Entre Anjos e Demônios escrita por Mel Devas


Capítulo 1
Começando do Começo


Notas iniciais do capítulo

Olá coisinhas lindas de Deus!! Espero que gostem do capítulo, e boa leitura >ww< Como em geral sou muito falante e loto as notas iniciais e finais do capítulo, vou fazer um esforço pra me conter com vocês, hahaha



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Caro leitor, sinceramente não sei bem por onde começar esse humilde relato, e, perdões, mas não posso simplesmente começar pelo começo, apesar de tal fato parecer certo e um tanto quanto óbvio.

Mas se for pra começar pelo começo, eu falaria algo sobre estar nos testículos do meu pai, e, bem, convenhamos que isso não seja algo muito poético, então vamos acelerar o processo até o ponto de eu estar me desenvolvendo na barriga de minha mãe. Comi papinha, fiz toneladas de cocô nas fraldas, coisas de bebê, sabe?

Já concordaram comigo que o começo não é o melhor ponto de partida, leitores? Então vou dar um skip no vídeo cassete da minha vida - é, vídeo cassete porque sou vintage, pra não dizer brega - até os meus atuais 15 anos.

E como não sou nenhum tipo de escritora que tem as palavras certas nas pontas dos dedos e que sabe introduzir os elementos e características dos personagens de acordo com o andar da história, vou falar e descrever tudo que eu sei de uma vez mesmo!

Perdoem-me as pessoas talentosas e esforçadas, de verdade. Mas sou uma menina de 15 anos que nunca escreveu nada na vida e decidiu registrar altos relatos por puro tédio e falta do que fazer.

Então, vamos à objetividade:

Eu tenho um amigo chamado Lion, que é, na verdade, meu melhor amigo. E ele é o nerd mais cabeçudo, maldito, gentil e perfeito que eu já conheci na vida! Sério, ele é um prodígio mesmo: ele morava em um orfanato na Nigéria e aos 5 anos conseguiu uma bolsa para um colégio de crianças-que-são-mais-inteligentes-do-que-o-resto-do-mundo-inteiro (respira) no meu país. Pois é.

Depois de uma confusão de trâmites pra vir pra cá, Lion foi adotado por uma família que, pra minha sorte, era minha vizinha. E nunca vi nada dar tão certo. A família era uma gracinha cuti-cuti, assim como Lion, e ambas as partes tinham muito amor pra dar e receber.

E desde que ele chegou no meu bairro, aos 5 anos - a mesma idade que a minha - eu grudei nele que nem uma fã maluca ao ver seu ídolo e eu continuo sendo carrapato até hoje. Somos chamados de gêmeos idênticos - sou albina, pois é, protetor solar e tudo mais… - e tratados como uma dupla de comediantes.

Pois bem, parecia que a vida sempre quis que fôssemos amigos também - íamos para a mesma escola, tínhamos os mesmos coleguinhas e brincávamos na mesma rua. Ele é meu irmão de coração.

Por favor, leitor, me entenda, depois de 10 anos fazendo pós-doutorado em carrapatice, não aceitei nem por um minuto de me separar de Lion, que, para variar, havia conquistado uma bolsa em um colégio integral. Choraminguei pro Lion me ajudar nos estudos e, depois de ralar um pouco, consegui uma vaga pro mesmo colégio que ele.

Sendo honesta com vocês, não fazia a mínima ideia de como o colégio era, muito menos as matérias que davam e esses meros detalhes que normalmente pessoas mudando de colégio lembram-se de procurar.

Mas se Lion tinha escolhido aquele colégio, acho que estava tudo bem.

Bem… Espero que esteja mesmo.

--x--

Depois de aterrisarmos no aeroporto e termos feito uns exercícios de yoga bem no meio deste, Lion e eu nos dirigimos ao colégio. Se chamava Liberty Academy, sim, o nome da escola rima. E sim, acho que todo o resto do mundo acha isso bem tosco. Porém, após ver a suntuosa estrutura do colégio, imaginei que não fosse me importar tanto assim.

O primeiro lugar ao qual nos dirigimos foi a secretaria, pois sempre tem aquela palhaçada burocrática, onde você tem que rabiscar e assinar todo tipo de documento (principalmente os do tipo “não nos resposabilizamos por objetos perdidos, assim como cortes leves, graves ou morte”). Eu tenho quase certeza que todos esses documentos vão para um triturador de papéis após serem preenchidos.

Ah, esqueci de dizer uma coisa sobre Lion: ele é machão, hétero, viril e essas paradas todas aí que ele me condicionou para repetir que nem um papagaio, mas ele realmente gosta muito de bancar a diva de vez em quando, mas só pra me fazer rir mesmo.

Dito isso, posso continuar descrevendo como ele “chegou chegando” na secretaria. Se apoiou na bancada de mármore que nos separava das secretárias como um verdadeiro galã e abriu um sorriso um tanto quanto falso pra elas.

- Somos Lion Atoin e Lorene Williams. - Anunciou.

Uma das secretárias - que parecia a chefona da parada toda - nos olhou por cima de seus óculos de aros redondos, enquanto espanava com a mão uma sujeira microscópica de seu uniforme cinzento e austero.

- Ah, sim, sim. Você que é o Sr. Atoin? E o Sr. Williams, onde está?

Bem, eu não era muito alta, e a bancada da tal secretaria não era o que se poderia chamar de baixa, então já viu, né… Lion soltou uma risadinha enquanto eu me apoiava para enxergar a mulher na minha frente.

- Prazer, eu sou a Lorene… - Olhei o crachá dela. - Sra. Kate. Onde posso assinar?

- Não meu bem. - Ela falou com um suspiro e seu tom de voz lembrava aquelas titias do jardim que falavam as coisas na maior lentidão quando eu era criança, como se eu fosse incapaz de entender. - Eu quero o Sr. Williams de verdade.

Bem, gente, depois de 15 anos achando que você é você, não dá pra entender muito bem esse tipo de situação.

- Mas eu sou, olhe!! - Tirei minha carteira de identidade, a mulher pareceu tão surpresa que ajeitou os óculos para reler melhor e ter certeza de que não era uma ilusão.

Ela cruzou os braços e tamborilou os dedos no queixo, suspirando novamente.

- Senhorita Willians, isso aqui é um colégio para garotos.




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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaria de qualquer tipo de crítica e opinião, até porque essa é uma história que estou reescrevendo e qualquer detalhe que vocês acharem importante é ótimo pra melhorá-la mais e mais!!!
Bem, beijinhos e até o próximo capítulo!
Com amor,
Mel Devas



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