A Little Piece Of Heaven escrita por Moonie


Capítulo 10
Capítulo sete - A hora das respostas.


Notas iniciais do capítulo

CHEGAY! Agradeço a todos que comentaram o capítulo anterior.
Nesse bendito capítulo, que eu pari com todo o esforço do mundo (HEUEHEUEHEUE), veremos o que a titia tá tramando.
Também veremos como a Thalia conheceu os amiguinhos
Veremos também quem das amigas da Thalia o Nich não odeia
E tambéeeeem, saberemos qual a cor natural do cabelo de Thalia. Palpites? HEUEHEUEHEU
Música mencionada no caps >> http://www.vagalume.com.br/linkin-park/lost-in-the-echo-traducao.html
Esse não é meu capítulo favorito, mas vamos que vamos.
Ah, e eu tenho um leve pensamento de que a Thalia é bipolar, pq olha aisjdf
Até lá embaixo.



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Não recomendado para menores de 10 anos.

Avisos: Palavras de baixo calão.

– O que diabos você está fazendo, Thalia? – Olhei para trás e vi que era Agatha, que havia chego. Droga, ela está puta!

Eu to tão fodida!

Com certeza minha maré de sorte se esgota por aqui.

– Eu... Érr... Hmm... Eu tava... – Pensa rápido, Thalia! – Tava baixando e passando uma música pro meu celular. Isso! Eu tava baixando uma música do Imagine Dragons!

– No meu computador e ainda com uma pasta pessoal aberta? – Ela colocou a mão na cintura, me olhando com um olhar fatal. Que bela desculpa Thalia, parabéns para você.

– Eu não sabia onde tinha parado, esqueci onde tinha salvado... No seu computador trava menos.

– Tanto faz. Podia ter pedido ao menos. Desligue e use o seu. – Ela virou as costas para mim e então eu não resisti.

– A senhora tá com medo que eu encontre sua pasta de pornôs, tia? – E comecei a rir vendo-a me encarar novamente com fúria. O que deu nessa mulher?

– Vá para o seu quarto. Agora. – Ela mandou pausadamente e eu larguei o computador, indo até meu quarto e me jogando na cama rindo. Dessa vez eu me livrei de um bom castigo!

Ainda estou intrigada... O que a tia tá aprontando? Por mais legal que essa mulher seja, tenho que admitir, ela consegue ser bastante misteriosa e assustadora quando quer.

O telefone fixo tocou, tirando-me de meus pensamentos. Quando fui atender, ouvi minha tia berrar da sala.

– Eu atendo! – E claro que aquilo aflorou minha curiosidade. Quando o telefone parou de tocar, eu fiquei o mais silenciosa que consegui e levei-o até minha orelha. Nem mesmo poderia respirar se não estaria fodida.

Agatha, você está mesmo maluca! – Era a voz... Da minha mãe?!

Eu só estou tentando ajudar. Deixe de ser idiota! – Agora era minha tia que dizia irritada. O que diabos está acontecendo?

Você não pode simplesmente chegar e arrancar o garoto daqui! – Garoto? Tipo, quê?

Eu estou tentando fazer tudo direito. Você sabe que é mais por ela. – Ela? Caralho deu um nó na minha mente agora.

E a garota, o que você vai fazer em relação a ela?

Ela já é bem crescidinha, só muito burra por ainda estar numa escolhinha furreca porque repetiu. – Pense Thalia, pense!

Então você simplesmente quer isso?

Ele já está emancipado dos pais, que mal há? Serei responsável por ele entre partes, apenas. – Chega, meu cérebro está doendo. Isso que dá ser loira natural. Bati o telefone de volta no gancho e encarei o teto, me jogando na cama. Certo, a tia vai trazer um garoto para morar com a gente? Então, aquelas passagens não são para ela? E essa tal garota? Eu conheço essa gente? O que eles são da tia? “Você sabe que é mais por ela”?

Eu deveria perguntá-la, eu deveria mesmo. Mas qual seria a reação dela? Provavelmente eu ficaria de castigo por ser fuxiqueira, ou então teria que ouvir um sermão de uma hora inteira. Mas se ela ao menos respondesse...

Sacudi a cabeça e resolvi pegar meu celular, pondo a música Lost In The Echo do Linkin Park e entrando no meu aplicativo de mensagens.

In these promises broken. Deep below. Each word gets lost in the echo. So one last lie. – Dei uma pausa na cantoria, vendo que Nicholas tava online. Como será que ele estava? - I can see through. This time I finally let you. GO! – E foi aí que uma lâmpada brilhou sobre minha cabeça. É isso! Não, não pode ser... Mas tudo se encaixa. Ela está mesmo fazendo isso?

Levantei da cama e joguei o celular e o fone com brutalidade na mesma, saindo do quarto e correndo pelos corredores.

– Eu não acredito que você ia fazer isso sem me falar! – Gritei apontando o dedo para a minha tia. A mesma me olhou com os olhos arregalados. É hoje que eu morro gente!

– Eu o que... ? – Ela fez uma cara confusa para mim, largando um pedaço de pão que ela comia em cima da bancada.

– Não se faça de sonsa! Eu ouvi a conversa no telefone! – Rapidamente coloquei a mão na frente da minha boca. Droga!

– Você o que? – Ela se aproximou de mim com os braços cruzados.

– Eu ouvi a conversa. Mas isso não importa você não vê o que vai fazer? Você é alguma maníaca que adora arrastar os outros para a França, tirando-os de sua vida? Eu não entendo qual o problema de vocês, adultos, achando que se nos jogar longe com uma pessoa desconhecida, a coisa fica maravilhosa! – Ela me lançou um olhar chateado e eu logo vi o que eu falei. Não vou fraquejar agora, mesmo que eu tenha sido estúpida.

– Primeiro, se você sabe bem de quem estamos falando, ele aceitou de imediato vir para cá. Ele perdeu a mãe, com toda a certeza do mundo o garoto não vai aguentar ficar lá. Você não se importa com o seu amigo mais?

– É claro que eu me importo com ele, mas ele com toda a certeza deve ter uma vida lá. E tem também a irmã dele, ela não é flor que se cheire, mas com certeza precisa de alguém por perto dela nesse momento!

– Oras, não era você que dizia que a irmã dele é uma cobra que não se importa com ninguém? – Eu a olhei confusa. Como ela sabe disso? – Sua mãe me contou... – Ela me disse como se tivesse lido minha mente. – E pelo o que eu saiba, a irmã dele não o prende lá. Ela sabe se cuidar. E ele não me parece ser do tipo que tem muitos amigos.

– Na verdade, ele só me tinha... E é um pouco próximo de Clarice. – Eu coço a cabeça. – Mesmo assim, isso é loucura.

– Você é parecida com sua mãe mesmo. – Ela faz uma cara feia. – Estou fazendo isso por você e ele. O garoto ficou até feliz por morar com alguém que conheça. Estou cedendo passagens e minha casa para não te ver com cara de cu pensando se ele está bem, sua ingrata. Por um momento ele ia recusar.

– Eu não fico com cara de cu. Eu só fico preocupada e não parece muito o estilo dele aceitar coisas assim, de cara, de uma estranha.

– Será que dá para parar de dizer que eu sou uma estranha na sua vida e na dele? Vocês se conhecessem tecnicamente, desde criança e eu também. Quando eu passei aquela temporada nos EUA, nós éramos muito próximas.

– Até você prometer ficar eternamente lá, mas depois voltar correndo para a França por causa daquele seu namorado, atual ex, praguento. – Eu bufei.

– Mas me diga, te irrita o fato de ajudar seu amigo? – Neguei. – Então porque essa raiva toda?

– Porque você tecnicamente virou uma estranha desde aquela época em diante e, se quiser mesmo ter a afinidade que tinha comigo antes, deveria saber que eu odeio que escondam coisas de mim.

– Era para ser uma surpresa! O que você tem contra surpresas?!

– Eu pensei que você ia me abandonar como naquela vez. Como meu papaizinho querido fez no dia em que soube que minha mãe estava grávida. Diga-me, é tão divertido assim me largar? – Despejei tudo em cima dela e virei o rosto para o lado, para não encarar sua cara de pena.

– Oooh minha pequena. – Ela me abraçou, porém eu não retribuo. – Me desculpe.

– Tanto faz. – Me afasto e a deixo lá, parada e totalmente sem reação. Volto para o meu quarto e resolvo ligar meu notebook para ver um filme. Minha cabeça está a mil e eu ainda nem sei por que despejei tudo isso em cima da minha querida tia e nem porque aquilo tudo me irritava. É tão estranho assim ter medo de ser abandonada, esquecida? Eu creio que não, mas não precisava dizer aquilo para a mulher. Eu fui rude, mas não darei o braço a torcer. No fundo, a única coisa que me incomoda foi ela não ter me contado e ainda ter ficado puta por eu querer descobrir. Eu prezo para que nós, seres humanos, mantenhamos uma relação com base na verdade e conversa. Poxa, eu estou morando com ela porque minha mãe me jogou para cá, porque ela me acha um tanto agressiva. Como eu enfio na cabeça dessa mulher que eu não sou nem um pouco agressiva? Se você ver, a Ambre e suas amiguinhas ainda estão com a cara intacta e cheia do reboco que elas chamam de maquiagem e ela me acha agressiva e sem chances de mudar. Eu não sou uma delinquente, caralho. Eu só não gosto que se metam comigo de forma desrespeitosa e tenho paciência curtíssima, mas fora isso...

Eu não desgosto de Agatha, no fundo. Pelo o contrário, ela me parece ser uma boa pessoa e eu realmente quero que ela se aproxime. Lembro-me dessa temporada que ela passou lá nos EUA comigo ainda criança, quando ela aparecia, era quando eu mais me divertia. Ela se vestia de fada, eu de princesa, Nicholas de príncipe e encenávamos um conto de fadas. Era engraçado ver o Nich de príncipe, ele ficava ridículo e ás vezes reclamava, mas era legal. Sim, eu conheci Nicholas quando era criança. Fizemos a mesma escolinha.

Sentei-me ao lado de um garoto de cabelos pretos, eu me sentia um pouco perdida naquela sala. As outras crianças eram bastante barulhentas e brincavam em grupo, algumas estavam sentadas desenhando e a professora apenas olhava.

Inclinei a cabeça de lado e olhei para o desenho do garoto, logo em seguida, para o meu. Ele desenhava uma formiga e eu uma flor, só que a formiga dele estava bem mais bonita.

– Formigas são legais. – falei com aquela voz irritante que toda criança tem. – Menos aquelas que mordem e dói.

– Eu gosto das formigas que mordem...

– Mas não deve gostar que elas te mordessem.

– Não dói tanto assim. – Ele riu.

Eu ri com essa memória. Realmente, crianças tem um papo muito estranho... Falar sobre formigas não era a coisa mais normal do mundo. Ele foi o único que eu conheci desde criança e claro que houve um tempo que eu me afastei dele, e foi aí que eu conheci as meninas.

Eu encarava uma garota que tinha os olhos verdes fixados no livro que ela lia. Romeu e Julieta. Lindo, porém tosco.

Aproximei-me dela e sentei na escadaria que ela estava.

– Romeu e Julieta são uns belos clichês e o Romeu é meio burro. Como diabos ele se mata, tendo certeza que ela está morta, se ela ainda respirava? Prefiro Orgulho e Preconceito. Mr. Darcy é bem melhor do que o Romeu. – A garota me encarou e começou a gargalhar.

– Você realmente não sabe de nada, aliás, Mr. Darcy é um grosso. Nem terminei de ler, porque a minha vontade de espancá-lo não permitiu.

– Queeee? – Abri a boca em formato oval. – Mr. Darcy é um sonho!

– Está mais para pesadelo. – Ela continuou rindo, até que parou e fechou o livro. – Me chamo Clarice, e você? – Ela estendeu uma das mãos.

– Thalia. Chame-me de Lia. – Sorri e apertei a mão dela, com isso, o sinal tocou e ela levantou junto a mim, pegando meu braço e me puxando até a sala que incrivelmente, era a mesma.

– Vem, vou te apresentar as minhas amigas.

Sim, foi Clarice que me apresentou Irina e Elise. Minha primeira impressão de Elise foi horrível, pois antes de ter conhecido Clarice, eu havia esbarrado em Elise e ela me tratou muito mal, mas aos poucos, fui gostando dela. Irina era um pouco bruta e grossa, porém era uma boa garota. Naquela época, Clarice era mais acessível para as pessoas desconhecidas. Depois que seu pai morreu, ela se fechou para os estranhos e um pouco para os amigos, menos para mim. Eu entendia como era “não ter” um pai.

O legal é que eu só conheço as pessoas, atrapalhando elas e intrometendo-me em suas vidas. Que coisa linda, Thalia.

O estranho é que algum tempo depois, Irina em uma brincadeira revelou que tinha uma queda por mim. Foi um tanto vergonhoso, pois foi aí que ela realmente descobriu para que lado do time torcia.

Essa queda passou quando eu falei que gostava de homens e nada mais. Tempos depois eu conheci Kate e claro, tratei de apresentar a novata para minhas amigas. Então, tecnicamente eu sou a madrinha desse namoro e eu já sabia o que a Irina enfrentava recentemente, ela conseguiu uma brecha do castigo para me ligar. Os pais dela são ridículos.

– Garotas! – Gritei, ainda puxando Kate pelo braço. – Essa é Kate, a novata.

– Olá. – Elise cumprimentou indiferente. – Me chamo Elise.

– Elise é a simpatia em pessoa. – Eu dei um leve empurrão em Elise.

– Oi, sou Clarice. – Clarice deu um sorrisinho.

– E aí, me chamo Irina. – Cumprimentou a outra, olhando-a de cima a baixo.

– O-oi. – Respondeu a loira, um pouco intimidada.

– Fique calma, ela não morde. – Eu ri e assim nós saímos andando pelo corredor, conversando.

Ao contrário de como conheci os outros, eu não atrapalhei Kate e sim ela que me atrapalhou enquanto eu tava discutindo com o meu celular, que havia desligado sozinho. Eu sou muito normal.

Depois de tanta nostalgia, acho que vou assistir Orgulho e Preconceito, mas antes...

“Adivinha o que eu to assistindo, Clari! Romeu e Julieta, só que não. Orgulho e Preconceito, porque o Mr. Darcy é outro nível:*” Enviada.

E assim, dei play no filme para aproveitar o fim de semana, que já está no fim. Acabou até que eu me esqueci da raiva que sentia a algum tempinho atrás.

Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e a amo ardentemente.

–x-

Conversa explicativa: aqui.

Segunda parte: aqui.

E se a Thalia se vestisse de princesa todos os dias, igual a tia? Aqui.

Thalia versão criança: aqui.


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Notas finais do capítulo

SIMMMMMMM, a Thalia gosta de Orgulho e Preconceito. E eu também. Mr. Darcy!!!
Aqui deu uns bugs loucos, então vejam os extras no final do caps.
Esse capítulo foi beeem difícil de escrever...
O que acharam? Mereço reviews?
Querem me matar pelo fato que a Clari gostava do Nich? Ou será que ainda gosta? -qq
No próximo temos a volta ás aulas e a polêmica personagem nova. Palpites? Ideias? Eu ainda não tenho a personalidade dela ao certo, então cuidado com o que dizem HEUEHEUE
Thalia era loira e fofa, amooooo!!!
Eu ia fazer um pequeno Nich, mas não achei o joguinho no Rinmaru.
Qualquer erro, seja de escrita etc, me digam!
Até sabadão, galera.