Desejos de uma Adolescente escrita por Coruja Negra


Capítulo 23
Capitulo 23 que na verdade é o último


Notas iniciais do capítulo

Gente eu fui postando, postando e só agora vi que esse é o último :(



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Acordei com uma buzina de carro. Deve ser meus pais. Fui abrir a porta da casa para eles. Pois é, não era eles.

– Podemos conversar? – meu futuro ex-namorado pergunta.

– Estamos conversando.

– Você pode ir ali comigo?

– Não. Não posso. Está muito tarde e eu não estou afim.

– Liz.

Bati a porta na cara dele e fui andando para o quarto. No meio do caminho ele me pegou e me colocou no ombro.

– Me solta. – pedi.

Como se eu não tivesse falado nada ele continuou me carregando para o lado de fora. Ele trancou a porta e me levou para o carro dele.

Depois de me por no carro e certificar-se que eu não iria fugir ele foi para o banco do motorista.

– O que você quer?

Ele ignorou. Estávamos indo para a pista. Foi então que percebi que estava de pijama – que estava com um furo até. O cabelo estava despenteado. Ele me levou até o morro que há alguns meses atrás vim para chorar.

– Greg, para com isso. Não quero ficar aqui.

– Por quê?

– Está tarde, estou cansada, com raiva de você. Estou usando um vestido de um pijama velho, estou despenteada.

– Eu não me importo. Me desculpa. Eu não sabia que você não gosta da Patty. Nem que eu não posso elogiar outra garota na sua frente. Desculpa. Mas eu comecei esse negocio de namorado agora. Eu não tive uma namorada antes de você, então eu não sei como ser um bom namorado. E eu não me importo com o pijama, com o cabelo. Você é linda. Quando eu digo isso eu falo do seu corpo, rosto, coração. Quando eu elogio outra garota eu elogio a roupa, o rosto. Mas é superficial. Com você não é superficial. Eu vejo mais além do lado de fora.

Com essa declaração confesso que fiquei sem palavras. Meu rosto estava quente, se fosse possível eu estaria corada. O abracei.

– Estou agindo como uma idiota. Eu fiquei muito estressada esses dias. Desculpa. Eu sou a namorada mais boboca que existe.

– E a mais linda. Claro que eu desculpo. Sempre. Trouxe um cobertor para deitarmos. – ele foi no carro e pegou uma bolsa. Cobriu uma parte da grama com o cobertor e deitou-se me chamando para deitar também – Sabe, eu gosto muito de olhar para as estrelas. Principalmente aqui.

– O que aqui tem de tão especial?

– Eu nunca te disse?

– Hm... Não.

– Em algum momento da vida meus pais moravam aqui. Era uma casinha aqui por perto. Dá para ver o alicerce, até algum tempo atrás se viam as paredes, mas meu pai resolveu tirar tudo daqui. Como se ele estivesse apagando as lembranças dela.

Eu sabia que ele estava se referindo à mãe. Era natural ele sentir falta do aconchego dela. Sem pai ou mãe a vida pode parecer dura.

– Sinto muita falta dela, mas eu nem sei como seria se ela estivesse aqui. É como sentir falta de algo que nunca existiu.

– Eu sinto muito.

– Eu também. Fico imaginando como eles viviam aqui. Imagino que eles eram muito felizes.

– Nem sei o que dizer.

– O silencio às vezes responde muitas coisas.

Estava frio, me aninhei próximo a ele. O céu estava cheio de estrelas, estava incrivelmente lindo. Principalmente aqui, onde não há nada que impeça de ver perfeitamente o brilho delas.

– Eu espero construir uma casinha aqui. Eu gosto muito desse lugar.

– Eu fugi para cá naquele dia que você me beijou.

– Pelo que parece aqui também é um lugar especial para você.

– Sim é. Ainda mais agora.

Ficamos em silencio um tempo. Nos beijamos várias vezes.

– O que você acha que vai acontecer daqui a alguns anos? – ele perguntou.

– Nunca parei para pensar. Eu andei vivendo um dia de cada vez por muito tempo.

– Eu quero me casar, é. Quero me casar com você. Então nós vamos ter sete filhos.

– Sete? Por que tudo isso?

– Não sei, quero uma família grande.

– Que tal dois?

– Dois? Só? Ok, escolhemos depois. Então, continuando. Imagino que moraríamos em uma casa azul com uma varanda enorme e lá nos juntaríamos para tomar café. Se não for aqui quero morar em um sítio.

– Um sítio?

– É. Com um gramado perto de uma arvore onde poderíamos fazer piquenique.

– Adoro piquenique. Poderia ter um riacho também. Seria muito legal, não acha?

– Iria ser legal mesmo. E um pomar seria muito legal. Já pensou em nós velhinhos lá na varanda nos balançando, você fazendo tricô e brigando com seus netos.

Ficamos um tempo indefinido ali, deitados, trocando beijos e caricias. Eu me sentia muito bem ao lado dele. Quero que essa sensação dure para sempre.

– Quero ficar com você para sempre. – falei baixinho.

– Nós vamos ficar juntos. Para sempre.


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Notas finais do capítulo

Bem, então é isso. Obrigada a todos qe leram. Beijos. Ah se tiver muitos comentários vou pensar seriamente em fazer um cap bônus. Beijos até a próxima.



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