Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, é o Gabriel que está postando esse capítulo.

Boa leitura!



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Marcelina narrando

Eu estava completamente chocada, eu já sabia que depois que o Mário e eu voltamos, ele e Paulo ficaram muito amigos, mas jamais pude imaginar que meu irmão fosse brigar tão intensamente desse jeito com o Abelardo como fez naquela hora. Acho que se daquela vez que Abelardo tentou me beijar ele havia conseguido resistir à vontade de socá-lo, dessa vez ele não aguentou, a surra não foi causada só por causa da raiva que ele sentiu pelas provocações do Abelardo, mas sim por aquele dia em que ele se conteve.

Enquanto os quatro eram levados para a diretoria, fiquei imóvel, sem conseguir me mexer, até que veio a professora Helena me conduzindo pelos braços por trás de mim:

–Você terá que vir também, servirá de testemunha para eles.- ela disse, eu fiz um esforço maior que o normal para que minhas pernas se mexessem e começassem a caminhar junto com os outros até a diretoria. Enquanto caminhava, peguei meu celular e mesmo trêmula, consegui discar o número da Maria Joaquina.

–Oi amiga.- ela tinha um certo entusiasmo na voz.

–O-oi.- tentei parecer normal, mas como era a primeira vez que eu passava por uma situação dessas, não consegui evitar que a voz saísse meio abafada.

–O que houve?- ela me perguntou.

–O...o Paulo, ele... ele e o Daniel, eles brigaram com o Jorge e o Abelardo de forma tão... brutal. Estão até sangrando, só que eu os vi brigando e agora estou indo para a diretoria com eles, vem pra cá amiga, por favor.

–Claro, eu já estou indo, beijos.

Mais aliviada, consegui entrar na sala, minhas mãos tremiam tanto que a professora Helena me ofereceu um copo com água, eu tive que aceitar, senão não ficaria calma tão cedo.

Eu estava tão assustada que meu coração batia forte no meu peito, as batidas martelavam em meus ouvidos, fazendo com que eu não escutasse o que eles estavam falando, mas só voltei à mim mesma quando a diretora se virou pra mim:

–Marcelina, é verdade o que o Paulo disse?- perguntou ela, calmamente.

–O que ele disse?- perguntei, atrapalhada e com raiva de mim mesma por não estar prestando atenção em um momento tão importante como aquele.

–Que o Jorge e o Abelardo começaram as provocações e eles acabaram aceitando, é verdade?- ela repetiu, dessa vez mais alto, estava com a paciência no limite.

–Sim, é verdade que o Jorge e o Abelardo começaram as provocações.- eu confirmei e Abelardo me olhou como se dissesse "mentirosa", mas fui forte e me segurei pra não demonstrar o quão assustada eu estava com aquele olhar. Depois disso, a diretora se deu por satisfeita e me liberou da sala, pois ainda precisava decidir a punição que ia dar para os quatro.

Assim que saio da sala, vejo Maria Joaquina andando em passos apressados pelo corredor indo em minha direção, não resisto e vou até ela.

–Ai amiga, que bom que você veio!- eu digo a abraçando forte, apertando um pouco meus dedos finos em seus braços e ela retribuiu o abraço.

–Calma, fica calma e me conta o que aconteceu. Senta aqui.- ela disse se soltando do abraço e me ajudando a sentar em um banco de porcelana que tinha ali. Sentamos e eu contei toda a história pra ela, ela pareceu ficar tão chocada quanto eu, mas como eu vi tudo na minha frente, era comum que eu estivesse tão assustada a ponto de chorar daquela forma. Após contar tudo, abracei-a novamente e ela ficou por um bom tempo tentando me acalmar.

–Calma, vai ficar tudo bem, não vai acontecer nada com os meninos, calma.- ela dizia enquanto acariciava meus cabelos e me abraçava forte, fiquei impressionada em como ela conseguia ficar tão calma sabendo que o namorado dela estava na diretoria correndo um sério risco de levar uma suspensão, pensei até em perguntar como ela conseguia ficar assim, mas no estado em que eu estava, era impossível falar qualquer coisa.

Maria Joaquina narrando

Eu fiquei bastante chocada quando Marcelina me contou sobre a briga dos meninos, eu já não imaginava que o Paulo fosse ser capaz de brigar tão intensamente assim com o Abelardo depois daquele dia no apartamento dele, apesar de achar aquilo uma coisa normal pela amizade que ele tem com o Mário, mas agora o Daniel brigar com o Jorge, realmente é algo inesperado, ele sempre dizia ser pacifista, como ele foi lutar agora? Será que ele mentiu pra mim quando disse que era pacifista? Porque se for isso mesmo, tem que ter algum motivo, eu não vou medir esforços para descobrir se é verdade ou não, mas eu sei que o Daniel mentiu por algum motivo, ele não ia mentir pra mim na cara lavada sem um motivo específico.

Depois de um hora naquele banco, Marcelina conseguiu se acalmar um pouco, mas ainda estava soluçando muito, pelo menos dessa vez eu sei que ela estava chorando assim por causa do Mário, quem sabe ele não possa acalmá-la? Perdida em pensamentos, acabei vendo os quatro saírem da diretoria, Jorge e Abelardo seguiram em direção à saída, mas Paulo e Daniel vieram até nós:

–Desculpa maninha, eu não queria te fazer ficar nesse estado.- disse Paulo a abraçando.

–Amor, o que está fazendo aqui?- perguntou-me Daniel.

–A Marcelina me ligou enquanto vocês estavam lá dentro, acho melhor a gente levá-la pra casa logo.- eu disse normalmente, Marcelina conseguiu se acalmar e levantou. Quando chegamos no portão da escola, vimos que o céu estava escuro, aconselhei Paulo a deixar Marcelina na minha casa e ele assentiu, realmente era disso que ela precisava: um ombro amigo. Como um bom amigo também, Daniel foi pra casa e agradeceu Paulo por todo o apoio que ele teve no treino.

–Tchau amor.- disse Daniel me dando um beijo e eu retribui.

Logo depois, Paulo abraçou Marcelina e nós seguimos nossos caminhos, chegando em meu quarto, deixei Marcelina dormir um pouco e fiquei pensando em como as coisas mudaram em tão pouco tempo, até o dia anterior tudo estava bem na escola e de repente, no dia seguinte, parece que o furacão da guerra passou por nós fazendo toda essa confusão. Mas isso era só uma fase passageira, amanhã tudo voltaria ao normal.


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Notas finais do capítulo

É isso por hoje gente, até o próximo.



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