Endless Love escrita por STatic


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

~~eu voltando aqui super envergonhada. Hey guys!
Sabem aquela época na vida em que tudo ta dando errado? Pois é, ta assim pra mim essas últimas semanas. E o meu lindo computador resolveu abraçar a causa e estragar de vez... Então não deu pra escrever nada... Nas férias... Tudo bem sjaskjklaskk Eu consegui outro computador, então aqui estou eu!
Antes, deixem eu dizer MUITO obrigada a Mari que chegou, leu tuuudo, deixou comentários lindos, favoritou e ainda fez uma recomendação maravilhosa que fez meu dia! Muito obrigada, eu amei cada palavra sua e fiquei além da felicidade! E obrigada todo mundo que comentou, vocês são incríveis!
Esse capitulo tem uma passagem pequena no tempo, mas é só pra não ficar muito entediante, vocês vão ver e é especialmente pra moça que eu não conheço mas que fez as mágicas computadorizadas lá e salvou todas as minhas coisas (e tinham muitas) nesse computador hahhahahh

Enfim, boa leitura! Espero que gostem!



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KATE P0V

Um som estridente me fez despertar de vez. Me virei na cama, tentando encontrar a fonte do barulho irritante, constatando que dessa vez era mesmo o despertador e não apenas minha imaginação ansiosa que me fizera acordar a cada cinco minutos nas últimas duas horas.

Fazia uma semana desde que Gates havia me liberado completamente para voltar ao trabalho, dependendo apenas dos resultados dos meus –vários- testes que ocorreram durante ela. Eu havia feito testes para diversas funções, tantas que eu mal conseguia me lembrar de todas, além das visitas ao Dr. Burke.

Por algum motivo, eu não havia ficado surpresa ao descobrir que frequentara um terapeuta durante anos. Talvez fosse algo de se esperar, considerando tudo o que eu havia descoberto sobre minha vida. O que me deixou surpresa foi o fato dele me conhecer completamente, conduzindo toda a conversa com uma facilidade incrível, sabendo tudo o que eu poderia estar pensando sem qualquer julgamento, apenas entendimento. Tudo bem, esse era o trabalho dele, mas ainda assim...

Eu, de alguma maneira, já devia ter me acostumado em não fazer ideia de quem as pessoas eram enquanto elas pareciam me conhecer de eras atrás, mas ainda assim achei estranho entrar naquele consultório e conversar com um completo estranho sobre mim, e sobre coisas que ele já parecia saber, enquanto eu não sabia completamente. Mas ainda assim, era reconfortante.

No começo da primeira consulta eu havia ficado hesitante, desconfortável e sem ter a menor ideia do que fazer ou falar, mas à medida que a conversa progredia sem qualquer pressão, a atmosfera ficou mais leve e a hora acabou por passar rapidamente. Eu havia me despedido com um sentimento mais leve e uma hora marcada para a próxima semana. Além disso, quando abri a posta do consultório e saí para a sala de espera, me deparei com o homem mais lindo do mundo esperando por mim, pronto para me levar ao próximo lugar da lista.

Era uma longa e cansativa lista, assim como a semana. Mas valeria a pena, se eu pudesse voltar a fazer o que tanto queria.

E poderia, segundo a ligação que recebi da capitã.

–Você vai precisar continuar com consultas com o seu terapeuta e algumas com um fisioterapeuta, para ser capaz de recuperar completamente sua forma física, além de permanecer exclusivamente dentro do distrito até segunda ordem, mas é um bom começo. Parabéns Detetive Beckett. -ela havia dito, a voz calma e parecendo satisfeita. E então:- Bem vinda de volta!

E foi isso. Eu tinha certeza que seria observada durante todo o tempo –e Castle concordava comigo, especialmente no começo- mas eu faria tudo certo, e tudo ia ficar bem.

E agora o despertador estava fazendo um barulho horrível e, apesar de eu já estar de pé no mesmo minuto, Castle se virou e se enfiou ainda mais em baixo das cobertas.

–Faz isso parar. –ele resmungou e eu ri. Ele não era nada matinal.

–Qual é Castle –me ajoelhei na cama novamente e o sacudi um pouco –é o primeiro dia! –ele não fez qualquer movimento, então peguei o travesseiro e o acertei. –O primeiro dia e eu não quero me atrasar!

–O primeiro dia e a detetive durona já está de volta. –ele murmurou se virando para me olhar. –O que aconteceu com os beijos de manhã cedo?

Eu sorri enquanto me aproximava, parando meu rosto a centímetros do dele.

–Você vai ganhar um beijo quando se levantar e ficar pronto! – falei mais alto e me afastei, levando o cobertor comigo. Continuei andando em direção ao banheiro, deixando um Castle reclamando para trás. Quando já estava embaixo do chuveiro, senti sua presença próxima a mim e me virei para encará-lo.

–Posso te ajudar com isso? –perguntou já dando um passo em minha direção.

–Ah, não. –ele me encarou incrédulo e eu segurei a risada. –Você sabe que se entrar aqui, não vamos sair tão cedo.

–Acho que posso viver com isso. –disse e entrou completamente, me fazendo dar um passo atrás enquanto pegava o sabonete e passava devagar nos meus ombros.

–Mas eu não! –disse, mas não o impedi de continuar o que estava fazendo, suas mãos descendo pelas minhas costas. –Eu não quero mesmo me atrasar no primeiro dia.

–Não é como se fossemos perder um grande evento se nos atrasássemos uma hora... –ele fez uma careta e depois acrescentou: -É papelada! Nós vamos fazer papelada!

A voz dele soava como se estivesse com dor e eu não pude evitar rir. –Oh, me desculpa se meu... hm... treinamento é tedioso demais pra você. – me virei para ele –Você sempre tem a opção de ficar em casa. –disse dando de ombros, me fingindo de ofendida. Eu sabia que ele não ficaria pra trás por nada nesse mundo.

E eu tinha razão, por que no mesmo segundo sua expressão mudou daquela mistura de malícia e horror –por ter que fazer papelada- para um choque absoluto.

–Não! –quase gritou –Eu... eu gosto de te observar fazer relatórios. -disse com a voz mais baixa, parecendo muito com uma criança que havia sido privada de seu brinquedo favorito.

–Assustador. –comentei com uma risada, levantando um pouco os pés e o beijando. –Bom dia.

–Agora sim! –disse quando me afastei –Bom dia. Está preparada?

–Nervosa. –admiti. – Mas sim, preparada.

Ele sorriu e me soltou, deixando que terminasse o banho. Terminamos de nos arrumar e algum tempo depois estávamos saindo pela porta, pronto para termos de volta outra parte da nossa vida.

–Nós vamos usar o seu carro? –perguntou. Eu havia conseguido um carro novo, e estava mais do que animada por isso. -Você vai dirigindo?

–Claro! Eu sou a detetive e me desculpa mas Castle, eu posso dirigir, eu estou sem memória mas não estou completamente invalida.

–Eu nunca vou poder dirigir, não é? –perguntou com uma cara adorável e emburrada.

–Não comigo no comando. –ri.

–E desde quando você está no comando? –perguntou perplexo.

–Desde que eu tenho um distintivo! –respondi orgulhosa.

–Isso é um absurdo. –murmurou, mas entrou no carro.

Depois de alguns minutos de silencio, perguntei:

–Então... Você não faz mesmo papelada, não é?

E a rotina dos próximos dias foi basicamente essa. Todos nos aplaudiram e vieram nos cumprimentar no primeiro dia, dizendo que era bom ter a nós dois de volta, o que me fez sentir mais confiante e acolhida. Mas depois do primeiro dia, era como se nada nuca tivesse acontecido; sem olhares curiosos ou abraços e boas-vindas. Tudo estava lentamente voltando ao normal, inclusive minhas credenciais e lugares onde eu poderia ir.

Castle havia ficado feliz como uma criança em uma manhã de natal quando eu finalmente –finalmente- ganhei minha arma, algemas e distintivo de volta. Foi no mesmo dia em que tive aprovação para voltar completamente aos casos, assim como para voltar para a rua. Eu tinha uma leve impressão que o maior motivo da felicidade dele era não precisar ficar tanto tempo dentro da delegacia e longe da ação. Mas por outro lado, ele havia ficado fielmente ao meu lado todos os dias durante as várias horas em que eu tive que reaprender tudo sobre o meu trabalho. Não era muito complicado, mas as vezes me frustrava. Eu conseguia me lembrar – as vezes- de já ter feito algumas daquelas tarefas, o que tornava tudo mais simples e me deixava mais ansiosa para poder voltar completamente a rotina.

E depois que o fisioterapeuta finalmente me liberou, e todos os outros testes que eu havia feito também me liberaram, inclusive o treinamento de tiro, que havia sido longo e onde eu pude contar com o apoio de uma plateia silenciosa –Ryan, Esposito, Castle e até mesmo Lanie estavam lá na maioria dos dias-, Gates também havia me autorizado a voltar às ruas, com a condição de que ao menos nos primeiros dias, os meninos iriam me acompanhar, juntamente com Castle.

Assim como hoje. Nós estávamos investigando o assassinato de uma mulher encontrada em um quarto de motel, vítima de estrangulamento, segundo a Lanie. Todas nossas suspeitas foram obviamente para um homem, devido a necessidade de força para matar alguém com as próprias mãos.

–Todas as pessoas que a viram disseram que ela chegou sozinha, e segundo as câmeras foi exatamente isso. –Ryan disse enquanto passava a gravação da noite anterior, próximo a hora da morte.

Ele continuou passando a gravação, acelerando algumas partes.

–Espera! –disse enquanto me aproximava mais da tela. –Ele está sozinho. –comentei e voltei a me levantar, muito mais animada do que há alguns minutos atrás. Eu estava ansiosa para achar um motivo para sair dali.

–O que um homem faz sozinho entrando em um motel? –Castle perguntou, um sorriso aparecendo em seus lábios.

–Encontra uma mulher que também entrou sozinha? –pergunto levantando um pouco as sobrancelhas.

–Ou só está procurando um lugar para passar a noite? –Ryan pergunta menos empolgado.

–É, não, eu gosto mais da nossa teoria. –digo e olho pra eles. –E então?

–Parece que nós vamos ter que ir até lá e perguntar quem é ele... –Esposito fala baixinho. Aparentemente os dois não estavam compartilhando muito do nosso entusiasmo.

–Então vamos!

–Oh, é verdade, você pode sair agora! –Espo diz, parecendo um pouco mais animado. –Vamos lá Chica, eu vou te ensinar como se faz para arrasar com um suspeito. –se levanta e passa por mim, indo em direção ao elevador, nem se importando com o fato de que provavelmente nosso tal suspeito nem estaria lá.

Eu pego minhas coisas e o sigo, assim como os outros.

–Você tem certeza que está pronta pra sair assim? –Castle me pergunta enquanto ligo o carro. Dirigir havia se tornado um hábito agora, algo tão fácil e natural pra mim quanto respirar.

–Claro! Eu vou ter cuidado e além disso, vão estar todos lá. –sorrio pra ele, tentando o tranquilizar –E olha, eu tenho algemas agora! –aponto para a minha cintura. –E agora eu posso algemar! –rio.

–Uh, algemas! Lembre-se, minha palavra de segurança é...

–Apples, eu sei. –completo sem pensar e poso sentir seus olhos em mim, mas não desvio o olhar da estrada. Isso era demais!

–Apples. –ele repete e posso ouvir o sorriso em sua voz.

Mais alguns minutos e estamos em frente ao motel. Os meninos já estavam por lá falando com alguém na recepção quando nos aproximamos.

–Sim, esse é o Roger! –o homem baixinho diz. – Roger Weber. Ele vem muito aqui. –lançou um olhar significativo para Castle, que riu antes de se virar para mim e voltar a ficar sério.

–E quando foi a última vez que você o viu aqui? –perguntou.

–Ele está encrencado, não é? Tem a ver com aquela moça que morreu?

–Nós só queremos conversar, senhor. Qual foi a última vez em que o viu? –perguntei.

–Hm... –ele focou o olhar por cima do meu ombro, hesitando antes de responder. Me virei e segui seu olhar. –Parece que agora. –o ouvi murmurar enquanto já andávamos na direção ao homem alto que era exatamente o mesmo da foto que carregávamos.

Quando Esposito se identificou, o homem que até então estava de costas se virou imediatamente, os olhos passando por todos nós, como se procurasse uma maneira de sair dali.

–NYPD –Esposito repetiu, ainda há alguns metros de distância entre nós. – Roger Weber? Nós precisamos fazer algumas...

Antes mesmo que Esposito pudesse terminar, ele estava correndo. E o mais impressionante, ele estava correndo em nossa direção. Ele veio muito rápido, mudando de curso e vindo diretamente para o meu lado, tentando passar por mim. Aparentemente, eu era o lado mais fraco do grupo.

Minha reação foi puramente reflexo. Quando eu percebi, já estava feito. No momento em que ele ficou próximo o suficiente, eu bloquei seu caminho e peguei seu braço, o levando até suas costas e fazendo pressão pra baixo com força, até que ele desistiu e seus joelhos se dobraram, o fazendo se ajoelhar e depois se deitar no chão.

Enquanto uma das minhas mãos o segurava no lugar, a outra tirava as algemas da minha cintura.

–Novamente: Nós precisamos fazer algumas perguntas. –disse enquanto colocava as algemas em volta dos seus pulsos, o puxando do chão e me virando.

O que encontrei foram três pares de olhos arregalados me encarando, as expressões chocadas dos três homens que me ensinariam como “acabar” com um suspeito.


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Notas finais do capítulo

Gente, esse final foi uma sugestão da Babi Q -muito obrigada heheh- alguns capítulos atrás e eu achei maravilhosa demais, então espero que tenham gostado!

Eu estou com alguns capítulos já escritos (isso mesmo que vocês leram), então não vou demorar... A não ser que mais alguma coisa aqui resolva estragar, mas nossa hahahahk Então vou dar um tempinho pra todo mundo ler, aí venho postar! Me contem quando lerem pra eu saber e correr aqui!
E me contem o que acharam também! Beeijos!



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