Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, é o Gabriel que está postando esse capítulo novinho em folha...

Boa leitura!



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Marcelina narrando

Quando o sinal do recreio tocou, imediatamente saí da sala sem correr e fui direto ao encontro do Paulo, ao me ver, ele sorriu e acenou, devolvi-lhe o aceno pois ainda estava longe, esperei Maria Joaquina chegar perto e ele veio se aproximando de mim.

Chegamos no pátio, a fila da cantina estava não muito grande, o que era raro, pois muitas vezes eu tenho que sair da sala na hora do recreio porque a fila é quilométrica e eu fico sem lanchar, sorte que minha mãe sempre me faz um lanche pra eu comer caso a fila fique grande. Sentei-me em uma das mesas do pátio e Paulo e Maria Joaquina fizeram o mesmo, começamos a conversar com Paulo sobre como era o colégio interno que ele estava, quando ele estava na metade da história, Alícia e Carmen apareceram:

–Oi meninas, será que podemos sentar com vocês? As outras mesas estão cheias.- disse Carmen.

–Claro, mas peguem cadeiras. - disse Maria Joaquina e as meninas foram. Quando elas se distanciaram percebi que Paulo não parava de olhar para as duas.

Quando as duas voltaram com as cadeiras e se sentaram, já foram logo perguntando ao Paulo sobre ele, deixando a gente de lado. Então entendi tudo: elas não queriam se sentar com a gente porque não tinham cadeiras, mas sim pra ficarem com o Paulo. Não acredito nisso, primeiro o Mário e agora mais duas amigas minhas me fazem uma coisa dessas? Como elas ousam me tapear dessa forma?

–Você está bem, Paulo?- perguntou Alícia.

–Estou ótimo. Por quê?

–Sei lá, você parece meio tenso.

–Não Alícia, ele está é meio frio, parece que não gosta da gente.- disse Carmen.

–Ah, desculpa. É que eu não conheço vocês direito e isso me deixa meio inseguro sabe? Mas isso passa, vocês vão ver.- nessa hora, me contive para não sorrir, Paulo estava tentando rejeitar as duas mas não conseguia.

–Desculpe, por um segundo acabei julgando você mal.- disse Alícia colocando a mão no ombro dele e te juro que pude ver os olhos dele brilharem.

–É... desculpe interromper, mas eu vou ali no banheiro rapidinho e já volto.- eu disse, tentando sair daquela situação desconfortável.

–Eu vou com você.- disse Maria Joaquina, percebendo meu desconforto.

Minha sorte é que o banheiro ficava de fora do ponto de vista delas, por isso, quando cheguei no corredor do banheiro pude parar na porta e encostei na parede, estava magoada com o que aconteceu.

–Calma Marcelina, eu sei o que você está pensando, eu também não gostei nada do que elas fizeram, mas pense bem: pelo menos o Paulo não deu tanta bola assim pra elas.- disse Maria Joaquina, tentando me consolar.

–Eu sei amiga, é nessas horas que eu agradeço à Deus por ter você comigo.- eu disse a abraçando.

Ficamos ali por um tempo até que a porta do banheiro masculino se abriu, eu não vi quem era, mas acabei reconhecendo a voz:

–Meninas, o que houve?- era a voz de Abelardo.

–Você tá chorando Marcelina?- agora era Jorge que falava.

Maria Joaquina contou tudo o que aconteceu e os meninos ficaram tristes com a história, Abelardo me disse umas palavras animadoras e consoláveis e me fez um convite:

–Por quê vocês não vão assistir ao nosso próximo treino? Esse é o último antes do jogo.

–Eu adoraria, mas não quero encarar ele.– enfatizei o "ele" com os olhos.

–Não se preocupe, é só focar seus olhos em mim, vem cá.- ele diz, me puxando pela mão e eu sou obrigada a ceder. É quando percebo que ele está com roupa de futebol, a camisa e o colete, então eles estavam se arrumando para o treino. Depois de uns minutos ele me deixa na arquibancada e vai para a quadra jogar, o mesmo faz Jorge com Maria Joaquina, nós começamos a assistir o treino juntas e até chegamos a torcer animadas por um tempo quando vi que na beira da quadra haviam quatro líderes de torcida pulando enlouquecidas chamando por eles.

Elas gritavam o nome do Mário e do Daniel, talvez porque eles sejam os favoritos do jogo, quem me dera, eles jogavam tão bem, todo treino marcavam três gols no máximo. Depois da rápida olhada, foquei meus olhos em Abelardo, ele jogava bem também, mas a sorte nunca parecia estar com ele porque sempre que ele chegava perto do gol, alguém pegava. Mas mesmo assim eu continuei torcendo.

Maria Joaquina narrando

Eu não sei mais o que eu penso, a Carmen e a Alícia enganaram a mim e à Marcelina também, elas nos enganaram por causa de um garoto. Coitadas, tomara que o Paulo seja igual ao Daniel e o Mário e faça as duas sofrerem e entrarem em depressão como eu entrei. Espera aí! Mas o que eu estou pensando? De onde eu tirei esse pensamento ridículo? Querendo que minhas amigas sofram por amor? Claro que não, mas na hora da raiva, é comum não pensar direito ou falar coisas sem pensar.

Ainda mais porque eu pude ver a Marcelina ficar muito triste e séria, sendo que ela estava muito feliz e em menos de meio segundo ficou triste, só faltava os olhos dela lacrimejarem, isso eu não suportaria ver, se ela começar a chorar, vou fazer um escândalo ali mesmo.

–É... desculpe interromper, mas eu vou ali no banheiro rapidinho e já volto.- disse Marcelina, gostei dessa maneira disfarçada de sair da mesa.

–Eu vou com você.- digo, me levantando também.

Quando chegamos em frente à porta do banheiro, percebo que ela está prestes a desabar pois encostou as costas e a cabeça na parede, não tenho como me controlar e acabo abraçando-a, era uma sintonia que temos desde que nos conhecemos, quando uma se sentia triste, a outra a abraçava automaticamente.

–Não fica assim, pelo menos o Paulo não demostrou tanto interesse nelas assim de cara. Fique tranquila que vai passar.- eu digo afagando seus cabelos.

–Eu sei. É nessas horas que eu agradeço à Deus por ter você aqui comigo sempre.- ela diz me abraçando mais forte.

Eu sorri. É a primeira vez que ela me falava aquilo, mas não faz mal, pelo menos ela disse, aquilo era bom de se ouvir. Até que no minuto seguinte, ouvi a porta do banheiro se abrir, é Abelardo e Jorge.

–O que houve meninas?- pergunta Abelardo.

–Marcelina, você tá chorando?- pergunta Jorge.

Expliquei pra eles toda a história e eles pareceram chocados quando eu acabei de contar, pois eles fizeram uma cara de desaprovação.

–Meninas, o que vocês acham de assistir ao treino? Esse será o último antes do jogo decisivo.- disse Abelardo.

–Eu até gostaria, mas não quero ter que olhar pra cara de você sabe quem.- digo irônica.

–Não tem problema, basta focar seus lindos olhos castanhos em mim e você nem verá que ele está lá.- ele diz com um sorriso torto tão lindo que eu acabei não resistindo e aceitei a mão dele quando ele me ofereceu e me levou até a quadra. Ele me deixou na arquibancada com Marcelina e foi para a quadra. Minutos depois, o treino começou, ele jogava bem, mas parecia que não tinha sorte, pois sempre que ele chegava perto da bola, alguém tirava dele, mas eu sei que a hora dele vai chegar.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, o próximo é com o Matheus, até lá.



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