Finding You escrita por Kureha


Capítulo 3
Meu floco de Neve


Notas iniciais do capítulo

Nunca podia imaginar que teria tanta gente comentando :3
E essa fanfic só tem um dia de vida! Cara, eu amo vcs! xD
Boa leitura! :D



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Jack

Quando Finn se ofereceu para investigar o quarto onde a princesa Elsa estava, meio que por reflexo, me ofereci também. Mas não fui o único. Quando menos percebi Finn, Jake, um robôzinho chamado BMO, Hiro, Anna e um cara chamado Kristoff também estavam no tal quarto além de mim e os guardas do castelo.

A princípio, o quarto não parecia suspeito. A não ser pela janela aberta, que mostrava claramente por onde a princesa passou. Quando cheguei perto e toquei no mármore, estava gelado. Ela passou por aqui, isso era claro.

Antes de sair da igreja junto com os outros, o rei segurou minha mão. Ele queria ir conosco, mas disseram que era melhor ele ficar ali, esperando. Quando me abaixei afim de ouvir o que ele tinha a dizer, ele sussurrou:

– Por favor... - estava tão doente que nem conseguia falar direito - Sei que você vai encontrá-la... Cuide bem do meu floco de neve..., Jack Frost.

E então, ele soltou minha mão, e voltou a rezar.

Flashback

– Senhor presidente - chamou o mordomo ao adentrar na sala do meu pai, no qual eu e ele estávamos esperando a chegada do rei de Arendelle - vossa majestade está aqui para vê-lo.

–Mande-o entrar.

Quando ele entrou, fizemos nossas reverências. Um guarda entrou com ele, para empurrar a cadeira de rodas onde ele estava sentado. Mas depois se retirou.

– É um grande prazer receber vossa majestade em San Fransokyo - começou meu pai - Aqui está meu filho Jack.

Era a minha vez de falar.

– É uma grande honra ser o escolhido, Majestade - fiz outra reverência.

– Não precisa de reverências, filho. Você é quase da família - respondeu ele, entre uma tosse e outra. A voz falhada dele parecia ser de um idoso de cem anos - Creio que eu esteja te atrapalhando, senhor Frost. Sinto muito pela... pel... Cof, cof cof! Me desculpem. Sinto muito pela visita inesperada.

– Que isso! É sempre um prazer recebê-lo! - respondeu meu pai.

– Obrigado, mas gostaria de falar com meu futuro genro.

– Ótimo. A prefeitura local construiu um parque aqui perto. Jack, por que não leva vossa majestade para conhecer o lugar?

Meu pai ficou na prefeitura cuidando do país enquanto eu e o rei (e o guarda que empurrava a cadeira de rodas do rei) fomos dar uma volta no parque. Por sorte, haviam poucas pessoas e tinham guardas por toda parte. Então eu não precisava me importar com ataques terroristas nem nada do tipo.

– San Fransokyo é tão diferente de Arendelle - começou o rei - Já foi para lá alguma vez, rapaz?

– Infelizmente não majestade. Mas pretendo conhecer antes de me casar - "e me tornar rei" pensei.

– É maravilhoso. Não estou dizendo que aqui é um lugar ruim, muito ao contrário. Mas ainda prefiro o ambiente mais calmo da minha terra. Cof, cof!

– Sim, dizem que é um lugar ótimo. Eu gostei bastante da ideia de vocês terem adquirido um estilo mais clássico. Com pouca tecnologia, etc. Dizem que isso deixou o lugar mais bonito.

– Isso é verdade, mas eu ainda gosto de jogar video-game escondido no meu quarto de vez em quando - e caiu na gargalhada.

Eu ri também. Confesso que gostei de saber um pouco mais sobre ele. Isso é bom não é? Além do mais, em poucas semanas eu irei substituí-lo. Mas não era sobre ele quem eu queria saber. Era sobre Elsa. Em poucas semanas eu iria me casar com essa estranha, é normal eu querer saber mais sobre ela, certo? Eu queria perguntar sobre ela. Sem saber como chegar aonde queria, perguntei a primeira coisa que veio à minha cabeça.

– E sua filha? Ela gosta de jogar video-game?

"O que?! Seu idiota! Perguntar se ela gosta de jogar video-game?! É o máximo que pode fazer?!?! Que porcaria é essa, Jack?!" falei comigo mesmo pelo pensamento enquanto tentava não ficar vermelho.

– Quem? Elsa? Cof, cof! Acho que não. Já convidei ela para jogar uma vez, quando ela era pequena. Mas ela não se interessou. Por que?

– P-por nada...

Ele me estudou por um tempo, até compreender.

– Ah! - disse ele - Entendi. Você quer saber mais sobre sua futura esposa. Desculpe não ter compreendido antes. Bom, acho que só tem uma coisa no qual você precisa saber. Chegue mais perto, filho.

Quando me aproximei, o rei me contou o que eu realmente queria saber naquele momento. "Por que eu?" Enfim eu compreendi. Ele era bem mais inteligente do que eu imaginava. Ele não me escolheu porque estava morrendo e seu povo precisava de um rei depressa. Elsa poderia governar muito bem sozinha. Não fui escolhido porque ele me achou o mais responsável. Foi pela sua filha.

– Como sabe que eu tenho esses poderes? - sussurrei, chocado. Eu podia jurar que ninguém além de meus pais e meus irmãos mais velhos soubesse.

– Convivo com uma pessoa com poderes iguais aos seus por dezoito anos. Confesso que achei que ela fosse a única, mas quando te vi, no dia em que eu ia escolher qual dos filhos do seu pai seria meu sucessor, descobri que estava errado.

Ele era admirávelmente inteligente.

– Como? - quis saber.

– Você é muito bom em esconder segredos, Frost. Cof, cof, cof! Tanto que ninguém descobriu além de mim. - gargalhou de novo - Naquele dia, quando te vi pela primeira vez, estava um frio de 12°C em San Fransokyo. Mesmo que a sala da sua casa (onde estávamos naquele dia) seja aconchegante, o frio era notável. Mas, diferente de todo mundo, você pouco se incomodava com isso. Até mesmo quando fomos na varanda nos despedir, a mesma fumacinha branca que saía do meu nariz nao saía do seu. Isso sem contar sua pele pálida, cabelo platinado...

– Tudo bem, o senhor descobriu. Mas...

– Ainda não terminei. - ele continuou - Eu não iria escolhê-lo a princípio. Já é difícil cuidar dos poderes de Elsa. Imagina se tivesse mais poderes para cuidar! Mas só pelo fato de você estar lá, junto com seus irmãos, pronto para ser escolhido, agindo de forma tão normal quanto eles, percebi que você pode controlá-los.

– Então... É por isso que quer que eu me case com Elsa. Para que eu a ajude.

– Por favor, filho... Eu amo tanto meu floquinho de neve (como ele a chamava)... Você é minha única esperança.

Ergui a cabeça, determinado. Eu era a única pessoa em quem ele podia confiar. Se essa era a função em que me foi empregada, não podia falhar.

– Não vou decepcioná-lo majestade. - fiz minha última reverência.

Mil coisas passaram pela minha cabeça. Teria ela fugido?! Ela não queria se casar comigo? Ser rejeitado por alguém que nem conheço... É uma sensação horrível.

– BMO, procure pistas - disse Finn ao pequeno robô verde (ou azul, sei lá).

– Gente - chamou Hiro, do outro lado da sala - olha isso.

Quando cheguei perto, vi que ele tinha encontrado um objeto de metal.

– Parece latinha de refrigerante. A princesa devia estar com sede, ora! - disse Jake, o cachorro falante.

– Não, é uma granada.

Todo mundo entrou em desespero. Hiro estudou a granada por um tempo, antes de dizer:

– Parece que tinha gás do sono aqui dentro. Que faz as pessoas dormirem.

– Então... - começou Anna, que estava chorando nos braços de Kristoff - Minha irmã foi sequestrada...?! Mas quem...

Naquele momento, senti uma mão grudenta no meu ombro. Era a princesa do Reino Doce. Ou melhor dizendo, Princesa Jujuba.

– Eu... Eu acho que sei quem foi. - disse ela.

Não importa quem seja, eu irei encontrá-la. Prometi ao rei que cuidaria dela e é isso que eu vou fazer. Mesmo que eu precise usar meus poderes, eu vou encontrá-la.


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Notas finais do capítulo

Isso sim é um capítulo grande!! Me desculpem pelos outros serem tão pequenos.
Ah, uma coisa que esqueci de falar nos outros caps:
Pra quen ainda não assistiu Operação Big Hero, "San Fransokyo" é a cidade onde Hiro e Baymax (protagonistas do filme) moram. Sendo q nessa fanfic não é uma cidade, e sim, um país ;)



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