Jace

Sebastian se mostrou um cara bem legal e interessante em poucos minutos de conversa, tem algo nele que me è familiar e isso me incomoda.

Fomos à um pier, bebemos, ficamos drogados e falamos coisas sem sentido.

Estamos no seu quarto. Estou deitado em sua cama e ele ao meu lado.

Ele parecia dormir, porém não tinha certeza. Sua expressão estava serena, seus cabelos loiros levemente platinados um pouco bagunçados, e uma respiração calma.

Ainda não sei o motivo de estar reparando tanto nele.

Eu não sou gay. Não gosto de caras. Gosto de mulheres, mas não sei explicar o que está acontecendo.

Carência.

Isso! Pura carência. Eu apenas preciso achar alguém para passar a noite e tudo vai voltar ao normal.

Suspirei e olhei para o belo corpo albino que estava deitado ao meu lado. E por um momento me vi fascinado por seus lábios levemente rosados.

Como será seu gosto?

Passei a língua pelos meus lábios secos, respirando profundamente e encarando sua boca que parecia pedir para ser beijada.

Ele está dormindo, nem vai saber , então não tem probelma.

Aproximei meu rosto do seu. Observei seu rosto sereno, encostei meu nariz no seu. Toquei seus lábios com meu polegar e logo susbistituando pelos meus lábios.

Um simples selar de lábios.

Era doce. Era muito bom. Mas eu preciso de mais do que isso.

Mas eu não posso.

Senti ele se mexer e me afastei rapidamente, me virando e evitando olhar para o seu rosto.

Meu rosto deveria estar pegando fogo e eu odeio isso.

– Hã...Jace?

Ouvi ele perguntar com sua voz rouca e arrastada por conta do sono.

Virei meu rosto e olhei para seus olhos negros, me perdendo em sua escuridão.

– Eu dormi por quanto tempo?

– Não faço idéia - respondi - acho melhor eu ir embora.

Suspirei e me levantei lentamente da cama. Peguei meus sapatos e os calçei, me sentando na beira da cama.

Podia sentir seu olhar sobre mim.

– Você está bem?

– Sim, e você? Se estiver com ressaca eu posso te dar um remédio do Raphael.

– Estou bem , só tive um sonho estranho. - sorriu de lado.

Sebastian se sentou na cama, e eu o encarei. Desgraçado!

Ele estava apenas de calça jeans, tendo assim seus cabelos bagunçados, e seu peito exposto me dando a visão de sua pele clara com algumas tatuagens espalhadas.

Eu poderia beijar cada uma delas...

Jace! Acorda!

– Qual era o sonho?

– Eu era um agente da CIA, e estava em um caso, estava predendo o assassino, de repente senti alguém me puxando para a escuridão e senti seus lábios encostando nos meus.

– Que sonho estranho! - ri fracamente.

– Nem me fale - ele ri também, fechando seus olhos em uma espressão adorável.

– Eu vou indo - suspirei, me levantando - até mais Sebs.

– Sebs? - ele riu.

– Agora você è meu amigo, merece uma apelido pelo menos.

– Gostei de Sebs - ele sorri de lado, e pudia jurar que vi seu roato corar - Até mais loiro.

– Loiro delícia natural - sorri cafajeste.

– Convencido! - nós rimos - vai logo embora!

Ri, escutando ele me chamar de idiota. Sai do quarto . Andei em passos lentos pelo corredor.

Segui para o primeiro andar onde encontrei com Helen Blackthorn.

Helen foi uma das minhas primeiras amigas que fiz quaneo cheguei aqui.

Por um curto período me interessei por ela, mas era coisa boba, como sempre.

Ela è bonita. Alta, pele alva, cabelos loiros e cacheados, olhos claros e lábios rosados, sempre muito emotiva e gentil com todos.

– O que faz aqui Blackthorn?

Me aproximei dela, que sorriu e me abraçou rapidamente. Ela segurava alguns planfetos.

– Estou apenas entregando esses plafetos para a divulgação da festa.

– Que festa?

Ouvi uma outra voz fina perguntar junto a mim. Me virei rapidamente e dei de cara com ela.

Parecia uma boneca de tão pequena e frágil. Cabelos ruivos e brilhantes, olhos incrivelmente verdes. A garota do edifício do meu pai.

– Você? - perguntamos ao mesmo tempo, nos encarando incrédulos.

– Ora essa, parece que vocês já se conhecem! - Helen sorriu ternamente.

– Ela morava no mesmo edifício que o meu pai.

– O que faz aqui?

– Eu estudo aqui - cruzei os braços - O que você faz aqui?

– Vou começar a estudar aqui.

– Isso não è lugar para crianças garotinha.

– Eu não sou criança, já tenho 18 anos - me encarou furiosa - e não me chame de garotinha!

– Jace? - Helen se pronunciou, nos olhando com preocupação - poderia entregar o resto aos meninos? Preciso ir.

– Claro, Hells. - Sorri.

– Obrigada - ela sorriu - então eu vou indo.

– Eu vou com você Helen.

– Tudo bem - colocou sua jaqueta rosa - até mais!

– Até.

A ruiva deu uma última olhada furiosa para mim e saiu do local seguindo Helen.

Ri logo depois e encarei o lugar do qual ela havia ido embora.

Então quer dizer que a ruiva vai estudar aqui? Interessante.