Endless Love escrita por STatic


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Duas vezes em quatro dias? Whaaaat?
Ooi amores!! Então, opiniões mais ou menos dividas... algumas acham que Castle foi demais, outras entendem e acham que Kate não está pronta mesmo, mas a maioria (eu inclusa) ta no meio -entendem os motivos dos dois. Mas todas sofreram com a sofrência (eu inclusa, de novo) ahauhaha
Esse capítulo não está tao tenso -do meu ponto de vista- mas acho que vão querer estrangular a Kate em algum momento aí embaixo... ~~mistério, mas não okasksak
Eu na verdade não ia postar capitulo hoje (apenas na sexta, acho), pq não tenho nada do próximo escrito ainda, mas um pedido me fez correr aqui, então cá estou! Enfim, o capítulo vai especialmente pra Grazie, eu espero que goste, e toda a sorte do mundo amanhã!
Agora, MUITO obrigada pelos comentários meninas, eu não me canso de dizer o quanto vocês são incríveis, então obrigada pelo apoio, sempre!
Ok, vamos ao capítulo, ele está maior, compensar pelo último pequenininho! Boa leitura e espero que gostem!



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Castle POV

E novamente estava tudo fora e controle. Depois de toda uma vida eu já devia ter me acostumado com isso: Em como as coisas mudam em um piscar dos olhos. Em um momento tudo está perfeito e calmo, e um segundo depois tudo o que se vê é uma confusão infindável.

Uma ligação é suficiente para fazer as coisas ficarem de ponta a cabeça.

Eu ficara chocado e apavorado com a proposta de Gates, e mais ainda quando Kate pareceu tão disposta a aceitá-la. Como ela poderia fazer isso?

Eu não queria perdê-la. Eu não podia.

Depois de tudo o que aconteceu, depois de cada pequena barreira ultrapassada, ela não podia querer jogar tudo para o alto e colocar sua vida em risco novamente! Eu estava confuso e com medo, mas acima de tudo, estava preocupado. Preocupado com tudo o que isso poderia causar.

Uma pequena parte do meu cérebro me dizia que tudo o que ela havia falado era verdade, que fazia pleno sentido. Me dizia que o fato de ela querer voltar as suas atividade normais, a sua vida normal, era completamente aceitável e favorável. Dizia também que era terrível o que ela sentia, sobre não saber quem é ou o que sentir, e que tudo o que eu devia fazer era correr até ela e abraçá-la, mostrar que eu estaria ali pra ela, apoiando-a, como sempre. Mas essa pequena parte era completamente ofuscada pela outra: A parte que me mostrava em detalhes aterrorizantes um carro voando pelo ar, como se fosse um brinquedo. Mas não era e dentro dele estava ela, sendo jogada para todos os lados. E eu era incapaz de impedir o pior de acontecer.

Tudo o que eu conseguia pensar enquanto entrava no quarto- o quarto que dividimos antes de toda essa loucura começar- era no olhar ferido de Kate enquanto ela se afastava de mim, dando a volta e batendo a porta do outro quarto.

A maneira que ela se afastou evitando qualquer contato comigo me torturava. Assim como as lágrimas que caíam incessantes de seus olhos, uma reação às minhas palavras tanto quanto as dela própria.

Ela estava magoada e assustada, dava pra notar, e o que eu mais queria fazer agora era correr até lá e abraçá-la, lhe garantir que daria tudo certo, que tudo ficaria bem novamente. Mas eu conhecia Kate e sabia que agora o melhor a fazer era dar a ela um pouco de espaço.

Tudo o que ela havia dito –cada palavra- ainda girava loucamente em minha cabeça, indo e vindo a cada segundo, trazendo consigo a imagem de uma Kate acuada e confusa, lutando para encontrar sentido no que estava acontecendo.

“Agora que eu não sou eu?” ela havia perguntado. A maneira sufocada com que ela havia dito isso mostrava o quão machucada e assustada ela realmente estava. Não foi o que eu quis dizer, é claro que não! Ela sempre seria a minha Kate, e eu havia dito isso a ela inúmeras vezes. Ainda assim ela parecia perdida e confusa, como se não sentisse que aquilo pudesse mesmo ser verdade. O que ela havia dito sobre ter aprendido a amar todos novamente, assim como tinha aprendido cada detalhe de sua vida me pegou de surpresa. O dia de hoje aparentemente estava regado de surpresas.

Eu em momento algum tinha imaginado que se sentia assim, como se não pertencesse aqui. Ela parecia tão feliz e satisfeita todo tempo! E apesar de tudo, eu tenho certeza que ela estava mesmo, pelo menos até agora. Eu sabia que ela só precisava de tempo. Tempo pra pensar e se ajustar. E então nós iríamos conversar e chegar a um acordo. Eu agora podia entender o porquê dela precisar tanto voltar ao trabalho, para ganhar um pouco de normalidade novamente. Ela precisava se sentir normal novamente e se ela iria mesmo fazer isso, eu deveria estar com ela, apoiando sua decisão e pronto para pegá-la se ela precisasse.

De repente me dei conta da tamanha bagunça que estava fazendo. Ela precisava disso e eu estava fazendo-a ficar com mais medo e mais insegura, quando deveria estar dando apoio. Mesmo que me sentisse apavorado.

Me levantei rapidamente da cama, sentindo a cabeça girar um pouco e olhei de relance para o relógio na mesa ao lado, surpreso ao perceber que já havia passado e muito a hora do almoço. Eu nem havia notado tamanho era a minha preocupação. Andei em direção ao quarto em que eu sabia que ela estava e bati levemente na porta, desejando o mais rápido possível que nós dois pudéssemos resolver isso.

–Kate? –tentei novamente quando ela não respondeu, e ainda assim não ouvia nenhum barulho dentro do quarto. Como era possível um ser humano não fazer um único som? Talvez ela estivesse dormindo. Com isso em mente, abri lentamente a porta, apenas para encontrar uma cama vazia e nenhum sinal de Kate. Andei até o banheiro e ela também não estava lá, assim como em nenhum lugar pelo que eu podia ver.

Desci as escadas com o coração aos pulos, o medo e a preocupação tomando lugar novamente quando não a encontrei em nenhum lugar lá embaixo também. Peguei rapidamente o celular e disquei seu número, o medo impossível aumentando novamente quanto escutei o barulho estridente e conhecido do seu celular tocando bem perto dali. Segui o som e o encontrei no sofá, a tela acesa com minha foto nela.

Me abaixei e peguei o celular, observando a tela se apagar e o silêncio que se seguiu quando eu desliguei. Onde diabos ela havia se metido? Voltei à cozinha, procurando onde geralmente as chaves do carro ficavam, sentindo um gelo percorrer meu corpo e meu coração quase parar de bater ao perceber que elas também não estavam lá.

Agarrei meu casaco no sofá e saí em direção à porta, desejando poder correr mais rápido e implorando mentalmente para que ela não tivesse saído a muito tempo e eu ainda pudesse impedi-la.

Kate POV

Eu com certeza estava ficando louca. Era a única explicação do porque eu estava fazendo aquilo. Minhas mãos tremiam enquanto eu tentava colocar a chave na ignição e ligar o carro. Eu sabia dirigir, eu podia fazer aquilo. E eu iria. Respirando fundo algumas vezes e constatando que minhas mãos haviam parado um pouco de tremer, eu finalmente fui capaz de colocar a chave no lugar certo e girá-la, o carro rapidamente ganhando vida.

De maneira que me parecia automática, coloquei o carro em movimento. Eu fazia tudo lentamente, tentando me sentir confiante atrás do volante, prestando extrema atenção a tudo o que eu fazia. Tudo o que eu pensava era que eu precisava fazer aquilo, e que deveria simplesmente relaxar e agir naturalmente, sabendo que eu já havia feito aquilo um milhão de vezes antes e que não havia me esquecido de como era. Assim como o endereço da pessoa que eu iria atrás agora.

Eu não fazia a menor ideia de onde Lanie morava, mas ainda assim me vi dirigindo pelas ruas sem hesitação, como se tivesse feito esse caminho todos os dias durante os últimos anos, quando na verdade não me lembrava de já tê-lo feito alguma vez.

Soltei a respiração que sequer percebi que estava segurando quando consegui estacionar o carro, minhas mãos voltando a tremer loucamente. Mas eu havia conseguido. Eu dirigi novamente, sozinha e sem causar sequer um acidente! Eu estava satisfeita comigo mesma, mas ainda assim completamente apavorada. Desci do carro –mãos ainda tremendo, respiração pesada- e olhei para o prédio que de alguma forma parecia familiar. Peguei o elevador e novamente sem precisar pensar, eu estava batendo em uma das portas, sendo recebida por uma Lanie surpresa.

–Kate? –perguntou enquanto me puxava pra dentro, sua expressão agora preocupada. –O que está fazendo aqui?

–Isso é que é recepção calorosa. –resmungo baixinho deixando-a me guiar até o sofá, meu corpo mais tremulo agora que a adrenalina estava passando.

–Deixe disso. –ela devolveu. –Você está tremendo! O que aconteceu? Como você chegou aqui? Cadê o Castle? –ela disparou.

–São muitas perguntas Lanie. –respondi, estendendo as chaves do carro pra ela, que parecia ainda mais apavorada agora.

–Você dirigiu até aqui? Sozinha? –eu apenas assenti, me encolhendo um pouco devido a sua voz alta e estridente. –Cadê o Castle? –perguntou novamente.

–Em casa.

–E ele deixou você dirigir até aqui sozinha? Nesse estado?

–Ele não me viu sair.

–Você é maluca, completamente maluca! Sabe de uma coisa? Eu nunca conheci ninguém com tanta tendência a fazer idiotices fatais!

–Eu estou bem. –disse revirando os olhos. –Eu consegui! – comentei, um pouco do orgulho que sentia escapando em minha voz.

–É conseguiu! –ela ainda parecia irritada, mas estava com um pequeno sorriso no rosto. –E eu vou conseguir te encher de tapas uma hora dessas, escute só. –Ela me olhou por um minuto, antes de completar. –O que nós vamos fazer com você Katherine Beckett- Castle? Meu Deus, o menino escritor deve estar completamente surtado procurando por você! –ela acusa e eu desvio o olhar, me sentindo um pouco envergonhada.

Apesar de tudo, ele devia mesmo estar morrendo de preocupação sem saber onde eu estava. Se já tivesse notado que eu não estava lá. Quando eu saí ele não estava em nenhum lugar que eu pudesse ver, mas a porta do quarto estava fechada, então ele provavelmente estava lá dentro.

–O que... –ela começou a perguntar, sendo interrompida pelo barulho do celular. Ela olha pra tela e a vira pra mim, o nome “menino escritor” aparecendo escrito ali, e eu tive que reprimir o sorriso. Lanie seria sempre Lanie.

Ela atendeu ao telefone e eu podia ouvir a voz alterada de Castle do outro lado, mesmo estando a essa distância.

–Ei, ei se acalma Castle! –ela fala mais alto que ele, me lançando um olhar reprovador. -É eu sei bem onde ela está. –fez uma pausa, nunca desviando os olhos de mim - Sim, ela está bem aqui, chegou a alguns minutos, tremendo feito uma maluca!

Eu ouvi a voz dele novamente, dessa vez parecendo um pouco mais aliviada. –Sim, ela me disse, mas Castle se acalme, ela está bem inteira aqui, desacelere! –ela disse, a voz baixa, mas autoritária. –Tudo bem, eu faço isso, não se preocupe. Tudo bem, tchau.

Ela desliga e me encara como se pudesse abrir um buraco em minha pele.

–O quê?

–Ele estava mesmo pirando. E não é pra menos também! O que você estava pensando? Podia ter avisado o coitado!

–Eu sei, me desculpa!

–Que diabos de crise é essa que fez você pegar o carro e sair por aí? Kate você sabe o que podia ter acontecido? Tudo bem, você sabe dirigir muito bem, mas mesmo assim! Podia ter acontecido alguma coisa, ainda mais nesse estado. -ela apontou para as minhas mãos ainda um pouco tremulas.

–Eu só precisava sair e... Sei lá, fazer algo e conversar então eu pensei... -eu estava desesperada e angustiada com ela jogando tudo assim pra mim.

–Tudo bem! –ela me corta rindo um pouco- Eu entendi, me desculpa ficar descontrolada, é que você me deixa louca de preocupação! Mas agora - ela muda de assunto sem qualquer cerimônia. –O que aconteceu?

–Gates me chamou pra voltar. –eu disse de uma vez e não podia prever a alegria em seu rosto ao ouvir isso.

–Isso é ótimo, Kate!

–É, bom, nem todos pensam assim. –murmurei meio amargamente. Ela entendeu imediatamente.

–Castle surtou, não é? –eu assenti. –Você sabe que ele só está preocupado, certo? –eu dei de ombros. –Kate, querida, ele está com medo! Você precisa entender o que ele passou, tudo o que ele já viu te acontecer. É normal que ele esteja assim!

–Eu sei! É só que... Eu também estou com medo, mas eu preciso tanto disso! E queria que ele me apoiasse, e estivesse lá comigo. –eu podia sentir lágrimas se formando em meus olhos e lutei pra impedi-las de cair.

–E ele vai estar, você vai ver. –tocou minhas mãos que estavam cruzadas no meu colo. -Ele sempre esteve! Vocês só precisam conversar e vão conseguir resolver isso.

–Eu sei. –repeti. –Eu só não queria conversar agora, queria pensar e...

–Isso é tão Kate! –ela deu uma risada- Então espere e quando se sentir pronta, converse com ele e se resolvam.

–Tudo bem. –concordei. –Obrigada Lanie.

–De nada querida. Só não demore demais, tudo bem? –ela sorriu e se aconchegou mais ao meu lado no sofá. –Agora, o que você anda fazendo?

No mesmo segundo senti meu rosto esquentar um pouco ao pensar em como meus últimos dias podiam se resumir, e obviamente Lanie não podia deixar essa passar.

–Ah, estou vendo o que você andou fazendo... Vocês, na verdade! Anda, me conte como e quando isso aconteceu! Detalhes Kate, detalhes!

–Lanie! Eu não vou te dar detalhes.

–Ah, qual é! Você nunca deixa eu me divertir! Só algumas coisas Kate, me de algo, qualquer coisa! –ela quase implorava e eu não podia deixar de pensar em como isso era exatamente o que eu precisava agora. Uma conversa amigável e sem tensão.

–Tudo bem! –eu concordei, e comecei a falar, vencendo a pequena timidez e me divertindo com as caras e bocas da médica.

Nós conversamos durante todo o resto da tarde e o começo da noite, e como eu não fiz qualquer menção de me despedir, Lanie acabou pedindo o jantar pra nós duas. Quando acabamos e limpamos a cozinha, eu resolvi que não dava mais pra evitar voltar pra casa. Além do mais, eu estava exausta. Foi um dia incrivelmente longo.

–Eu te levo. –ela disse, já pegando a chave do carro que eu havia a entregado mais cedo.

–Lanie não precisa! Eu vim até aqui dirigindo, posso voltar da mesma maneira.

–De jeito nenhum! Eu prometi ao Castle que ia te deixar lá sã e salva, e pretendo cumprir. Além do mais, eu posso pegar um taxi pra voltar.

–Tudo bem. –me rendi. Não ia adiantar discutir mesmo.

O caminho foi silencioso, e apenas quando paramos em frente ao prédio foi que ela falou.

–Pronta? É só ir até lá e quando estiver pronta falar com ele. Vocês vão se entender.

–Eu sei... Só estou nervosa, eu nunca tive uma briga com ninguém. Não depois de...

–Mas isso também significa que você nunca teve –ou não se lembra- sexo de reconciliação, e acredite, é ótimo.

–Meu Deus! –disse revirando os olhos enquanto saía do carro, ela fazendo o mesmo. –Boa noite Lanie, obrigada!

–Boa noite. –ela respondeu rindo e me entregando as chaves, me abraçando antes de acenar para um taxi que convenientemente passava por ali.

Me virei e subi, entrando em casa e quase dando de cara com Castle que ainda tinha uma expressão preocupada no rosto.

–Kate! –disse aliviado assim que me viu.

–Eu estou bem! –respondi colocando as chaves no lugar de sempre. –Me desculpe preocupar você, não foi minha intenção.

Continuei andando e passei por ele, indo em direção as escadas.

–Nós podemos conversar? –perguntou, a voz baixa.

–Agora não, eu estou cansada e preciso de um banho. –respondi tentando não soar rude. Eu estava magoada com o que ele havia dito, mas eu podia perceber o quão mal ele estava com tudo aquilo. Mas eu não queria falar agora. Estava cansada, física e emocionalmente, e só queria dormir um pouco, me desligar. -Eu dirigi hoje. Eu consegui e estou completamente bem! -informei, sem nem saber por que.

–Kate...

–Boa noite Castle! – completei e terminei de subir as escadas, entrando no quarto.

Foi só depois que saí do banho que realmente percebi que dormiria ali sozinha aquela noite, a cama de repente parecendo muito maior, como se ao me deitar, ela pudesse me engolir e me fazer desaparecer pra sempre.


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Notas finais do capítulo

Lanie... claramente a melhor pessoa hahahha
E então? Gostaram? Se vocês tiverem sugestões e quiserem compartilhar, eu amo! pokasaskk Enfim, me contem o que acharam amorinhos!
Beejoos eu amo vocês!



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