Juntos Até o Fim escrita por 1FutureWriter


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Como prometi, está aqui Dani. Espero que goste. S2
A todos que estiverem lendo, sejam muito bem vindos!



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Taylor arrumava o sótão da casa em que morava quando por acaso achou uma caixa de madeira com o nome de seu falecido bisavô gravada em letras douradas. O objeto parecia resistente. Estava pesada, e na certa havia coisas valiosas ali. Tentou abrir, mas o cadeado não cedia.

Quando finalmente conseguiu abrir a caixa, Taylor achou em meio a vários objetos, um pequeno diário de folhas amareladas devido ao tempo. Assim que abriu, pôde ver que as letras cursivas pertenciam a Edward Cullen, seu bisavô.

Começou a folhear as páginas, e viu que ali continha uma história. Taylor deitou-se no chão de madeira envelhecida e pôs-se a ler o que estava escrito no velho diário.

"Juntos até o fim" era o nome do título, e falava sobre a história de Edward e Bella. Taylor nunca conheceu sua bisavó Isabella, e sequer sabia como ela havia falecido.

"Phoenix 1921.

Eu era novo na cidade. Havia acabado de chegar de Detroid. Faziam apenas três anos desde que a primeira Guerra Mundial havia acabado. Os Estados Unidos da América estava se firmando como potência, e nós éramos os responsáveis por "reformar" toda a Europa, quer dizer, a indústria e a agricultura eram as maiores fontes de enriquecimento do país.

Em meio a toda essa nova forma de vida que ia surgindo, eu resolvi sair um pouco daquele meio. É claro que precisava de dinheiro para sobreviver, mas esse definitivamente não era a minha área de trabalho.

Deixe-me explicar. Eu era um jovem escritor, em busca de uma única chance de arrumar trabalho. Mas como alguém como eu conseguiria qualquer coisa em meio a um mundo onde as únicas coisas que importavam eram o avanço e o progresso? E foi por esse motivo que sai de onde morava, e vim parar aqui."

– Taylor onde você esta? - uma voz feminina chamou a jovem loira de olhos de um intenso azul.

– Estou aqui em cima, mãe!

– Desça para o jantar.

Taylor pensou em deixar o diário ali, mas sua curiosidade em terminar de ler era maior. Levou então o objeto até seu quarto e o deixou ali na esperança de ler após o jantar.

– Andrea onde está a Taylor? - ouviu seu pai perguntar, mas antes que sua mãe pudesse responder, a jovem apareceu.

– Já estou aqui pai. - ela disse.

– Ótimo, vamos jantar.

Enquanto estava ali, sua mente pensava somente nas páginas amareladas do velho diário. Assim que terminou a refeição, Taylor ajudou sua mãe, Andrea, a tirar a mesa, e lavar a louça. Tomou um banho, colocou o pijama e antes de dormir, pegou novamente o diário de seu bisavô. Abriu-o na pagina em que havia parado, e continuou a leitura.

"Optei em vir para Phoenix porque minha irmã Alice também vivia aqui. Ela era casada com o jovem Jasper Halle, capitão das forças aéreas americanas. Apesar de novo, Jasper sempre fora um jovem dedicado, e com o o final da Primeira Guerra, acabou ganhando sua tão sonhada promoção.

Assim que soube sobre a minha ida para a cidade, Alice insistiu que eu me hospedasse em sua casa, pois sentia-se sozinha durante praticamente todo o dia, já que Jasper passava a maior parte do tempo no quartel militar. Concordei de ficar na condição de lhe pagar um aluguel pelo quarto. Alice não gostou muito da ideia, porém não fez oposição sobre minha exigência. Ela sabia que caso não aceitasse eu não ficaria.

No início, durante as manhãs eu lhe fazia companhia, passeávamos pela cidade, e ajudava na compra de mantimentos.

As tardes eu me sentava em um dos bancos que ficavam na varanda da frente da casa, e me dedicava totalmente a escrita. Todos os meus textos falavam de amor. Era engraçado, pois eu nunca havia me apaixonado. Tinha muita curiosidade em saber como era na realidade, sabe, sentir toda aquela sensação que era descrita nos livros.

E a noite dedicava-me apenas em descansar para o dia seguinte.

Depois de muito procurar, eu finalmente havia conseguido um emprego. Não era a melhor coisa do mundo, mas serviria para pagar as contas enquanto não conseguisse ser um escritor de verdade. Eu era entregador de jornais.

Foi em uma manhã de primavera que eu a conheci. Ela tinha os cabelos castanho avermelhados, lisos meio enrolados nas pontas até o meio das costas, e olhos castanhos num tom de chocolate. Sua pele era alva e lisa como uma seda, uma verdadeira musa inspiradora.

A casa em que morava ficava a poucas quadras do jornal, e todos os dias era a primeira entrega que eu fazia.

Não sabia sequer seu nome, sabia apenas que depois que a vi pela primeira vez, meus textos passaram a ter mais sentido.

Quando fui promovido de entregador para mensageiro, confesso que fiquei frustrado. Não pelo fato de não ser o que eu esperava, mas por não mais entregar os jornais na casa de número 29.

Em um final de tarde, quando voltava para casa, eu a vi novamente. Depois de tanto tempo, meu coração ainda acelerava na mesma intensidade.

Tomei a liberdade de lhe olhar por alguns instantes, pois sabia que ela não olharia de volta. Mas então eu acabei enganado. A jovem de olhos cor de chocolate encarava o meu olhar. Naquela época podia até ser visto como um gesto ousado, mas eu realmente não me importava, desde que ela retribuísse meu olhar. Com um aceno de cabeça quase imperceptível ela me cumprimentou, e eu retribui.

Depois daquele dia, é claro que passava por ali todos as tardes, e em todos ela estava ali, pronta a me cumprimentar. Ainda não tínhamos trocado nenhuma palavra, continuava sem saber seu nome, até que novamente me surpreendendo, ela tomou a liberdade de falar comigo.

– Meu nome é Isabella. - ela disse do outro lado do portão que nos separava.

– Edward Cullen. - pude ver que Isabella deu um pequeno sorriso.

– Notei que nunca mais entregou os jornais pela manhã. Não trabalha mais no jornal? - Isabella tinha um jeito tão doce de falar, que quase não consegui responder, de tão vidrado que estava.

– Na...não senhorita, continuo trabalhando lá, mas em outra função.

– Bella o que faz ai fora, e falando com um homem desconhecido? - um homem disse ríspido do lado de dentro da casa. Quando saiu pude notar alguma semelhança entre os dois. Possivelmente devia ser seu pai.

– Desculpe, preciso entrar. - ela disse, virando as costas pra mim, sem ao menos dar a chance de me despedir. Mas eu não estava chateado, muito pelo contrário, estava com uma sensação boa, um calor dentro do peito.

Naquela mesma noite, quando já era a hora de me deitar, eu resolvi escrever um novo poema. As primeiras linhas demoraram a sair, porém em pouco mais de uma hora, o meu melhor poema estava pronto, e não parou por ali. Todos os dias que encontrava Isabella, ou Bella como seu pai a chamava, eu tinha aquela vontade de escrever ao mundo como era a beleza feminina, e como poderia ser doce a sua companhia.

Depois de dois meses tentando cortejá-la, seu pai finalmente me deu permissão para namorá-la. Os meses passavam tão rapidamente que quando dei por mim, um ano já havia se passado.

Bella era realmente linda, não somente na aparência, mas no seu jeito de ser.

Eu queria dar um passo a mais, queria pedi-la em casamento, mas para isso não poderia ser somente um mensageiro.

Pedi ao meu chefe que me desse uma chance como escritor. 'Não temos espaço para poetas' ele dizia, então pedi que me deixasse escrever as matérias publicadas no jornal. Ele concordou em me dar essa chance, mas se por acaso não me saísse bem, voltaria ao cargo anterior.

Agarrei a oportunidade com a mesma vontade que tinha em me casar com Bella. É claro que o sonho de ser escritor permanecia em mim, mas minha prioridade naquele momento era outro.

Com o dinheiro que tinha guardado dei entrada em uma casa, e com o qua estava ganhando fui comprando os primeiros móveis. Em seis meses eu comprei um anel singelo e delicado, assim como ela, e fiz o tão esperado pedido.

– Senhor Charlie, poderia me conceder a mão da Bella em casamento? - o senhor Swan ficou tão surpreso quanto a filha. Bella tinha os olhos brilhando de tanta alegria.

– Acho que quem deve responder isso é a minha filha. - ele respondeu, com seus braços cruzados.

Virei-me de frente a ela, peguei o anel que estava em um dos bolsos da calça, e reformulei o pedido, agora diretamente para ela.

– Minha doce Isabella, eu não tenho muitas coisas materiais a lhe oferecer, mas tenho todo o meu coração, e é com ele que lhe faço essa pergunta. Você aceita se casar comigo?

Ela aceitou, é claro, e eu me senti completo como nunca havia estado antes.

Nosso casamento foi simples, apenas nossos familiares e os amigos mais próximos estavam presentes, e minha nossa, como ela estava bonita naquele vestido branco.

Em seis meses de casados, Bella me deu a noticia que um bebê estava a caminho. No início foi como um choque. Eu ainda não era um escritor, e o que ganhava no jornal era o suficiente apenas para nós dois. Com uma criança tudo seria diferente, e realmente foi. Estávamos mais felizes, nossa família estaria completa.

Por volta do sétimo mês de gestação, a pressão arterial de Bella começou a ficar muito elevada, e certa noite, no meio da madrugada ela me acordou, dizendo estar com um pressentimento ruim, e fez-me prometer que cuidaria do bebê caso o pior lhe acontecesse.

– Meu amor você está nervosa, descanse...

– Não Edward, apenas prometa pra mim que fará o que eu pedi.

– Está bem, eu prometo. Agora, por favor, tire essas ideias da cabeça.

– Quero que me prometa mais uma coisa. - em seus olhos as lágrimas já começavam a escorrer. - Quero que conte ao mundo sobre a nossa história.

– Mas...

– Apenas me prometa. - uma de suas mãos acariciou meu rosto, e um sorriso brotou em seus lábios. - Meu Edward, eu o amo tanto que chega a doer. Apenas mostre o seu talento ao mundo.

Aquela foi a última noite em que Isabella Cullen, minha Bella, tocou no assunto, e infelizmente seus pressentimentos estavam certos.

Quando entrou em trabalho de parto, sua pressão subiu consideravelmente levando Bella a ter uma Eclampsia. Foi por um fio que também não perdi minha linda garotinha.

Renesmee como decidimos chamá-la, tinha os cabelos cor de bronze como os meus, e os olhos castanhos-chocolate como os de Bella. Era linda de fato, mas eu não conseguia chegar muito perto, pois tudo nela me lembrava sua mãe.

Fiquei dias e noites chorando sua perda, até que minha irmã Alice resolveu dar um basta em tudo aquilo, e me fazer encarar a realidade. Bella não estava mais entre nós, porém Renesmee precisava de mim.

Agradeço todos os dias por ter a irmã que tenho, pois se não fosse ela eu teria morrido de desgosto, e não teria tido a oportunidade de conhecer a filha maravilhosa que eu tenho.

Isabella Swan foi o meu único amor, e mesmo ainda sendo jovem não me casei novamente. Minha vida era toda dedicada a minha filha, e a profissão de escritor. Sim, eu havia conseguido. Meus poemas foram aceitos por uma editora e eu finalmente me tornei um escritor de verdade.

Esperava ansiosamente o dia em que a vida resolveria me levar para junto da mulher que me tornou o homem que sou, e se alguém estiver lendo esse diário nesse momento, então quer dizer que já não estou entre vós, mas sim com a Isabella, a minha Bella.

Apesar de tudo o que aconteceu, eu tive uma boa vida, e espero que a pessoa que esteja lendo essas páginas possa encontrar um amor assim como o nosso, que nos fez permanecer juntos até o fim. Edward Cullen."

Taylor terminou de ler a história de seus bisavós, e de tanto pensar se algum dia teria a mesma sorte, acabou adormecendo.


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Notas finais do capítulo

Então está ai. Não me mate, por favorzinho :D
Espero que tenha gostado.