Take Me Away escrita por Dani Ferraz


Capítulo 2
Peter


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, aproveitando a empolgação desse comecinho de fic haha Vou tentar aproveitar esse final das férias pra adiantar o máximo que eu puder, já que depois o bicho pega :p Espero que gostem!



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A garota levou um momento para perceber que o pirata falava sério. Ele havia aceitado o trato, e ela realmente iria para a terra sem magia.

– Sou o Capitão Jones, e você vai me obedecer e respeitar. - Ele examinava o colar recém-adquirido com um pequeno sorriso, parecia bem valioso.

– Não vou nem perguntar como conseguiu isso - continuou ele - Mas quero saber seu nome.

– Emily.. Emily Crawford.

– Muito bem então, hora de partir, srta. Crawford.

Emily sentiu seu coração acelerar mais ainda. Virou-se para trás e pegou a pequena maleta que estava apoiada em uma das ripas de madeira do porto.

– Isso é tudo? - perguntou o capitão estranhando o tamanho da bagagem.
Ela fez que sim, e o seguiu pela rampa, pisando pela primeira vez no Jolly Roger.

O navio estava preparado e os marujos esperavam as ordens do capitão para zarpar. Ainda havia um longo caminho pela frente, e os homens estavam ansiosos para chegar ao portal.

Todos ficaram extremamente surpresos ao notarem a garota que chegava logo atrás do capitão. Pareciam ter criado raízes no chão, simplesmente parados encarando-a e percebendo o quanto ela era bonita, além de se perguntarem o que Killian tinha na cabeça ao trazer uma mulher para o navio.

Killian aproveitou o silêncio para anunciar a garota, que ficou vermelha ao notar que todos a encaravam, e mantinha seu olhar no chão.

– Mates, temos uma novidade no navio, como podem perceber! Essa é a srta. Emily Crawford e irá conosco até a terra sem magia.. - Seu tom de voz voltara a ser irônico, ele mesmo tentando aceitar o fato de deixá-la em seu navio. Convencia-se de que valeria a pena pelo colar.

– Crawford, esses são os marujos, vocês vão acabar se conhecendo.

Agora não eram apenas Jean e Clayton, mas a maioria dos homens ali que a encaravam com aquele olhar sacana. Ela passou os olhos rapidamente pelos marujos, e sentiu um calafrio ao constatar isso.

O sr. Smee parecia atordoado, nunca imaginaria que a garota iria convencer logo o Capitão Jones, que amava as regras que impunha em seu navio.

– Mas.. mas capitão.. Ela é uma mulher! - O sr. Smee ficou ainda mais envergonhado quando ouviu a risada do Capitão.

– Muito bem notado Smee! - Disse o Capitão parando de rir Foi essa sua perspicácia que o tornou meu Imediato.

Os outros marujos riram, mas ainda estranhavam a atitude de Killian.

– Sei que estão pensando na regra sobre não haver tripulantes mulheres.. Bem, ela será uma exceção. A srta. Crawford pode ser bem convincente.

Emily ainda evitada o olhar dos marujos, mas deu uma olhada discreta no Capitão ao ouvir a última frase, e notou que ele apertou a mão em volta do pingente antes de guardá-lo discretamente em um bolso, e sorria satisfeito.

– Hora de zarpar marujos, já ficamos aqui por tempo demais! Içar a âncora, preparem as velas, não temos tempo a perder! - Killian gritava ordens e os encarregados iam se preparar. Emily continuou parada onde estava, num canto do convés, segurando sua maleta.

– Capitão No meio da gritaria sua voz parecia um sussurro. Ela respirou fundo e falou mais alto. - Capitão!

Ele ainda não a ouvira, e começava a subir a escada que levava ao timão. Ela deu alguns passos rápidos e parou ao pé da escada.

– Capitão!!

Killian finalmente a ouviu e virou-se para ela, uns cinco degraus acima.

– O que foi?

– É que.. eu gostaria de saber onde posso deixar minhas coisas. E o que eu devo fazer.

Ele pareceu parar para pensar, mas na verdade ainda estava admirando sua beleza. Os marujos também estavam claramente interessados, e alguns estavam parados ali perto tentando ouvir a conversa discretamente.

– O dormitório é lá embaixo, depois do refeitório. Tenho certeza que o sr. Smee vai ajudá-la a achar uma rede e pendurá-la junto das outras. Depois voltem aqui e eu decidirei em que você pode ser útil.

– Junto.. das outras? - Seus olhos se arregalaram, e sua voz saiu mais aguda. - Quer dizer, no meio dos homens?

Os marujos que ouviram ficaram surpresos, e alguns chegaram a sorrir com a ideia.

– O que esperava? Uma suíte banhada à ouro? - Killian se apoiou no corrimão da escada e cruzou os braços, achando graça da cena. A garota abriu a boca para responder, mas não conseguiu dizer nada. - Sr. Smee! Leve a srta. Crawford para seus aposentos reais.

Smee, que estava ajeitando os mapas e a bússola do Capitão ao lado do timão, desceu as escadas apressadamente, ficando vermelho. Era um homem gordinho, que já passava de seus cinquenta anos.

– Sim, Capitão!
Evitou olhar para Emily, e foi andando pelo convés, sendo seguido por ela. Emily ainda estava contrariada, mas não queria discutir com o Capitão antes mesmo de zarparem, ele poderia desfazer o trato e deixá-la para trás.

Do outro lado do convés, Smee abriu uma porta e começou a descer as escadas, e ela o seguiu. Estavam no início do outono, mas a temperatura ali embaixo não era tão agradável, e o local tinha um leve cheiro de mofo.

– Aqui é a cozinha, o cômodo mais quente do navio. - Disse Smee, como se soubesse o que ela estava pensando. Ele a atravessou rapidamente, indo em direção ao refeitório, mas Emily deu uma olhada no lugar. A cozinha não era muito grande, possuía um fogão à lenha e uma grande tina com uma jarra ao lado, para lavar os alimentos. Em cima da bancada haviam vários potes com temperos, e um homem pegava algumas batatas de um saco grande e as colocava ao lado dos potes.

O homem largou sua tarefa por um momento, e se aproximou dos dois enquanto Smee já seguia pelo refeitório.

– Onde está levando a garota, Smee? - Sua voz era grossa e rouca. Emily notou que o homem era alto e musculoso, apesar de já passar dos seus quarenta anos. Tinha cabelos castanhos com alguns fios já grisalhos.

– Para o dormitório. Ordens do Capitão. - Smee parou onde estava, ao lado da grande mesa de madeira. Parecia impaciente para que a garota o seguisse logo, mas ela estava alguns passos atrás, ainda perto da porta da cozinha.

– Está brincando, certo? - O homem cruzou os braços e encarou Smee com uma sobrancelha erguida. - Não podem deixar essa garota no meio desses trogloditas. Mal conhecemos esses recém-chegados, não vou com a cara deles.

Estava na cara que Smee concordava, mas não se atreveria a contestar o Capitão.

– Como eu disse, ordens do Capitão. Se quiser ir lá em cima discutir com ele, fique à vontade.
Smee fez sinal para que Emily o seguisse, mas antes que ela pudesse sair do lugar teve que se segurar no batente da porta. O navio estava finalmente zarpando, e balançou bastante até sair do porto. Ela fechou os olhos e respirou fundo algumas vezes, tentando controlar o enjoo.

– Você está bem? - Ainda de olhos fechados ela notou que o homem havia se aproximado dela.
Ela fez que sim com a cabeça, ainda respirando fundo. O navio começou a se movimentar em linha reta, e o balanço diminuiu bastante. Ela agradeceu mentalmente por isso e abriu os olhos. O homem ainda a olhava, e ela notou que esse era o primeiro olhar amigável que ela recebia desde que pisara no porto. Notou também que seus olhos eram de um tom de verde escuro muito bonito.

– Vou me acostumar Ela disse com um pequeno sorriso. - Obrigada.

– Logo não vai nem notar o balanço do navio Ele também sorriu Meu nome é Peter, sou o cozinheiro.

– Muito prazer.. Meu nome é Emily.

Smee pigarreou, claramente incomodado pela demora da garota. Queria cumprir sua tarefa antes que o Capitão ficasse irritado.

– Não temos o dia todo..

– Vou falar com o Killian antes, isso é loucura.
Pelo tom de voz de Peter, Emily entendeu que ele se referia ao Capitão. Então esse era o nome do famoso Capitão Hook..

– Não precisa fazer isso, vai acabar arranjando confusão com o Capitão.. É melhor eu obedecê-lo - Disse Emily. Ela estava encantada pelo fato do homem querer intervir por ela. Eles nem se conheciam.

– Não se preocupe com isso, é preciso muito mais para causar confusão entre mim e aquele cabeça dura. - Respondeu Peter sorrindo. - Com licença.

Peter pegou a maleta de Emily antes que ela pudesse negar de novo. Ele deu alguns passos até a escada, e abriu espaço, acenando com a mão livre.
– Primeiro as damas.

Emily sentiu o calor em suas bochechas, e sabia que estava corando. Deu uma última olhada na direção do sr. Smee e seguiu escada acima. Assim que chegaram ao andar de cima, Peter tomou a dianteira e foi caminhando em direção ao timão, enquanto Emily atravessava o convés logo atrás dele. Novamente evitava olhar para os marujos. Tinha vontade de colocar seu capuz de volta, mas não queria parecer covarde ou medrosa.
Killian fez cara feia antes mesmo dos dois subirem a escada que dava pra seu timão. Já imaginava que Peter fosse reclamar com ele quando descobrisse que a garota ficaria junto aos outros homens, já que amava intervir pelos fracos e oprimidos. E nesses quase dez anos em que os dois se conheciam, Peter quase sempre conseguia o que queria. Ele era muito bom em seus argumentos, e sempre alegava que não pedia nada que não fosse justo e sensato. Era ainda mais irritante do que James.

– Ah, nem precisa falar. - Disse Killian antes que Peter pudesse começar seu discurso. - É um absurdo fazer a srta. Crawford dividir o dormitório com todos esses homens velhos e cabeludos, ela é uma lady e deve ser tratada com todo o respeito e conforto do mundo.. - Sua voz era carregada de sarcasmo e ele gesticulava com o gancho, para dar um toque de drama. - Mas isso é um navio pirata, meu caro Peter. O meu navio pirata. E ela praticamente implorou para vir. Só o fato de eu ter concordado já foi um ato de extrema generosidade.
Emily sentiu suas esperanças se esvaindo com esse discurso, mas Peter parecia tranquilo, e sorria de lado.

– Muito bem Killian. Que bom que você tem perfeita noção de seus absurdos. Bom, até a parte da extrema generosidade.. - Peter riu Pois bem, a srta. Crawford aqui não vai ficar no dormitório.

– E onde espera que ela fique? - Retrucou Killian Vai construir um puxadinho de luxo no porão?
O Capitão encarava Peter com uma sobrancelha erguida, seus olhos muito azuis mostravam que ele não estava irritado, parecia um jogo entre irmãos.

– Ela vai ficar na sua cabine.

– O que?? - Disseram Emily e Killian ao mesmo tempo. Ela não tinha parado para pensar onde dormiria se não fosse no dormitório, mas jamais imaginaria que essa era a sugestão de Peter.

– Eu te conheço bem o bastante para saber que você não é cavalheiro a ponto de ceder sua cama, mas você tem a rede que usa para cochilar. E sei também que não vai encostar um dedo sequer na srta. Crawford. - Peter sorriu vitorioso.
Emily não sabia o que pensar disso, mas se surpreendeu quando o Capitão concordou.

– Ah, tudo bem, tudo bem! Ela pode dormir na minha rede Disse ele a contragosto Mas só porque não quero aguentar você resmungando se acontecer alguma coisa com ela lá embaixo.
Ela sentiu um arrepio ao ouvir isso, mas estava muito grata por ter se livrado do dormitório.

– Pode levá-la até a cabine, ainda não decidi em que ela vai trabalhar. - Killian tirou uma chave do bolso e a entregou à Peter.

– Ela vai trabalhar comigo, na cozinha.

– Não abuse da minha boa vontade, Peter. - Ele parecia contrariado, e encarou o mar por alguns segundos. - Tudo bem, mas ela vai ajudar em outras tarefas quando eu mandar. E não mexa em nada na minha cabine. - Disse encarando Emily ameaçadoramente.

Emily lhe lançou um olhar frio em resposta, mas manteve a educação na hora de responder:
– O senhor é muito gentil, Capitão. Obrigada.
Peter apenas sorriu e piscou para o amigo. Ele sempre conseguia o que queria.

Os dois desceram as escadas novamente, deixando o Capitão sozinho em seu posto. Peter destrancou a porta com a chave que Killian o entregara, e eles entraram na cabine.
Era menor do que Emily esperava, mas era aconchegante e a decoração era interessante, com alguns mapas presos na parede. E é claro, não teria que dividir com outros vinte homens.
Havia uma cama de casal desarrumada, que ocupava a maior parte do cômodo. Também uma escrivaninha com um banco ao lado da porta, alguns baús de madeira encostados na parede e uma porta fechada no fundo. A tal rede onde ela iria dormir ficava no canto ao lado, perto do pé da cama. A luz do sol entrava por uma janela comprida que ficava acima da cabeceira da cama.

– Vou deixar suas coisas aqui Disse Peter colocando sua maleta perto da rede. - Não é grande coisa, mas sei que vai ser bem melhor do que o dormitório, acredite.

– É perfeito. - Disse abrindo um sorriso sincero para o homem. - Nem tenho como te agradecer o suficiente, sr. Peter! O senhor nem me conhece e foi tão gentil..

– Não precisa agradecer, só fiz o que era certo. - Ele sorriu de volta E pode me chamar só de Peter. O Capitão disse para não mexer nas coisas dele, mas não deve se aplicar ao banheiro. - Peter abriu a tal porta que ficava na parede ao fundo, ao lado da rede. Emily suspirou aliviada. Banheiro era outra coisa que ela definitivamente não queria dividir com todos aqueles homens. - Melhor voltarmos para a cozinha, você não vai querer ver o mau humor desses piratas quando o almoço atrasa.

Emily tirou sua capa de couro e a dobrou, colocando-a em cima da maleta. Saíram da cabine, e Peter a trancou de novo. Enquanto ia até Killian para devolvê-la, Emily notou o mesmo homem que a segurara no porto se aproximando. Ele era extremamente alto e forte, e sua expressão parecia permanentemente ameaçadora.

– Srta. Crawford, espero não ter te assustado mais cedo. Sabe como é, estava fazendo o meu trabalho. - A voz do homem parecia um trovão, mas ele estava sendo simpático. - Eu sou o Wesley. Se algum desses marujos mexer com você, é só falar comigo.
Wesley se afastou antes que ela pudesse responder. Emily ficou ainda mais atordoada. Não esperava que os piratas fossem ser gentis com ela, ao menos não desse jeito espontâneo.

– Vamos? - Ela seguiu Peter em silêncio até a cozinha. - Então, vamos começar assando as batatas no forno, e cozinhando alguns desses vegetais. Temos que aproveitar essas coisas enquanto estão frescas, esses primeiros dias após a reposição do estoque são sempre os melhores, depois a coisa complica um pouco..

– Tudo bem.. - Emily se aproximou da bancada, sem saber por onde começar.

– Pode ir colocando as batatas para assar, vou buscar os vegetais.
Emily pegou uma vasilha de ferro comprida como um tabuleiro que estava ali na bancada, e organizou as batatas. Depois olhou para o fogão à lenha, vendo uma portinha onde devia ficar o forno. Colocou as batatas lá dentro, mas não fazia ideia de como acender o fogo.
Peter voltou carregando os sacos de vegetais e a viu encarando o fogão.

– Precisa de ajuda?

– É.. Eu não sei como.. Fazer fogo. - Admitiu envergonhada.

– Tudo bem, eu te ensino. - Peter deixou os sacos na bancada e foi até ela. Mostrou as duas pedrinhas que ficavam ao lado do fogão, e como raspando uma na outra elas produziam a faísca que faria a lenha pegar fogo. - Porque não tenta?
Emily pegou as pedrinhas, torcendo para conseguir imitá-lo e não passar ainda mais vergonha. Depois de várias tentativas frustradas ela quase desistiu, mas finalmente deu certo.

– Viu? Fica mais fácil com a prática. - Disse Peter - Agora só falta preparar os vegetais enquanto as batatas assam.
Peter pegou duas facas grandes, entregando uma para Emily. Ele começou a cortar e ela imitou seus movimentos.

– E então.. Imagino que tenha um bom motivo para querer se aventurar em um navio pirata - Começou Peter - Ainda mais nesse navio pirata.

– Me desculpe, Peter, mas esse é provavelmente o único assunto sobre o qual eu realmente não quero falar.. - Ela o olhou se sentindo mal por cortá-lo desse jeito, mas seu motivo era pessoal e ela queria deixar isso bem claro.

– Ok, ok.. não vamos falar sobre isso então. Que tal me contar um pouco sobre você?

– Sobre mim..? Não há muito o que contar - Disse Emily pensativa - Nasci nesse reino, tenho dezenove anos, não tenho irmãos.. Perdi meus pais.. - Sua voz foi ficando mais deprimida, e ela parou de falar enquanto respirava fundo.

– Eu sinto muito. - Disse Peter.
Eles ficaram em silêncio por um momento, e o único barulho no cômodo era o de suas facas.

– Eu morava em uma aldeia, não muito diferente dessa sua.. Vivia com minha esposa e nossa filha de dez anos, Rose. Até que um dia a aldeia foi atacada, enquanto eu estava na cidade tentando vender os tapetes que minha esposa tecia. Quando eu voltei, já era tarde demais. - O homem parecia mergulhado em suas lembranças. - Passava meus dias vagando entre os vilarejos, e bebia para tentar esquecer.. Até que um dia encontrei Killian e os outros marujos bebendo no mesmo bar em que eu estava. Acabei me juntando à tripulação, e somos amigos desde então.
Peter então olhou para Emily, com um sorriso triste.

– Sempre imagino como ela estaria, sabe? Se minha pequena Rose ficaria ainda mais parecida com a mãe. Ela teria a sua idade hoje.

Emily sentiu uma lágrima escapar, vendo a dor nos olhos do homem.

– Tenho certeza que ela ficaria muito orgulhosa do pai.


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Notas finais do capítulo

E então? Sei que a fic ainda é nova, mas quando começarem a ler não esqueçam de comentar, pra eu saber o que estão achando :) beijokas
Ah, e o Wesley eu imagino como o Michael Clarke Duncan (que infelizmente morreu):
( http://jovemnerd.com.br/wp-content/uploads/michael-clarke-duncan-scorpion-32581.jpg )