Endless Love escrita por STatic


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Oláa amores!!
Então vocês gostaram do último capítulo e nossos trinta bebês??? lasçklçasjdi Pobre Kate... Mas sério, eu fiquei muito feliz que gostaram, por que amei e me diverti muito escrevendo.
Muito obrigada pelos comentários incríveis, vocês me fizeram rir e são umas lindas e eu quero abraçar todas oajsdasjajsh
Então, aqui estou com outro capítulo, espero que gostem!



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Castle POV

Eu podia entender as inseguranças dela. Quer dizer, eu já havia sido pai e ainda assim ainda me perguntava se me sairia bem, por que, obviamente, cada criança era diferente. Alexis havia sido uma dádiva, com toda a maturidade e força. Mesmo hoje, ela ainda era capaz de me surpreender.

Fazia apenas uma semana –apenas sendo uma figura de linguagem, porque havia sido provavelmente a semana mais longa da minha vida, com todas as horas deitado e as enfermeiras e o medicamento que me fazia dormir durante um bom tempo- que eu estava no hospital, e o médico havia acabado de me dar a notícia que eu mais ansiava por ouvir nos últimos dias: Eu poderia ir pra casa no fim do dia.

Durante o tempo em que fiquei ali, as visitas eram constantes. Minha mãe, o pessoal da delegacia –incluindo a capitã Gates-, Jim e Alexis se tornaram uma presença comum por ali. Enquanto eles revezavam seus horários afim de passar algum tempo me fazendo companhia, Kate era a pessoa que não saía do meu lado. Ela ficava ali dia e noite, e nas raras vezes em que eu conseguia a convencer de ir para casa, ela voltava poucas horas depois, com uma roupa diferente e algum livro.

“É impossível dormir sem você, e a culpa é toda sua.” Ela havia dito, e quando eu perguntara porque, ela respondera com um simples “você é viciante” e um sorriso, antes de voltar para a sua leitura. Bom, eu não iria discutir com ela. Ela também era viciante.

Gates havia sido nada além de apoio durante esse tempo, deixando que nós decidíssemos o que seria melhor e quando voltar, concordando que o mais recomendável era Kate voltar quando eu voltasse. Nós também havíamos contado a ela sobre a gravidez, e ela foi rápida em dizer que estávamos obviamente condenados a fazer papelada. Victoria Gates demonstrara uma animação fora do comum ao ouvir as notícias, dizendo torcer por nós e que estava realmente feliz.

E então, depois de todo esse tempo, eu finalmente tinha tido alta.

–Eu tenho uma consulta agora. –Kate disse quando o médico saiu, parecendo nervosa.

–Consulta? –perguntei confuso. Será que ela havia marcado uma consulta sobre o bebê sem mim?

–Burke. –ela responde.

–Oh, certo. – Ela ainda via o médico ao menos uma vez por semana.

–Eu posso faltar...

–Não pode, não. Kate, eu vou ficar bem. O médico disse que me liberaria dentro de algumas horas, você pode ir e eu ainda estarei aqui para irmos pra casa juntos.

–Eu sei. –suspirou e se levantou da cadeira, se sentando na beira da cama, as mãos nas minhas. –Eu não quero te deixar sozinho.

–E eu não quero que você vá sozinha... Mas também não quero que perca as consultas.

Ela olhou pra mim e sorriu. Eu achava que não podia me apaixonar mais por Kate Beckett, mas toda vez que ela sorria eu me provava errado.

–Isso não é justo. Eu não vou estar sozinha. –Passou a mão levemente sobre a barriga ainda plana e Deus, aquilo era tão lindo!

–Você tem razão, isso não é nada justo. Eu estou com inveja!

Ela riu. –Bem, a não ser que nós renasçamos como cavalos-marinhos, essa coisinha vai continuar bem aqui por mais alguns meses.

–Cavalo-marinho... Não, obrigado. –digo e ela ri novamente. – Quanto tempo você acha que está?

Ela pensou por um segundo e depois sacudiu a cabeça. –Não tenho ideia. Acho que só vamos saber quando formos ao médico. Eu vou marcar quando você estiver melhor, porque eu já avisei que você não vai sair do meu lado se não quiser perder o bem precioso.

–É, nós não queremos que isso aconteça.

–Não. –ela sorri e se inclina, me beijando. –Eu preciso ir.

Suspiro. –Tudo bem, eu vou ficar aqui te esperando.

–É bom que esteja. –disse em um tom mandão, se levantando e soprando um último beijo, antes de se virar e sair pela porta.

Aquilo me deixou com um sorriso no rosto. Kate sempre me surpreendia, mas quando ela fazia coisas assim, simples e naturais, eu podia ver o quão longe nós havíamos chegado.

Mas para cada quilômetro que percorríamos, outro milhão aparecia em nossa frente, cheio de possibilidades.

Kate POV

–E então, Kate... Como você está? Muita coisa aconteceu nos últimos dias. –Dr. Burke diz quando nos sentamos em sua sala.

E ele tinha razão, muitas coisas tinham acontecido desde a minha última ida ali. Eu descobrira uma gravidez, meu marido havia sido baleado, novas memórias haviam surgido e agora eu estava indefinidamente presa a mesa na delegacia.

–Bem, considerando tudo.

–E como está o Sr. Castle?

–Ele está cada dia melhor! –respondo mais empolgada. –Sai do hospital hoje, aliás.

–Isso é ótimo. –ele reponde com um sorriso sincero.

E era mesmo ótimo. A semana no hospital havia sido mais simples do que eu imaginara, estando sempre junto de Castle, conversando ou simplesmente fazendo nada, apenas ouvindo a respiração um do outro, e ainda me deixava maravilhada como havíamos chegado a um ponto em que palavras não eram necessárias, e o silencio jamais era constrangedor. Nós nos satisfazíamos em apenas estar nos braços um do outro, sentindo a presença reconfortante que cada um transmitia, nos lembrando que estávamos ambos ali, vivos.

Quando acordei naquele hospital, eu jamais imaginara que algum dia estaria assim. Era absolutamente maravilhoso.

Mas ainda assim, as noites confinadas naquele quarto que me lembrava demais o meu próprio a alguns meses atrás não eram as mais agradáveis, e eu me peguei presa em um pesadelo em uma ocasião, acordando fria e trêmula. Mas eu não iria embora. Então, apesar de ter sido mais simples do que eu imaginara, eu estava além do alívio quando o médico o liberou para ir pra casa.

–É maravilhoso. –concordei. –Eu estou ansiosa com o que temos pela frente.

–Como? –perguntou, parecendo levemente confuso, o que era estranho, já que ele parecia me conhecer mais do que eu mesma, pra variar.

E ah, certo. Ele não sabia sobre o bebê. Bom, nós tínhamos combinado de esperar um pouco para contar pra todo mundo- ao menos os que já não sabiam-, mas acho que isso excluía meu médico da equação.

–Eu estou grávida. –anunciei, o sorriso se formando automaticamente, como acontecia todo vez em que eu falava ou mesmo imaginava algo sobre o assunto.

–Meus parabéns! –ele exclamou surpreso, parecendo genuinamente feliz. Eu gostava do Dr. Burke. Ele era sincero, e realmente se importava comigo, o que me deixava mais aberta para conversar. –Eu estou feliz por vocês, é bom ver as coisas começando a dar certo.

–Finalmente. –eu ri e ele me acompanhou.

–E você está feliz?

–Claro! –respondi automaticamente e ele esperou. –E apavorada. E com saudades da minha mãe. E nós com certeza teremos cinco bebês.

–Cinco? –ele perguntou com uma cara divertida, e eu apenas dei de ombros. Não estava disposta a ter aquela discussão novamente. –Do que você tem medo?

–Eu não sei... –suspirei e pensei por um segundo. –Quer dizer, eu obviamente não sei o que estou fazendo, e nem vamos entrar no assunto eu-não-me-lembro-da-minha-vida. E se eu não for uma boa mãe? E se eu quebrar a criança? E se eu quebrar meu filho? Eu tenho um histórico grande de estragar as coisas, até onde eu sei.

–Eu vou te contar uma coisa. Algum tempo antes do seu acidente, você me disse que estava pensando em ter filhos... E sabe de uma coisa? Suas inseguranças eram basicamente as mesmas de agora.

–Ao menos isso não mudou.

–O que eu quero dizer é –ele continuou como se eu não tivesse falado. – você já teve essa duvidas antes, assim como a maioria das pessoas tem. E o fato de você se preocupar tanto, já significa que você será uma boa mãe.

–Mesmo com uma porcaria de memória? –perguntei.

–Mesmo com uma porcaria de memória. –ele confirmou. – Isso não vai afetar em nada, acredite em mim. Apenas converse com o Sr. Castle quando estiver insegura, e ele vai te ajudar, assim como você fará o mesmo por ele. E curta o momento, Kate. Ele voa.

–Certo. –murmurei sem muita convicção, mas ainda assim grata. Ele tinha razão, afinal. Castle e eu estaríamos juntos nessa, e eu devia aproveitar minha gravidez como qualquer mulher normal. –Queria que a minha mãe estivesse aqui.

–Por que?

–Por que ela é minha mãe, oras! E eu queria que ela estivesse aqui pra ver isso, e conhecer Castle, e meus filhos, e compartilhar isso conosco... - Meu olhos estavam começando a se encher de lágrimas e que tipo de pergunta era aquela, afinal de contas?

–Bom, ela não está aqui, mas eu tenho certeza que ela estaria orgulhosa... Kate, você conseguiu viver com isso, vai conseguir de novo.

–Eu sei! Eu só me pego pensando nela as vezes, agora mais do que nunca, e imaginando como seria se ela estivesse aqui...

E eu imaginava mesmo. Eu amava a minha mãe, mesmo com tão poucas memórias sobre ela. A maior parte dela eram felizes e cheia de sorrisos, com exceção a daquele beco horrível, naquela noite fria. E eu a amava mesmo, e não podia deixar de imaginar: Ela gostaria de Castle? Que pergunta idiota, ela o amaria. E como ela seria com Martha e Alexis? Com meus filhos? Uma melancolia sempre me atingia quando pensava sobre aquilo.

–E você sempre irá imaginar... Ela era a sua mãe, e nada nunca vai mudar esse sentimento. Você só vai ter que aprender a lidar com isso.

Balancei a cabeça, por que, é claro, ele tinha razão.

Continuamos conversando até o fim da hora, e em algum momento eu havia passado a responder suas perguntas com acenos da cabeça ou monossílabas, de modo que a conversa foi morrendo. Meus pensamentos estavam cheios de Castle e em como eu queria levá-lo para casa.

Ao fim da sessão, me despedi do médico, recebendo um “transmita meus parabéns ao Sr. Castle” de volta. Havia tudo sido muito proveitoso, mesmo considerando minha falta de concentração no final. Minhas inseguranças continuavam ali, mas eu estava mais calma, de fato. Eu só queria aproveitar ao máximo todos os momentos com minha família.

Quando finalmente voltei ao meu carro, dirigi o mais rápido que o bom senso e as leis de trânsito me permitiam. Sempre que eu pegava o carro, me lembrava de exatas duas coisas: O acidente que levara a minha atual situação, e a primeira vez que eu dirigi novamente depois dele. A maneira que minhas mãos tremiam e o quão apavorada eu estava. E minha situação com Castle naquele dia, após aquela briga horrível. Ainda me impressionava o quão longe havíamos chegado em tão pouco tempo.

No hospital, eu entrei no quarto no momento em que o médico terminava de falar com Castle e pela expressão em seu rosto, não parecia ser algo muito agradável.

Fiquei na porta escutando tudo o que o médico dizia –mesmo ele já tendo dito aquilo pra mim mais cedo, naquele mesmo dia-, e quando ele se despediu, eu entrei de vez no quarto.

–Ei, aí está você! –me cumprimentou com um sorriso animado. –Já estava imaginando se teria que dirigir pra casa.

–Você não tem um carro aqui. –lembrei-o. – E não vai poder dirigir por algum tempo, ordens médicas.

–Ah, então você sabe sobre isso... Nada de exercícios físicos. –ele parecia exasperado. –Como eu vou fazer isso?

–Como se você fizesse muito exercício físico, Castle. –eu ri da cara que ele fazia. Era como uma criança privada de seu brinquedo favorito.

–Laser tag conta como atividade física, só pra você saber. –ele se levantou e se aproximou, me abraçando apertado. Eu senti falta daquilo, mais do que eu achava possível. Mesmo termos estado próximos nos últimos dias, ele não havia estado de pé por muito tempo e o contato físico era tristemente limitado. –Mas você sabe que não era disso que estava falando, Sra. Castle.

Mas é claro que não.

–Ah, mas eu sei exatamente do que você está falando. –ri em seu ouvido. Seu rosto estava encostado ao meu, e pude sentir o sorriso se formando nele. –Nada de sexo pra você, Sr. Castle.

–O que só significa nada de sexo pra você também, meu amor. –ele disse sem pestanejar e depois parou. –Certo?

Eu ri alto para o tom inseguro da sua voz. –Certo! Mas eu posso dar um jeito. Aliás, não sou eu quem se acende até com uma mordida nos lábios.

Mas quem é que eu estava querendo enganar? É claro que era!

–Sei. –ele deu uma risada. –Espere só até seus hormônios ficarem todos eriçadinhos... Você vai implorar por isso aqui. –me apertou mais forte.

Tudo bem, eu não tinha pensado nisso ainda.

Me afastei um pouco pra olhar em seus olhos.

–Bem, então vamos torcer para você estar melhor até lá. –sussurrei e me aproximei novamente, o beijando.

–Oh, eu vou estar tão melhor! -murmura quando nos separamos, e eu não posso evitar rir do seu tom de voz.

Era melhor que estivesse mesmo.

Nenhum de nós estava muito animado para o tempo em repouso, mas teríamos que fazer dar certo. Por que no fim das contas, o que vinha depois de uma longa espera sempre era compensador.


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Notas finais do capítulo

Eu estou tentando adiantar alguns capítulos pra não ficar tanto tempo sem postar, então não desistam de mim, eu amo vocês!! hehah
Enfim, me contem o que acharam, e se tem algum pedido para os próximos capítulos! Está aberta a temporada de amor em Endless Love -tuts- e temos uma gravidez pela frente, então se tiverem pedidos, já sabem...
Beeijos!