A Procura da Felicidade escrita por Light Yagami, Emily Madison


Capítulo 8
Capítulo 8




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Mas ele não disse uma unica palavra, estava sem acreditar, ficou parado sem reação por mais alguns segundos, até que ele começou a me fuzilar com seriedade e depois para Bia, até que como uma explosão gritou.

— FORA DA MINHA IGREJA SEU VAGABUNDO, NÃO ACREDITO QUE QUIS SE APROVEITAR DA MINHA FILHA, MINHA VONTADE ERA DE TE DAR UMA SURRA !!

Nisso os irmãos que estavam indo embora voltaram para ver o que estava acontecendo, tentei me explicar mas ele não quis me ouvir.

— Bia por favor fale a verdade...

— Eu já disse a verdade Gabriel, agora saia daqui!

Me virei e sai, enquanto o pastor gritava para todos não se esquecerem do meu rosto, todos me olhavam e comentavam algo baixo, alguns me olhavam com ar de decepção, outros tiravam sarro.

"Pronto sai de la pior do que entrei"

Caminhando pela rua não estava mais aguentando, me sentei em um banco e desabei, chorei como criança, porque tudo na minha vida tinha que dar errado ? Deus, onde tu estas ?

Fiquei por ali por cerca de 30 minutos, até que tive força e me levantei, fui para o hospital queria ver como Roberto estava, quando cheguei ele estava dormindo, me sentei em uma poltrona perto da cama e logo adormeci, era mais ou menos três ou quatro horas da manhã, quando percebi uma movimentação no quarto, abri os olhos ainda meio sonolento e estavam levando Roberto em uma maca, me levantei de pressa.

— Espera aonde estão levando ele ?

Um dos médicos me segurou na porta e disse:

— Meu jovem preciso que seja forte, ele veio a falecer essa noite e de nada podemos ter feito, agora preciso que avise os familiares.

No dia seguinte eu estava arrasado, me aproximei do caixão e ele estava todo bonito, com um terno preto e uma gravata que eu lhe dei.

'Pai não pude dizer o quanto te amo e o quão grato sou de você ter me adotado e acolhido, hoje novamente está sendo um dos dias mais tristes da minha vida, me lembro quando perdi a minha mãe, eu tinha somente oito anos de idade e hoje com quase vinte, se repete, enterro alguém como se fosse um pai para mim'.

Depois do enterro todos foram embora, mas eu continuei ali por mais um tempo, para onde eu iria agora ? Os familiares de Roberto me deram uma semana para conseguir um lugar para morar porque iria vender a casa dele.

Chegando em casa arrumei minhas coisas, não era muito ao todo uma caixa.

No dia seguinte levantei cedo e sai para procurar algo, mas infelizmente nem serviço e nem um lugar para morar, fiquei a semana inteira procurando e nada, mas mesmo assim tive que sair, aquele dia somente tinha tomado café da manhã e mais nada, tinha algumas moedas no bolso e preferi deixar guardado, passei a noite na rua pois não tinha para onde ir, sentei em uma calçada e fique ali por um tempo a essa altura a fome era grande, tentei dormir para ver se amenizava minha dor, na manhã seguinte levantei cedo e passei em uma padaria, com o dinheiro que tinha comprei alguns pães, depois de me alimentar voltei a procurar por uma casa e emprego mas não encontrei.

Eu estava sozinho agora, não conseguia nada e os dias começaram a passar, consegui ficar alguns dias sem me alimentar mas não sou de ferro, estava fraco e doente, comecei a cheirar mal, minha aparência mudara muito de como eu era, meu corpo estava magro e machucado, olhos fundos e cansados.

Me lembro que a fome era tanta que comecei a revirar lixos em busca de algo, já se passara mais de meses e a única coisa que me sustentava era os restos dos outros, fiquei nessa situação por muito tempo e ninguém me ajudou as pessoas tinha medo e nojo de passar perto de mim, sofri muito nas ruas me recordo do dia em que um grupo de "meninos" me deram uma surra enquanto eu dormia, um deles estava com uma barra de ferro e com tamanha violência bateu em minha perna a quebrando, depois disso eles fugiram e eu fiquei la agonizando.

Me lembro que amarrei um pedaço de pano para amenizar a dor, passado alguns dias um novo restaurante era inaugurado do outro lado da rua onde eu dormia, eu não tinha comido nada nesse dia, minha barriga doía de fome, forrei alguns papelões no chão e me deitei estava questionando por que Deus me abandonou, porque eu nasci, se eu nasci somente para sofrer prefiro morrer, fiquei pensando em uma maneira de tirar a minha vida, alguns minutos ali pensando um modo que não iria falhar e nem sofrer muito decidi que iria fazer, me levantei e com dificuldades fui caminhando para o local da minha morte onde o trem não demoraria a passar, o trem logo estaria chegando e eu já estava preparado para pular em sua frente, mas enquanto ele não vinha pensei se tinha alguma razão para não fazer isso, mas não encontrei, ouvi quando ele se aproximava me posicionei e pensei 'é agora falta pouco' ele estava a alguns metros meu coração batia rápido, respiração abafada mas com um único objetivo, morrer.


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