosa que sou, não conseguia ficar dentro do carro, com medo de olhar no retrovisor e encontrar um palhaço ensanguentado olhando para mim, então simplesmente sai de lá e comecei a tomar chuva.

No inicio eu só ouvi o barulho de um motor, depois apareceram um brilho no fim da estrada. Nem precisei pensar no que fazer. Levantei que nem uma doida, pulando e balançando os braços em cima da cabeça fervorosamente.

— Ei! Ei! — Berrei pouco me lixando se ele iria me atropelar ou não. Eu ia fazer aquele carro parar nem que eu fosse a ultima coisa que faria na minha vida.

— Pare, pare!! — eu gritei quando o vento golpeou meu rosto e os faróis já estavam bem perto. Fechei os olhos tentando fazer a luz não entrar nos meus olhos.

Ouvi o carro ser desligado e farol apagou. Um garoto de mais ou menos 17 ou 18 anos saiu apressado de dentro do carro.

— Meu deus! — Ele falou e chegou perto de mim — O que aconteceu?

Eu dei dois passos para trás até que consegui o enxergar direito. Pele clara, diferente dos Quileutes e uma jaqueta de couro.

Sinceramente, ele não era exatamente de se jogar fora. Seu rosto másculo com certeza causava alvoroço entre as mulheres.

E agora que a camisa cinza por baixo da jaqueta estava ficando molhada pela chuva , grudando pelo seu corpo, seu musculos me deixaram sem fala por alguns segundos.

— Meu carro quebrou... — eu falei hesitante, ainda observando o rapaz — Eu to parada aqui faz uma hora, eu acho.

Ele me olhou, franzindo a testa.

— Você está na chuva faz uma hora? — ele perguntou — Por que não ficou dentro do carro?

Eu olhei pra ele com meu melhor olhar de “TO COM MUITO MEDO!”.

— Bem... Digamos que quando eu era pequena eu gostava de filmes de terror... — eu falei meio baixo, não realmente querendo admitir isso. Esperava que ele tivesse no mínimo um pouco de percepção e entedesse o que uma garota sozinha na estrada poderia sentir.

— Entendi, mas eu acho que não foi a melhor opção ficar na chuva. Olha como você está tremendo!

Só agora eu percebera que eu estava tremendo muito e também só agora notava que o frio parecia chegar aos meus ossos e deixavam os meus músculos doloridos.

— Tome, coloque isso antes que você fique doente. — ele falou, passando uma jaqueta de couro por cima de meus ombros — Vamos sair dessa chuva...

Ele me levou para o lado do passageiro do carro dele, me colocando com cuidado. Eu afundei no estofado de couro, vendo as gotas cair de mim e mancharem o estofado.

O garoto entrou no carro, fechando a porta rapidamente e batendo a água do cabelo.

— Você está pálida — ele me olhou enrugando a testa — Acho melhor leva-la para o hospital.

— Eu estou bem! Eu só preciso de um banho quente — falei, tentando sorrir. Quando ele assentiu eu continuei — E meu carro? Não posso deixa-lo aí sozinho, mesmo estando todo molhado por dentro e tecnicamente morto.

— Tem razão. — Ele me encarou por um segundo, pensativo.

Ele puxou o celular que estava em cima do painel e discou um numero rapidamente.

— Hey, Herman? — ele falou rapidamente — Você e o Joseph podem vir aqui para La Push?... Sim! Aquela estrada de baixo... Isso! Essa mesma... Só ir vindo, estou parado no meio dela. Isso, uns 5 km. Ok, espero vocês aqui. Tchau.

Ele desligou o telefone e me olhou por um momento.

— Eles estão vindo o mais rápido possível. Joseph e James trabalham para mim a pouco tempo mas tenho certeza que podem dar um jeito no seu carro.

Eu dei um sorriso educado, porém toda aquela situação começou a me deixar incomodada. Eu havia implorado por alguém me achar, mas agora que tinham eu percebia como a coisa estava ficando realmente perigosa.

Eu devia estar transparecendo algo, pois ele se apressou para dizer:

— Como eu sou mal educado! Nem falei meu nome ou coisa assim! Já cheguei colocando você dentro do meu carro... Você deve estar assustada.

Eu devia supostamente concordar ou algo assim?? Era claro que eu estava assustada!!

— Sou Jonathan Flint. Ao seu dispor — ele falou pegando uma de minhas mãos e depositando um beijo ali.

Oh. Ele era aquele tipo de cara?

— S-Sou a... A... — Quem eu sou mesmo? — Han, nossa... Sei que vai parecer estranho, mas acho que esqueci meu nome.

Ou minha cara foi engraçada, ou ele apenas riu por educação enquanto soltava minha mão.

— Esqueceu seu nome?

— Bem, talvez se eu parar de olhar pra você eu lembre.

Suas sobrancelhas se ergueiro instaneamente e eu sorri internamente enquanto me virava de costas em direção à janela.

— Ah, viu, lembrei. É Pamela. Pamela Call.

— Call? — Sua voz surpresa me fez olhar de volta para ele — Você é parente do Embry Call?

— Infelizmente sim. Você o conhece?

Ele soltou uma curta risada

— Muito pouco, mas sei onde ele mora. — ele falou sorrindo — Quer que eu te leve pra lá?

— Eu ficaria eternamente grata.

Ele me olhou por um momento, fazendo os olhos ficaram em fendas e soltou uma risada curta, desviando os olhos.

— O que foi?

— Hã, nada realmente. Eu... Bem, essa frase é dita em Toy Story. Eu por um momento comparei o que disse à esse filme pensando que talvez você tivesse tirado de lá. Mas é meio idiota isso...

Ele balançou a mão, parecendo constrangido pro ter chegado naquele rumo a conversa.

— Na verdade, foi isso mesmo. — Eu disse, tentando aliviar para o lado dele.

Imediatamente ele me olhou surpreso e eu ri quando ele ficou sem palavras. Fizemos o carro tremer quando os dois rimos.

— Então... — eu comecei, olhando pela janela — Mora por aqui?

— Na verdade não. Moro em Forks — ele respondeu casualmente — Comprei uma casa lá faz pouco tempo.

— Ah. — foi à melhor resposta que consegui.

Sem dúvidas, eu estava nervosa. Mas agora, não por medo, mas por eu estava na presença do maior Gato que já vira na vida. E nós estávamos sozinhos em um carro, na chuva.

— Você... hã... Vai ficar muito tempo na casa do Embry? — ele perguntou parecendo um pouco preocupado.

— Na verdade eu pensava só em dar uma passada para comer uma torta na casa da minha tia, mas depois que meu carro quebrou... Acho que vou demorar um pouco por aqui.

Vi um brilho novo nos seus olhos surgirem e seus lábios formaram um sorriso que deixaria qualquer garota tontinha, a ponto de pular em cima dele e lascar um beijo.

Claro, eu não era qualquer garota, mas como eu poderia negar um beijo de um cara como aquele? Mesmo eu nunca tendo visto aquele cara na minha vida e estarmos em uma tempestada e eu sozinha com ele, algo nele me passava confiança. Os olhos negros dele não desviaram quando eu olhei neles profundamente.

Aquele homem me puxava para ele sem mesmo perceber e não havia motivo suficiente para eu não querer ficar mais perto.

Seu olhar desceu para meus lábios e eu o imitei, encarando seus lábios e me aproximando mais dele tão lentamente como se fosse em câmera lenta, como em qualquer filme de romance.

A chuva caia do lado de fora do carro, açoitando-o com o vento. Ao lado da estrada, as arvores se mexiam fervorosamente, parecendo que dançavam uma dança única, no ritmo do vento.

Apesar de saber que manchava o estofado de couro branco do carro novo dele, eu realmente não me importava com aquilo. Nem com os tremores de frio que faziam meu corpo tremer.

Nos aproximando lentamente um do outro, quase que inconsciente do que faziamos, as coisas esquentavam dentro do carro. Os meus olhos fecharam tentamente e eu podia já sentir a respirando ele em meu rosto.

Eu quase podia sentir que os seus lábios já estavam para tocar os meus, o som de buzina fez eu pular no banco e faróis muito fortes clarearam o carro de Jonathan, interrompendo o que poderia ter sido o MELHOR beijo da minha vida.

— Cahan, eles chegaram — Jonathan falou com dificuldade, respirando forte.

Só agora percebera que minha respiração também não estava normal e que meu coração parecia que a qualquer minuto arrebentaria a caixa torácica e sairia pelo meu peito, pulando por aí.

— É, sim. Chegaram — Quase foi possível ouvir algum ressentimento ali.

Jonathan saiu do carro para falar com um dos homens que acabara de chegar enquanto eu ficava no carro, esperando. Depois que ele voltou, explicou que me levaria até a casa de Embry e que eles levariam o meu carro também para lá, assim que conseguirem um guincho.

O caminho até a casa da minha tia foi um pouco menos animado que a nossa conversa anterior (digo a ultima parte). Não ficamos tão perto quando eu queria, mas foi até que bem divertido.

Na ultima parte da viagem, ele ficou um pouco em silencio, parecendo bem concentrado onde estava indo, pois estava uma chuva tão forte que quase nem se enxergava direito.

Assim que o carro parou meu coração acelerou. Nós não nos veríamos mais. Definitivamente o fim.

— Bom, chegamos. — ele falou um sorriso educado no rosto.

— É — Concordei, tentando não mostrar qualquer tristeza por aquele fato — Acho melhor eu entrar e tomar um banho antes que fique mesmo com um resfriado.

Eu passei a mão nos meus cabelos agora um pouco mais secos e olhei uma ultima vez para Jonathan antes de abrir a porta.

— Não. Espera. — ele falou rapidamente.

Assim que virei à cabeça pra ver o que ele queria, senti sua mão segurar minha nuca e nossos lábios se encontraram.

Não era um beijo avassalador e profundo que eu havia esperado, só um selinho que significava mais coisa que um dia poderia imaginado. Um beijo doce que fez os pelos de todo meu corpo de arrepiarem.

Assim que ele se separou devagar de mim, pegou minha mão e colocou um pedacinho de papel, fechando minha mão em torno do papelzinho e dando um leve beijo.

— Me ligue qualquer coisa — Sua voz foi tão grave que eu quase não reconheci. Eu estremeci.

Eu não tinha voz depois disso. Limitei-me a assentir e sai do carro, correndo pela lama e sujando mais ainda minha roupas, até chegar na porta da casa.

Olhei uma ultima vez pro carro que agora saia lentamente pela estrada por aonde viera e suspirei.

Aquele garoto... Me deixara louca!

— Tia Meena? — Chamei alto, já abrindo a porta da frente entrando — Embry Perdedor? Alguém em casa?

Entrei na casa dando de cara com minha tia no sofá e percebendo, no mesmo segundo, que a jaqueta de Jonathan tinha ficado comigo.


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo terá uma foto de Pamela para todos verem como ela é!



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