Depois Que A Chuva Parar escrita por Mandika


Capítulo 1
Capítulo 1 - Bem vinda a Los Angeles


Notas iniciais do capítulo

olá pessoal! Estou postando está história pq queria ver se dava audiência, mas talvez eu não tenha muito tempo para postar capítulos novos. Isso vai depender dos leitores e do meu tempo em relação a escola.
Espero que gostem. Beijos ♥



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Na cidade da luz existe um anjo. Um único e majestoso anjo, pronto para abrir suas asas e voar para longe. Para bem longe.

Você pode até pensar que essa é mais uma história clichê de drama adolescente e tudo bem, eu deixo você pensar assim. Podemos ter uma conversa melhor no final.

Em um dia como qualquer outro, em uma casa como qualquer outra, lá estavam eles. A família Ferguson sentada no sofá. Angeline, pacificamente apenas lendo um livro. Elena apertando o botão do controle, desesperadamente procurando um canal decente na tv. Loren vidrado em algum jogo qualquer em seu iPhone.

Elena, mãe de dois filhos, casamentos diferentes.

Loren, primeiro filho.

Angeline, segunda filha e fruto de um golpe.

Talvez você esteja perguntando quem será o centro de tudo, o eixo da roda e talvez você já imagine... Bem, vou te dar um minuto para pensar. Tire os olhos do livro e pense. Descobriu? De qualquer forma estão prestes a saber.

- Mãe?

Fazia um tempo que Angeline vem juntado coragem para perguntar se podia mudar-se para Los Angeles. Ah, esqueci-me de mencionar que eles moram em Paris? Sabe aquele lugar que tem aquela coisa alta e pontuda? Esse mesmo.

- Sim... – ela diz sem tirar os olhos da tv, frustrada.

- Eu estava falando com a vovó outro dia no telefone...

- Droga de tv. – Elena olha para a filha – Desculpe, querida. Continue.

- Ela perguntou se eu não queria visitar ela e eu estou pensando em ir. – Ela se preparou para gritaria, para a bronca que tomaria por pelo menos sugerir isso.

- Claro. Quanto tempo quer ficar por lá?

E então ela descobriu o porquê.

- Você não entendeu mãe. Eu quero ir e ficar. Tipo... Ficar em Los Angeles.

Ela derrubou o controle e até mesmo Loren tirou os olhos do celular.

- O quê?

- Eu não quero morar em Paris para sempre, mãe. Eu quero ver o mundo, saber de onde eu vim. – quanto mais a animação de Angeline crescia, mas o coração de Elena doía.

- Angeline, não acredito no que está me pedindo.

- Por favor, mãe. Passei dezesseis anos da minha vida sem conhecer meus avós, sem conhecer meu próprio pai...

- Seu pai me largou, ele não quer saber de você. Quer saber quem ele é? Isso é fácil. Pesquise no google “Hick Sins”. – Elena levantou-se do sofá e começou a gritar enquanto tentava impedir de chorar.

- Eu sei quem ele é. Eu quero conhece-lo.

Foi então que começou. Elena caiu de joelhos soluçando.

- Qual o seu problema? – Loren se jogou no chão para amparar a mãe.

- O meu problema? Eu pergunto o mesmo. Qual é o desespero de se esconder? Por que a ânsia de viver nas sombras? Vocês querem continuar nessa vida? Façam o que quiser. Mas eu cansei, quero poder ver a luz do sol.

- Deixa de ser dramática. – Loren revira os olhos.

Elena respira fundo, enxuga as lágrimas e se recompõe.

- Angeline, tem alguma coisa que eu possa fazer para te impedir de fazer isso?

Ela se aproximou e segurou as mãos de sua mãe.

- Desculpe, eu não quero te deixar triste, mãe. Mas você não pode me proteger para sempre. Você tem que me deixar ir e aprender eu mesma.

- Mas e se você se magoar?

- Então você sempre estará aqui para dizer “eu te avisei” – Elena riu.

- Posso ao menos impor uma condição? – ela olha fundo nos olhos azuis da filha, iguaizinhos aos dela.

- Qualquer coisa.

- Você vai ficar lá até terminar o período escolar. Depois disso você volta.

Angeline pensou por um minuto. Ela nunca pensou que chegaria tão longe. Ela achou que a mãe faria de tudo e diria que ela não ia a lugar algum, mas não. Melhor isso do que nada.

- Fechado. Muito obrigada.

- Não me agradeça ainda.

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- Tem certeza que não esqueceu nada? – Elena estava quase explodindo em lágrimas. Devia ser difícil ver um filho partindo, crescendo.

- Tenho, mãe. Eu vou ficar bem.

Angeline a abraçou tão forte que podia sentir seus ossos quase quebrando, mas ela não ligava. Só queria poder sentir a filha em seus braços por um último momento.

- Escute, já avisei sua avó o horário que seu avião chega. Ela vai esperar bem na porta, se a conheço bem, já deve estar lá.

Risadas fluem. Provavelmente o último som da risada quem vão escutar, por enquanto.

- Estou tão ansiosa para conhecê-la.

- Tome cuidado.

- Eu vou.

- Chamada do voo 194.

Elas dão um ultimo abraço.

- J’adore.

- J’adore – ela repete.

- Ultima chamada do voo 194.

- Tenho que ir.

Ela agarrou a bagagem de mão e andou em direção à porta, em direção ao desconhecido, em direção à liberdade.

Sentou-se relaxada na poltrona do lado da janela. Mil coisas passavam em sua cabeça. Como seriam as coisas lá? Como seria a escola? Como seriam as praias? E o mais importante... Como seria o seu pai?

Seus pensamentos foram interrompidos quando um cara ruivo e muito gordo sentou do lado dela.

- Olá, garotinha! Como se chama?

- Olá, eu sou Angeline.

- Prazer, eu sou Darach. Você tem cabelos lindos. – ele dizia com um sotaque forte irlandês.

Angeline tocou os cabelos loiros que iam além dos ombros.

- Obrigada. Digo o menos da sua... barba.

- Oh, você é uma menina de ouro. Qual o seu motivo para querer sair desse lindo lugar?

- Eu quero me conhecer. – ela sorri.

- Um motivo realmente nobre. Aproveite a viagem.

- Você também.

Angeline coloca os fones de ouvido do avião e cai no sono.

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- ANGELINE! – ela acorda com Darach gritando em seu ouvido.

- Acordei, acordei.

- Chegamos.

Foi ai que ela se tocou. Enfim ela estava lá, o lugar de onde toda sua linhagem veio. Era impossível de acreditar.

Desceu as escadas, despediu-se de Darach e logo viu. A grande e chamativa placa escrita “OI, ANGELINE! EU SOU SUA VÓ”. Ela não hesitou, correu em direção a aquela mulher que já perdeu madrugadas só para ouvir sua voz, que a ansiedade era imensa só para poder dizer oi. Agora ela estava ali, alguns metros de distância. Afundou o corpo no dela envolvendo-a em um abraço. Quando conseguiu solta-la respirou fundo para dizer:

- Oi, Gretel. Eu sou sua neta.

- Oh, minha querida. Você não faz ideia do quanto esperei por esse dia.

- Acredite, eu sei.

Gretel a abraçou de novo.

- Se vocês já acabaram com a sessão de abraços – Angeline se solta de sua vó de novo - Já peguei as bagagens da Angeline. Estamos prontos para ir.

- Vovô?

- Oi, criança.

Ela corre para abraça-lo, cujo não corresponde, pois está segurando varias malas.

- Angeline?

- Sim? – ela responde olhando em seus olhos.

- Temos que ir.

Ela andou animadamente até o velho Passat de seu vô.

- Querida, eu já te inscrevi em uma escola bem pertinho da nossa casa. Suas aulas começam na segunda.

Era sábado. Isso dava um dia para Angeline conhecer um pouco mais sobre a cidade onde habitaria por dois anos.

- Obrigada, vovó. Isso já me poupou tempo.

Durante o caminho Angeline ficara vidrada na imagem que via. Era tudo tão incrível, diferente e quente. O calor era a parte favorita dela.

Todas aquelas pessoas, todos os carros maravilhosos. Tudo era um sonho tornando-se realidade.

Chegaram logo a uma casinha, pequena, mas bem aconchegante. Tinha um jardim belíssimo coberto por gnomos de jardim e por fora era pintada de azul.

- Uau! É tudo tão lindo aqui.

- Fico feliz que tenha gostado. – disse seu avô tocando seu ombro.

- Gostado? Eu estou amando. É exatamente como imaginava.

- Isso é muito bom. Agora vem cá, loirinha, você vai me ajudar a carregar as malas.

Angeline soltou um risinho. Pegou uma mala e a carregou para dentro do casebre. Por dentro tudo parecia antigo e rústico, mas muito elegante. Tinha peças de vidro por todo lugar, uma luminária grande presa ao teto.

- Querida, leve suas coisas para o quarto no fim do corredor.

Ela deu a volta na mesinha de centro da sala e correu em direção ao cômodo. Não era nada demais, a primeira vista, mas Angeline achou toda a simplicidade que ele exalava incrível. As paredes foram pintadas de rosa bem clarinho e, em uma delas, era possível notar um pequeno armário escondendo uma parte ainda branca da parede. No canto tinha uma cama antiga bem do lado de uma janela que dava visão completa para a praia. Ela seguiu até o armário e sorriu para a tentativa de seus avós de esconder as obras incompletas.

- Hm... Sobre isso...

- Eu adorei vovó. Está tudo muito lindo.

- Sabemos de toda a sua paixão por balé. Você gosta de rosa né?

Não era sua cor favorita. Ela gosta, na verdade, de verde-água. Angeline achava esse tipo de estereotipo sobre bailarinas um pouco ofensivo. Só por que elas dançam musica clássica, sobem em cima de sapatilhas cor de rosa e usam todo o tipo de frufru possível, não quer dizer que elas não curtem algo diferente. Mas ela não ligava. Ela não ligou nem um pouco, por que o simples gesto de tentarem fazê-la se sentir em casa foi uma das melhores coisas que já fizeram por ela.

- Eu amo rosa. – ela sorriu com a maior sinceridade do mundo. E foi retribuída.

- Que bom. Ah, eu também comprei isso para você. – ela tirou a mão de trás das costas e revelou uma pequena caixa de veludo vermelha.

Ela a abriu rapidamente e seu rosto se iluminou com o pequeno pingente dourado de uma pequena sapatilha.

- Sei como você adora adicionar penduricalhos a essa linda pulseira.

Ela aponta para a pulseira de ouro que Angeline carregava no pulso direito. Ela a havia ganhado em seu aniversario de 10 com o primeiro pingente: uma letra “A”. Nos anos seguintes ganhou apenas mais duas. Uma Torre Eiffel, que fora dado por Loren e uma coroa de princesa, por sua mãe.

Angeline abraçou a avó tão subitamente que a pegou de surpresa.

- Obrigada. Eu amei, de verdade.

- Bem, acho melhor deixar você dormir.

- Também acho. Quero acordar bem cedo amanhã para começar a explorar.

- Durma bem, querida. – Gretel beija o topo da cabeça da neta e sai do quarto.

Assim que Angeline encosta a cabeça no travesseiro ela cai no sono.

O alarme tocou. Eram 8:00 horas da manhã. Angeline pulou da cama em direção ao primeiro banheiro que encontrou. Vasculhou a mala atrás do vestido azul de florzinhas que ela tanto amava e foi para sala escovando os dentes.

- Bom dia, loirinha? Qual é a pressa? – indagou o avô que estava sentado no sofá assistindo televisão.

- Quero correr atrás de uma boa academia de balé. Se eu perder muito tempo madame Lefebvre me mata quando voltar para Paris.

- Você mal chegou e já está pensando em voltar? – Gretel disse rindo e botando a mesa do café da manhã.

- Jamais. Queria poder nunca mais ter que voltar, mas o balé vem sempre em primeiro. Você não conhece madame Lefebvre, vovó. – Angeline estava escovando os dentes a mais ou menos 5 minutos.

- Conheço uma escola de balé bem perto da Sins Gym. – disse Bill.

De repente, tudo e qualquer coisa que havia dentro da boca de Angeline fora parar no chão.

- Ótimo, Bill. Veja o que você fez acontecer. – Gretel começou a gritar com o marido e a limpar o chão. A garota continuou paralisada no mesmo lugar.

- Meu pai tem uma academia?!

- Bem... Sim. – respondeu a avó – Não fica muito longe daqui andando.

- Minha mãe nunca me contou.

- Ela faz de tudo para te proteger. – Gretel chega perto para reconforta-la, mas ela se afasta.

- Não. Ela faz de tudo para que meu pai não ganhe a batalha.

Ela agarrou a bolsa que levara como bagagem de mão no avião e sumiu pela porta. Lá tinha tudo do que ela precisava: celular, um livro e dinheiro.

Começou a explorar as ruas de LA e perguntava para algumas pessoas na rua onde encontrava um Starbucks. Uma mulher levando um carrinho de bebê finalmente soube dizer.

- É só seguir reta essa rua e vire à esquerda. Não tem erro, a loja é bem na esquina.

- Merci... Obrigada.

- Disponha.

Não foi mesmo difícil. Em cinco minutos ela já estava dentro da loja esperando ser atendida.

- Proximo – o atendente chamou e sorriu para ela – Olá, querida. Qual o pedido?

- Eu quero um frappuccino de morango tall e um croissant de chocolate, por favor.

Angeline pensou que ele não parecia ter mais de dezessete anos. Era bem alto e seu cabelo castanho caia no olho como uma franja grande.

- Qual o seu nome?

- Por que quer saber?

Ele tira da pilha de copos um e aponta com a caneta.

- Preciso escrever no seu copo.

- Ah, claro. Eu sou Angeli... Angel. Meu nome é Angel. - Angeline ficou na França, daqui para frente quem manda é a Angel.

- Ficou $6,20 dolares.

Ela o entrega dinheiro.

- Você tem um sotaque engraçado. É francês?

- Sim. Cheguei ontem, na verdade.

- Agora entendi porque a do croissant – ele riu e entregou a nota da compra. – Bem vinda à Los Angeles, Angel. Aproveite o croissant.

Assim que Angel, a nova e formada menina, atravessou a porta seus olhos não acreditaram no que viram. Uma grande e chamativa faixada escrito “Sins Gym” com chifres de diabo no primeiro “S”.

É claro. É claro que o destino a levaria até ali. É claro que o destino a levaria até seu pai. Ela chegou centímetros da porta, poderia facilmente ter entrado, mas não o fez.

Estava fácil demais. Ela entraria, conheceria seu pai e tudo estaria perfeito. Fácil demais para acabar bem. Angel afastou-se o máximo daquele lugar e seguiu de volta para a casa de seus avós.

- Angeline, querida! Estava morrendo de preocupação.

Sua avó correu para abraça-la.

- Desculpa fazer isso. Eu fiquei muito sobrecarregada do nada.

- Eu entendo. Você falou com ele?

- Não, fiquei com medo. Ele poderia nem me reconhecer e chamar a polícia.

Ela jogou-se no sofá. Gretel soltou uma gargalhada.

- Imagina! Ele sabe exatamente quem você é. Eu estou sempre atualizando ele. – ela sentou-se ao lado da neta.

- Você manteve contado com ele?

- Nunca tive nada contra Hick. Ele deve ser o melhor namorado que sua mãe já teve. Infelizmente, ela não é a melhor namorada que ele poderia ter.

- Meu deus...

- Ansiosa? – a avó perguntou sobre o ombro olhando atrás do carro.

- Quase morrendo.

- Boa sorte. – os dois gritaram quando Angel pulou para fora do carro adentrando seu novo colégio.

Ela correu até a sala da diretora, queria saber tudo o que tinha que fazer logo. Estava tão nervosa que podia sentir cada dedo tremendo.

- Olá?

- Entre, por favor.

A moça do lado de dentro da sala poderio.

- Olá, senhora. Muito prazer, sou Angeline... – ela fez uma pausa. Não sabia ao certo se usava o sobrenome da mãe ou do pai. Na duvida usou o mais conhecido. – Sins.

- Ah, a aluna nova. – ela levantou-se e apertou a mão da outra. – Eu sou a Diretora Benders. É um prazer.

- Eu gostaria de pegar meu horário e começar o mais rápido possível.

- É claro. Vá até a secretaria, a Sra. Maslow passará seu horário imediatamente.

- Obrigada, senhora.

Após pegar o horário, percorreu os corredores da escola procurando seu armário.

- Olá, você pode... – perguntou a um aluno que a ignorou completamente. – Você poderia... – perguntou a outro que a ignorou, de novo. – Alguém por favor... – dessa vez não foi ignorada, simplesmente a fizeram derrubar tudo o que tinha em mãos. – Droga!

Ela agachou e recolheu as coisas.

- Uou! – uma voz feminina surgiu diante dela. – Quer ajuda? – a menina estendeu a mão e a ajudou a levantar.

- Obrigada. Estou tentando pedir ajuda para alguém me dizer onde encontro o armário... 334 faz um tempão.

A garota afastou o cabelo castanho extremamente liso e pegou o papel da mão de Angel. Ela tinha aparência de uma descendente de índios. Sua pele era parda os cabelos bem longos com um head band em volta da cabeça. Os olhos eram castanhos claros e usava roupas simples, como uma calça jeans e uma blusa branca de ombro caído como manchas vermelhas imitando sangue.

- Ah, seu armário é perto do meu. Vem comigo.

Ela se espremeu no meio daquele monte de gente e seguiu a garota, cuja acabara de descobrir que no verso da camisa estava escrito “I’ll kill you”. Ótimo.

- Meu nome é Angel.

- Seus pais deram seu nome como se fosse um ajudante de Deus?

- É diminutivo de Angeline. É francês.

- Ah, vou te chamar de Leen. Eu sou Scarlett.

Irônico.

- Meus pais tem um sério problema com a cor vermelho – adiantou-se ela.

- Ei! – um garoto muito parecido com Scarlett a puxou pelo braço – Era para você ter me encontrado...

- Jerry! – Scarlett gritou – Essa é Angel. Ela nova, estou a ajudando a achar o armário.

- Oi – ele sorriu – Sou Jared – disse.

- Muito prazer.

Scarlett virou-se para ela. Angel ergueu uma sobrancelha.

- Viu? Eu disse. Problemas.

Antes que Angel pudesse rir suas coisas foram jogadas no chão de novo.

- Caramba, qual é o problema desse pessoal.

Ela estendeu a mão para pegar um livro e viu um pé em cima dela.

- Ah, desculpe. Não vi.

- Pelo menos alguém pediu desculpas – ela se levanta e arregala os olhos.

- Croissant!

- Garoto do Starbucks!

- Vocês se conhecem? – perguntou Jared.

- Ela comprou um croissant ontem na loja.

- Chegamos! – anuncia Scarlett de repente – Oi, Spud. Nem te vi ai.

- Olá, Scarly.

- Angel, esse é o seu armário. – ela aponta para a porta azul bem do lado dela – Só não posso te ajudar com a aula de laboratório de ciência. Sua sala é em uma direção totalmente oposta da minha.

- Me deixa ver. – o garoto do Starbucks pegou o papel da mão dela – Ah, é pra lá que eu estou indo. Pode vir comigo.

- Perfeito. Spud te ajuda então. Até o intervalo.

Ela sai saltitando pelo corredor.

- Meu nome é Spencer. – ele clareia o enigma que surgia na cabeça de Angel – Scarlett adora inventar apelidos.

- Eu percebi. Pode me chamar de Leen a partir de agora.

Ele ri. Ele tinha um sorriso lindo, achou ela.

- Então... Leen – ele checou o relógio – nossa aula vai começar.

Ele a agarrou pelo pulso e a puxou através do corredor que já estava se esvaziando. Ele parou diante de uma porta, ofegante e abriu um leve sorriso de deboche.

- Que bom que tenho você como desculpa.

Spencer abre a porta grande e branca e um homem careca de óculos ergue uma sobrancelha.

- Qual a sua desculpa hoje? Por que se disser que estava com a sua namorada – ele aponta a cabeça para Angel. – serei obrigado a desconfiar.

- Bom dia, Sr. Hunts. Essa é Angel, a aluna nova. Estava ajudando-a a achar a sala dela. – ele falou adentrando a sala.

- Ótimo. Junte-se a ela e analise a lamina, já posicionada, no telescópio.

Spencer anda até a mesa vazia no fundo e Angel vai atrás dele. Ele sorri e pisca para uma menina no caminho.

- Como vai, Marny?

- Não enche, Wreck.

- Sempre um prazer, Weyland.

Depois de sentarem-se, Angel decidiu perguntar algo que realmente a estava incomodando.

- Ei, o que o professor quis dizer com aquele lance de namorada?

- Nada demais – Ele deu de ombros. – É que eu sou Gay.

Ok, isso foi um choque. Daqueles.


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Notas finais do capítulo

P.s.: desculpa se o capítulo estiver mto grande. Estava empolgada



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