PDV Violetta

Acordei com a respiração acelerada e o coração do mesmo jeito, será que eu nunca conseguirei mais dormir sem ter esses pesadelos. Fui até o banheiro e me vi no espelho que eu estava um horror, lavei o rosto e fiz minha higiene matinal. Tomo banho frio deixando água escorrer pelo meu corpo, enrolei-me na toalha e fui para o meu quarto.

Vesti qualquer roupa e peguei uma bolsa preta que ganhei no Natal passado pela minha vó. Sai do quarto e vi minha tia preparando o café.

Violetta: O cheiro está ótimo. – digo e ela me olhou.

Angie: Dormiu bem?

Violetta: Sim, dormi feito uma pedra. – minto.

Angie: Ansiosa?

Violetta: Jura? Ir para uma escola cheia de patricinha e mauricinhos é para eu fica ansiosa? – rebato.

Angie: Você vai gostar de lá.

Violetta: Como pode saber disso? – pergunto ajudando ela terminar o café.

Angie: Porque eu sou professora de canto lá.

Violetta: Agora faz mais sentido você querer que eu estude lá.

Angie: Seria uma boa oportunidade e a senhorita tem talento só que não reconhece.

Violetta: Acho bem difícil de acontecer. – digo.

Angie: Chata. – ri – Toma seu café.

Tomei meu café da manhã, escovei os dentes e fui com ela para essa tal escola de música. Quando chegamos todo mundo ficou olhando para mim, mas, fiquei no meu canto esperando eles me chamarem.

Angie: Preciso ir, consegue se comportar?

Violetta: Vou tentar. – ela iria retrucar, mas foi para alguma sala.

Vi um rapaz acho que é aluno ser jogado numa lata de lixo, e pelo que parece ninguém foi ajudar o coitado. Segui até o rapaz e o ajudei sair, mas é claro que formou burburinho.

Violetta: Está bem? – perguntei pegando suas coisas do chão.

XXX: Já me acostumei, no entanto obrigado.

Violetta: Tudo bem. – digo.

XXX: Sou Diego. – fala.

Violetta: Violetta. – aperto sua mão.

Diego: Pretende entrar? – pergunta, mas antes de eu responder.

XXX: Espero que não. – ninguém merece que ele estuda aqui.

Violetta: Se acha que eu tenho medo de você?

XXX: Deveria. – ri e todo mundo ficou quieto.

Violetta: Vem cá, se nem tive medo da sua cara horrorosa você acha que tenho medo do que pretende fazer comigo. – ele ficou mudo.

Violetta: Ficou mudo, foi? Tadinho de ti, não consegue encarar bem a verdade.

XXX: Olha aqui minha filha... – o interrompo.

Violetta: Olha aqui você, obrigada mesmo. – agradeço.

XXX: Pelo que? – pergunta confuso.

Violetta: Antes eu não queria entrar aqui, mas você me deu incentivo para entrar.

XXX: Dei? – bati a mão na testa.

Violetta: Além de mauricinho sem cérebro é também lerdo, não vou ficar perdendo meu precioso tempo com idiota feito você. – digo e sai andando, só que alguém segurou meu braço e me virou.

Violetta: Pretende me bater? Vai lá não tenho medo. – digo e ele olhava meus olhos – Que foi perdeu alguma coisa em mim?

XXX: Não, e não se intromete o no meu caminho. – ele ainda me segurava.

Violetta: Ou que vai me bater? – pergunto desafiadora.

XXX: Não se intromete, está avisada. – respondeu e me soltou.

E foi até o seu grupinho, voltei para o meu canto só que as pessoas ficavam me olhando.

Violetta: Que foi perderam alguma coisa em minha pessoa? – pergunto e eles desviaram o olhar.

Diego: Aquilo foi um máximo. – olhei para ele e dou ombros.

Violetta: E daí?

Diego: Ninguém o enfrentou daquele jeito. – responde.

Violetta: A maioria que não são populares tem medo dele, sério?

Diego: Muito, do León e do seu grupinho. – revirei os olhos.

Violetta: Não sei por quê?

Diego: Se entrar, você vai entender, assim eu te falo quem eles são.

Violetta: Valeu, mas eles estão no mesmo ano que você?

Diego: Infelizmente. – responde.

Ficamos conversando sobre coisas aleatórias até que ele não era um chato. Era bem legal para uma pessoa que estuda aqui e, logo veio uma garota chorando.

XXX: Eles pediram para você entrar.

Violetta: Obrigada.

Diego: Sorte.

Violetta: Eu não preciso. – e ele riu.

Subi no palco e deixei minha bolsa no chão. Fui até o piano elétrico e vi os professores olhando para mim, pelo que eu ouvi quando eles se apresentaram o do meio é o diretor Pablo, o da esquerda é o professor de música Beto e a da direita é a Angie, professora de canto.

Pablo: Quando quiser. – assenti.

Respirei fundo e deixei com que os meus instintos me guiasse, e que a música preenchesse o local.

En Mi Mundo

Ahora sabes que
Yo no entiendo lo que pasa
Sin embargo se
Nunca hay tiempo, para nada

Pienso que no me doy cuenta
Y le doy mil y una vueltas
Mis dudas, me casaron
Ya no esperare

Y vuelvo a despertar
En mi mundo
Siendo lo que soy

Y no voy a parar
Ni un segundo
Mi destino es hoy

Y vuelvo a despertar
En mi mundo
Siendo lo que soy

Y no voy a parar
Ni un segundo
Mi destino es hoy

Nada puede pasar
Voy a soltar, todo lo que siento
Todo, todo
Nada puede pasar
Voy a soltar, todo lo que tengo
Nada me detendra

Ahora ya no se
Lo que siento, va cambiando
Y si el miedo que
Abro puertas, voy girando

Pienso que no me doy cuenta
Y le doy mil y una vueltas
Mis dudas, me casaron
Ya no esperare

Y vuelvo a despertar
En mi mundo
Siendo lo que soy

Y no voy a parar
Ni un segundo
Mi destino es hoy

Y vuelvo a despertar
En mi mundo
Siendo lo que soy

Y no voy a parar
Ni un segundo
Mi destino es hoy

Y vuelvo a despertar
En mi mundo
Siendo lo que soy

Y no voy a parar (no quiero parar)
Ni un segundo (no voy a parar)
Mi destino es hoy (no, no, no)

Y vuelvo a despertar (no voy a parar)
En mi mundo (no quiero parar)
Siendo lo que soy (no, no, no quiero parar)

Y no voy a parar (no, no, no quiero parar)
Ni un segundo (no voy a parar)
Mi destino es hoy (no!)

Nada puede pasar
Voy a soltar, todo lo que siento
Todo, todo
Nada puede pasar
Voy a soltar, todo lo que tengo
Nada me detendrá

Quando terminei a música, eu abri os olhos e todos estavam de boquiabertos.

Violetta: Sou tão ruim, assim? – pergunto.

Beto: Você foi incrível.

Violetta: Por isso a cara de vocês de espanto?

Pablo: Você foi bem.

Violetta: Valeu. – peguei minha bolsa e sai da sala.

Agora só falta do teste de dança e aí posso ir embora, até que foi divertido está lá em cima do palco tocando e cantar. Senti-me mais conectada com a minha mãe. Eu não consigo falar dela, mas lembrar ficou mais fácil.

XXX: Como foi? – olhei para cima e vi o Diego.

Violetta: Acho que me sai bem.

Diego: Então só falta o teste de dança.

Violetta: Para eu poder voltar para casa e dormir.

Diego: Não gosta de acordar cedo?

Violetta: E quem gosta?

Diego: Touché. – riu.

O professor de dança me chamou e segui até onde ele estava, entrei na sala e ele começou dançar.

Gregório: Entendeu? – pergunta.

Violetta: Claro, não tenho deficiência mental. – ele iria retrucar, mas se calou.

Ele pôs a música e dancei do mesmo jeito só que mudei alguns passos para melhorar a dança e quando terminei. Ele me olhou chocado e fiz uma reverência com cara de deboche.

Sai da sala e o Diego estava rindo balançando a cabeça para trás.

Diego: Você tem limites?

Violetta: Hm... Não. – respondo e ele ri.

Diego: Espero que consiga entrar.

Violetta: Quem sabe, a gente se vê.

Diego: Quer que eu te acompanhe? – pergunta educadamente.

Violetta: Não precisa, mas agradeço pela gentileza. – sai do Studio e mandei uma mensagem para Angie que iria ir para casa à tarde.

Estava no parque e começou chover forte. Corri para debaixo da árvore, porém com azar que eu tenho que quase sempre na minha vida, escorreguei numa poça pelo simples fato de ter corrido e fiquei esperando o tombo, porém isso não aconteceu.

Vi um rapaz me segurando e os seus olhos me olhavam com preocupação, eram castanho-esverdeados, ele me levantou e até que vi quem eram.

León: Tudo bem?

Violetta: Isso lhe interessa desde quando? – rebato.

León: Quer saber eu deveria ter deixado você cair. – reviro os olhos.

Violetta: Por que não deixou? – perguntei e ele ficou calado – Que foi o gato comeu sua língua?