PEV - Pokémon Estilo de Vida escrita por Kevin


Capítulo 37
Capítulo 36 – Primos


Notas iniciais do capítulo

Prontos para continuarmos a PEV?
Então AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!



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Pokémon Estilo de Vida
Saga 03 – Guerra
Etapa 07 – Kevin

"Nunca vi nada selvagem sentir pena de si mesmo.
Um pássaro vai morrer de tanto gritar antes de sentir pena de si mesmo."

Capítulo 36 – Primos

A escuridão não era tão grande quanto elas queriam, a luz da rua passava pelas janelas e iluminavam a casa criando a penumbra. Eram dez da noite e talvez já tivessem começado a chorar se não tivessem chegado naquela casa.

– Você tem certeza que está bem? -

Maya estava impressionada com o fato de Riley estar razoavelmente tranquila com tudo aquilo. Geralmente ela já teria chorado e dificultado a fuga delas. Mas, mesmo tendo uma pessoa assassinada na sua frente ela estava calma. Tremia um pouco e seus olhos indicavam que estava preocupada com algo, mas certamente mais calma do que normalmente estaria.

– Estou preocupada com Kevin lá fora enfrentando aquelas pessoas perigosas e com a Lívia. -

Riley falava a meia voz. Elas escolheram a cozinha para se esconder, podiam pegar água e comida dali além de possuir três rotas de fuga, a janela, a porta que daria para a sala indo para a saída principal e a saída que daria nos fundos da casa.

A escolha da casa foi muito mais premeditada do que ao acaso. Riley havia visto como Lívia, irmã de Leila, gritar parecendo chocada com algo e logo depois levar um tiro. Elas viram Kevin ir salvá-la e a morena não deixou de lembrar que Leila dizia que Lívia tinha uma queda por Kevin. Então, após despistarem parte dos seus perseguidores, Miley sugeriu a casa de Lívia para se refugiarem.

Era longe daquela praça, ficava perto de um posto policial, a casa tinha muros altos e elas sabiam entrar sem acionar o alarme. Tinham visto Lívia digitar a senha uma vez quando a visitaram, não teriam gravado a senha não fosse o escândalo que Leila fez por o alarme ainda esta ligado naquela hora do dia.

Maya cuidou de mantê-las seguras mantendo luzes apagadas e criando uma ou outra armadilha na entrada da casa. Elas acreditavam que se Kevin foi ajudar Lívia naquela hora e ela tivesse ficado viva, mais cedo ou mais tarde os dois apareceriam ali.

– Preocupada com Kevin e com Lívia ou preocupada com Kevin com Lívia? -

Maya encarou a prima por alguns instantes, mas ela não respondeu. Talvez não fosse o melhor momento para falar daquilo, ela estava se esforçando tanto para se manter calma diante ao perigo que estavam passando, não parecia justo colocar isso na cabeça dela.

– Foi mal. - Disse Maya. - Estou tentando não pensar no Roger. -

Riley suspirou. Ela também estava tentando evitar aquele tipo de assunto, mas diferente de Maya ela não conseguia externar bem seus sentimentos. Isso facilitava para esconder as coisas, mas naquela situação era nítido que ela precisava conversar e não apenas ficar calada ao lado da pessoa.

Como ela gostaria que Kevin estivesse ali, a conversava fluía tão fácil com ele. Não sabia de onde tirava coragem para falar e fazer as coisas com ele, mas gostava que as cosias fossem assim. Infelizmente, a prima precisava que isso fosse feito naquele momento.

– Ele está diferente. - Foi o melhor que ela conseguiu dizer para iniciar a conversa. - Não parece mais o garotinho que brincava com a gente e chorava por causa dos primos. -

– Agora ele parece o tipo de pessoa que faz os outros chorarem. - Disse Maya. - Ele realmente matou aquele cara? -

Maya parecia não acreditar que o irmão havia se tornado um assassino. Ninguém poderia dizer que o menino chorão iria se tornar um rapaz de olhar frio. Ela tentou e tudo para ele se tornar mais forte e sempre o defendeu, mas não era para ele se tornar aquilo.

– Matou para nos salvar. - Disse Riley. - Isso deve valer algo? -

– Priminha... - Maya encostou-se em Riley. - Queria que isso fosse verdade. Mas, ele não é como o Kevin. Kevin matou para nos salvar, para se defender. Meu irmão... - A loira fez uma pausa. - No começo do ano soube vi uma reportagem que falava dele matando pessoas em Sinoh. Sei que era ela, porque ele é meu gêmeo, qualquer descrição parca me faria entender ser ele. -

Riley ficou em silêncio. Ela também tinha visto a reportagem e preferiu nada contar. Parecia que a prima também quis poupar os demais dessa situação.

– Ele se tornou um assassino por querer, por nada! -

Talvez aquela conversa fosse durar mais, Riley teve uma conversa parecida com Kevin e por isso sabia um ou outro argumento. Mas, um movimento na escuridão as alarmou.

Ele estava deitado, como quem dormia, durante todo o tempo desde que finalmente acabaram de verificar se a casa estava segura e se colocaram ali, quietos. Começou com os pelos ouriçando-se, aquilo não foi algo que as meninas perceberam, mas de repente os olhos fechados abriram-se e estreitaram. Esse movimento foi o que alarmou as meninas. Não demorou mais do que dez segundos até escutarem a primeira armadilha acionar-se.

Elas foram para se movimentar, mas a calda do pokémon fez sinal para não se moverem. Elas estranharam aquilo, talvez elas não tivessem tempo para escapar, ou talvez não fosse algo que as ameaçassem.

A armadilha de Maya era simples, apenas vidros, de um copo, espalhados. A pessoa pisava, quebrava ainda mais vidro, e o silêncio do local fazia o som ecoar por todos os ambientes, indicando que havia alguém se aproximando. Escutaram os vidros abraçarem de se quebrar, com os passos, e depois os passos caminhando em direção a cozinha.

Cabelos loiros apareceram na porta e as meninas se arrepiaram. Era alguém conhecido por elas, mas infelizmente não era alguém em quem elas acreditavam poder confiar.

– Nesse último ano tem me acontecido muita coisa estranha. Achá-las aqui está na listagem. -

As meninas se levantaram rápido. Riley abriu a porta de trás da cozinha, mas foi segurada por Maya. A morena olhou sem entender, afinal aquele era Barreira, não apenas um primo delas, mas agora general de guerra dos Países Livres. A loira, no entanto, fitou o loiro recém-chegado.

Havia algo bem errado e ela queria entender o que era. Para começar, havia aprendido que o pokémon que estava protegendo-as não era tolo. Fingido, mas não tolo. Ele deixou que o Barreira entrasse, não estranhou, em nenhum momento, a presença dele ali e agora que ele estava na cozinha, simplesmente havia voltado a esconder-se na escuridão, no seu típico fingir dormir.

Outra coisa que estava errada eram as vestimentas. Ele estava com uma roupa casual, tênis, calça jeans e blusa de moletom. Aquele não era, nem de longe, as vestimentas de uma pessoa do Império que estivesse em missão de guerra. Viram a poucas horas que os soldados dos Países Livres usavam roupas escuras, coletes táticos e armas, muitas armas.

As armas eram outro detalhe que a menina havia percebido, não estavam em parte alguma. Pistola, metralhadora ou mesmo uma faca. Podia ver que o moletom deixava a mostra o cinto de pokebolas e aquilo indicava que ele estava mais ao estilo Kevin, lutar como treinador, ou coordenador como ele também era, do que um soldado do império.

Uma coisa que Maya notou e Riley havia notado, mas não a incomodava, era o fato dele ter entrado quase que de forma silenciosa. Elas desligaram o alarme e o religaram segundos minutos depois de entrarem. Ninguém entraria sem ativar o alarme e ele entrou. Mas, ainda existia a questão de que ele caminhou para a cozinha e não para outra parte da casa.

– O que você quer? - Perguntou Maya.

– Sinceramente, não são vocês. - Ele encostou-se de forma descuidada no batente da porta de entrada da cozinha que daria para a sala. - Eu estava em uma missão para o imperador, não metido nessa guerra para vingar Razor. Caminhava por umas ruas acima quando as vi passar correndo e olhando para todos os lados como se fugissem. Não demorou três segundos e vi uma pessoa armada e toda preparada para uma guerra as seguindo. Matei o cara, escondi o corpo e fiquei observando vocês entrando na casa e aqui ficando sem que nenhum novo movimento acontecesse. -

Não era preciso que ele continuasse. Elas sabiam que ele era bom como qualquer general de guerra dos Países Livres. Se a casa estava escura e elas entraram estavam se escondendo. Viu elas mexendo no alarme e dificilmente não teria conseguido sincronizar a senha. Caminhou para a cozinha pois certamente viu luz ali por alguns instantes, a luz da geladeira, e resolveu começar por ali.

– Obrigada. - Disse Maya de uma forma seca. - Pode ir embora! -

– Sempre a Neet mais durona. - Ele deu uma risada. - Talvez a mais durona de toda a família do Imperador. Mas, compreendo que não goste muito de minha presença. -

Riley observava a situação, tensa. Enquanto estava com Kevin próximo ela sentia-se segura. Após entrar na casa a presença de Kevin desapareceu, mas não havia perigo até aquele momento. Barreira não metia tanto medo quanto Razor, mas as lembranças de como ele era esperto e talentoso faziam ela pensar se elas poderiam fugir dele.

– Sempre soube que gostava de me irritar. - Disse Maya. - Mas, entrar aqui só para isso não combina com você. -

– Não mesmo. - Ele suspirou. - Como sabe todos do império estão atrás de vocês e se eu tiver essa oportunidade de entregá-las, junto com a conclusão da minha missão atual, eu certamente vou ficar com um status e tanto. - Ele sorriu. - Mas, melhor ainda seria para você, priminha, que escaparia das garras do Conde Veneno de Cobra, pois estaria protegida pelo Imperador que tem grande apreço por você. Sabemos que se titio te achar primeiro você vai passar de loirinha para roxinha. Todos ganhamos, até mesmo a Riley. -

– Eu? -

Riley ficou surpresa. O que ela teria a ganhar se fosse levada?

– Você adoraria cair nas graças do tio Imperador. - Debochou Maya.

– Minha outra opção seria ter ignorado-as. Mas, como devem saber, estão tentando pegar vocês e o Império invadiu a cidade faz duas horas. Eu acho que se acontecer algo com vocês, ou alguém souber que eu as deixei aqui, eu morro. Então, vocês podem me acompanhar na minha missão ou me acompanhar até um outro soldado do império que esteja na missão de… -

Barreira parou de falar. Ele havia movido a cabeça e agora via algo que não havia reparado. Um pokémon rato gigante, pelos ouriçados e um olhar malvado e perigoso.

– Presa Selvagem? -

Ele questionou sem tirar os olhos do pokémon. Enfrentara-o em Sinoh uma meia dúzia de vezes e o vira em ação uma outra meia dúzia e tinha certeza, aquele pokémon era o rato mais sádico que ele já tinha visto. Naquele momento um movimento poderia significar ele ser golpeado fortemente, independente do motivo.

Aquele pokémon era de Kevin Maerd Júnior e tinha certeza, o pokémon não faria amizade com duas meninas como Maya e Riley, ou sequer faria amizade. O Pokémon não fugiria de Kevin e Kevin não o libertaria numa cidade universitária.

– Agora tudo faz sentido! Esse ano está cheio de surpresas, mundinho pequeno. - Ele deu uma risada. - Aquele cara atrás de vocês é um dos Fantasmas que caçam Kevin e como vocês conheceram ele, agora os Fantasmas caçam vocês. Por isso o Presa Selvagem está protegendo vocês. -

– E se for isso? - Perguntou Riley.

Barreira viu nos olhos da morena que era verdade, viu algo mais quando falou o nome de Kevin e não deixou de sorrir.

– Nesse caso acho que vocês gostariam de me acompanhar. Como falei tem dois exércitos em luta e sabemos que o império não faz prisioneiros, não querem que Kevin seja confundido com alguém que o império tenha que caçar por estar com vocês, né? -

As meninas se olharam e evitaram o olhar de Barreira dobrou a cabeça tentando entender aquilo. Por que falar de Kevin e Império caçando-o parecia ser algo que as incomodava. Não era apenas medo de que ele fosse caçado e isso Barreira entendia bem, era quase como se ele já estivesse sendo caçado.

– Ele matou Razor? - Barreira arregalou os olhos e deu dois passos para trás e viu no rosto de Riley que era verdade. Viu Maya começar a levar a mão no bolso, onde ele percebia que havia uma pokebola. - Não precisma me enfrentar. Me escutem e vocês vão querer vir comigo. Simplesmente me escutem! -

Ainda assim Maya retirou a pokebola do bolso e Presa Selvagem se colocou em posição de ataque. Foi então que Maya compreendeu, o pokémon de Kevin conhecia Barreira. De alguma forma os dois loiros se conheciam e o pokémon não achava que Barreira viesse ser uma ameaça, pelo menos não até aquele momento.

Barreira levantou os braços e deixou as mãos erguidas como se estivesse rendido. Riley tocou o ombro de Maya ao ver aquilo, Mas a loira ignoraria qualquer pedido da morena.

– Só peço que me escutem. Vocês podem até sair vivas, mas o Kevin só sai vivo se me escutarem. Eu até acredito que ele é louco o suficiente para enfrentar os dois exércitos e burro o suficiente para sobreviver, mas quanto mais deixarmos ele matar pessoas dos Países Livres, pior será o final dele! -

Barreira escutou o rosnar de Presa Selvagem e não teve como não voltar toda a atenção para ele. Por duas vezes havia visto aquele pokémon atacar de forma enfurecida com intenções assassinas e não estava interessado em ser atacado por ele. Até porque, a batalha não fazia sentido.

– O Imperador vai perdoar Kevin quando souber que ele matou Razor, ou ao menos dar a ele uma punição que não vai envolver morte por muitos anos. - Disse Barreira e viu que as meninas franziram os cenhos não entendendo. - Como falei, não estou em missão de guerra. Eu vim para... -

Um estrondo. Por cima das meninas um pilar de água surgiu e chocou-se contra o corpo de Barreira que foi lançado para fora da cozinha adentrando a parte em penumbra da casa. As meninas olharam para trás e viram um Poliwarth com cara de poucos amigos e Roger passando por elas e indo até a porta da cozinha pela qual Barreira foi lançada.

– Roger... -

Maya balbuciou e ele olhou para para ela. Os dois irmãos que não se viam a tanto tempo agora estavam frente a frente, mas pareciam avaliar no que o outro havia se tornado e nenhum deles pareceu tomar a dianteira.

– Não lutem! -

Riley gritou ao ver o Raticate de Kevin já partindo para cima do Poliwarth de Roger. Os pokémon pararam por um pequeno instante. Enquanto Raticate olhou para Maya, Roger viu seu pokémon também o consultar e os irmãos Neet apenas concordaram com a cabeça de que não deveriam fazer ataques.

– Estou vendo nos olhos de vocês que não estão inclinadas a confiar em mim. - Disse Roger que percebia que elas pareciam assustadas com ele. - Mas, quero ajudá-las! Tio Coddy foi capturado e eles sabem que Kevin matou Razor. -

– Meu pai? - Riley arregalou os olhos e sentiu, aquilo ela não aguentaria. Não suportaria ver seu pai morrendo. - Ele... Ele... -

– Está vivo. Mas, não pude resgatá-lo. Ele me falou onde vocês estavam e eu vim, mas só tive duas horas de vantagem. Infelizmente, ainda fui seguido e tinha esse povo tentando matar o tal Kevin. - Roger não pretendia contar a verdade para as meninas e verificava se elas acreditavam. - Não temos muito tempo. Vou cuidar de Barreira, se escondam na escola de vocês que eu as encontro lá. -

– Mas, e o Kevin? - Perguntou Maya.

– Eu não sei. - Disse Roger. - Ele nos acompanharia colocando vocês na rota de dois exércitos atrás de vingança? -

Maya suspirou e Roger viu que ela foi convencida. Olhou prara Riley que tinha lágrimas já banhando sua face. Ele sentiu uma dor no seu coração. Quis ir abraçá-la, deu um passo para ir abraçá-la, mas escutou um barulho do fundo da casa.

– Roger! Seu moleque mentiroso e desgraçado! - Barreira gritava e percebia-se que ele havia se machucado. Geralmente ele pegaria Roger na primeira oportunidade ao invés de ficar gritando. - Não precisa se preocupar com seu pai, Lord Empalador ou o imperador, eu mesmo vou tirar sua cabeça de seu corpo. -

– Vão, por favor! - Gritou Roger fazendo sinal para seu pokémon de água passar pela porta e ir atrás de Barreira.

Presa Selvagem correu pela porta de fuga que iria por trás da casa e parou alguns metros depois esperando pelas meninas. Olhou-os como se fosse uma ordem e elas não demoraram em seguir o roedor.

Correram, duas ou três quarteirões e então sentiram tudo tremer e olharam para trás onde um clarão e muita fumaça tomava conta do lugar onde estavam antes. Maya pegou na mão de Riley e voltou a correr puxando a Morena.

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– Você é louco! -

Roger arfava tentando conferir se não havia se machucado sério. Estava todo sujo e sentia que alguns cortes pelo corpo poderiam estar piores do que imaginava.

Demorou cerca de cinco minutos do momento que as meninas saíram da cozinha e do momento em que o Ampharos de Barreira praticamente explodiu a casa em uma espécie de bomba de luz. Barreira já estava do lado de fora e com isso a casa inteira caiu em cima de Roger e seu pokémon de água que estava sem se mexer, se estava desmaiado ou morto, ele não sabia dizer.

– Poderia ter matado as meninas! - Gritou ele. - Poderia ter causado uma grande explosão! -

– Sei o que faço. - Disse Barreira vendo o primo sair dos escombros. - Seu pokémon o protegeu muito bem, achei que ia te mandar para junto das pessoas que matou. Se bem que não acho que no inferno vá encontrar muitas das suas vítimas. -

Roger recolheu o pokémon que o protegeu com o movimento proteção e sacou uma segunda pokebola. Ampharos parecia ser um dos mais fortes pokémon. Viu-o em ação tantas vezes e se perguntou se ele tinha fraquezas. Temeu o combate por alguns instantes, Barreira tinha um estilo defensivo que nunca atacava seu adversário diretamente, mas dessa vezes ele tinha derrubado uma casa de dois andares em cima dele. A batalha seria imprevisível.

– Podemos ficar parados aqui a noite toda primo, o que na verdade seria muito bom para mim. - Barreira sorriu. - O Império e os Fantasmas virão conferir. Se o império chegar mandarei prendê-lo, afinal sou general de guerra e minhas palavras serão lei. Suas mentiras não funcionaram. Se forem os Fantasmas, acho que será divertido saber o que vão querer fazer conosco. -

Roger não dizia nada, permanecia encarando seu primo. No geral, sempre viu Barreira como um desgraçado que era culpado da maioria de suas mazelas, mas o mundo o via como um esplêndido treinador e coordenador. Não esperava ter que enfrentá-lo naquele momento, mas era aquilo ou ver as meninas escaparem de suas mãos. Precisava vencê-lo e matá-lo.

– Bem, eu pago para ver. - Um sorriso se fez no rosto de Roger, mas se desfez em seguida.

Barreira encarava-o junto com Ampharos, mas os dois de repente saltaram para o lado e um rabo com ferrão brilhante serpenteou pelo local onde eles estavam. Barreira se ergueu sorrindo enquanto Roger parecia desapontado.

– Sou melhor que você meu primo. Em tudo. Em qualquer coisa. No que existe e no que ainda irá... - Barreira parou de falar sentindo uma vertigem.

Caiu de joelhos olhando as mãos e viu no ar gotas arroxeadas caindo sobre ele. Estava sendo banhado pelo líquido venenoso. Olhou para o lado e viu que seu Ampharos também estava caído e não conseguia se levantar. Olhou para o rosto do primo que fazia um ar de vitória. Seu pokémon alado, seu pokémon guia, estava ali, acima dele.

Barreira tinha visto o pokémon alado desde o momento em que escapara da casa e derrubara a residencia Landsteiner. No entanto, não percebera um segundo pokémon. Nem mesmo Ampharos percebera.

– Sei que está procurando um segundo pokémon, mas só existe Noivern. - Sorria Roger. - O vi entrar na casa e achei que seria a oportunidade para detoná-lo. Usei o sonar de Noivern e ele identificou três outros seres vivos lá e felizmente eu não os ignorei ou teria matado as meninas. -

Ele fez sinal para Noivern que lançou uma Rajada Tóxica que banhou ainda mais Barreira.

– Eu vi isso em uma de suas apresentações. Alguém começou jogando um jato de água para cima e e depois se jogou contra o adversário, logo a água caiu em cima dos dois, banhando-os, e bastou uma descarga elétrica. - Ele sorriu. - Pensei nisso com veneno. Um calculo de tempo bom, então deixei combinado que iria trazê-lo para fora e Noivern, meu guia, teria de fazer Rajado tóxica, lá no alto, descer para atacar e assim você estaria muito distraído para perceber estar sendo banhado pelo ataque. -

Barreira já não falva mais nada, estava tentando se erguer, se mover, mas o veneno corria rápido. Viu Roger chegar até ele, pegar suas pokebolas e recolher Ampharos.

– Venci meu primo. Todos meus concorrentes a líder estão mortos e pretendo matar o prometido de Riley e por a culpa em você, ou talvez eu nem precise. - Ele sorriu de forma debochada. - Diga oi as minhas vitimas e a Razor no inferno. -

Agora sou o primo mais forte. Só existe eu e minha irmã. Cumpre o meu destino. Sou o mais forte. Sou o líder. Sou o líder e ninguém pode me parar. Roger caminhava na direção da escola, ele iria para os braços de Riley depois de tanto tempo.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostando da ossa reta final?
Coitado do Barreira,nem teve chances!

Mas, no próximo episódio Roger vai enfrentar alguém que não vai cair nos truques dele! SEU PAI!



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