Endless Love escrita por STatic


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

*saindo debaixo de uma pedra* Oláa amoress!
Vocês já sabem o motivo da minha demora absurda né... Começa com facul e termina com sua vida. Entenderam? ahhahah ai que piada horrível.
Enfim, desculpem a demora!! Eu amei -como sempre- os comentários no último capítulo! Muito obrigada, vocês são incríveis, já sabem!
E muito obrigada katebecks, Karina Always e ClauCaskett que favoritaram!!
Depois de quase um mês de demora, aqui está capítulo novo! Aliás, me disseram que não se importam com capítulos grandes?! Eu tenho que admitir que as vezes me da uma preguicinha... Maas o fato é, que bom que vocês não se importam porque esse está enoorme! Espero que gostem, e que o amor alivie um pouco a dor e sofrimento desse começo de temporada!! Foram dois episódios incríveis, mas que quase me desidrataram.
Então tá, boa leitura!



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Kate POV

Por mais que eu já tenha ouvido um número inacreditável de “não foi sua culpa”, por mais que já tivesse visto e falado durante aqueles – poucos- minutos com Castle e por mais no fundo eu realmente soubesse que não era mesmo minha culpa, o sentimento se recusava a me abandonar.

Desde o segundo em que eu ouvi o disparo e percebi que ele havia sido atingido, até aquele momento, a sensação não desaparecia e cada vez mais eu me sentia sufocada, como se tivesse uma mão invisível em volta do meu pescoço, o apertando e impedindo a passagem do ar.

Martha havia quase perdido o filho. Alexis havia quase perdido o pai. Eu havia quase perdido o amor da minha vida e meu recém-descoberto bebê havia quase perdido o pai, sem sequer ter tido a chance de o conhecer.

E aquele pensamento não saía da minha cabeça.

Eu ainda não tinha saído do meu lugar ao lado de sua cama. Eu precisava estar ali quando ele acordasse, precisava falar com ele –sóbrio-, mas sabia que assim que Martha e Alexis voltassem, eu teria que deixá-lo. Afinal, só eram permitidas duas pessoas de cada vez dentro do quarto, e elas também precisavam dele.

E foi assim que aconteceu. Algum tempo depois que Castle voltara a dormir, meu pai aparecera na porta, chamando meu nome em uma voz contida.

Ele parecia preocupado, o que era compreensível, mas havia também um medo estranho no jeito com que ele me encarava. Talvez tivesse medo de que eu desmoronasse novamente. Talvez aquilo não fosse muito comum. Bom, sempre havia um primeiro.

Mas o que ele parecia estar esperando não aconteceu. No momento em que me virei e encontrei seu olhar, um desejo imenso de me jogar em seus braços e ser confortada tomou conta de mim. Dei um último beijo no rosto de Castle e me levantei, indo em direção à porta. Eu sabia que Rick não acordaria até em algumas horas, de qualquer maneira. Eu estaria lá quando ele acordasse.

Quando a porta se fechou atrás de mim, eu já estava em seus braços, me agarrando ao meu pai como se minha vida dependesse disso. Ele estava surpreso, eu podia notar, mas me abraçou de volta fortemente, me oferecendo o conforto que eu tanto precisava. Eu não chorava mais, apenas precisava desse momento, como uma garotinha assustada que corria para os pais depois de um pesadelo.

–Obrigada. – disse quando me afastei.

–Nada para se agradecer aqui, Katie. Eu sou seu pai, e você pode correr pra mim sempre que quiser. – ele respondeu, um sorriso sincero em seu rosto. – Como ele está?

–Ele vai ficar bem. – respondi, devolvendo o sorriso fracamente. –Deus, eu estava com tanto medo!

–Eu sei. Não deve ter sido fácil ver tudo em primeira mão.

–Não. – concordei. – Como eu deveria continuar com isso? Em um dos meus primeiros dias de volta às ruas meu parceiro é baleado, a um metro de distância de mim! –soltei. –Sabe de uma coisa? Talvez eu não devesse! Essa coisa de ser policial? Totalmente não é pra mim. Talvez eu devesse aceitar que nada vai voltar a ser como antes, aceitar que agora eu sou apenas uma sombra do que eu era antes! Uma sombra... Exatamente isso.

–Kate...

–Não, é sério! Eu deveria desistir dessa loucura toda e voltar para casa e apenas ser a esposa – e mãe, adicionei, mas não disse em voz alta – de alguém. –Apesar de a segunda parte me parecer maravilhosa, a primeira me fez sentir uma tristeza repentina. Apesar do pouco tempo, eu já amava meu trabalho. Amava o olhar das famílias das vítimas quando eu contava que eles haviam conseguido justiça, amava a satisfação de resolver um caso. – Quer dizer, eu nem mesmo fui capaz de impedir que meu parceiro levasse um tiro, pelo amor de Deus!

–Você sabe que não foi sua culpa.

–Sei? –eu estava lutando pra manter minha voz sob controle. –Ele estava bem ali e eu não pude fazer nada... Se...

–Sem “se”, Kate. –ele me cortou. – Você esteve lá por ele, e foi corajosa e ele está bem! Isso é o que importa agora.

–Mas... –tentei, dessa vez sendo interrompida por outra voz, vinda de trás de mim.

–Mas nada, Katherine. –me virei e encontrei Martha vindo em nossa direção. –Você fez tudo o que podia, eu tenho certeza. Richard vai ficar bem e nada disso é sua culpa.

Eu a olhei em dúvida por um momento, tentando muito acreditar em suas palavras e na honestidade em seus olhos. –Certo. –murmurei por fim, decidindo me apoiar nas palavras dos meus melhores modelos parentais no momento.

–Aliás, você é uma policial incrível, querida, qualquer um vai concordar com isso. –ela deu um sorriso antes de me puxar para um abraço, sussurrando em meu ouvido: -E você não deveria estar se estressando tanto assim. Especialmente agora.

Ela se afastou e eu vi em seu olhar um brilho cheio de significado, me fazendo perguntar se ela sabia. E como? Mesmo Castle, que me conhecia melhor do que eu mesma, só havia suspeitado de algo há alguns dias – antes mesmo até de mim. Como ela poderia saber? Ao que parecia, Martha Rodgers era, de fato, uma mulher de muitos talentos.

Eu apenas a encarei, piscando os olhos algumas vezes antes do meu pai perguntar:

–Onde está Alexis?

–Oh, ela está com Richard. Ele ainda está dormindo – ela informou quando fiz menção de me mover -, mas ela queria ficar mais um pouco.

Eu deveria falar com ela. Eu só podia imaginar como ela estaria se sentindo, e além do mais, eu estava louca para voltar para o lado de Castle.

–O que acha de um café, Jim? –Martha pergunta, se movendo para o lado do meu pai. Ele concordou e me deu um beijo na testa, afagando um pouco meus cabelos. Eu sorri. Era uma sensação boa. –Eu trouxe algumas roupas para vocês, crianças –ela continuou, descendo os olhos pela minha roupa ensanguentada. –Por que não se troca e vai ver Alexis? –eu era assim tão fácil de ler? Ou esse era um poder dos Castle’s?

Eu concordei, pegando a bolsa de sua mão e me apressando ao me trocar, sem ao menos desperdiçar uma olhada para o espelho.

Meus passos quase se transformava em uma corrida enquanto eu ia em direção ao quarto, encontrando uma Alexis calma, mas com os olhos um poucos vermelhos de um choro anterior, suas mãos unidas fortemente às do pai. A cena partia meu coração.

–Alexis... –comecei quando entrei no quarto, lançando um olhar para Castle, que ainda dormia pacificamente.

–Não, Kate. –ela me interrompeu. –Eu já sei o que vai dizer, e não, eu não te desculpo. Porque não há nada pra se perdoar, isso não foi sua culpa, ok?

Ela se levantou e veio em minha direção.

–Certo. Só...

–Não, nem uma palavra. Ele está bem, e não foi sua culpa. Apenas do idiota que puxou o gatilho.

–Eu o acertei também. –sorri um pouco.

–Ótimo. –ela disse e um olhar de culpa atravessou seu rosto.

–Tudo bem, não se sinta culpada. Eu me sinto do mesmo jeito. –garanti.

Ela riu um pouco e eu a puxei para um abraço, tentando transmitir todas as emoções que estavam me deixando louca agora.

–Obrigada. –sussurrei.

–Qualquer hora, Kate. – ela respondeu sorrindo, se afastando ao ouvir um movimento vindo da cama.

Nos viramos ao mesmo tempo, encontrando um Castle bem acordado e olhando pra nós, todo sorrisos.

–Vocês parecem um desenho animado, se virando assim juntas com essa expressão chocada. –ele riu da própria piada, me fazendo sorrir. –Eu não sei o que houve aqui, mas eu sou a pessoa doente, então todos esses abraços deveriam ser pra mim! –disse, parecendo desapontado.

–Você não está doente, pai. Você levou um tiro. –Alexis o lembrou enquanto revirava os olhos, caminhando até um lado da cama. Eu me dirigi para o outro.

–Bom, é quase a mesma coisa.

–Nem chega perto. –ela devolveu.

Eu sempre me divertia quando eles entravam em alguma discussão assim. Era sempre tão bobo e infantil, e podia durar dias, com ambos cheios de argumentos sem fim.

–Bom, eu vou ficar de cama por um tempo e alguém vai cuidar de mim. –ele assinalou. –Parece a mesma coisa pra mim.

–Oh Deus, eu não tinha pensado nisso! –Alexis parecia apavorada, suas mãos se erguendo e cobrindo sua boca. Eu estava prestes a perguntar, quando ela voltou a falar: -Bom, eu tenho aula, e a vovó também. –eu observei quando o olhar dela mudou de apavorado para provocador, desviando seus olhos de Castle para me encarar. –É, boa sorte com isso. – ela falou.

Eu estava totalmente confusa, o que só aumentou com a expressão ofendida de Castle enquanto ele dizia um “ei!”.

–O quê? –perguntei – “Boa sorte”? Com o quê?

–Você acabou de ganhar um passe livre para cuidar do paciente mais teimoso, dramático e impossível de todo o mundo! –ela disse, apontando com um dedo para o pai.

Tudo bem, eu definitivamente não tinha pensado sobre isso. Castle estava ferido e é obvio que precisaria de cuidados. Tendo aceitado isso, eu ficaria contente em cuidar dele, apesar do que Alexis tinha a dizer. Afinal, era apenas uma maneira de –talvez- diminuir minha culpa e compensar por tudo o que ele havia feito por mim.

–Ele não vai querer tomar os remédios, ou trocar os curativos, ou se levantar ou comer coisas saudáveis... –ela listou. –Totalmente teimoso. – sacudiu a cabeça.

–Eu não faço nada disso! – ele respondeu a filha com uma voz esganiçada, e depois se voltou pra mim, controlando a voz. –Eu não faço nada disso.

Eu ri e sacudi a cabeça.

–É... eu não acredito em você, gatinho. –disse e ele arregalou os olhos, começando a protestar. Eu levantei minhas mãos, o parando. –Mas, apesar disso, eu vou amar tomar conta de você.

Sendo o alvo da minha fala o Richard Castle, o que eu recebi como resposta foi uma arqueada das sobrancelhas e um sorriso malicioso.

–E eu vou amar ser cuidado. –disse, a malícia clara em sua voz.

–Ew! –Alexis reclamou. –E essa é a hora que eu saio. –ela se inclinou e beijou o rosto do pai. –Eu estou feliz que esteja bem. E que Kate esteja tão animada pra cuidar de você. Agora, nunca mais faça algo assim ou teremos um problema. –avisou.

Depois de um comentário sobre “cicatrizes o deixarem mais durão” de Castle, ela saiu.

No segundo em que Alexis saiu pela porta, ele se virou pra mim. Eu encarei aqueles olhos azuis por um longo tempo, me deliciando com o brilho alegre que havia ali. O simples pensamento de que eu poderia nunca mais ver aquilo novamente trazia arrepios por todo meu corpo.

–Então... –ele disse, erguendo as sobrancelhas.

–Então... –eu me fiz de desentendida. De repente eu estava extremamente nervosa. Não com medo da reação dele, claramente, mas sem saber o que – ou como – dizer aquilo. Deveria apenas soltar um “Babe, eu estou grávida”? Não me parecia muito romântico. Deveria fazer um tipo discurso antes? Dizer o quanto ele era importante pra mim ou o quão feliz e animada eu estava por essa nova fase? Me parecia muito piegas.

Então como eu faria aquilo da forma correta?

–Eu estou sóbrio... –ele continuou, aquele sorrisinho adorável no rosto.

–E eu, aparentemente, ganhei um paciente terrível. –respondi, podendo sentir a tensão irradiando de mim em ondas.

–Como eu disse, eu vou adorar.

–Ah, você não tem ideia! –respondi e ele arregalou os olhos em um choque fingido.

–Então acho que devíamos ir pra casa começar. –ele disse e eu me movi rapidamente para colocar minhas mãos em seu corpo, o impedindo de se mover. Não que ele fosse, mas era instintivo. Eu pude sentir todo o sangue deixar meu rosto no movimento repentino, minha visão ficando turva por um segundo enquanto eu tentava manter o equilíbrio.

–Ei, tudo bem? –ele parecia prestes a tentar se levantar de verdade dessa vez, e eu sorri um pouco para acalmá-lo.

–Tudo, já passou.

–Tem certeza? Você comeu alguma coisa o dia todo? Quer dizer, que horas são?

Aquele doce, doce homem... Preso em uma cama de hospital por causa de um tiro e ainda assim lá estava ele, se preocupando comigo.

–Lanie me obrigou... ela não sairia daqui até que eu comesse. –admiti. –E acabou de anoitecer.

–Que bom. Me lembre de agradece-la por colocar algum juízo nessa sua cabecinha linda.

Eu ri. –Certo. Mas você não devia se preocupar comigo, é você quem está no hospital.

–Detalhes... Eu sempre vou me preocupar com você, mesmo quando estiver preso em uma cama de hospital. Ou quando você estiver no trabalho e eu tiver que escrever pra tirar a editora do meu pé...

–Por que você ficou brincando de policial e esqueceu de escrever... –disse e ele sorriu, mas continuou como se eu não tivesse falado nada.

–Ou quando eu estiver em alguma turnê e nós só estivermos nos falando por Skype... Ou mesmo que eu perca minha memória e não lembre nem mesmo o meu nome...

–Como eu. –interrompi novamente e ele continuou com o mesmo sorrisinho e com o mesmo brilho nos olhos, mas não parou de falar.

–Eu ainda vou me preocupar com você. Por que eu te amo e eu não saberia o que fazer sem você acordando todos os dias ao meu lado, me dando o mais lindo dos sorrisos simplesmente por causa de um café, ou sem poder segurar você em meus braços e ouvir você suspirar meu nome... Ou sem esses olhos... Essa boca. –ele dizia, passando os dedos pelo meu rosto.

Eu estava prestes a chorar novamente, já podia sentir as lágrimas se formando. –Deus, eu espero que ele seja como você. –sussurrei antes de ao menos me dar conta do que estava fazendo.

Minha voz estava embargada e abafada pela sua mão, que ainda tocava os meus lábios. Ele parou o desenho delicado que fazia no meu rosto com as pontas dos dedos, seu olhar mudando do puro amor e emoção que ele estava sentindo, para extrema confusão e curiosidade.

–O quê? –ele perguntou, a voz também baixa.

Então era isso. No final, não havia uma maneira certa de dizer. Mas havia o momento. Havia a escolha de um momento perfeito, um momento que todos os envolvidos gostariam de revisitar todos os dias. Havia o momento especial e único quando duas pessoas que se amam mais do que qualquer coisa do mundo, reafirmariam seu amor e olhariam nos olhos um do outro, fortalecendo aquele laço com a adição de uma nova vida, uma vida que eles criariam juntos e seriam eternamente responsáveis. O momento que suas vidas mudariam para sempre, da melhor maneira imaginável.

Então eu simplesmente respirei fundo, e voltei a sussurrar, ainda parecendo incapaz de encontrar minha voz completamente. –Eu espero que ele seja como você.

Ele parecia ainda mais confuso agora, e as lágrimas finalmente fizeram seu caminho pelo meu rosto silenciosamente. Sua mão ainda estava no meu rosto, e ele tentava inutilmente secar as lágrimas com o polegar.

–Quem? – ele perguntou com a voz baixa e suave, como se não quisesse me assustar.

–Nosso filho. –disse de uma vez, minha voz falhando e um sorriso se formando através das lagrimas, como algum tipo de metáfora para tudo o que acontecera nas últimas horas.

Eu não sabia que reação esperar dele, mas tinha absoluta certeza de que ele ficaria feliz. Um bebê era algo que nós dois queríamos, mesmo antes do meu acidente e eu estava feliz de poder nos dar isso, sem ao menos estar tentando. Não que não houvesse muita prática...

Mas ainda assim, eu não esperava a completa falta de reação.

–Rick? – perguntei, começando a ficar preocupada. Ele não se movia e apenas encarava o nada, não parecendo estar muito presente.

Quando eu comecei a realmente ficar preocupada e fiz menção de me levantar e chamar a enfermeira, o sorriso que eu tanto amava e esperava ver apareceu em seu rosto, sua expressão incrédula e ele parecia completamente maravilhado.

–Eu... Você... – ele tentou encontrar as palavras. –O quê? –seus olhos se fixaram nos meus e toda a adoração que havia ali me tirou o folego por um momento. Seria essa a minha expressão quando eu descobri?

–Eu estou grávida. –disse. As lagrimas não eram mais tão frequentes agora, mas o sorriso parecia ter sido entalhado no meu rosto. – Nós vamos ter um bebê!

–Nós... Um bebê? Um bebê metade meu, metade seu? Que nós fizemos juntos? –ele riu, os olhos brilhando maravilhosamente.

–Bom, eu acho que sim... Eu não fiz sozinha! –ri também.

–Eu... Eu não posso acreditar! –agora ele tinha lágrimas pelo rosto.

–Então você gostou?

Ele me olhou com aqueles olhinhos brilhantes.

–Vem cá. –chamou, e eu me inclinei. Ele pegou minha cabeça entre as mãos e aproximou nossos lábios, me beijando lenta e brevemente, fazendo meu coração perder uma batida. –Se eu gostei? Kate... Eu com certeza sou o homem mais feliz de todo o mundo! –murmurou sorrindo, seu rosto ainda perto do meu.

–Eu também estou feliz. –disse, colando nossos lábios novamente, dessa vez em um beijo mais demorado.

Nos afastamos e ele se mexeu um pouco na cama, abrindo um espaço para que eu me sentasse ao seu lado. –Eu vou ter um bebê com Kate Beckett.

–Parece que sim. –eu ri.

Ele riu também, ficando em silencio por alguns segundos e depois: -Então... Você disse “nosso filho”... Você...

–Oh, não, eu não sei ainda. É só um palpite. Desde que eu descobri, na verdade até antes mesmo de olhar o resultado do teste, eu imagino um garotinho... – meu virei para ele. –Um garotinho com seus olhos e seu sorriso, vestido de super herói e correndo pelo loft...

–Intuição materna? –ele perguntou com um sorriso provocador.

–Talvez.

Ele pensou por um segundo.

–Então vamos ver como anda minha intuição paterna. –disse, parecendo bastante sério.

–Intuição paterna? Qual é... Você tem que estar brincando.

–Eu nunca falei tão serio em toda a minha vida, Katherine Beckett-Castle. –respondeu e se virou um pouco, tentando não forçar o ombro machucado.

Quando eu comecei a protestar o movimento, ele colocou a mão sobre a minha barriga, me deixando completamente sem fala e sem reação. Meu coração voltou a bater a quilômetros por hora, e as lágrimas novamente se fizeram presentes quando ele começou a falar.

–E então, pequenino... –ele começou em uma voz animada, mas claramente emocionada. Eu não me atrevi a falar nada e estragar o momento. Simplesmente segurei a respiração, por que aquela era a coisa mais maravilhosa que eu já havia sentido na vida. –Que tal você me contar o que nós queremos saber aqui, hã? Por que eu já vou avisando, a mamãe está sempre certa, mas nunca se sabe...

Ele parou de falar e ficou parado, como se estivesse de fato ouvindo algo. Depois de alguns segundos, ele voltou a falar.

–É uma menina. – disse tão confiante que quase me fez acreditar por um segundo.

–Qual é, você não pode saber assim! –protestei.

–Mas eu sei! É uma menina... Uma garotinha linda com seus olhos e os seus cachinhos... –ele suspirou. –E eu estou ferrado. –riu. –Intuição paterna. –concluiu.

Eu sequer me incomodei em perguntar o porquê de ele estar “ferrado”. Imaginei que talvez ele estivesse pensando em algo relacionado a namorados, e bom, ele já tinha experiência com Alexis.

–Você não sabe. –disse depois de encará-lo.

–Bom, vamos ter que esperar e ver. –ele riu e se inclinou para me beijar. –Eu te amo tanto!

–Eu também amo você. –respondi.

Ele levantou um pouco o tecido da minha blusa, se abaixando com extremo cuidado e beijando levemente minha barriga ainda plana. –E eu amo você também. -disse eu eu tive que me segurar para não cair aos prantos.

–Nós vamos mesmo fazer isso. –eu sorri quando ele se deitou novamente ao meu lado.

–E vai ser incrível!

Deitei minha cabeça contra seu ombro bom, fechando meus olhos por um segundo, respirando normalmente pela primeira vez no que pareciam anos. Nós iríamos ter um bebê, e ele seria tudo o que precisávamos para completar a felicidade do nosso pequeno mundinho.

CASTLE POV

Eu simplesmente não conseguia acreditar no quão perfeito era aquele momento. Um bebê. Uma pequena vida que nós tínhamos criado juntos, um aditivo à toda a felicidade que eu sentia todos os dias.

Um bebê com Kate Beckett.

Era como o sonho de toda uma vida se tornando realidade. Por que eu sonhava com aquilo. Sonhava desde muito antes de estar realmente com ela, muito antes de podermos dizer um ao outro o que sentíamos, muito antes do que ela provavelmente suspeitaria.

Um bebê com Katherine Beckett era o que fazia uma vida inteira valer a pena e, apesar do que ela dizia, a imagem de uma garotinha com aqueles olhos verdes e aqueles cachos delicados nos cabelos simplesmente não deixava a minha mente. Na verdade, não importava. Menino ou menina, eu o amaria mais do que tudo. Já amava.

Mas ainda assim, a imagem não saia da minha cabeça... Kate com uma garotinha nos braços, um vestidinho com babados, Kate penteando seus cabelos para cima como ela costumava fazer com os próprios, porque ela simplesmente “queria ser como a mamãe”. Eram cenas adoráveis.

Era o famoso “esperar e ver”. Quando chegasse a hora, nós descobriríamos. E eu mal podia esperar, por que, sem sombra de dúvidas, seriam os momentos mais felizes de toda a minha vida.

E ao olhar para a mulher deitada ao meu lado tomando todo o cuidado pra não me machucar, e observando seu sorriso caloroso e todo o brilho que ela transmitia, eu tinha ainda mais certeza disso.


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Notas finais do capítulo

Sem acabar na tortura hoje, estou evoluindo? hahahash O amor está de volta e eu estou bem feliz, apesar de ter amado escrever a sofrência heheh
Depois dessa próxima semana -passando as duas últimas provas- eu vou ter um tempo maior, espero, então vou atualizar mais vezes!
Espero que tenham gostado, e me contem o que acharam?!
Beeejos