Laços de Guerra - 4ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Último Duelo e o Testamento




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31 de Julho de 1997 às 03h23min.

A tempestade do lado de fora refletia os tempos de guerra que se aproximavam. Reprimia todos os moradores de Village D’Enchan Loire em suas casas, a tristeza e o medo pairavam pelo ar.

Era o pior tempo que a França estava passando desde anos, o clima gélido dava a impressão de que dementors passavam por aquela vila, naquele momento. O que aumentava o medo e a desesperada expectativa de que alguma coisa acontecesse.

Naquelas férias, Amber e Sarah tinham voltado para a França, uma nova casa, mas na mesma vila. Marlene tinha esperanças de que os Death Eaters e Bellatrix não desconfiassem da sua tentativa falha de despistá-los.

A única força que a mantinha lutando, a mantinha fugindo eram sua filha e afilhada. Marlene acreditava que se não fosse por elas, ela já teria desistido há muito tempo, se entregado completamente a morte para se juntar a Sirius.

Se até na França o clima era amedrontador, Sarah não queria pensar em como estaria na Grã-Bretanha. Amber estava morrendo de saudades do irmão, mas teve que se controlar, afinal as corujas não eram a comunicação mais confiável no momento.

Foi uma sorte que as três estavam acordadas quando tudo começou.

Perdidas em seus pensamentos, assustaram-se quando o vento fez a janela aberta bater com força na parede.

Marlene levantou-se do sofá para trancar a janela e Sarah também, ao assistir o fogo da lareira extinguir-se. Amber seguiu logo atrás de Marlene, que ainda estava paralisada, em frente à janela.

— Marlene? — ela sussurrou, chegando ao lado da madrinha.

— Abaixem-se! — Marlene gritou, jogando a afilhada para o chão, ao mesmo tempo em que viram o fogo entrando pela janela e caindo em cima da mesa.

— Nos encontraram! — ofegou Sarah, assustada, lançando um olhar para a mãe.

— Peguem as suas coisas! Rápido! — gritou Marlene, trancando a janela da sala, como se isso fosse impedir o que estava acontecendo.

Sarah ficou paralisada, enquanto Marlene tentava apagar o fogo que já se espalhava pela sala e Amber fazia feitiços para colocar todas as suas coisas em uma mochila com feitiço indetectável de expansão e peso de pena.

Ao redor ouviam-se apenas gritos, sentia-se apenas o cheiro da fumaça e ninguém conseguia ver nada. O vilarejo estava tomado pelo caos e o fogo.

— Vamos, Sarah! — gritou Amber, sacudindo-a.

Sarah pegou a mochila da mão de Amber e jogou por cima do seu ombro. Marlene desistiu do fogaréu e correu com as garotas para a porta dos fundos.

Estavam correndo para o bosque quando Marlene hesitou, olhando para trás.

— Mãe! Vamos logo! — gritou Sarah, tentando puxá-la pelo braço.

— Eu preciso ajudar — disse Marlene.

— Marlene, não temos tempo. Odeio dizer isso, mas nessas horas é cada um por si — disse Amber.

— Tudo bem — aceitou Marlene, mandando um patrono apressado para McGonagall e correndo atrás delas.

Foram adentrando cada vez mais no bosque, quando começaram a escutar passos atrás deles.

— Ai meu Deus! — sussurrou Amber, apavorada.

Marlene puxou as duas para o lado, quando um feitiço verde passou por onde elas estavam.

— Não adianta se esconderem — elas ouviram a voz histérica de Bellatrix.

Sarah apertou os punhos com força e Amber apertou o braço de Marlene ao senti-la enrijecer.

— Procurem em volta — sussurrou Bellatrix e elas ouviram o som dos passos sobre as folhas e gravetos, aproximando-se de onde elas estavam — Vocês não tem para onde fugir!

Marlene xingou mentalmente, estavam perto demais para elas aparatarem sem levarem-nos juntos e não poderia correr o risco de alguma das meninas estruncharem. Ela olhou para trás e empalideceu.

— Mãe? — sussurrou Sarah, por sob a respiração, acordando-a do seu torpor.

— Amber, estão ocupados demais com os ataques para se importarem e é de madrugada, você já tem 17 anos — murmurou Marlene, apertando o ombro da ruiva — Não conseguiremos sair daqui sem que nos peguem.

— Do que você...? — começou Amber, antes de cruzar o olhar com Marlene.

— Eu vou distraí-los, pegue Sarah e aparate para The Burrow. Eu sigo vocês depois — continuou Marlene, afastando-se dela e olhando por cima do ombro de Amber.

Amber seguiu o seu olhar, mas não viu nada além de árvores.

— Mãe, por favor. Não pode estar falando sério — disse Sarah, desesperada — Não vamos deixá-la aqui.

Marlene lançou um olhar intenso para Amber, antes de retirar o feitiço silencioso e colocar um protetor em volta delas, dando-lhes tempo.

— Estupefaça — recitou rapidamente, apontando a varinha para Rebastan, que caiu desmaiado.

Bellatrix e Rodolphus viraram-se rapidamente, enquanto Amber segurava Sarah pela cintura para impedi-la de revelarem sua localização.

— McKinnon — disse Bellatrix, saboreando sadicamente as sílabas — Pronta para a sua morte?

— Isso é o que veremos, Lestrange — cuspiu Marlene — Expelliarmus.

— Protego — conjurou Rodolphus — Crucio.

Ela escorregou com o feitiço, fazendo-a se desconcentrar.

— Avada Kedavra — disse Bellatrix, ao mesmo tempo.

Sarah soltou um grito mudo. Lhe veio a memória um raio verde empurrando seu pai para dentro de um véu e voltou para a cena em que o mesmo raio conjurado pela mesma pessoa, empurrava a sua mãe para a morte.

Amber fixou o aperto em volta de Sarah e fechou os olhos pensando com todas as forças na área longe das proteções de The Burrow. Ela sentiu o anzol no umbigo no momento em que Marlene caiu no chão, ouvindo a gargalhada histérica de Bellatrix.

Assim que o chão sumiu de seus pés, soltou-se de Sarah e elas caíram dentro de algum lugar cheio de água. Amber agitou os braços desesperadamente, procurando o chão, mas conseguiu forças para se impulsionar para cima.

Respirou fundo, sentindo o ar entrar em seus pulmões e levou um braço para os olhos, tirando a água dos olhos. Olhou em volta, batendo os braços exageradamente forte e rápido.

— Sarah! — gritou, procurando a visão de seus cabelos negros de dentro da água.

Amaldiçoando, respirou fundo e voltou a submergir, jogando os braços ao redor, procurando qualquer forma a qual agarrar.

Depois, sentiu alguém submergindo ao seu lado e puxando-a pela cintura, se contorceu tentando se livrar, mas estava ficando sem ar de novo, então cedeu.

Voltaram à superfície e a pessoa a jogou para a margem do rio, onde ela sentiu a espessura da grama espetando seus braços. Abriu os olhos, sentindo o coração acelerado e viu Sarah do outro lado, chorando sendo abraçada por um ruivo que reconheceu imediatamente: Fred. Estavam a salvo.

— Fred, deixa de ser idiota! Podem ser Death Eaters — ela ouviu Bill espetar, desconfiado.

— Deixa de ser idiota você — retrucou Fred — Death Eaters não tem sentimentos e nem tentariam se afogar.

Amber se levantou, atrapalhada até que a realidade lhe bateu como um Impedimenta e ela caiu sentada na grama, olhando sem expressão para o rio.

Sarah deu um grito de dor forte, que provavelmente foi ouvido por todos os moradores de The Burrow.

— Não! Ela não pode ter morrido! — gritou Sarah, empurrando Fred e tentando se levantar — Ela deve estar fingindo. Isso! Ela prometeu que viria atrás de nós. Deve ter fingido e ido ajudar a Order com o vilarejo...

Mas Amber sabia que isso não era verdade. Marlene olhara para trás quando lhe pediu para trazer Sarah. O que será que Marlene viu que ela não tinha conseguido enxergar?

— Como sabiam que estaríamos aqui? — Amber conseguiu perguntar, com a boca seca.

— McGonagall nos enviou um patrono avisando sobre o incêndio e papai foi lá para ajudar. Bill queria ir, mas a mamãe e Fleur não deixaram — explicou Fred — Sem contar que escutamos o barulho quando vocês caíram dentro do rio. Vamos, vocês vão pegar um resfriado.

— Não! Nós temos que esperar a minha mãe, Fred! — protestou Sarah, olhando esperançosa para o lado contrário a casa.

Fred trocou um olhar com Bill e segurou o rosto dela entre suas mãos.

— Vamos esperar lá dentro, minha linda — ele forçou-se a dizer, sofria vendo-a sofrer dessa maneira — Por favor, vamos.

Ela continuou olhando para trás enquanto ele ajudava-a a se levantar e a guiava para dentro da casa. Bill continuava olhando desconfiado para elas, Amber revirou os olhos.

— Pergunte o que você quiser — cuspiu.

— Eu não as conheço o suficiente — retrucou Bill, de braços cruzados.

Assim que entraram, a Srª Weasley e Fleur levantaram-se da cadeira rapidamente.

— O que aconteceu? Recebemos o patrono da professora McGonagall — disse a Srª Weasley, parecendo nervosa.

— Death Eaters, atacaram a vila — explicou Amber, sentindo as lágrimas descerem pelo rosto.

— Tem certeza que são elas mesmas? — perguntou Bill.

Non sea ridicule, Bill! — explodiu Fleur, fazendo-o desfazer a sua pose e dar um passo para trás assustado.

— Se fossem Death Eaters, a barreira de proteção teria afastado-as — concordou a Srª Weasley, olhando repreensora para seu filho.

Amber conjurou uma toalha, cobrindo os ombros de Sarah e guiando-a até o sofá. Ela estava sem dizer nada, olhando para o chão enquanto se sentava.

— Eu vou pegar um pouco de chá — disse a Srª Weasley, trocando um olhar com Fleur, antes de ir para a cozinha.

— Bill, pegue uma toalha, por favor — pediu Fleur em um inglês quase perfeito, exceto o “r” arrastado.

Ele subiu pela escada, sem dizer nada.

Não demorou muito para os dois voltarem, Bill com a toalha e a Srª Weasley com a bandeja de chá quente. Fleur pegou a toalha e colocou nos ombros de Amber, enquanto a Srª Weasley ajudava Sarah a beber o chá.

Eles ouviram o som de aparatação e Bill saiu para verificar quem era, com a varinha em mãos. Então, entrou acompanhado pelo Sr. Weasley.

— Arthur! — exclamou a Srª Weasley, verificando se ele não estava ferido.

— Tudo sobre controle, o Ministério chegou logo depois — disse o Sr. Weasley.

— E a minha mãe? — perguntou Sarah, embora soubesse que era inútil.

— Não a encontraram — respondeu o Sr. Weasley com pesar.

O corpo tinha sido levado pelos Death Eaters, isso foi a confirmação para Sarah cair na real. Ela derrubou a xícara de chá e começou a chorar, abraçada a Fred.

A Srª Weasley deu uma piscadela rápida para Amber, tinha colocado um sonífero no chá de Sarah. Depois de alguns minutos, Sarah adormeceu.

— O que vamos fazer? A casa tá cheia — murmurou Fred.

Bill e Fleur já tinham subido, e o Sr. Weasley tinha ido para a cozinha.

— Hermione e Ginny estão no quarto dela, Harry e Rony no dele — a Srª Weasley, pensou — Bill e Charlie estão no mesmo quarto, Fleur e Gabrielle estão no quarto de Percy, Fred e George no deles...

— Tem o quarto do Charlie — lembrou Fred.

— Leva elas para lá, Fred? — pediu a Srª Weasley — Eu vou pegar uns lençóis.

Fred pegou Sarah e subiu as escadas silenciosamente com Amber.

— Se Gabrielle está aqui, então os senhores Delacour também — sussurrou Amber.

— Estão no quarto dos meus pais — murmurou Fred.

— E onde eles estão dormindo?

— Insistiram para dormir na sala.

Assim que entraram no quarto, Fred depositou a morena na cama que só estava com o colchão. A Srª Weasley entrou no quarto, segurando a roupa de cama.

— Fred, eu vou forrar esse colchão, segura ela mais um pouco — ela pediu e ele obedeceu de bom grado.

Amber ajudou a Srª Weasley a arrumar a cama e assim que terminaram, colocaram a morena ali.

— Fred, me ajuda a trazer o colchão da Amber.

Os dois saíram do quarto, enquanto Amber se senta do lado de Sarah, acariciando os cabelos da menina, que estava com o rosto vermelho pelo choro. Só esperava que o sonífero dado fosse a Poção Drenhose, para dormir sem sonhos.

Fred e a Srª Weasley não demoraram a chegar e ajudar a arrumar o colchão.

— Boa noite, querida — despediu-se a Srª Weasley maternalmente, dando um beijo na testa de Amber, antes de sair do quarto seguida por Fred.

12h50min.

Sarah negava-se a abrir os olhos e descobrir que não era pesadelo. Queria continuar em seus sonhos, em uma época em que seu pai ainda estava vivo e que todos eram felizes. Foi sua culpa sua mãe ter morrido? Se não tivesse ido para a Inglaterra, jamais teriam descoberto que sua mãe estava viva.

“E nunca teria conhecido o seu pai. Ele morreria sem saber que tinha uma filha” lembrou-lhe sua consciência.

Sua mãe havia olhado para trás quando Bellatrix iria matá-la. Será que tinha visto o seu pai? Ela sabia que iria morrer? Então, por que não fez nada para impedir? Por que a abandonou?

— Ela está em um lugar melhor agora — ela ouviu uma voz, que não era sua consciência, dizer.

Sarah não respondeu e nem se deu ao trabalho de abrir os olhos.

— Ela sofreu muito com a morte de Sirius — continuou Amber, que tinha acordado há algum tempo e percebeu que a garota estava acordada, adivinhando seus pensamentos — Sei que não é consolo, mas agora eles estão juntos.

— Diz isso porque não são os seus pais — ela murmurou com a voz rouca.

— Eu prefiro que os dois estejam mortos que um deles estivesse vivo — disse Amber, sendo sincera — Uma pessoa nunca é completamente feliz novamente quando o amor da sua vida morre. Seus pais eram apaixonados um pelo outro. Foi crueldade do destino tê-los separado por tanto tempo.

Sarah não disse nada, apenas se virou de costas para ela. Amber suspirou e levantou-se para trocar de roupa. Assim que terminou de colocar o suéter, puxou as cortinas da janela tentando diminuir a claridade do quarto e saiu do quarto, fechando a porta silenciosamente atrás de si.

— Amber — disse a Srª Weasley, andando pelo corredor com um cesto cheio de roupas — Sarah vai descer?

— Eu prefiro deixá-la um pouco sozinha para digerir o que está acontecendo — disse Amber.

— Eu vou chamar Fred e George — disse a Srª Weasley, concordando — Quem sabe eles conseguem animá-la um pouco.

Amber concordou com a cabeça e iria descer, quando a Srª Weasley parou novamente.

— Ah! Querida! — exclamou — Nós estamos fazendo uma festa improvisada para Harry, não pode ser uma coisa muito elaborada por causa de amanhã, mas quer que eu chame alguém? Afinal, é seu aniversário também!

— Não precisa, Srª Weasley. De verdade! — disse Amber.

— Não, por favor, eu insisto — disse a Srª Weasley — Talvez esteja um pouco em cima da hora, mas...

— Todos quem eu amo estão aqui — mentiu Amber.

— Ambrose — insistiu a Srª Weasley.

— Olha, eu tenho algumas amigas, mas não são tão próximas assim. Astoria é Slytherin e não sou tão próxima de Hannah e Luna como sou de Ginny ou Hermione. É sério, não precisa.

— Se você diz — disse a Srª Weasley, não convencida, mas continuou seu caminho pelo corredor.

Fleur deu um sorriso de lado ao ouvir essa conversa.

Amberr — disse, desfazendo o sorriso e indo abraçá-la — Feliz aniverrsarrio.

Merci, Fleur — disse Amber, sorrindo — Ansiosa para amanhã?

— Você non tem ideia — disse Fleur — Esperro que Sarrah non fique chateada porrque escolhi Gabrrielle como madrrinha.

— É a sua irmã, uma escolha lógica — disse Amber — Ela só vai querer ser madrinha do primeiro filho. Sem contar que ela não está com muito ânimo para casamentos agora.

— Tem razon... — disse Fleur, olhando preocupada para a porta fechada.

— Eu vou chamar os gêmeos para falarem com ela — disse Amber, continuando seu caminho, enquanto Fleur ia para o antigo quarto de Percy, onde ela agora dormia com Gabrielle.

A diferença entre The Burrow era que os moradores já estavam acordados há mais de 3 horas, já na casa de Marlene elas não acordavam antes das 14 horas. Exceto Amber.

Não podia negar, pensar em Marlene lhe doía muito, mas as palavras que usou para confortar Sarah pareciam ter calado fundo nela mesma. Ou talvez a ficha ainda não tivesse caído. Chorou no dia anterior, mas não tanto quanto Sarah. Se sentia como quando tinha 6 anos de idade e não chorava no Halloween. O que tinha de errado com ela?

“Sarah era filha, o sofrimento dela sempre será maior que o seu” uma voz disse na cabeça dela.

Sim, mas Harry só convivia com Sirius há uns dois anos e sofreu muito mais do que ela que convivia desde que tinha 1 ano de idade com Marlene. A dor deveria ser maior, já que tinha tido tempo para se apegar.

Ela decidiu ir para o jardim, respirar um pouco de ar fresco. Avistou três pessoas mais distantes, mas sentou-se na varanda olhando para o rio que serpenteava nos arredores de Ottery St. Catchpole.

Ela se lembrou do dia seguinte, sentindo um nó na garganta. A visão ficou embaçada, antes que pudesse se controlar.

— Amber! — exclamou uma voz surpresa.

Hermione aproximou-se, abraçando-a.

— Mamãe não nos avisou que vocês já tinham chegado! — comentou Rony, também surpreso.

— O que aconteceu? — sussurrou Hermione, esfregando as costas dela.

Amber não conseguiu responder, continuou chorando tudo o que tinha segurado quando Sarah estava com ela.

— Eu vou pegar uma água — disse Hermione, levantando, enquanto Harry ocupava o seu lugar.

— O que será que aconteceu? — sussurrou Rony para Harry, mas Amber escutou.

— Aqui está — disse Hermione, voltando com um copo d’água e ajudando Amber a beber — Tenta se acalmar.

Harry e Rony lançaram um olhar indagador para Hermione, já que ela também olhava com pena para Amber.

— Eu encontrei com Bill e Fleur na cozinha. Eles falaram o que aconteceu ontem — murmurou Hermione — Marlene morreu.

Harry pareceu ficar sem ar de repente. Ele não tinha tido muito contato com Marlene como tinha tido com Remus, mas tiveram certo contato durante as férias que antecederam o 5º ano. Ela era a melhor amiga da sua mãe e sofreu tanto quanto ele e Sarah quando Sirius morreu.

Não tinha tido a oportunidade de tê-la conhecido melhor, mas era a madrinha da sua irmã e desse tipo de perda ele entendia. Apertou mais ainda o abraço e desviou o olhar de Rony e Hermione, que se entreolharam.

— É melhor deixarmos eles um pouco sozinhos — sussurrou Rony, levantando-se.

Hermione assentiu com a cabeça e eles entraram na casa para pedir que ninguém saísse por enquanto.

Ver Amber sofrendo por isso fez Harry se lembrar de Sirius e ele também sentiu um nó na garganta, mas respirou fundo e tentou afastar os pensamentos disso. Sua irmã precisava dele agora.

Depois de alguns minutos, Amber se acalmou o suficiente para parar de chorar. Eles ficaram mais um tempo abraçados em silêncio do lado de fora, até que ouviram o som de aparatação e se levantaram rapidamente.

The Burrow era protegida, mas vai saber? Era só Charlie. O clima tenso quebrou um pouco quando a Srª Weasley empunhou a varinha e cortou forçadamente o cabelo de Charlie, contra a clara vontade deste.

Algumas horas antes do anoitecer, a Srª Weasley pediu para que todos ajudassem a colocar a mesa do lado de fora, já que a cozinha da casa era pequena demais para o número de pessoas que estavam lá. Amber lavou o rosto e foi ajudar, mesmo depois das insistências da Srª Weasley.

Mesmo após os protestos de Harry, Hermione contou a Amber tudo o que aconteceu quando foram buscá-lo, inclusive a morte de Mad-Eye e a orelha decepada de George. A morte de Moody não doeu tanto e Amber pensava que ter a orelha decepada era melhor do que morrer. Fred e George pareciam pensar o mesmo, já que continuavam fazendo brincadeiras sobre isso, mesmo que estivessem chateados porque a velha brincadeira de trocar de nomes não funcionaria mais.

Sarah não desceu em nenhuma parte do dia e nenhum dos outros insistiu para que ela o fizesse. A Srª Weasley não reclamou quando ela, Fred e George passaram a tarde toda trancados no quarto sozinhos, nem insistiu para que os gêmeos ajudassem, embora George tenha descido algumas horas antes do jantar para pôr a mesa. Fred hesitou mais tempo, mas Sarah pediu para ficar sozinha e ele desceu.

— Amber, eu pedi para que Arthur aparecesse na casa para ver se conseguia recuperar algo — disse a Srª Weasley a ela e entregou uma caixa com algumas coisas dentro.

— Não precisava se incomodar, Srª Weasley — disse Amber, sem conseguir sorrir.

— O mais estranho é que tem dois livros que não ficaram nem chamuscados — disse a Srª Weasley, virando-se para receber Remus e Tonks.

Amber franziu o cenho estranhando e apoiou a caixa na mesa da sala de estar. Ela puxou a tampa e encontrou várias fotos e itens pelo menos um pouco queimados, mas tinham dois livros em perfeito estado.

— O diário da mamãe! — exclamou Amber, puxando o caderno vermelho e reconhecendo o outro instantaneamente — E o livro do vovô. Mas como...?

— Amber, o que está fazendo isolada aqui? — perguntou Ginny, aproximando-se dela — Remus, Tonks, Hagrid... Estão todos lá!

— Eu sei, Ginny — disse Amber, colocando os livros de volta na caixa e fechando a tampa — Só estava vendo o que sobrou da minha casa.

Ginny não lhe lançou nenhum olhar de pena, ela sabia como era irritante isso.

— A festa era para o Harry, mas você também faz aniversário — apontou Ginny e tomou uma decisão — Venha, eu tenho uma coisa para você.

Amber segurou a caixa entre o braço e seguiu Ginny escada acima, deixando a caixa no chão do quarto dela.

— O que você está fazendo? — perguntou Amber, vendo como Ginny procurava algo no seu armário.

— Mamãe proibiu a nós de irmos para Diagon Alley ou Hogsmeade, então não pude comprar nada para você — disse Ginny, puxando uma gaveta — Isso deve servir.

Ela entregou um vestido verde escuro para Amber que a olhou sem entender.

— Vai precisar usar algo para amanhã — disse Ginny, como se fosse óbvio, enquanto empurrava a gaveta — Fica para você. Eu ganhei de presente, mas nunca usei. E não adianta protestar, você vai aceitar.

— Tudo bem — concordou Amber, divertida.

— Sarah tem algum vestido decente? Posso lhe emprestar... — murmurou Ginny, pensativa.

— Isso se ela sair do quarto amanhã — observou Amber.

— Fred e George a estão animando. Fred mais do que George por motivos óbvios, mas depois eu lhe faço uma visita também — disse Ginny, dando de ombros — Vamos conseguir distraí-la. Agora vamos descer porque estão todos lá no jardim.

Elas desceram as escadas e Amber cumprimentou a Tonks, Remus e Hagrid.

— Eu vou falar com Sarah — disse Tonks para Remus, enquanto seu cabelo deixava de brilhar ligeiramente.

Ela tinha ouvido sobre o ataque a Village D’Enchan Loire pela professora McGonagall que informou a todos os membros da Order o ocorrido. Quando Tonks alcançava a porta, um patrono em forma de doninha apareceu.

— O Ministro da Magia vem comigo — disse a voz de Arthur Weasley, antes do patrono desaparecer.

— Nós não deveríamos estar aqui — disse Remus, puxando Tonks pelo braço — Harry, me desculpe, explicarei uma hora mais propícia.

Eles saíram apressados até fora da proteção da casa, onde aparataram.

— O Ministro? Mas por quê? Não entendo... — disse a Srª Weasley, preocupada.

Mas não houve tempo para maiores manifestações. Um segundo depois, o Sr Weasley aparatou com Rufus Scrimgeour e todos ficaram em silêncio, enquanto eles atravessavam o jardim.

— Desculpem a intromissão — disse Scrimgeour — Especialmente por perceber que estou invadindo uma festa.

Ele olhou por um momento para o bolo de Golden Snitch que a Srª Weasley fez em homenagem a Harry.

— Parabéns — disse inexpressivamente.

— Obrigado — disse Harry, Amber ficou em silêncio.

— Eu gostaria de ter uma conversa em particular com você — disse Scrimgeour, se dirigindo a Harry — E com o Sr Ronald Weasley e as Srtas. Hermione Granger e Ambrose Potter.

— Com a gente? — disse Rony, surpreendido — Por que com a gente?

— Contarei a vocês quando estivermos em um lugar mais privado — disse Scrimgeour.

Ele perguntou ao Sr Weasley um lugar onde eles poderiam ir e ele indicou a sala de estar. Rony foi obrigado a guiá-lo até o lugar, já que Scrimgeour não parecia querer que mais ninguém participasse da conversa.

Assim que chegaram, Scrimgeour sentou-se na poltrona, deixando o sofá para os quatro se acomodarem. Amber teve que se sentar no apoio já que o sofá estava apertado para os três que pareciam bem tensos.

— Eu tenho algumas perguntas para cada um de vocês, e eu acho que seria melhor fazer tais perguntas individualmente. Se vocês três — ele apontou para Harry, Hermione e Amber — pudessem esperar lá em cima, começarei com o Sr Weasley.

Quando Amber ia se levantar, Harry protestou e ela levantou o olhar para a escada, avistando Sarah sentada observando o que estava acontecendo. A morena levantou um dedo na frente da boca e Amber desviou o olhar, dando um leve levantar nos lábios.

— Tudo bem, todos juntos — disse Scrimgeour e limpou a garganta — Eu estou aqui, como vocês sabem, por conta do testamento de Albus Dumbledore.

“Evidentemente ele deixaria algo para ajudar Harry na busca, mas o que eu tenho a ver com isso?” pensou Amber.

— Uma surpresa, aparentemente! Vocês não estão cientes que Dumbledore deixou algo para vocês?

— Para todos nós? — perguntou Rony — Para mim, Amber e Hermione também?

“Não, Rony. Estamos aqui para ajudar Harry a carregar a herança dele” pensou Amber, ironicamente.

Hermione e Scrimgeour começaram a discutir que ele não tinha direito de analisar a herança de Dumbledore antes de entregar e por que estavam entregando agora. Scrimgeour perguntou a Rony se ele era próximo de Dumbledore e ele ficou enrolado, falando que não era muito próximo, falando o que Scrimgeour exatamente queria.

Scrimgeour colocou as mãos no bolso e puxou uma grande maleta, onde tinha dentro alguns pergaminhos, entre eles...

— Este são as últimas vontades de Albus Percival Wullfric Bryan Dumbledore — disse Scrimgeour, solenemente.

“Que nome comprido” Amber pôde ver os olhos de Sarah se arregalarem por trás das barras da escada.

— Para Ronald Billius Weasley, eu deixo meu Deluminator, na esperança de que ele se lembrará de mim quando usar isto — disse Scrimgeour.

O Ministro tirou da bolsa o que parecia ser um isqueiro de prata que podia sugar toda a luz de um lugar e restaurá-la. Rony pegou, avaliando-o aturdido.

Scrimgeour tentou sacar informações de Rony, mas nem ele nem ninguém ali tinham ideia do porquê de Dumbledore ter lhes legado algo. Ninguém exceto, talvez, Amber quem tinha uma pequena ideia.

— Para Hermione Jean Granger, deixo minha cópia de “Contos de Beedle, o Bardo” na esperança de que ela o achará divertido e instrutivo.

Scrimgeour pegou um livro antigo, escrito em runas antigas. Isto deixou Amber atordoada. Nada naquele livro tinha relação alguma com as horcruxes. Dumbledore estava lhes deixando alguma mensagem subentendida? Não, o Ministério teria descoberto. Ele tinha deixado alguma outra missão? Mas tinha sido engenhoso de Dumbledore ter se lembrado de que Hermione cursava Ancient Runes em Hogwarts.

— Para Ambrose Lily Potter — Amber deu um pulo, estava tão perdida em pensamentos que perdeu a conversa entre Scrimgeour e Hermione — Deixo-lhe essa Pensieve portátil, na esperança de que ela se lembre das coisas boas, mesmo nos momentos mais difíceis.

Como fez antes, Scrimgeour voltou a colocar a mão na maleta e lhe entregou um medalhão que parecia ter água dentro. Ela abriu a tampa do medalhão, mas a água não caiu mesmo quando ela virou.

— Por que Dumbledore lhe deixou esta Pensieve? — perguntou Scrimgeour, parecendo decepcionado ao ver que nada tinha acontecido quando ela abriu a tampa, esperava que tivesse alguma memória dentro — Assim como o Deluminator, foi uma invenção do próprio Dumbledore.

— Creio que ele queria me pedir desculpas — disse Amber, contendo as lágrimas — Não tivemos um bom relacionamento a princípio, mas no último ano ele me ajudou muito quando precisei.

— Por que não tiveram um bom relacionamento? — perguntou Scrimgeour, desconfiado.

— Pensei que todo Ministério lesse as colunas de Skeeter — Amber disse secamente — Dumbledore proibiu a mim e a Sarah a estudarmos em Hogwarts por causa de Bellatrix Lestrange.

— Ela estava segura em Azkaban — disse Scrimgeour.

— Assim como Voldemort estava morto — ironizou Amber, sem poder se controlar — Houve uma fuga de Azkaban, não houve? Ele temia que isso acontecesse!

Scrimgeour apertou a mão fortemente em um punho para não se descontrolar e voltou-se para o testamento. Sarah levantou os polegares aprovadoramente.

— Para Harry James Potter, eu deixo o Golden Snitch que ele capturou em sua primeira partida de quidditch em Hogwarts, como uma lembrança da recompensa de perseverança e habilidade.

“Filho da...” Amber teve de fazer todo o esforço do mundo para não arregalar os olhos.

A primeira Golden Snitch que Harry capturou tinha sido com a boca, se ele pegasse com a mão não revelaria o seu verdadeiro conteúdo.

— Por que Dumbledore te deixou esta Snitch? — perguntou Scrimgeour.

Amber olhou-o disfarçadamente, o Ministro parecia decidido a tirar o máximo de informações que poderia. Mas por que essa insistência? As perguntas não parecem ser de praxe.

— O que mais poderia ser? — dizia Harry.

— Sou eu quem faço as perguntas — disse Scrimgeour — Eu notei que seu bolo de aniversário tem o formato de uma Snitch.

— A, não pode ser uma referência ao fato de Harry ser um grande seeker, é muito óbvio — ironizou Hermione — Deve ter uma mensagem secreta de Dumbledore escondida no glacê.

Sarah tapou a boca com as mãos, contendo todo o esforço que podia para não dar uma de suas gargalhadas caninas. Isso fez Amber sorrir largamente, ela parecia estar voltando a ser ela mesma.

— Correto — disse Scrimgeour e Amber ficou meio perdida. Ele realmente considerava que tinha uma mensagem escondida no bolo? — Uma Golden Snitch não pode ser tocada por pele sem proteção antes de ser libertado, nem mesmo por seu criador, que usa luvas...

Scrimgeour explicou que lhe ocorreu que Dumbledore poderia ter guardado algo dentro e Harry não foi tão discreto quanto Amber quanto a sua reação. Hermione também parecia nervosa, pensando em uma forma para que a Golden Snitch não se abrisse. Amber conteve sua vontade de revirar os olhos, nem Harry se lembrava de sua primeira partida?

— Pegue — disse Scrimgeour, em voz baixa.

Harry hesitou, então foi obrigado a pegar a Golden Snitch, lentamente do lençol que o Ministro estendia. Assim que a Snitch entrou em contato com a pele dele, suas asas se projetaram para fora e se agitaram levemente. Fora isso, nada mais aconteceu.

— Isso foi dramático — brincou Harry, fazendo todos, exceto Scrimgeour rirem.

Sim, Sarah deixou escapar uma risada considerando menos perigoso já que as outras risadas abafaram a sua.

— É tudo, então, não é? — perguntou Hermione, levantando-se junto com Amber.

— Ainda não — disse Scrimgeour, de mau humor — Dumbledore te deixou um segundo legado, Potter.

— O que é? — perguntou Harry.

— A espada de Godric Gryffindor — disse Scrimgeour, sem se preocupar em ler o testamento.

A espada de Gryffindor? Mas porque Dumbledore a legaria para Harry? Teria algo a ver com as horcruxes ou seria outra coisa sem sentido como o livro de Beedle?

— Aquela espada não era de Dumbledore para ser dada assim. A espada de Godric Gryffindor é um importante artefato histórico, e portanto, pertence...

— Pertence a Harry — disse Hermione — O escolheu, foi ele quem a encontrou, veio para ele do Sorting Hat...

No seu segundo ano na câmara secreta. Amber sentia que isso era uma informação importante, mas não conseguia encaixar como isso poderia lhes ajudar na busca das horcruxes.

Ela decidiu se afastar e subir as escadas quando a discussão começou a ficar mais calorosa.

— Medalhão legal — sussurrou Sarah, quando ela se sentou do lado, escondida pelas barras da escada.

Os senhores Weasley entraram apressados quando ouviram Scrimgeour e Harry aumentaram a voz.

— Ele está realmente do nosso lado? — sussurrou Sarah, enquanto a conversa continuava do lado.

— Não tenho a menor ideia — sussurrou Amber, em resposta e elas ficaram em silêncio escutando como Scrimgeour ia embora.

— Quer um pedaço? — perguntou Sarah, estendendo uma barra de chocolate.

Amber deu de ombros em resposta e Sarah partiu uma fileira da barra, entregando a ela. As duas comeram em silêncio enquanto os outros voltavam para o jardim.

— Tenho que pegar a caixa no quarto da Ginny — lembrou-se Amber, levantando-se e indo colocar a caixa no antigo quarto de Charlie.

— Vamos, devem estar te esperando para poderem jantar — disse Sarah, no batente da porta — Afinal, também é seu aniversário.

“Grande presente de aniversário recebi” pensou Amber, ironicamente, mas decidiu não falar nada.

Elas desceram as escadas apressadamente e deram de cara com Fleur.

— Aí eston vocês! Molly estava te prrocurrande — disse, colocando as mãos no quadril.

— Continue assim! Está uma cópia digna da sua sogra! — brincou Sarah, dando uma batida no ombro de Fleur antes de passar pela porta da cozinha.

Fleur olhou atordoada para Amber que deu de ombros e seguiu-a.

— Oh, minha linda — disse Fred, levantando da mesa para abraçar a Sarah.

— A comida falou mais alto — brincou Amber, fazendo os outros rirem.

— Não sei a quem me lembra — alfinetou Ginny, referindo-se a Rony.

— É a suja falando do mal lavado — retrucou Sarah, sentando-se ao lado dos gêmeos — Onde estão Remus e Tonks?

— Fugiram quando o Ministro chegou — disse Amber.

— Ele é tão feio assim? — Sarah fingiu-se surpresa, fazendo os outros rirem de novo.

— O pior é que ele parece com um leão — disse Amber, indignada.

A Srª Weasley olhou para Sarah sorrindo carinhosamente. A Srª Delacour, que não tinha tido oportunidade de falar com Sarah ainda, cumprimentou-a. Fleur lhe falava muito sobre ela e Amber.

Quando eles terminaram o jantar, a Srª Weasley acendeu algumas velas em cima do bolo e eles cantaram parabéns.

— Parabéns para você, eu só vim para comer — brincou Sarah, batendo um high-five com Fred e George.

— E o presente que é bom — continuou Fred.

— Esqueci de trazer — finalizou George.

— Fred! George! — bronqueou a Srª Weasley, mas tanto Harry quanto Amber riram da interação.

— Com quem será que a Amber vai casar — começou Sarah, afastando-se apressada com o seu pedaço de bolo.

— Black! — gritou Amber, correndo atrás dela.

— Ser jovem é tão mais fácil... — disse a Srª Weasley, nostálgica — Mais fácil para esquecer das perdas.

Ela trocou um sorriso triste com a Srª Delacour e elas decidiram trocar de assunto para não deprimir o clima feliz que tinha se instaurado no meio da guerra.


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Notas finais do capítulo

A organização dos quartos eu peguei em Deathly Hallows, eles só não mencionam se Bill e Charlie sempre dividiram quarto ou se cada um tinha seu. Eu creio que a Senhora Weasley não permitiria que os gêmeos voltassem para a loja perto do casamento. Então, eu não posso fazê-los voltarem para a loja e darem o quarto para as meninas, por isso inventei que Bill e Charlie tinham quartos diferentes. Também seria desagradável dormir no sótão com o ghoul.



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