Fatal escrita por Rafa


Capítulo 1
Capítulo 1 - Branco com Vermelho


Notas iniciais do capítulo

E ai, povo? Tudo beleza?
Eu sei que não deveria estar postar mais uma fic, mas não consegui me segurar...
Espero que gostem, pois fiz com muito carinho
Boa leitura e até as notas finais o/

OBS: Desculpem qualquer erro, o capítulo esta sem Betagem



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A marcha nupcial ecoava pela simples capela decorada luxuosamente para a cerimonia que estava a ser realizada ali.

O casamento fora planejado para receber pouquíssimas pessoas, somente os familiares e os amigos mais íntimos, dez ou quinze pessoas no máximo. Rukia nunca quis nada grandioso ou luxuoso demais, o que incomodou seu irmão, Kuchiki Byakuya, a principio.

Ele até entendia o motivo para os noivos quererem se casar as escondidas, mas ainda assim achava que a irmã casula merecia uma comemoração adequada para um dia tão especial quanto aquele. Apenas aceitara tudo pela irmã e após convencer o noivos a passarem longas ferias as suas custas.

Não é como se gostasse de Ichigo, mas sabia que somente aquele ruivo abusado poderia fazer sua querida irmã feliz e era isso o que via claramente nos grandes olhos violáceos da morena ao entrega-la para o Kurosaki em frente ao altar.

— Cuide bem dela — falou o Kuchiki encarando os sérios olhos castanhos do ruivo.

— Pode deixar, Byakuya — rebateu ele, tomando delicadamente as mãos de Rukia entre as suas.

Toda a felicidade e amor que existia entre os dois era visível para qualquer um dos convidados presentes e isso alegrava todo o ambiente, até mesmo Byakuya sorriu discretamente ao contemplar sua pequena irmã sorrindo de maneira radiante para o futuro marido.

Iniciando toda a cerimonia com belas e gentis palavras, o sacerdote logo passa a vez para os noivos, que sorriam emocionados um para o outro.

Finas lagrimas corriam pela face pálida da ex-Kuchiki e Ichigo não conseguia deixar de sorrir. Nunca imaginou ver a durona tenente da policia federal de Karakura tão vulnerável e emotiva perante a ele, e isso fazia seu coração bater ainda mais forte.

Tudo estava perfeito de mais e ainda assim, ele temia.

Temia por ela e por sua segurança.

Um mau pressentimento tomava-o por completo, mas ele não deixaria que aquilo acabasse com o dia mais feliz da vida de ambos.

Sorrindo, Rukia ouvia o sumo-sacerdote continuar a recitar suas palavras, mesmo que pertencessem a cultura Oriental, a baixinha insistira em ter um legitimo casamento Ocidental com direito a véu e grinalda, tudo como mandava o figurino. Era uma grande admiradora de todo aquele tradicional costume católico, mesmo que não seguisse tal religião.

— Pelo poder investido a mim, eu vós declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva — declarou o velho senhor, dando fim a cerimonia.

Lançando uma picadela safada para a morena, o ruivo segura o rosto da mesma e a beija lenta e apaixonadamente. Queria esquecer aquele sentimento ruim e acreditar que seriam muito felizes juntos, mas algo parecia gritar em sua mente, dizendo que algo estava muito errado ali.

— Eu te amo, Rukia. Nunca se esqueça disso... — sussurrou ela de repente, abraçando-a forte de encontro a seu peito.

— Eu também te amo, tolo — respondeu ela ainda com os olhos fechados, apenas sentindo a maravilhosa sensação de estar nos braços do amado.

Ichigo nunca fora um homem romântico e idealizador do amor, mas foi só conhecer a pequena de sangue quente que tudo mudara. Não era como se tivesse sido amor a primeira vista, até mesmo porque a tenente nunca aliviava para seus parceiros e isso provocara diversas brigas entre os dois, mas a convivência o fizera se apaixonar por ela de varias maneiras diferentes e agora ali estava ele; Kurosaki Ichigo, oficial responsável pela terceira divisão de narcóticos da cidade, oficialmente casado com Kuchiki Rukia, tenente-comandante da principal divisão de homicídios do estado.

Após um selinho rápido, o casal se dirigiu aos convidados de mãos dadas, recebendo o cumprimento de todos.

Rukia não poderia estar mais feliz.

— Por favor, faça meu irmão feliz, Rukia-chan — pediu a gentil Yuzu com lagrimas nos belos olhos castanhos e tudo o que a nova Kurosaki pode fazer foi concordar sorrindo. Amava a família de Ichigo como se fosse sua, o que de fato agora o era.

Sentindo todos seus instintos alerta, Ichigo puxou a esposa para fora da aconchegante capela, precisava sair logo dali para se livrar daquele estranho sentimento angustiante que o assolava.

— Calma aí, Ichigo! O que esta havendo?! — exclamou Rukia sendo praticamente arrastada pelo ruivo.

Não houve tempo para o Kurosaki responder.

Um tiro certeiro lhe perfurou o peito e tudo o que o ruivo pode fazer foi jogar seu corpo grande sobre o da pequena, protegendo-a de mais dois disparos silenciosos, que seriam fatais para ela.

Pessoas se amontoavam ao redor deles, mas Rukia estava alheia a tudo isso.

Sentia o corpo dele amolecer de encontro ao seu.

Um grito doloroso rompeu por sua garganta, já não conseguia mais segurar as lagrimas.

O sangue carmim de Ichigo misturava-se a alga brancura do vestido de Rukia em uma bela mistura abstrata e melancólica.

Tudo acontecera tão rapidamente, mas ainda assim o tempo parecia estar parado para ela mergulhada em sua dor.

Podia ouvir o choro triste das irmãs do ruivo enquanto seu irmão a chamava dizendo que o socorro já estava a caminho, mas todos sabiam que já não daria mais tempo.

— Meu amor... Não... Por favor — era tudo o que conseguia balbuciar entre o choro que rasgava sua garganta.

O corpo frio do único homem que realmente amou jazia sem vida sobre seu colo e Rukia se sentia vazia, não havia mais vontade para viver, afinal que motivo teria agora?

Nunca imaginou que a morte viria separa-los tão rapidamente, isso era crueldade e não queria acreditar em tamanho azar, mas tudo estava fatalmente claro diante de seus olhos. Não havia engano algum acontecendo naquele momento.

Ichigo já não estava mais ali, ele havia a protegido até o fim e isso a matava por dentro, fazendo mais e mais lagrimas correrem por sua face suja com o sangue dele sem trégua.

Não sabia o que fazer dali em diante, mas tudo o que passava por sua mente era um sedento e venenoso sentimento de vingança.

Havia finalmente encontrado um motivo para viver e não descansaria até punir o desgraçado que lhe tirara Ichigo de uma maneira tão covarde e cruel.

Iria até o inferno se fosse preciso nem que isso se tornasse uma busca fatal para si, isso seria uma promessa para a vida inteira.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?
Comentem, por favor...
Bjus e até a próxima



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